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Características da Escravidão no Brasil

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Prévia do material em texto

● Pergunta 1
● 0 em 1 pontos
●
Veja a seguir dois materiais iconográficos retirados de
acervos públicos que anunciam cativos em jornais.
Imagem 1
LEITE, C. R. S. da C. Anúncios de escravos: os
classificados da época. Portal Geledés, São Paulo,
12 maio 2015. Disponível em
https://www.geledes.org.br/anuncios-de-escravos-o
s-classificados-da-epoca/. Acesso em: 16 dez.
2020.
Imagem 2
NASCIMENTO, D. Os repugnantes anúncios de
escravos em jornais do século 19. São Paulo
Antiga, São Paulo, 5 jul. 2013. Disponível em:
https://saopauloantiga.com.br/anuncios-de-escravo
s/. Acesso em: 16 dez. 2020.
Anúncios como os selecionados aqui, publicados
em vários jornais no século XIX, registram algumas
das características da escravidão na sociedade
brasileira durante aquele século.
Agora, julgue as afirmações a seguir.
I. O termo “crioulo” identifica o negro como natural
do Brasil; é chamado de “africano” o
recém-chegado, trazido pelo tráfico internacional de
escravos.
II. Os cativos especializados em certos ofícios
tinham melhores condições de vida que os demais,
de “eito”, vivendo geralmente nas vilas. Muitos
também eram forros e dificilmente se envolviam em
fugas ou rebeliões.
III. O fato de ter “levado roupa de algodão” ao se
evadir de sua condição de cativo (informação que
aparece no anúncio da Imagem 2), demonstra a
habilidade e o conhecimento da realidade social, o
https://www.geledes.org.br/anuncios-de-escravos-os-classificados-da-epoca/
https://www.geledes.org.br/anuncios-de-escravos-os-classificados-da-epoca/
https://saopauloantiga.com.br/anuncios-de-escravos/
https://saopauloantiga.com.br/anuncios-de-escravos/
que significando que o escravo pretendia esconder
sua condição social originária e passar-se por
liberto em São Paulo e nas suas cercanias.
IV. A evasão de cativos era vista pelos seus
senhores como uma perda significativa de capital, o
que justificava o pagamento de recompensas para
reaver o cativo ou mesmo por informações acerca
de seu paradeiro.
V. Diferenças entre cativos e libertos, nas áreas
urbanas, eram pouco significativas, não havendo,
desse modo, sinais claros que distinguissem um
alforriado de um cativo, principalmente de um
africano recém-chegado.
Resposta
Selecionada:
II, III
e IV.
Resposta Correta: I, III
e IV.
Comen
tário
da
resp
osta
:
Resposta incorreta: mesmo
trabalhando em
circunstâncias
consideradas mais
brandas, todo cativo
buscava sua liberdade.
Há vários relatos da
participação de libertos
que viviam nas vilas
coloniais, que
participaram ativamente
de movimentos
antiescravagistas das
mais diferentes formas;
também é importante
lembrarmos que a
escravidão moderna,
principalmente no Brasil,
associou cor da pele e
origem étnica à condição
de escravo. Desse modo,
mesmo os libertos
estavam em condições
desfavoráveis e podiam
ser reconduzidos à
condição de escravo.
●
Pergunta 2
● 1 em 1 pontos
●
Leia o texto a seguir:
Em 17 de março de 1872, pelo menos vinte negros
liderados pelo escravo Bonifácio avançaram sobre
José Moreira Veludo, proprietário da Casa de
Comissões (lojas de venda e compra de escravos)
em que se encontravam, e lhe meteram a lenha.
Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo disse
que, tendo ido anteriormente à casa de Veludo para
ser vendido, foi convidado por Filomeno e outros
para se associar com eles para matar Veludo para
não irem para a fazenda de café para onde tinham
sido vendidos. (CHALHOUB, 1990)
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história
das últimas décadas da escravidão na corte. São
Paulo: Companhia das Letras, 1990.
Com base no texto e considerando seus
conhecimentos, reflexões e leituras a respeito da
escravidão no Brasil, analise as afirmações a
seguir.
