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Anamnese e Diagnósticos em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene da Costa Granadeiro Avaliação Estética e Fotodocumentação • Ficha de Avaliação e Fotodocumentação. • Aprender a recepcionar o cliente; • Entender como fazer avaliação física e clínica; • Aprender como realizar fotodocumentação adequada do cliente. OBJETIVO DE APRENDIZADO Avaliação Estética e Fotodocumentação Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação Ficha de Avaliação e Fotodocumentação Vamos iniciar a disciplina de anamnese e diagnóstico em estética, que é de extre- ma importância, pois é ela que conduzirá todos os seus tratamentos estéticos, sejam eles corporais ou faciais. Qualquer procedimento que você realizar em sua cabine, clínica, ou espaço é preciso que se inicie pela avaliação, pois com ela você conseguirá realizar os proce- dimentos adequados. Para uma avaliação ser adequada, é preciso ter requisitos básicos essenciais. Veja: • Ter uma boa recepção; • Oferecer um bom ambiente; • Dispor de bom contato visual; • Agir com prontidão; • Ser individualizada/ privativa; • Esclarecer todas as dúvidas do cliente; • Direcionar para o tratamento adequado. Uma boa avaliação deve seguir alguns passos importantes: 1. Recepção 2. Entrevista 3. Hábitos diários 4. Exame físico e palpatório 5. Escolha do procedimento Figura 1 Vamos iniciar falando da recepção, seja ela física, ou de comportamento, é a porta do seu negócio, logo, você precisa ter uma dedicação especial a esse quesito. Já ouviu falar que a primeira impressão é a que fica? Pois é, isso é a mais pura verdade. Dessa forma, mesmo que seu espaço seja muito simples, ele precisa ser 8 9 agradável e limpo. Seu cliente precisa sentir-se bem e confortável de estar lá, o ambiente deve ser bem arejado, bem iluminado, limpo, organizado, aromatizado e com cores adequadas. Veja no link a seguir algumas dicas que ajudarão a melhorar a sua recepção. Disponível em: https://goo.gl/d1rR73. Ex pl or Veja na imagem a seguir um exemplo de uma recepção e sala de espera. Figura 2 Fonte: iStock/Getty Images Devemos nos lembrar de que a recepção faz parte do macroambiente e ela deve ser parte integrante do restante do ambiente. E nos atendimentos homecare, o que fazer? Atualmente, os atendimentos homecare estão muito frequentes, principalmente se o cliente apresenta algum tipo de dificuldade de mobilidade. Com isso, o profissional precisa adequar o atendimento, que era em um espaço físico fixo, para o atendimen- to na casa do cliente. Porém, essa adaptação deve manter todos os itens abordados quanto à recepção. É preciso ser cordial, educado, atencioso, pontual, não se esque- cendo de manter sempre a discrição – não saia falando para outras pessoas como são os móveis e outros detalhes da casa e do convívio familiar de seu cliente, isso seria totalmente fora de ética. Entrevista Após a recepção, a entrevista será o primeiro momento no qual você poderá conhecer melhor seu cliente. É a fase inicial da avaliação como um todo. Nesse mo- mento, você irá preencher a ficha de avaliação – que muitos reconhecem como ficha 9 UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação de anamnese. Nela estarão todos os dados pessoais do cliente, como nome, endere- ço, nascimento etc. e também você saberá quais são as queixas principais do cliente. Mas, afinal, qual é a importância de saber os dados pessoais do cliente? Figura 3 – Cedida pelo conteudista Fonte: Acervo do conteudista Cada informação é muito importante, tanto para você ter o dado pessoal de seu cliente, quanto para saber informações essenciais ao tratamento. Os dados pesso- ais, como nome, endereço, e-mail e telefone, serão úteis para você poder enviar mensagens de promoções, informativos e até mesmo cartões de aniversário – quem não gosta de receber uma mensagem carinhosa no dia especial, não é? Saber a pro- fissão do cliente também é importante, pois você poderá direcionar o