Buscar

49Interpretacao de musicas


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 1/11
Português Lista de Exercícios Extensivo ENEM e Vestibulares SEMANA 25
Ex. 15 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Família
 
Família
Família, família
Papai, mamãe, titia
Família, família
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando a �lha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe não dão nenhum tostão
Família ê
Família a
Família
Família, família
Vovô, vovó, sobrinha
Família, família
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando o nenê �ca doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenê é estridente
Assim não dá pra ver televisão
Família ê
Família a
Família
Família, ...
 
Disponível em: <mhttps://www.google.com.br/search?
ei=FT2HW52XC6uRmgXr65OICw&q=familia+de+titas+letra&o
q=a+família+titas&gs_l>Acesso em: 02 de set de 2018.
 
 
(G1 - ifsul 2019)  No verso: Precisa descolar um ganha pão (linha 8)
a palavra que MENOS se aproxima do termo destacado é
Ex. 22 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
Chiquinho Azevedo
(Gilberto Gil)
 
Chiquinho Azevedo
Garoto de Ipanema
Já salvou um menino
Na Praia, no Recife
Nesse dia Momó também estava com a gente
 
Levou-se o menino
Pra uma clínica em frente
E o médico não quis
Vir atender a gente
Nessa hora nosso sangue �cou bem quente
 
Menino morrendo
Era aquela agonia
E o doutor só queria
Mediante dinheiro
Nessa hora vi quanto o mundo está doente
 
Discutiu-se muito
Ameaçou-se briga
Doze litros de água
Tiraram da barriga
Do menino que sobreviveu �nalmente
 
Muita gente me pergunta
Se essa estória aconteceu
Aconteceu minha gente
Quem está contando sou eu
Aconteceu e acontece
Todo dia por aí
Aconteceu e acontece
Que esse mundo é mesmo assim
 
(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.)
(Ufjf-pism 1 2019)  No verso “Nessa hora vi quanto o mundo está
doente”, do texto, pode-se inferir que a doença do mundo está
relacionada à predominância de valores:
Ex. 19 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Xote Ecológico
 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
a) achar.    
 
 
b) encontrar.    
 
c) conseguir.    
 
d) arrancar.    
a) Humanistas.    
 
 
b) Democráticos.    
 
c) Filantrópicos.    
 
d) Financeiros.    
 
e) Políticos.    
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 2/11
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
 
Cadê a �or que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu
 
GONZAGA, Luiz. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/luiz-
gonzaga/295406/>. Acesso em: 08 maio 2019.
 
 
 
(G1 - ifpe 2019)  Em relação ao texto Xote Ecológico, é CORRETO
a�rmar que 
Ex. 10 Interpretação de Músicas
(G1 - cftrj 2019)  Leia os textos com atenção e, em seguida,
responda à questão proposta.
.
TEXTO I
 
Memória, cultura e poder na sociedade do esquecimento
Olga Rodrigues de Moraes Von Simson
 