I. Pesquisas a respeito da escravidão no Brasil
trazem uma série de exemplos, como no fragmento
do texto citado, que se opõem e desconstroem
mitos famosos da historiografia clássica, seja esta
conservadora ou mesmo progressista, porque,
muitas vezes, os cativos apareciam apenas como
peças econômicas, sem nenhuma vontade que
orientasse suas ações diante de processos mais
abrangentes.
II. O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de
cativos de regiões estagnadas para outras, como
da região açucareira para locais onde o plantio e a
colheita do café estavam crescendo
economicamente. Esse deslocamento separava
amigos e familiares. Diante da possibilidade de
serem retirados de contextos nos quais estavam
minimamente familiarizados, da companhia de seus
entes queridos e do trabalho que já realizavam,
muitos cativos reagiam agredindo senhores, seus
capatazes, e atacavam também os donos das
casas de comissões.
III. Incidentes como o relatado eram isolados no
contexto colonial e no Império. O ataque revela a
barbárie de africanos e de seus descendentes;
Bonifácio não foi devidamente civilizado pelo
trabalho e demais instituições ocidentais.
IV. Nem inertes, tampouco revolucionários em
tempo integral, os cativos e muitos libertos na
ordem escravocrata eram sujeitos de sua época e,
a despeito da ordem escravocrata, muitos se
organizavam para lutar por aquilo que acreditavam,
resistindo, mesmo sob o jugo da escravidão.
V. Ao cativo só restava assumir seu papel na ordem
escravocrata, tornando-se “peça” de uma imensa
engrenagem para sobreviver, um dia por vez.
Deveria aceitar plenamente o domínio de seu
senhor e seus eventuais lapsos morais e
agressivos.
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
I, II
e IV.
Resposta Correta: I, II
e
IV.
Comen
tário
da
resp
osta
:
Resposta correta: os cativos
e libertos tinham uma boa
capacidade de
resistência, inventividade
e resiliência na ordem
racista e escravocrata.
Eles se organizavam
visando alcançar
objetivos muito claros,
como atenuar a violência
de seu dia a dia por meio
dos instrumentos ali
disponíveis. Ao
trabalharmos com
documentos, verificamos
que, mesmo sob
profunda violência e
exploração, há uma
multiplicidade de
situações nas quais os
cativos estavam
inseridos. Cativos sim,
mas ainda sujeitos diante
das possibilidades que os
engendravam; exerciam
minimamente um espaço
autônomo e de barganha
a favor de sua situação
sob a escravidão.
●
Pergunta 3
● 1 em 1 pontos
●
A escravidão é considerada, por historiadores e
cientistas sociais, um dos pilares da sociedade
brasileira, tendo-a marcado de maneira indelével. A
respeito das características da sociedade
escravista colonial da América portuguesa, a atual
sociedade brasileira, julgue as afirmações a seguir.
I. Desde o início do processo de colonização
portuguesa na América, houve uma ampla e maciça
inserção da mão de obra africana, em especial na
antiga capitania de São Vicente, atual São Paulo.
II. Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da
utilização da mão de obra escrava africana, seja em
áreas ligadas à agroexportação e monocultura do
açúcar, no atual Nordeste brasileiro, a partir do fim
do século XVI, seja na região mineradora de ouro,
diamantes e outras pedras preciosas, a partir do
século XVIII.
III. A partir do século XVI, com a introdução da mão
de obra escrava cativa africana, a escravidão
indígena foi completamente abolida em todas as
regiões da América portuguesa, o que representou
uma nova inserção dessas populações na
sociedade brasileira em formação.
IV. Em algumas regiões da América portuguesa, os
senhores permitiram que alguns de seus cativos e
até libertos realizassem uma lavoura de
subsistência dentro dos latifúndios
agroexportadores e monocultores. Essa lavoura,
dedicada ao cultivo de víveres imprescindíveis à
vida de senhores e cativos, é chamada por
historiadores de “brecha camponesa”.
V. Nas cidades coloniais da América portuguesa,
cativos e cativas de origem africana e afro-brasileira
trabalhavam também vendendo mercadorias nas
ruas, como doces, legumes, frutas, sendo
conhecidos na literatura como “escravos de ganho”.
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
II, IV
e V.