tratamento de acordo com sua disponibilidade, em cabine e homecare, a depender ofício realizado por ele. Imagine se um cliente que quer fazer tratamento de clareamento de man- chas e seu oficio é trabalhar em uma barraca de pastel na feira. Pense nas agressões que a pele dele sofre diariamente com o calor da fritura, o sol, e por não conseguir reaplicar protetor solar etc. É preciso, por exemplo, repensar o tratamento ideal para esse cliente. Daí a importância de considerar as atividades que cada cliente exerce em seu cotidiano. Outro dado importante na fase da entrevista é reconhecer a queixa principal – sempre deixe o cliente falar o que está incomodando e qual foi o motivo da visita, pois, às vezes, identificamos outras alterações estéticas mais evidentes e que o cliente não percebeu ou não o incomodaram. Por exemplo: uma cliente com mui- ta acne em seu rosto chegou ao consultório, porém, ela queria fazer apenas uma drenagem linfática. Exame Clínico, Histórico de Saúde e Hábitos Diários Esse passo da avaliação é de extrema importância, pois é o momento no qual você irá reunir os dados relacionados à saúde do seu cliente, ou seja, se ele está realizando tratamento médico, de quais medicamentos faz uso, se sofre de algu- ma alergia, doença hereditária, quais seus hábitos alimentares, hábitos diários e tratamento estéticos anteriores. Todos esses dados são muito importantes, pois somente assim você saberá se o cliente poderá realizar os procedimentos deseja- dos ou não. 10 11 Veja, na imagem a seguir, como você pode reunir esses dados: Figura 4 Fonte: Acervo do conteudista Figura 5 Fonte: Acervo do conteudista Vamos entender por que é importante saber alguns desses dados. Discutiremos cada um deles em tópicos. 11 UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação Hábitos diários • Tratamento estéticos anteriores: saber o que seu cliente já fez pode ajudar a atender como a pele e/ou corpo reage ao tratamento. Com essa informação, você pode saber se o tratamento que você espera direcionar irá atender às expectativas, ou até mesmo mudar alguma conduta de acordo como próprio histórico do cliente. • Utilização de lentes: essa informação é muito importante quando for realizar um procedimento facial, pois manipulamos a região dos olhos e a probabilidade de machucar seu cliente é grande. Por isso é indicado que seu cliente sempre tire as lentas antes da realização do procedimento. • Cosméticos: saber o que seu cliente está usando ajuda o profissional na escolha de qual cosmético utilizar também. Assim, acaba reduzindo as chances de ter alguma reação ruim quanto ao produto escolhido, e também consegue indicar um tratamento homecare mais adequado baseado na rotina do seu cliente. • Exposição solar: com essa informação, você consegue saber qual procedimen- to não é indicado para o cliente – se ele está acostumado a pegar muito sol, tratamentos de clareamento podem ser um pouco arriscados, podem ocasionar complicações após a sessão. • Tabagismo: o cigarro faz com que a pele se torne mais desidratada e desvitaliza- da, pois a oxigenação de um fumante é mais dificultada devido aos efeitos nocivos do tabaco; com isso também há uma dificuldade na cicatrização. Dessa forma, é muito importante saber se seu paciente é fumante. • Bebidas alcoólicas: pessoas que consomem bebidas alcoólicas com mais fre- quência tendem a reter mais líquido, ficando com a pele mais edemaciada e também desidratada. • Sono: é durante o sono noturno que fazemos a reposição de nutrientes, logo, se seu cliente trabalha no período noturno, ou não dorme bem, tratamento para revitalização facial, por exemplo, não terá o mesmo efeito que teria em uma pessoa que dorme bem. • Água: é muito importante a ingestão de água, visto que a maior parte do nos- so corpo é composto por esse elemento. Ela é essencial para os resultados de diversos tratamentos estéticos, pois, sem a ingestão de água, tratamentos para edemas, por exemplo, não terão o efeito desejado. • Alimentação: do que adianta fazer tratamento de redução de medidas se seu cliente come fritura em quantidade exagerada? É importante saber dos hábitos alimentares do seu cliente. Essa informação ajuda a auxiliá-lo e, se necessário, a fazer a indicação de um nutricionista. • Atividade física: para qualquer tratamento estético, a atividade física é impor- tante, pois ela faz com que nosso corpo entre em movimento, acelerando, as- sim, a circulação sanguínea. 