Memória é a capacidade humana de reter fatos e experiências do
passado e retransmiti-los às novas gerações através de diferentes
suportes empíricos (voz, música, imagem, textos etc.).
Existe uma memória individual, que é aquela guardada por um
indivíduo e se refere às suas próprias experiências, mas que contém
também aspectos das memórias do grupo social onde ele se formou,
isto é, onde esse indivíduo foi socializado.
Há também aquilo que denominamos de memória coletiva, que é
aquela formada pelos fatos e aspectos julgados relevantes e que
são guardados como memória o�cial da sociedade mais ampla. Ela
geralmente se expressa naquilo que chamamos de lugares da
memória, que são monumentos, hinos o�ciais, quadros e obras
literárias e artísticas que expressam a versão consolidada de um
passado coletivo de uma dada sociedade.
Como contrapartida, existem memórias subterrâneas ou marginais,
que correspondem a versões sobre o passado dos grupos
dominados de uma dada sociedade. Estas memórias geralmente não
estão monumentalizadas, nem gravadas em suportes concretos
como textos, obras de arte e só se expressam quando con�itos
sociais as evocam ou quando os pesquisadores que se utilizam do
método biográ�co ou da história oral criam as condições para que
elas emerjam e possam, então, ser registradas, analisadas e passem
a fazer parte da memória coletiva de uma dada sociedade. Elas
geralmente se encontram muito bem guardadas no âmago de
famílias ou grupos sociais dominados nos quais são cuidadosamente
passados de geração a geração.
Na sociedade ocidental atual, o ritmo acelerado do trabalho urbano,
somado à facilidade e à rapidez dos meios de comunicação, coloca o
homem comum frente a uma quantidade avassaladora de
informações. Tais fatos criam para o homem contemporâneo quase a
obrigação de consumir a informação de forma acrítica, perdendo-se,
portanto, uma das mais importantes funções da memória humana –
a capacidade seletiva –, que é o PODER de escolher aquilo que deve
ser preservado como lembrança importante e aqueles fatos e
vivências que podem e devem ser descartados. A perda do exercício
desse poder de seleção constitui o fator fundamental para a
formação do que os pro�ssionais da informação chamam de
sociedades do esquecimento.
É verdade, nós não nos lembramos de tudo o que aconteceu ou que
nos foi ensinado ao longo de nossa vida. Descartamos a maioria das
experiências vivenciadas e só retemos aquelas que possuem
signi�cado, que são funcionais para nossa existência futura. Yuri
Lotman [...] já dizia que cultura é memória, pois é a cultura de uma
sociedade que fornece os �ltros através dos quais os indivíduos que
nela vivem podem exercer o seu poder de seleção. [...]
Nas sociedades da memória, que existiram no passado e ainda
subsistem em locais isolados da África e da América do Sul, por
exemplo, [...] a memória é organizada e retida pelo conjunto de seus
membros, os quais se incumbem de transmiti-las às novas gerações,
cabendo aos mais velhos o importante papel social de guardiões da
memória. [...]
Esse papel social dos idosos foi sendo gradativamente perdido ao
longo da história das sociedades ocidentais, mas muito mais
intensamente na contemporaneidade, quando cada vez mais se
diversi�cam e se so�sticam os suportes para o registro e os suportes
da memória (escrita, imprensa, fotogra�a, vídeos, discos, CDs, DVDs,
disquetes etc.). Assim, o enorme volume de informações fez surgir
instituições especialmente voltadas ao trabalho de seleção, coleta,
organização, guarda e manutenção adequada e divulgação da
memória de grupos sociais ou da sociedade em geral nessas novas
sociedades do esquecimento.
Essas instituições realizam, portanto, hoje, de forma pro�ssional,
uma tarefa social anteriormente exercida pelos idosos. São elas os
museus, arquivos, bibliotecas e centros de memórias, que, de
alguma forma e segundo critérios previamente estabelecidos,
realizam o trabalho de coletar, tratar, recuperar, organizar e colocar a
disposição da sociedade a memória de uma região especí�ca ou de
um grupo social retida em suportes materiais diversos. [...]
 
a) seu objetivo é permitir a re�exão acerca dos danos que o homem
causa ao ambiente em que vive.    
 
b) critica o fato de o homem ser impedido de realizar suas atividades
normais em virtude de o ambiente negar-lhe as condições.    
 
c) responsabiliza a poluição existente pelos danos causados à vida
humana, visto que o homem não é responsável por ela, embora seja
o principal prejudicado.    
 
d) a repetição de perguntas demonstra que o eu lírico busca
encontrar as respostas que ainda não tem.    
 
e) trata a questão levantada demonstrando esperança em relação à
mudança no tratamento destinado ao meio ambiente.    
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares3/11
(Adaptado de Augusto Guzzo Revista Acadêmica, São Paulo, n. 6, p.
14-18, maio 2003. Disponível em:
http://�cs.edu.br/index.php/augusto_guzzo/article/view/57. Acesso
em 23 de setembro de 2018.)
 
 
TEXTO II
 
O Brasil queimou – e não tinha água para apagar o fogo
Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã. Então descobri
que não tinha mais passado.
Eliane Brum
 
Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã.
Então descobri que não tinha mais passado.
Diante de mim, o Museu Nacional do Rio queimava.
O Crânio de Luzia, a “primeira brasileira”, entre 12.500 e 13 mil anos,
queimava. Uma das mais completas coleções de pterossauros do
mundo queimava. Objetos que sobrevivem à destruição de Pompeia
queimavam. A múmia do antigo Egito queimava. Milhares de
artefatos dos povos indígenas do Brasil queimavam.
            Vinte milhões de memórias de alguma coisa tentando ser um
país queimavam.
            O Brasil perdeu a possibilidade da metáfora. Isso já sabíamos.
O excesso de realidade nos joga no não tempo. No fora do tempo.
            O Museu Nacional em chamas. Um bombeiro esguichando
água com uma mangueira um pouco maior do que a que eu tenho na
minha casa. O Museu Nacional queimando. Sem água em parte dos
hidrantes, depois de quatro horas de incêndio ainda chegaram
caminhões-pipa com água potável. O Museu Nacional queimando.
Uma equipe tentava tirar água do lago da Quinta da Boa Vista. O
Museu Nacional queimando. Outras pessoas tentavam furtar o
celular e a carteira de quem tentava entrar para ajudar ou só estava
imóvel diante dos portões tentando compreender como viver sem
metáforas.
            Brasil, é você. Não posso ser aquele que não é.
            O Museu Nacional queimando.
            O que há mais para dizer agora que as palavras já não dizem
e a realidade se colocou além da interpretação?
            Diante do Museu Nacional em chamas, de costas para o
palácio, de frente para onde deveria estar o povo, Dom Pedro II em
estátua. Sua família tinha tentado inventar um país e o fundaram
sobre corpos humanos. Seu Avô, Dom Pedro VI, criou aquele museu
no Palácio de São Cristóvão. Dom Pedro II está no centro,
circunspecto, um homem feito de pedra, um imperador. Diante da
parte da esquerda do museu, indígenas de diferentes etnias
observam as chamas como se mais uma vez fossem eles que
estivessem queimando. Estão. É o maior acervo de línguas indígenas
da América Latina, diz Urutau Guajajara. É a nossa memória que
estão apagando. É o golpe, é o golpe. Poderiam ter salvo, e não
salvaram, ele grita.
            Nunca salvaram. Há 500 anos não salvaram.
            As costas de Pedro ferviam.
            Quando soube que o museu queimava, eu dividi um táxi com
um jornalista britânico e uma atriz brasileira com uma câmera na
mão. “Não é só como se o British Museum estivesse queimando, é
como se junto com estivesse queimando também o Palácio de
Buckingham”, disse Jonathan Watts. “Não há mais possibilidade de
fazer documentário”, a�rmou Gabriela Carneiro da Cunha. “A
realidade é 1Science Fiction.”
            Eu, que vivo com as palavras e das palavras, não consigo
dizer. Sem passado, indo para o Museu do Amanhã, sou convertida
em muda. Esvazio de memória como o Museu Nacional. Chamas
dentro de todo ele, uma casca do lado de fora, Sou também eu. Uma
casca que anda por um país sem país. Eu, sem Luzia, uma não
mulher em lugar nenhum.
            A frase ecoa em mim. E ecoa. Fere minhas paredes em carne
viva.
            “O Brasil é um construtor de ruínas. O Brasil constrói ruínas
em dimensões continentais.”
            A frase reverbera nos corredores vazios do meu corpo. Se a
primeira brasileira incendiou-se, que brasileira posso ser eu?
            O que poderia expressar melhor este momento? A história do
Brasil queima. A matriz europeia que inventou um palácio e fez dele
um museu. Os indígenas que choram do lado de fora porque suas
línguas se incendiaram lá dentro. E eu preciso alcançar o Museu do
Amanhã. Mas o Brasil já não é o país do futuro. O Brasil perdeu a
possibilidade de imaginar um futuro. O Brasil está em chamas.
            O Museu Nacional sem recursos do Governo Federal. Os
funcionários do Museu Nacional fazendo vaquinha na Internet para
reabrir a sala principal. O Museu Nacional morrendo de abandono. O
Museu Nacional sem manutenção. O Rio de Janeiro. Flagelado e
roubado e arrancado Rio de Janeiro. Entre todos os Brasis, tinha que
ser o Rio.
            Ouço então o chefe de bombeiros dar uma coletiva diante do
Museu Nacional, as labaredas lambem o cenário atrás dele. O
bombeiro explica para as câmeras de TV que não tinha água, ele
conta dos caminhões-pipa. E ele declara: “Está tudo sob controle”.
            Eu quero gargalhar, me botar louca, queimar junto, ser aquela
que ensandece para poder gritar para sempre a única frase lúcida
que agora conheço: “O Museu Nacional está queimando! O Museu
Nacional está queimando!”.
            O Brasil está queimando.
E o meteoro estava dentro do museu.
 
(El País Brasil: O Jornal Global. Opinião. 3 de setembro de 2018.
Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/03/opinion/1535975822_77458
Acesso em 14 de setembro de 2018.)
 
Nota:
1Ficção Cientí�ca.
 