Resposta Correta: II, IV
e V.
Comen
tári
o
da
res
pos
ta:
Resposta correta: a América
portuguesa, atual Brasil,
foi organizadado ponto
de vista econômico a
partir da mão de obra
escrava. Nos anos iniciais
da colonização e em
capitanias mais afastadas
dos grandes centros
açucareiros, predominou
a mão de obra indígena,
os “negros da terra”, que
gradativamente foi
substituída, dado o
crescente comércio
internacional de escravos,
pela mão de obra
africana. Assim, foi a mão
de obra africana cativa
que impulsionou os
principais “ciclos”
econômicos e as demais
atividades produtivas no
Brasil colônia, o que não
impediu a manutenção da
escravidão de segmentos
indígenas. A brecha
camponesa era um
elemento importantíssimo
para a organização do
engenho, pois fornecia
víveres e gêneros
alimentícios sem os quais
parte do engenho não
sobreviveria. Desse
modo, foi comum, no
Brasil colônia, a brecha
camponesa por meio do
trabalho de cativos e de
libertos que orbitavam a
lógica do engenho. Outro
elemento importante é a
existência de amplos
setores urbanos que
utilizavam a mão de obra
africana cativa como
“escravos de ganho”, que
eram alugados para as
mais diferentes tarefas ou
ainda perambulavam pelo
espaço urbano das vilas
coloniais vendendo
víveres e oferecendo os
mais diferentes serviços.
●
Pergunta 4
● 0 em 1 pontos
●
Leia o trecho a seguir:
A reflexão Necropolítica, de Achille Mbembe, discute,
dentre outros assuntos, de “[...] ‘como o poder e a
capacidade de ditar quem pode viver e quem pode
morrer’ reflete as práticas colonialistas ainda em
voga, sejam estas na relação das narrativas dos
poderosos com os subalternos, do biopoder e da
ação estatal e ainda da presença do racismo
estrutural, institucional e cotidiano, que deslegitima
enormes contingentes populacionais, em especial
as populações afro diaspóricas no mundo
Ocidental. A soberania sobre os corpos daqueles
que são considerados supérfluos é a base da
economia política contemporânea (MBEMBE, 2016,
p. 123-124).
MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania,
estado de exceção, política da morte. Arte &
Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, dez. 2016.
Disponível em:
https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993
/7169. Acesso em: 23 dez. 2020.
I. A comparação do exercício do racismo estrutural,
institucional e cotidiano, praticado no Ocidente
democrático, com a política de controle racial
praticada na África do Sul durante décadas, o
apartheid, é a chave para entendermos as políticas
públicas cotidianas de evitamento social dos
diferentes, não importando se eles são cidadãos ou
imigrantes em situação de irregularidade.
II. Mbembe pensa as políticas do apartheid
como base das atuais políticas de biopoder e de
necropolítica praticadas no Ocidente,
principalmente ao verificarmos as práticas de
encarceramento em massa da juventude negra e
latina nos EUA e de imigrantes e seus
descendentes na Europa.
III. Diante das consequências do 11 de setembro,
do impacto da imigração rumo aos países
capitalistas centrais e da ausência de políticas
públicas que barrem o avanço do populismo, há a
https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993/7169
https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993/7169
repetição de expedientes da guerra ao terror, mas
realizadas no plano doméstico. Isso repete
mecanismos de segregação seletiva e violência
contra grupos considerados potencialmente
perigosos à sociedade mais ampla.
IV. Uma outra política que encontra eco nas
considerações de Mbembe é a de encarceramento
em massa ou de violento controle de imigrantes,
contingentes populacionais étnicos e socialmente
marginalizados e indesejáveis. Vítimas da ausência
de políticas públicas inclusivas, tornam-se atores
despersonalizados e ausentes de direitos, por mais
que eles estejam garantidos no texto constitucional.
V. No Brasil, não há a aplicação de mecanismos de
controle policial e higienista em nossas cidades
contra segmentos sociais considerados “párias” ou
ainda etnicamente desprestigiados pelo racismo
estrutural. Desse modo, a discussão sobre
necropolítica é mais um elemento exógeno trazido
para tumultuar a nossa harmonia social.