12 13 • Gravidez: essa condição é muito especial para qualquer mulher, e muitos cui- dados são necessários nesse período, pois não queremos que nada dê errado. Como precaução, muitos procedimentos estéticos e cosméticos são contrain- dicados nessa fase, principalmente, aqueles no qual são usados eletroterapia. Importante! Mesmo nos casos em que o procedimento seja indicado para gestante, é necessário que a cliente tenha um documento por escrito de seu médico autorizando a mesma a realizar o procedimento. Isso servirá de precaução para você como profi ssional. Importante! Histórico clínico • Tratamento médico e medicamentos em uso: essa informação nos ajuda a sabermos se devemos tomar algum cuidado específico, pois a utilização de cer- tos tipos de medicamentos também podem ter interações negativas de acordo com o cosmético aplicado. Dessa forma, todo cuidado é pouco, e você como profissional deve estar muito bem informado sobre os principais tratamentos médicos e medicamentos. Caso sua cliente esteja tomando algum medicamen- to, ou fazendo algum procedimento que você desconhece, pesquise antes de dar andamento ao tratamento. • Alergias: saber se seu cliente tem antecedentes alérgicos é essencial em qual- quer procedimento que for realizar, seja a alergia à comida, a utensílios ou qual- quer outra coisa, é muito importante saber. Por mais simples que o cliente pense que seja, deve ser comunicado na ficha de avaliação, pois, além de poder causar irritação e inchaço, a alergia pode chegar a ter complicações mais graves. Caso seu cliente tenha alergia a frutos do mar, ele não poderá usar nenhum cosmético que seja derivado do mar, como, por exemplo, o DMAE. Por isso é importante que você saiba muito bem quais são as bases de seus produtos cosméticos. Ex pl or • Distúrbios circulatórios e cardíacos: muitos procedimentos estéticos estimulam a circulação sanguínea e linfática. Caso seu cliente tenha algum distúrbio desse tipo, uma circulação aumentada pode prejudicar o quadro do cliente. De mesma forma, se seu cliente tiver problemas cardíacos, estimular a passagem de sangue pelo coração pode causar consequências graves. • Distúrbios hormonais: saber se seu cliente tem alterações hormonais pode ex- plicar casos de tratamentos de medidas que não alcançam resultados satisfatórios. Por exemplo, um cliente que está emagrecendo demais, um quadro de acne seve- ra e outros distúrbios podem ser explicados pela alteração de hormônios. • Problemas oncológicos: diversos tratamentos são contraindicados em caso de câncer. Cuidados devem ser tomados se seu cliente estiver fazendo trata- mento desse tipo, e, se tiver antecedentes, é sempre bom incentivá-lo a fazer exames periódicos. 13 UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação • Diabetes: pessoas que têm diabetes apresentam grande dificuldade de cicatri- zação e pele muito ressecada, logo, deve-se tomar cuidado com procedimentos em que se utilizam agulhas ou esfoliação muito agressiva. Dessa forma, sempre dê preferência para procedimentos que aumentem a hidratação da pele. • Estresse: o stress é o principal responsável por diversas doenças da atualida- de e ele pode ser a principal causa de seu cliente não ter grandes resultados nos tratamentos. • Procedimentos cirúrgicos anteriores: é sempre de muita importância saber se seu cliente fez algum processo cirúrgico, pois, dependendo do tempo de cirurgia (seja ela reparadora, plástica ou qualquer outra), é necessário tomar cuidado com posicionamentos, cicatrizes