 
TEXTO III
 
Por que temos poucos memoriais de abolição da escravidão?
Lilia Schwarcz
 
            Lembrar é uma forma de não deixar esquecer. O Brasil foi
destino de mais de 40% de africanos e africanas por aqui
escravizados, e precisa cuidar, de maneira crítica, da sua memória.
            Bem no meio da pacata cidade de Nantes, na França, uma
calçada reluz estranhamente ao Sol. São centenas de pequenas
placas retangulares, feitas de um vidro translúcido e de cor azul
celeste, espalhadas por uma via onde passam mães levando seus
carrinhos de bebê, rapazes andando de bicicleta, moços e moças
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 4/11
fazendo 1jogging, senhores e senhoras apressados a caminho do
trabalho.
            Somente apurando bem os olhos é possível notar que há
sempre um título gravado por debaixo desses delicados sinais
brilhantes, dispostos simetricamente ao chão. Le Saint Jean Baptiste,
Le Juste, L’Union, La Valeur, La Felicité, Le Bien Aimée e Brásil2 são
alguns dos muitos nomes de navios negreiros que, desde o século
16 e até o �nal do 19, partiram de porto de Nantes ou lá aportaram.
Os apelidos dados aos barcos parecem denotar uma certa culpa,
tamanha a desproporção entre eles e a tarefa que buscavam
descrever.
            Essas eram embarcações que transportavam de tudo um
pouco: tecidos, produtos agrícolas, azulejos, minérios, especiarias,
mas, acima de tudo, pessoas. Eles eram tumbeiros, navios negreiros
que faziam o comércio de almas no contexto moderno, quando o
mundo ocidental reinventou uma nova escravidão; uma escravidão
mercantil. Os navios vinham e voltavam cheios de “mercadorias”.
Não havia espaço ocioso ou lugar nas embarcações que deixassem
de auferir lucro: de uma ponta saíam produtos agrícolas, de outra,
metais preciosos, de outra, ainda, africanos e africanas
transformados em valiosos objetos de comércio.
            Foram recenseadas mais de 27.233 expedições marítimas
que partiram de portos europeus durante esses quatro longos
séculos em que perdurou o sistema escravocrata. No total, mais de
12 milhões e meio de mulheres, homens e crianças foram
arrancadas à força da África e deportados para as Américas e para o
caribe. Mais de um milhão e meio dessas pessoas morreram durante
a travessia. Só de Nantes saíram em torno de 1.800 expedições
negreiras, tendo elas apresado mais 550 mil africanos e africanas.
            Os números são fortes, de�nitivos, e explicam o motivo da
criação, em Nantes, de um impressionante “Memorial da abolição da
escravidão”, inaugurado no dia 25 de março de 2012. A edi�cação é
discreta e ao mesmo tempo tocante. Na verdade, é preciso conhecer
o lugar, ou ser previamente informado, para saber que na cidade
existe um memorial e, ademais, um museu basicamente dedicadoao
tema.
            Andar por aquela estranha calçada, agachar para ler os
nomes dos navios, observar as datas em que cada uma destas
embarcações circulou, olhar para o mesmo mar, acaba sendo um
exercício muito doloroso. Difícil sair de lá da mesma maneira como
se chegou. É impossível deixar de anotar a inacreditável quantidade
de naus dedicadas a esse comércio de almas, que gerou a maior
3diáspora desde a época romana. Mais difícil ainda é tentar
visualizar a maneira como se “armazenavam” os bens importados,
sem discriminação de pessoas ou produtos. Esse talvez seja o
motivo de o memorial continuar numa espécie de subsolo, onde se
encontra uma cronologia da escravidão e uma série de frases
retiradas de textos de ativistas, literatos e �lósofos que lutaram pela
abolição desse sistema. [...]
            Memória e história nem sempre andam juntas. A�nal, muitas
vezes, quando é difícil lembrar, o melhor caminho parece ser ignorar.
Fico me perguntando, no entanto, se esquecer ou descuidar não são
maneiras de dar espaço à incredulidade e de construir o pouco caso
diante de uma realidade tão brutal e tão presente em nossa história
nacional contemporânea.
            Em maio de 2018 faremos 130 anos de abolição da
escravidão mercantil no Brasil. Que a data vire cicatriz. Como
escreveu Caio Fernando Abreu: “Menos pela cicatriz deixada, uma
ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e
para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer,
embora lateje louca nos dias de chuva”.
 
(Adaptado de Nexo Jornal Ltda. Coluna. 9 de abril de 2018.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2018/Por-
que-temos-poucos-memoriais-de-aboli%C3%A7%C3%A3o-da-
escravid%C3%A3o. Acesso em 17 de setembro de 2018.)
 
 
Notas:
1Corrida
2São João Batista, O Justo, A União, O Valor, A Felicidade, O Bem-
Amado e Brasil.
3Dispersão de um povo em consequência de preconceito ou
perseguição política, religiosa ou étnica.
 
 
TEXTO IV
 
Pequena memória para um tempo sem memória
(A legião dos esquecidos)
Gonzaguinha
 
 
Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que �zeram os heróis
São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue
Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará
Ê ê, não quero esquecer
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 5/11
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta.
 
(Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. A vida do viajante. Faixa 4. EMI-
Odeon, 1981.)
 