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada: I e II.
Resposta Correta:
III e IV.
Comen
tári
o
da
res
pos
ta:
Resposta incorreta: por mais
que Mbembe possa citar
a diáspora africana e o
apartheid como práticas
de necropolítica que
fundamentam a
experiência moderna,
essa comparação não
cabe na discussão
sinalizada, pois ainda não
há políticas específicas
que limitem o acesso de
cidadãos de um país para
o outro, tendo como base
seu pertencimento étnico
ou religioso, embora a
“guerra ao terror” tenha
tentado implementar tais
ações. Desse modo, o
exercício da soberania
necropolítica encontra
mais respaldo em
políticas de
encarceramento em
massa de contingentes
étnicos e sociais, agindo
na contramão da
consolidação dos direitos
sociais e humanos
desses segmentos. Isso
faz com que aumentem
os conflitos, mas também
as críticas frente a essas
ações, que, no Brasil,
somam-se a um quadro
social delicado, de
profunda violência e
desigualdade social,
aliado a práticas
históricas de higienismo
social e de racismo
estrutural.
●
Pergunta 5
● 1 em 1 pontos
●
O neocolonialismo, também conhecido como
imperialismo, promoveu uma partilha dos recursos
humanos e materiais do continente africano. Ele
perpetuou as chagas do escravismo e do velho
colonialismo, destruiu a economia e a organização
social tradicional de inúmeras culturas e povos
africanos nos mais variados graus. Em seu lugar,
tivemos a implantação de obras de infraestrutura e
a reorganização da agricultura, objetivando o
atendimento da economia das metrópoles, com o
declínio, em algumas regiões, da agricultura de
subsistência e sua substituição por sistemas de
plantation, por exemplo. As dificuldades
econômicas e os conflitos sociais advindos do
neocolonialismo ainda são parte significativa da
paisagem africana moderna e um empecilho ao seu
maior desenvolvimento humano e social. Tendo
como base essas informações, relacione as
colunas a seguir.
(A) Os franceses conquistaram a região ainda no
século XIX, sendo expulsos após intensa e violenta
guerra colonial nos anos de 1960.
(B) O país sofreu duas tentativas de anexação por
parte de uma potência imperialista europeia, sendo
conquistado em 1935. Todavia, é ainda considerado
o símbolo da resistência africana e das cores de
sua bandeira surgiram os símbolos nacionais da
maioria dos países do continente.
(C) Os ingleses tomaram completamente esta
região após a descoberta de importantes jazidas de
ouro e de diamantes. Após o término das
hostilidades, no entanto, ambos os grupos se
uniram para estabelecer aquele que foi considerado
um dos mais brutais e racistas dos regimes
coloniais, o apartheid.
(D) Os ingleses impediram a expansão de um de
seus aliados europeus mais antigos e tradicionais
no evento conhecido como “incidente do mapa
rosa”, também chamado de “o ultimato britânico de
1890”.
(E) Seu governo pessoal causou a mutilação e
morte de milhões de africanos que foram
submetidos à tortura e à escravidão na virada do
século-XIX para o XX. Após a sua expulsão, seu
país assume a colonização direta do território.
I. Etiópia
II. República Democrática do Congo (ex-Zaire)
III. Portugal
IV. África do Sul
V. Argélia
Resposta
Selecionada:
IB; IIE; IIID; IVC;
VA.
Resposta
Correta:
IB; IIE; IIID; IVC;
VA.
Comen
tári
o
da
res
pos
ta:
Resposta correta: a
correlação correta é
aquela que traz à tona os
exemplos de intervenção
direta de países europeus
imperialistas em solo
africano, tais como a
conquista francesa da
Argélia, no século XIX; a
importância da resistência
etíope diante da agressão
italiana; a guerra dos
bôeres, colonos de
origem majoritariamente
holandesa que se
instalaram no sul da atual
África do Sul, desalojando
nativos e, no fim do
século XIX e início do
século XX, foram
expulsos por ingleses no
conflito pelo controle de
importantes jazidas
minerais. Após o conflito,
ambos se uniram contra a
maioria africana,
formando um governo de
coalizão racista do
apartheid. Antes desse
evento, durante a partilha
do continente, Portugal,com base em um
pretenso direito histórico,
tentou controlar o interior
do continente africano
unindo dois de seus
domínios, Angola e
Moçambique, ação
negada pela intervenção
direta dos britânicos. Já o
último evento narra o
genocídio congolês
perpetuado pela
administração direta do
rei belga Leopoldo. Após
os fatos terem sido
trazidos ao conhecimento
do público, o rei fora
afastado e o estado da
Bélgica assumiu
inteiramente a
administração colonial do
Congo Belga, atual
República Democrática
do Congo.