e outros cuidados básicos. Ao finalizar essa etapa da entrevista, você poderá identificar se seu cliente estará apto a receber o procedimento estético, ou não. Muitas vezes, o cliente chega anima- do para fazer algo que, na verdade, estará impedido por um ou mais motivos, e cabe- rá a você orientá-lo e dizer que a saúde dele, naquele momento, é o mais importante. Nunca deixe seu cliente preencher a ficha sozinho, pois, às vezes, ele não sabe muito bem o que você está escrito e, por vergonha, não pergunta. Será que todos sabem o que são “antecedentes oncológicos”, ou sabem que implantes dentários podem ser considerados “próteses metálicas”? Então, sempre preencha a ficha juntamente com seu cliente, assim, em todas as dúvidas que surgirem, você poderá orientá-lo. Ex pl or Finalizada a seção, podemos seguir para o próximo passo, que é o exame físico. Exame Físico Após finalizada a etapa de entrevista e também dos hábitos diários e parte clíni- ca, se seu cliente estiver apto fisicamente para receber um procedimento estético, é hora de realizar o exame, ou avaliação física. Nessa etapa, você irá fazer uma avaliação, no rosto, ou no corpo, de seu cliente, apalpando e identificando as alte- rações estéticas. Para cada região do corpo, você poderá utilizar recursos e instru- mentos de avaliação diferentes. Nas próximas unidades, você irá aprender a reali- zar avaliação física para cada tipo de alteração estética, seja ela facial, ou corporal. Para fechar a avaliação do seu cliente, você deve fazer uma fotodocumentação. Fotodocumentação Com certeza, você já viu algumas fotos de antes e depois de procedimentos estéti- cos. Algumas são bem feitas, porém, em sua maioria, não apresentam padrões cor- retos, por isso é de extrema importância fazer os registros fotográficos padronizados corretamente. Tirar foto do seu cliente vai muito além de somente verificar o antes e o depois, pois ela permite que você registre coisas que seu cliente, muitas vezes, não estava vendo. Além disso, poderá usá-lo como um documento não apenas para você 14 15 e seu cliente,mas também no caso de desejar fazer estudos e produção científica. Portanto, é necessário anotar todos os dados importantes na ficha do cliente (princi- palmente se seu propósito for a produção de um documento científico), pois o antes e o depois devem ser tirados todos nos mesmos padrões de distância, foco, flash, iluminação, velocidade, objetiva, tipo de câmera e abertura do diafragma. Antes de tirar uma boa foto, é necessário utilizar o equipamento correto. Vejamos. Câmera O equipamento que você irá usar é muito importante. Entenda que nem sem- pre o equipamento mais caro será o melhor para você utilizar. É possível usar até mesmo câmera de celular, porém, de acordo com Borges (2010), sua câmera deve apresentar alguns requisitos básicos: possuir controle manual de velocidade do ob- turador, abertura diafragma, foco e resolução de 3 megapixels no mínimo. Enquadramento O enquadramento é importante, pois, com ele, conseguimos focar aquilo que queremos mostrar. Uma das estratégias para fazer o enquadramento correto é uti- lizar a regras dos terços, ou seja, você terá que dividir a imagem com duas linhas imaginárias na vertical e duas na horizontal, ficando com 9 pequenos quadrados. O ideal é que a imagem fique posicionada – aquilo que você quer que as pessoas enxerguem – na região central da foto e tente preencher toda a foto com a imagem que pretende mostrar, evite distrações ao fundo. Esse tipo de enquadramento se chama regras dos terços. Acesse o link para ver a imagem: https://goo.gl/5kaAxc. Ex pl or Como escolher se usará a câmera na horizontal ou vertical? Isso vai depender da região do corpo que pretende tirar a foto, sempre escolha a direção na qual a imagem ficará melhor enquadrada. Posicionamento do cliente: o posicionamento do cliente também faz toda a dife- rença na foto. O ideal é que o indivíduo esteja em uma distância de 70 cm do fundo e 1 metro da câmera. Quando