Ao abordarem o tema “memória” em seus variados aspectos, os
textos acima apresentam pontos em comum, mas também
diferenças. Assim, após uma leitura comparativa, é possível a�rmar
que:
Ex. 21 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
Chiquinho Azevedo
(Gilberto Gil)
 
Chiquinho Azevedo
Garoto de Ipanema
Já salvou um menino
Na Praia, no Recife
Nesse dia Momó também estava com a gente
 
Levou-se o menino
Pra uma clínica em frente
E o médico não quis
Vir atender a gente
Nessa hora nosso sangue �cou bem quente
 
Menino morrendo
Era aquela agonia
E o doutor só queria
Mediante dinheiro
Nessa hora vi quanto o mundo está doente
 
Discutiu-se muito
Ameaçou-se briga
Doze litros de água
Tiraram da barriga
Do menino que sobreviveu �nalmente
 
Muita gente me pergunta
Se essa estória aconteceu
Aconteceu minha gente
Quem está contando sou eu
Aconteceu e acontece
Todo dia por aí
Aconteceu e acontece
Que esse mundo é mesmo assim
 
(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.)
 
(Ufjf-pism 1 2019)  A letra da canção de Gilberto Gil, apresentada
acima, caracteriza-se, predominantemente, por:
Ex. 18 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
VILAREJO
 
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
 
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal
 
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, �lhos fortes
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
 
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
 
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas �cam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão
 
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for
 
a) quanto à tipologia, enquanto o Texto I mostra-se
predominantemente argumentativo, o Texto II revela-se mais
expositivo.   
 
 
b) tanto o Texto I quanto o Texto IV, ao evidenciarem o
esquecimento, valem-se de variados recursos poéticos em prol de
uma linguagem expressiva.   
 
c) tanto o Texto III quanto o Texto IV defendem a importância de
preservarmos, pela memória, experiências dolorosas do passado.   
 
d) os quatro textos inserem a discussão do tema “memória” na
esfera jornalística de comunicação, priorizando a linguagem objetiva.
  
a) Descrever.    
 
b) Narrar.    
   
c) Dissertar.    
 
d) Argumentar.    
 
e) Simbolizar.
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 6/11
Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo
Antunes
 
 
 
(G1 - ifpe 2019)  Com relação aos tipos textuais, em VILAREJO,
predominam sequências tipológicas 
Ex. 12 Intepretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Diáspora
 
"Acalmou a tormenta; pereceram
Os que a estes mares ontem se arriscaram;
Vivem os que, por um amor, temeram
E dos céus os destinos esperaram."1
 
Atravessamos o Mar Egeu
o barco cheio de fariseus
com os cubanos, sírios, ciganos
como romanos sem Coliseu
Atravessamos pro outro lado
no Rio Vermelho do mar sagrado
nos center shoppings
superlotados
de retirantes
refugiados
 
Where are you?2
where are you?
where are you?
where are you?
 
Onde está
meu irmão
sem irmã
o meu �lho
sem pai
minha mãe
sem avó
dando a mão
pra ninguém
sem lugar
pra �car
os meninos
sem paz
onde estás
meu senhor
onde estás?
 
Onde estás?
 
"Deus! Ó, Deus, onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçados3 nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito
Que embalde4 desde então corre o in�nito
Onde estás, senhor Deus?... "5
 
(ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; MONTE, Marisa. Diáspora.
In.: Tribalistas. Rio de Janeiro: Som Livre, 2017)
 
 
Vocabulário
1 Primeira estrofe do Canto 11, do livro O Guesa (1878), de Joaquim
de Sousa Andrade (Sousândrade).
2 Tradução da frase em inglês: "Onde está você?".
3 Embuçado: encoberto, escondido.
4 Embalde: inutilmente.
5 Primeira estrofe do poema "Vozes d’África" (1868), de Castro
Alves.
 
 
(G1 - cftrj 2020)  A palavra "Diáspora" vem do grego e signi�ca
"dispersão". Na Antiguidade, designava a migração e colonização,
por parte dos gregos, de diversos locais ao longo da Ásia Menor e
do Mediterrâneo; mais tarde, passou a indicar o deslocamento,
normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas
populacionais.
No texto, uma música contemporânea, o termo "diáspora" está
associado a uma visão:
Ex. 11 Interpretação de Músicas
(Fuvest 2013)  São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
 
Tonico e Tinoco, São PauloGigante.
 
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo
“sertão” deve ser compreendido como
a) argumentativas.    
 
b) injuntivas.    
 
c) descritivas.    
 
d) expositivas.    
 
e) narrativas.    
a) desoladora, enfatizada pela repetição da preposição "sem".    
 
b) revolucionária, incitada pelas perguntas "onde está?", "onde
estás?".   
 
c) encorajadora, expressa na repetição da forma verbal
“atravessamos”.   
 
d) esperançosa, anunciada pelo verso "Acalmou a tormenta".   
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente
na região Nordeste do país.   
 