●
Pergunta 6
● 0 em 1 pontos
●
Observe a imagem a seguir e leia o texto:
Cartaz comemorativo da abolição da escravidão no
brasil.
Fonte: Wikimedia Commons, 2020.
Pronunciamento de Abdias Nascimento em
13/05/1998
“Na data de hoje, 110 anos passados, a sociedade
brasileira livrava-se de um problema que se tornava
mais agudo com a proximidade do século XX, ao
mesmo tempo em que criava condições para o
estabelecimento das maiores questões com que
continuamos a nos defrontar às vésperas do
Terceiro Milênio. Assim, a 13 de Maio de 1888, a
Princesa Isabel, então regente do trono em função
do afastamento de seu pai, D. Pedro II, assinava a
lei que extinguia a escravidão no Brasil, pondo fim a
quatro séculos de exploração oficial da mão de
obra de africanos e afrodescendentes nesta Nação,
mais que qualquer outra, por eles construída.
Durante muito tempo, a propaganda oficial fez
desse evento histórico um de seus maiores
argumentos em defesa da suposta tolerância dos
portugueses e dos brasileiros brancos em relação
aos negros, apresentando a Abolição da
Escravatura como fruto da bondade e do
humanitarismo de uma princesa. Como se a história
se fizesse por desígnios individuais, e não pelas
ambições coletivas dos detentores do poder ou pela
força inexorável das necessidades e aspirações de
um povo [...].
Assim, neste 13 de maio, fazemo-nos presentes
nesta tribuna, não para comemorar, mas para
denunciar uma vez mais a mentira cívica que essa
data representa, parte central de uma estratégia
mais ampla, elaborada com a finalidade de manter
os negros no lugar que eles dizem ser o nosso. A
comunidade afro-brasileira, porém, já mostrou
claramente que não mais aceita a condição que nos
querem impingir. [...]. Assim, ao mesmo tempo em
que denuncia as injustiças de que é vítima, nossa
comunidade apresenta reivindicações consistentes
e viáveis para a solução dos seculares problemas
que enfrenta. Reivindicações, como a ação
compensatória, capazes de contribuir para que
venhamos a concretizar, com o apoio de nossos
aliados sinceros, a segunda e verdadeira abolição.”
NASCIMENTO, A. Pronunciamento. Brasília, DF:
Senado, 13 maio 1998. Disponível em:
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunci
amentos/-/p/texto/226669. Acesso em: 16 dez.
2020.
Agora, julgue os itens a seguir.
I. O processo que resultou na abolição pouco teve
relação com a benevolência pessoal da então
regente princesa Izabel ou com razões estritamente
humanitárias. Ele estava mais ligado à pressão
diplomática e econômica britânica, nação já
plenamente industrializada no fim do século XIX,
desejosa de ampliar potenciais mercados
consumidores para os seus produtos
manufaturados.
II. Também era do interesse britânico acabar com o
tráfico de escravos, entendo-o como um empecilho
ao alargamento das relações comerciais do império
britânico com povos africanos e nações
latino-americanas que ainda o patrocinavam. Ao
findar o tráfico e asfixiar a escravidão, vários dos
capitais foram direcionados para a aquisição de
serviços e tecnologia britânica, que seria utilizada
nessas nações politicamente livres, mas
dependentes do ponto de vista econômico.
III. A coroa imperial desejava, desde a
independência, a abolição da escravidão, mas,
dada a situação política interna e a necessidade de
apaziguar as elites políticas e econômicas
brasileiras, ao Império coube o papel de manter a
escravidão até que ela não fosse mais interessante
ao país e às suas lideranças.