a imagem for da face, o ideal é que você registre dife- rentes posições, uma da região frontal, outra de lateral (esquerda ou direta ou ambas) e uma a 45º. Veja a imagem a seguir: Figura 6 Fonte: Phorte, 2010 15 UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação Original disponível em: BORGES, F. S. Dermatofuncional: Modalidades terapêu- ticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010. Se a imagem for de região corporal, é importante que o individual respeite a aber- tura entre as pernas de 30 cm entre elas, e tire foto da parte anterior, de lateral es- querda, na diagonal esquerda (45º), posterior, diagonal direita e lateral direita. Dessa forma, você conseguirá registrar todos os pontos importantes do seu cliente. Veja, na Figura a seguir, as posições que seu cliente deve ficar na hora de tirar a foto. Figura 7 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Informações importantes para foto • Uso de tripé e suportes: o uso de suporte de apoio auxilia para manter a al- tura, distância e também a estabilidade. • Foco: item muito importante, pois vai garantir a nitidez da foto. • Ângulo: o ângulo da câmera em relação ao cliente deve ser sempre de 90º. • Fundo: é um item importante, pois o fundo da imagem não pode ter distrações, como cadeiras, tomadas, cortinas etc., uma vez que tudo isso tira a atenção de quem está observando. Borges (2010) também atenta quanto à cor do fundo da imagem, a cor azul celeste é o melhor contraste para registrar imagens de pessoas de qualquer variação de cor de pele. 16 17 Figura 8 Fonte: iStock/Getty Images Observe na foto que não há padrão nenhum de fotodocumentação, há posicio- namento errado, roupas diferentes, muitas distrações ao fundo, posicionamen- tos diferentes, altura de câmera diferente. É importante lembrar que todas as fotos devem ser feitas no mesmo lugar. Muitos profissionais pedem para seus clientes tirarem fotos em casa para, depois lhes enviar, mas isso não é correto. • Autorização: para utilizar a imagem do seu cliente, é de extrema importância que ele autorize documentalmente. Não pode ser acordo verbal apenas. É preciso que ele assine um termo de autorização de divulgação – você pode especificar se haverá divulgação interna ou externa e, mesmo com a autorização em mãos, é importante que você respeite a imagem do cliente, deixando-o menos exposto possível. A fotodocumentação é um recurso muito importante que faz parte de sua avalia- ção. Com ela, você poderá documentar, junto à ficha do cliente, todas as alterações estéticas que ele tem e também acompanhar a evolução do tratamento. Tudo o que aprendemos nesta unidade faz parte da entrevista e avaliação inicial do cliente. Sem elas, não devemos iniciar nenhum procedimento, pois não sabe- remos detalhes importantes que poderão interferir no tratamento. É importante também, ao final da avaliação, sempre pedir para o cliente assinar a ficha, pois é um documento. Esperamos que possam recepcionar e examinar seus clientes corretamente. Até mais! 17 UNIDADE Avaliação Estética e Fotodocumentação Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Buona Vita Veja neste site algumas dicas bem legais sobre a fotodocumentação de antes e depois. https://goo.gl/gKKeUS Mundo Estética Neste link, você consegue fazer dowloand de ficha de avaliação. https://goo.gl/pmP6PX Vídeos 4 passos importantes para um boa avaliação na estética https://youtu.be/oFX42MVRSSI Leitura A importância da padronização dos registros fotográficos da face No artigo a seguir, você consegue entender a importância da padronização dos resgis- tros fotográficos em procedimenstos estéticos da face. https://goo.gl/qhcayc 18 19 Referências BORGES, F. dos S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2010. GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recur- sos, patologias. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2002. MUNDO ESTÉTICA. Ficha de anamnese geral. 