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que
identi�cam o sertão com a presença dos pinheiros.   
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 7/11
Ex. 13 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
LADO BOM
Ferréz
 
Periferia tem seu lado bom
Manos, vielas, e futebol no campão.
Meninas com bonecas e não com �lhos
Planejando assim um futuro positivo
 
Sua paz é você que de�ne.
Longe do álcool, longe do crime.
A escola é o caminho do sucesso
Pro pobre honrar desde o começo
 
E dizer bem alto que somos a herança
De um país que não promoveu as mudanças
Sem atrasar ninguém rapaz
Fazendo sua vida se adiantar na paz
 
Jogando bolinha, jogando peão
Vi nos olhos da criança a revolução
Que solta a pipa pensando em voar
Para não ver o barraco que era o seu lar
 
Periferia lado bom o que você me diz
Alguns motivos pra te deixar feliz
Longe do álcool, longe do crime.
Sua paz é você que de�ne.
 
E nessa pipa no céu eu vi planar
A paz necessária para se avançar
Ânimo, positivismo em ação.
Hip-Hop cultura de rua e educação
 
Foi assim que criaram e assim que tem que ser
O mestre de cerimônia rimando pra você
Enquanto o DJ troca as bases
O gra�teiro pinta todo contraste
 
Da favela pro mundo
O caminho do rap pelo estudo
Por isso eu não me iludo
Roupa de marca não é meu escudo
 
Detentos já te disse no começo
E estudar do sucesso é o preço
Porque a fama não cabe num coração pequeno
Então positivismo pra vencer vai vendo
(...)
 
(http:/www.misixmatch.com - acesso em: 11/05/2018)
 
 
(G1 - epcar (Cpcar) 2019)  Segundo a canção, só NÃO é apontado
como indicador de intranquilidade nas favelas a/o
Ex. 16 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Ideologia
 
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah! Eu nem acredito
 
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do Grand Monde
 
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
[...]
 
CAZUZA. Ideologia. Rio de Janeiro: Polygram do Brasil Ltda, 1988. 1
disco
 
 
(G1 - ifsul 2019)  Conforme de�nição do Dicionário Houaiss,
ideologia é uma ciência “que atribui a origem das ideias humanas às
percepções sensoriais do mundo externo”. Com base nessa de�nição
do dicionário, é correto deduzir-se do texto de Cazuza que a palavra
foi utilizada com a intenção de 
 
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal
como foi encontrada pelos bandeirantes no século XVII.   
 
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto
e das construções.   
 
e) generalização do ambiente rural, independentemente das
características de sua vegetação.  
a) gravidez na adolescência.   
 
b) uso de álcool   
 
c) busca pela fama.   
 
d) falta de estudo.   
a) questionar as próprias atitudes do sujeito lírico, que não se sente
parte do mundo.    
 
 
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 8/11
Ex. 1 Interpretação de Músicas
(Ufjf-pism 1 2020)  Leia a letra da canção abaixo e responda:
 
Joia
 
Beira de mar
Beira de mar
Beira de maré na América do Sul
Um selvagem levanta o braço
Abre a mão e tira um caju
Um momento de grande amor
De grande amor
Copacabana
Copacabana
Louca total e completamente louca
A menina muito contente
Toca a coca-cola na boca
Um momento de puro amor
De puro amor.
 
VELOSO, Caetano. Letra Só. São Paulo: Companhia das Letras,
2003.
 
 
A letra da canção Joia, de Caetano Veloso, tem o poder de
representar algumas das aproximações que o Tropicalismo procurou
promover entre espaços, tempos e referenciais culturais distintos,
com o intuito de provocar uma re�exão acerca do caráter híbrido da
formação cultural brasileira.
 
Marque a única alternativa em que a a�rmação sobre as funções dos
elementos da linguagem da canção esteja INCORRETA:
Ex. 14 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Observe a imagem e leia o texto para responder à(s) questão(ões) a
seguir.
Ela desatinou
 
Ela desatinou, viu chegar quarta-feira
Acabar brincadeira, bandeiras se desmanchando
E ela inda está sambando
Ela desatinou, viu morrer alegrias, rasgar fantasias
Os dias sem sol raiando e ela inda está sambando
Ela não vê que toda gente
Já está sofrendo normalmente
Toda a cidade anda esquecida, da falsa vida, da avenida
Onde Ela desatinou, viu chegar quarta-feira
Acabar brincadeira, bandeiras se desmanchando
E ela inda está sambando
Ela desatinou, viu morrer alegrias, rasgar fantasias
Os dias sem sol raiando e ela inda está sambando
Quem não inveja a infeliz, feliz
No seu mundo de cetim, assim
Debochando da dor, do pecado
Do tempo perdido, do jogo acabado.
 