IV. O fim do tráfico internacional de escravos
africanos e a adoção de instrumentos legais, como
a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários,
contribuiu decididamente para o fim da escravidão
no Brasil.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/texto/226669
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/texto/226669
V. Outro importante elemento que tornou possível a
abolição da escravidão foi a própria decadência da
instituição escravista em nosso país, minada por
inúmeras revoltas, que incendiariam, literalmente, o
Brasil Império na década que antecede a Lei Áurea,
assim como a decisiva atuação do movimento
abolicionista, que também contou com a presença
marcante de lideranças afro-brasileiras de destaque
e de reconhecimento público.
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
I, IV
e V.
Resposta Correta: I, II
e
V.
Comen
tári
o
da
res
pos
ta:
Resposta incorreta: a
monarquia dos Bragança,
instaurada nos trópicos,
nunca atuou
decididamente contra a
escravidão, porque
entendia a instituição
escravista como um dos
alicerces econômicos da
nova nação. Além disso,
todas as novas elites do
recém-independente
Brasil eram proprietárias
de terras – logo,
detentoras de escravos.
Por isso, não cabia, na
lógica desses grupos, a
criação de um Estado que
não fizesse valer os seus
pretensos direitos. Assim,
a monarquia se dirigiu
contra o escravismo
apenas quando não
houve a possibilidade de
perpetuar a escravidã. O
resultado não poderia ser
outro: apeados daquilo
que consideravam parte
importante de sua
propriedade e “traídos”
por uma monarquia
“envelhecida”, parte das
elites políticas brasileiras
aderiu aos movimentos
republicanos. O 13 de
maio precipitaria o 15 de
novembro. As leis
contrárias à escravidão,
editadas no Brasil ao
longo do século XIX, não
tiveram efeitos práticos,
porque, se o tráfico
internacional perdera sua
força, o tráfico interno se
intensificou. Os sujeitos
que nasciam escravos
precisavam continuar
“prestando serviços” aos
senhores até a
maioridade. Dada a
violência da instituição
escravista, não era
comum encontrar maiores
de 60 anos e, se fossem
encontrados, estariam
condenados a um
envelhecimento na
miséria, abandonados à
própria sorte ou ainda
permaneceriam em
condição servil junto à
família de seus antigos
captores.
●
Pergunta 7
● 1 em 1 pontos
●
Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.
“Os africanos foram trazidos do chamado continente
negro para o Brasil em um fluxo de intensidade
variável. Os cálculos sobre o número de pessoas
transportadas como escravos variam muito.
Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos
portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua
grande maioria jovens do sexo masculino.”
(FAUSTO,1995, p. 51)
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo, 1995.
No que tange à escravidão no Brasil, é correto
afirmar que:
I. eram chamados quilombos os espaços onde
africanos, seus descendentes e outros contingentes
se refugiavam da ordem escravista e da
administração colonial;
II. o dia da Consciência Negra celebra a abolição
da escravidão, representada pela assinatura da Lei
Áurea, que, no século XIX, proclamou a liberdade
dos escravos e sua nova inserção na sociedade
brasileira;
III. aos escravos só restava a rebeldia como forma
de reação, a qual se manifestava por meio do
assassinato de feitores, de senhores, das fugas
constantes e até do suicídio;
IV. o quilombo dos Palmares, organizado no interior
do atual estado de Alagoas, é considerado o mais
importante do período colonial, tendo sido liderado
por Zumbi, tido como o maior representante da
resistência africana e afro-brasileira à instituição
escravista;
V. no continente africano, as várias sociedades e
povos estavam divididos em etnias, organizadas
em clãs, reinos e alguns impérios. Desse modo, o
que prevalecia era a diversidade social e de
organização política, diferente da ideia,
preconceituosa, de que africanos eram atrasados e
viviam, sem exceção, de forma homogênea;
VI. por meio dasobras do pintor e desenhista
Jean-Baptiste Debret (1768-1848), é possível
conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele
esteve no Brasil no século XIX e deixou uma
preciosa fonte iconográfica, que retrata o cotidiano
do país recém-independente, seu povo, fauna e
flora;
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
I, IV, V e
VI.
Resposta Correta: I, IV, V
e VI.