2017a. Disponível em: <https:// www.mundoestetica.com.br/materiais/ficha-de-anamnese-geral>. Acesso em: 03 jul. 2017. 19 Anamnese e Diagnósticos em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro Pele e Instrumentos Avaliativos da Face • Introdução; • Biotipo Cutâneo; • Estado Cutâneo; • A Pele de Acordo com a Idade; • Instrumentos Avaliativos da Face. • Fazer com que o aluno conheça a estrutura da pele e seus anexos, bem como seja preparado para avaliar seus tipos e fototipos; • Tornar o aluno apto a identifi car os instrumentos avaliativos para a face. OBJETIVO DE APRENDIZADO Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais.Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Introdução A avaliação da pele serve, de maneira geral, para que o profissional consiga identificar as características de cada pele e oriente de maneira correta, quanto aos tratamentos e cuidados diários. Para fazer uma avaliação correta, primeiro vamos revisar de maneira breve as características fisiológicas da pele. A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano e representa 15% do peso corporal. Toda sua estrutura é bem complexa, com muitas camadas e células, tem espessura de aproximadamente 5mm na maior parte de sua extensão, mas em regiões mais finas, como pálpebras, ela chega a ter 0,5mm. A pele precisa estar saudável para exercer suas funções, mesmo porque ela tem um contato direto com o meio externo. Alguns autores apresentam a pele em 3 camadas, porém, artigos mais recentes relatam que a pele tem apenas 2 camadas, a epiderme e derme; e a hipoderme faz parte do tecido subcutâneo. Veja a estrutura da pele e suas camadas: As Camadas da Pele Epiderme Derme Tecido Subcutâneo Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Antes de aprendermos diferenciar cada tipo de pele, é importante que você conheça a pele um pouquinho mais a fundo. Vamos lá? A primeira camada da pele, a epiderme, é a camada mais superficial, e tem função protetora, mesmo sendo a parte mais fina da pele – representando mais ou menos de 0,03 a 1,5mm (dependendo da região) – ela tem 4 camadas diferenciadas: • Camada basal: é a camada que tem uma divisão celular muito grande, está localizada de forma mais profunda na epiderme e entra em contato direto com a derme. 8 9 • Camada espinhosa: possui filamentos de queratina e com isso consegue manter as células unidas. • Camada granulosa: há presença de grânulos de queratina que formam uma barreira entre as células, que dificulta a passagem de água; nessa camada, os queratinócitos são achatados, menos hidratados e produzem uma maior quan- tidade de queratina. • Camada córnea: é a camada mais superficial, formada por células mortas, e estão sempre se renovando. • Camada lúcida: presente somente e regiões mais espessas do corpo como palma da mão e planta dos pés. Uma célula demora aproximadamente de 26 a 28 dias para sair da camada basal e chegar até o extrato córneo (a camada mais superfi cial da pele), ou seja, para percorrer toda a ex- tensão da epiderme, uma célula demora quase 1 mês. Ex pl or Derme A derme é a camada localizada logo abaixo da epiderme, ela tem por finalidade garantir a elasticidade e resistência da pele, além de ser responsável pela oxigena- ção e nutrição da epiderme. De acordo com Rodrigues (2012), a derme apresenta uma espessura de 15 a 40 vezes maior que a epiderme. Na derme, é onde encontramos a matriz colágena, fibras elásticas, fibroblastos, substância fundamental, entre outras. Hipoderme Alguns autores falam que a hipoderme é a última camada da pele, porém, ou- tros defendem que ela não faz parte da pele, pois ela é um tecido subcutâneo com- posto por células de gordura, que têm por função dar forma e contorno ao corpo, proteger órgãos internos e manter a temperatura corpórea. Anexos cutâneos Os anexos cutâneos são as unhas, folículo piloso, glândulas sudoríparas e glân- dulas pilossebáceo. A seguir, você pode identificar os anexos cutâneos presentes na pele: 9 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Glândula