BUARQUE, Chico. Ela desatinou. In: Todas as canções. Rio de
Janeiro: Record, 2004. p. 210.
 
 
(Ueg 2019)  Tanto a pintura quanto a letra de música apresentadas  
b) encontrar ideais que alicercem as escolhas de vida que o sujeito
lírico fará.    
 
c) expor os problemas da sociedade que foram originados de
escolhas duvidosas.    
 
d) criticar as próprias escolhas do sujeito lírico, que percebe seus
erros e tenta consertá-los.    
a) Existe uma oposição entre os termos “caju” e “coca-cola”. O
primeiro é um elemento natural, nacional e autóctone. O segundo é
arti�cial, produto da sociedade de consumo moderna.   
 
b) Os termos “selvagem” e “menina contente” representam,
respectivamente, o lado primitivo, histórico e natural do país, e o
lado moderno e civilizado, sujeito às in�uências estrangeiras.   
 
c) A letra da canção pode ser dividida em duas partes, cada uma
representativa de um espaço distinto, identi�cadas pelas expressões
“Beira mar” e “Copacabana”.   
 
d) “Beira mar” e “Copacabana” podem representar um deslocamento
temporal no mesmo espaço, já que a “beira mar”, séculos depois,
transformou-se em “Copacabana”.   
 
e) Na letra da canção �ca evidente que a caracterização da
modernidade não leva em consideração e nem dialoga com os
elementos que representam o passado, uma vez que, ao aceitar a
primeira, torna-se obrigatório negar o segundo.   
a) veiculam uma preocupação oriunda do universo do trabalho e da
ordem.    
 
b) deixam-se pautar por uma abordagem estética da alegria e da
festividade.    
 
c) explicitam a ideia de que o carnaval causa uma emoção sempre
passageira.    
 
d) ironizam o contentamento dos que são felizes apenas em tempos
de festa.    
 
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 9/11
Ex. 17 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões).
 
Triste, louca ou má
 
 
Triste louca ou má
Será quali�cada
Ela quem recusar
Seguir receita tal
 
A receita cultural
Do marido, da família
Cuida, cuida da rotina
 
Só mesmo rejeita
Bem conhecida receita
Quem não sem dores
Aceita que tudo deve mudar
 
Que um homem não te de�ne
Sua casa não te de�ne
Sua carne não te de�ne
Você é seu próprio lar
 
Um homem não te de�ne
Sua casa não te de�ne
Sua carne não te de�ne
Ela desatinou
Desatou nós
Vai viver só
 
Ela desatinou
Desatou nós
Vai viver só
 
Eu não me vejo na palavra
Fêmea: Alvo de caça
Conformada vítima
 
Pre�ro queimar o mapa
Traçar de novo a estrada
Ver cores nas cinzas
E a vida reinventar
 
E um homem não me de�ne
Minha casa não me de�neMinha carne não me de�ne
Eu sou meu próprio lar
 
Ela desatinou
Desatou nós
Vai viver só
 
https://www.vagalume.com.br/francisco-el-hombre/triste-louca-ou-
ma.html. Acesso em: 22/08/2018.
 
 
(G1 - cotuca 2019)  Assinale a alternativa que melhor interpreta a
música “Triste, louca ou má”, escrita por Juliana Strassacapa,
compositora e vocalista da banda “Francisco, El Hombre”. 
Ex. 2 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia a letra da canção “Bom conselho”, de Chico Buarque, composta
em 1972.
 
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado:
Quem espera nunca alcança
 
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
 
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
 
(www.chicobuarque.com.br)
 
 
(Unesp 2021)  Na canção, o eu lírico modi�ca uma série de
provérbios bastante conhecidos. A maioria das formulações originais
desses provérbios contém um apelo
Ex. 20 Interpretação de Músicas
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
Chiquinho Azevedo
(Gilberto Gil)
 
Chiquinho Azevedo
Garoto de Ipanema
Já salvou um menino
Na Praia, no Recife
Nesse dia Momó também estava com a gente
 
Levou-se o menino
Pra uma clínica em frente
E o médico não quis
Vir atender a gente
Nessa hora nosso sangue �cou bem quente
 
e) abordam a vivência de pessoas que se negam a enfrentar o
cotidiano.    
a) “Triste”, “louca” e “má” são quali�cações usualmente atribuídas a
mulheres que não se inserem em famílias tradicionais e rompem
com preceitos sociais atuais.    
 
b) A “receita cultural”, por ser “do marido, da família”, está no âmbito
do familiar, portanto, não se refere à sociedade. Dessa forma, romper
com essa receita é algo indolor, como a�rmam os versos “Quem não
sem dores / Aceita que tudo deve mudar”.    
 