Comen
tário
da
resp
osta
:
Resposta correta: os
quilombos eram espaços
de resistência
organizados por africanos
e seus descendentes que
acolhiam também outros
sujeitos refugiados da
ordem colonial. O mais
famoso era o de
Palmares, que teve como
grande líder a figura de
Zumbi. Sua morte,
causada no cerco a
Palmares, é lembrada
como um grande símbolo
da resistência africana e
afro-brasileira à ordem
escravista nos tempos da
colônia. No continente
africano, havia uma
imensa diversidade
étnica, assim como social
e política; coexistiam
reinos com organizações
clânicas (de parentesco)
e impérios que abrigavam
milhares de indivíduos,
contrariando estereótipos
que apontam uma
simplicidade ou
primitividade na
organização social e
política dessas diferentes
sociedades.
●
Pergunta 8
● 1 em 1 pontos
●
A expansão imperialista das potências europeias sobre
o continente africano, entre a segunda metade do
século XIX e o início do século XX, alterou as
estruturas das várias nações e territórios nos quais
se manifestou, impactando as sociedades ao
mesmo tempo que as tornava subalternas na
ordem internacional que se desenhava a partir do
fim do século XIX. Ao lado das teorias racistas,
especulou-se a respeito da natureza humana das
populações tradicionais, classificando-as como
selvagens e primitivas. No que tange ao
imperialismo europeu na África, é correto afirmar
que:
Resposta
Seleci
onada
:
justificou o domínio
europeu a partir de uma
ideologia que defendia a
ação europeia como uma
missão civilizadora,
capaz de conduzir os
povos do continente a
melhores condições de
vida sob a tutela da
Europa.
Resposta
Corret
a:
justificou o domínio
europeu a partir de
uma ideologia que
defendia a ação
europeia como uma
missão civilizadora,
capaz de conduzir os
povos do continente a
melhores condições de
vida sob a tutela da
Europa.
Coment
ário
da
resp
osta
:
Resposta correta: o
imperialismo justificou
sua ação em uma ação
civilizatória capaz de
retirar os povos de sua
selvageria e
primitividade. Além dos
discursos civilizatórios,
também há o mito da
superioridade do homem
branco e europeu,
representado nas teorias
do racismo científico, que
atestava o atraso das
demais populações do
globo como algo inato,
isto é, ligado a sua “raça”
e outros elementos
deterministas, tais como
sua vegetação ou o
clima.
●
Pergunta 9
● 1 em 1 pontos
●
Leia o poema a seguir:
Olá! Negro
“Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
e a quarta e a quinta geração de teu sangue
sofredor
tentarão apagar a tua cor!
E as gerações dessas gerações, quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
Pai-João, Mãe-Negra, Fulô, Zumbi,
negro fujão, negro cativo, negro rebelde.
negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro
que foste para o algodão de USA
para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o
colar de ferro, para a canga
de todos os senhores do mundo;
eu melhor compreendo agora os teus blues
nesta hora triste da raça branca, negro!
Olá, Negro! Olá, Negro!
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
LIMA, J. de. Obras completas. Rio de Janeiro:
Aguilar, 1958.
Com base no poema de Jorge de Lima
(1893-1953), julgue as afirmações a seguir.
I. O branqueamento foi um processo social e
histórico defendido por amplos setores das elites
brasileiras que objetivavam apagar a “mácula” do
sangue brasileiro.
II. O branqueamento é uma ideologia racista que
propunha a gradual incorporação dos
afro-brasileiros em uma sociedade mestiça que se
dizia branca. Também podemos compreender o
branqueamento como uma ação genocida e
etnocida, pois propõe, literalmente, apagar a
presença do negro brasileiro na sociedade.
III. As teses racistas – entre elas, a do
branqueamento – tiveram ampla aceitação pela
população, reforçando o ideário de que em nosso
país não há racismo contra os segmentos
populacionais afrodiaspóricos.
IV. Entre os setores mais progressistas e radicais
do movimento negro, não há a condenação das
discussões e narrativas do branqueamento,
entendido como parte de um processo histórico
específico que só pode ser compreendido naquele
contexto social, sem nenhuma consequência para
as presentes lutas do povo preto.