c) Nos versos 13 e 14 (repetidos em 17 e 18), os termos “casa” e
“carne” são metáforas que representam os papéis sociais atribuídos
às mulheres.    
 
d) Nos versos 19, 22 e 36, a construção “ela desatinou” é paradoxal
em relação à música, já que o eu lírico critica a mulher que rompe
com essa “receita” por perder o juízo.    
 
e) A expressão “Desatou nós” é polissêmica, assim como a
expressão “queimar o mapa”, e ambas podem ser lidas, inclusive, de
modo denotativo na música.    
a) ao livre-arbítrio.   
  
b) ao otimismo.   
 
c) à solidariedade.   
 
d) ao conformismo.   
 
e) à transgressão.
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 10/11
GABARITO
Menino morrendo
Era aquela agonia
E o doutor só queria
Mediante dinheiro
Nessa hora vi quanto o mundo está doente
 
Discutiu-se muito
Ameaçou-se briga
Doze litros de água
Tiraram da barriga
Do menino que sobreviveu �nalmente
 
Muita gente me pergunta
Se essa estória aconteceu
Aconteceu minha gente
Quem está contando sou eu
Aconteceu e acontece
Todo dia por aí
Aconteceu e acontece
Que esse mundo é mesmo assim
 
(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.)
 
 
 
(Ufjf-pism 1 2019)  A experiência da cidade
(Fernando Sabino)
 
A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode
ver um bonde, �ca maravilhado: nunca pensou que existisse algo de
tão fantástico.
 
Se ele quiser andar de fasto, ele pode?
 
Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é
andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é
levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu
também sou mineiro:
Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar
para riba. Ele �ca olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos
mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem
que a cozinheira dizia: Tenho um �lho que é deste tamaninho.
 
E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém
acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os
dentes. No dia em que chegou �quei sabendo que nunca tivera ao
menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde
nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais
telefone ou elevador. Abria a torneira e �cava olhando. Quando tinha
água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se
tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava
arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés
até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão,
arrastava-o para a cozinha. Ele �cava olhando: nunca vira um fogão
a gás.
 
[...]
 
Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele
concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã,
na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.
 
[...]
 
Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em
Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a
notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar
um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa
e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.
 
Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os
que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo
de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de
meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador,
telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo.
Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de
mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a
quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu
primeiro conhecimento do homem, animal feroz.
 
(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro:
Record, 1984. p. 71-74.)
 
 
Analisando comparativamente os desfechos da canção Chiquinho
Azevedo, de Gilberto Gil, e A experiência da cidade, de Fernando
Sabino, pode-se concluir que a visão que eles apresentam sobre o
ser humano é:
Ex. 15 Interpretação de Músicas
Ex. 22 Interpretação de Músicas
a) Idealista.    
 
b) Resignada.    
 
c) Revoltada.    
 
d) Con�ante.    
 
e) Otimista.   
d) arrancar.    
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 11/11
Ex. 19 Interpretação de Músicas
Ex. 10 Interpretação de Músicas
Ex. 21 Interpretação de Músicas
Ex. 18 Interpretação de Músicas
Ex. 12 Intepretação de Músicas
Ex. 11 Interpretação de Músicas
Ex. 13 Interpretação de Músicas
Ex. 16 Interpretação de Músicas
Ex. 1 Interpretação de Músicas
Ex. 14 Interpretação de Músicas
Ex. 17 Interpretação de Músicas
Ex. 2 Interpretação de Músicas
Ex. 20 Interpretação de Músicas
d) Financeiros.    
 
a) seu objetivo é permitir a re�exão acerca dos danos que o
homem causa ao ambiente em que vive.    
 
c) tanto o Texto III quanto o Texto IV defendem a importância
de preservarmos, pela memória, experiências dolorosas do
passado.   
 
b) Narrar.    
   
c) descritivas.    
 
a) desoladora, enfatizada pela repetição da preposição "sem". 
  
 
e) generalização do ambiente rural, independentemente das
características de sua vegetação.  
c) busca pela fama.   
 
b) encontrar ideais que alicercem as escolhas de vida que o
sujeito lírico fará.    
 
e) Na letra da canção �ca evidente que a caracterização da
modernidade não leva em consideração e nem dialoga com os
elementos que representam o passado, uma vez que, ao
aceitar a primeira, torna-se obrigatório negar o segundo.   
b) deixam-se pautar por uma abordagem estética da alegria e
da festividade.    
 
c) Nos versos 13 e 14 (repetidos em 17 e 18), os termos “casa”
e “carne” são metáforas que representam os papéis sociais
atribuídos às mulheres.    
 
d) ao conformismo.   
 
b) Resignada.