V. O poema deixa claro que o branqueamento é a
única saída para os amplos contingentes
afro-brasileiros. Assim, uma possibilidade
civilizacional que se propõe a apagar o passado da
escravidão.
Está correto o que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
I, II e
III.
Resposta Correta: I, II
e III.
Comen
tári
o
da
res
post
a:
Resposta correta: o poema
traz à tona a discussão a
respeito do
branqueamento,
demonstrando-o como
uma narrativa
hegemônica, em especial
de cientistas e de suas
instituições, parte das
elites intelectuais
brasileiras, interessadas
no surgimento de um “tipo
de brasileiro” apto aos
desafios da civilização
capitalista e industrial
desejada por esses
setores. O
branqueamento enquanto
ideologia também
propunha, de forma
genocida e etnocida, a
incorporação de amplos
segmentos populacionais
africanos e de suas
práticas culturais em uma
cultura mestiça aprazível
para essas mesmas
elites. Tais ideias ainda
vieram a corroborar com
o mito da democracia
racial brasileira, que
acredita na inexistência
do preconceito de cor e
na predisposição à
miscigenação, em
especial na incorporação
dos segmentos
populacionais
afrodiaspóricos.
●
Pergunta 10
● 0 em 1 pontos
●
Os países industrializados, sejam eles da Europa
Ocidental, os Estados Unidos ou o Japão, a partir
do século XIX, voltaram suas atenções para os
continentes africano e asiático visando
estabelecer áreas coloniais próprias, seja por
meio de efetivo controle territorial ou ainda por
meio de protetorados sobre populações inteiras e
seus territórios. Também há a ação
neocolonialista por meio de empréstimos e
estabelecimento de infraestrutura para transportes
de mercadorias e outras commodities, base da
economia de países capitalistas dependentes das
economias centrais. A respeito do
neocolonialismo ou imperialismo, analise as
afirmações a seguir.
I. A dominação que os países da Europa Ocidental –
Reino Unido, França, Alemanha, Espanha,
Portugal, Itália e Bélgica – estabeleceram sobre o
continente africano, no século XIX, ratificada pelo
Congresso de Berlim, é mais conhecida como
Partilha Sul do mundo.
II. A principal área de dominação econômica do
neocolonialismo europeu foi a América do Sul,
especialmente em países como a Argentina e o
Brasil, a exemplo dos grandes investimentos em
infraestrutura e empréstimos destinados a essa
região por financistas britânicos e, em menor
escala, franceses e depois alemães.
III. A França iniciou suas conquistas coloniais pela
Argélia (norte da África), no início do século XIX,
utilizando seus exércitos da chamada Legião
Estrangeira. Esse foi o primeiro passo para o
estabelecimento de um vasto controle sobre a
África Ocidental e parte significativa do Sahel
africano, o que tornou os franceses o segundo
país em extensão imperialista.
IV. A garantia de fornecimento de matérias-primas
para a indústria (ferro, carvão, petróleo, mas
também madeira e outros gêneros “exóticos” dos
continentes africano e asiático), principalmente de
países da Europa Ocidental, constituía-se no
principal objetivo econômico do neocolonialismo
ou imperialismo.
V. As potências industrializadas justificavam o
domínio sobre outros povos como missão
civilizadora, isto é, obrigação de difundir o
progresso pelo mundo. Essa missão civilizatória
também atestava a supremacia do homem branco
e europeu, seu “fardo” para com as demais
populações atrasadas do planeta e era reforçado
pelas teorias do racismo científico.
Está corretoo que se afirma em:
Resposta
Selecionada:
I, III e V.
Resposta Correta: II, III, IV
e V.
Coment
ário
da
resp
osta
:
Resposta incorreta: não
houve nenhuma
Partilha Sul. Esse é um
termo equivocado para
a reunião de países
imperialistas europeus
no Congresso de
Berlim, que dividiu o
continente atendendo
aos seus interesses,
seguido de uma
verdadeira corrida para
a sua efetiva ocupação,
o que gerou processos
de invasão, violência,
guerra aberta e
reorganização dos
territórios,
submetendo-os aos
interesses do domínio
imperialista.

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