Sebácea Foliculo PilosoGlândula Sudorípara Figura 2 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images • Folículo piloso: é uma unidade que é encontrada em toda a superfície da pele, onde é produzida fios de cabelos e pelos. • As glândulas sudoríparas são responsáveis por secretar suor através dos ori- fícios pilossebáceos. O suor é necessário, pois ajuda o nosso corpo manter a temperatura. • Glândulas sebáceas: são glândulas que produzem lipídios, sebo – normal- mente estão ligadas a um folículo piloso, que ajudam a lubrificar os pelos e também a pele. • Unha: todos nós conhecemos as unhas, desde pequenos, nós já conseguimos identificá-las em nosso corpo; ela é uma placa de queratina que fica localizada nas pontas dos dedos. Biotipo Cutâneo Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. 10 11 A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Pele Normal Pele Oleosa Pele Seca Pele Combinada Figura 3 – Tipos de pele Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Pele eudérmica A pele eudérmica é uma pele muito difícil de ser encontrada, ela apresenta o equilíbrio perfeito, onde tem o pH fisiológico. Esse tipo de pele, apesar de ser encontrada, quase sem- pre em bebê, se algum jovem ou adulto for contemplado por ela, pode ser resultado de uma boa alimentação, ser saudável, boa he- reditariedade e ter bons hábitos. Veja na ima- gem ao lado como conseguimos a aparência de uma pele eudérmica. Suas características são: • Média espessura; • Brilho normalizado; Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images • Secreção sebácea equilibrada; • Secreção sudorípara equilibrada; • Hidratação equilibrada; • Superfície lisa e aveludada; • Boa elasticidade; • Superfície firme; • Óstios imperceptíveis; Orientações para a pele eudérmica: • Manter a hidratação, proteger diariamente contra agressões externas, tentar manter o equilíbrio da pele, usar cosméticos adequados. 11 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Pele alípica A pele alípica é uma pele que apresenta ausência de oleosidade, tem um pH mais ácido e devido à sua falta de hidratação e gordura é mais propensa a um en- velhecimento precoce. Características: • Espessura fina; • Secreção sebácea reduzida; • Secreção sudorípara reduzida; • Desidratada; • Sem brilho/opaca; • Descama com facilidade; • Ostios mais fechados; • Tendência a rugas; • Muito sensibilizada. Figura 5 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Orientações para a pele alípica: • Evitar agressões externas como ventos, frio e sol, fazer hidratação diária com produtos específicos, evitar água quente, não usar cosméticos com grande quantidade de álcool. Pele lipídica A pele lipídica apresenta uma quantidade de oleosidade mais intensa, tem um pH mais alcalino, porém, é uma pele que resiste mais a agressões externas e ao envelhecimento; epele mais oleosa, além da hereditariedade, ela pode ser influen- ciada pele estresse, temperatura mais altas e desequilíbrio hormonal. 12 13 Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Características de uma pele lipídica: • Espessura aumentada; • Secreção sebácea aumentada; • Secreção sudorípara aumentada; • Desidratada as vezes; • Superfície sebáceo; • Brilho excessivo; • Óstios mais abertos; • Tem tendência a comedões e acne. Orientações para a pele lipídica: • Para a pele oleosa, devemos ter alguns cuidados no controle da oleosidade: sempre utilizar cosméticos adequados para esse tipo de pele, ou seja, produtos livres de óleo. Pele mista Esse tipo de pele é muito comum e re- úne característica de oleosas e secas em uma mesma pele; na zona central do ros- to (testa, nariz e queixo), ela tem carac- terísticas lipídicas, já na lateral do rosto ( orelhas, área dos olhos e bochechas) tem características de uma pele mais seca, essa divisão conhecemos com ao zona T. Característica da pele mista: • Oleosidade na zona T; • Espessura normal em laterais e mais espessa e zona T; • Brilho mais intendo na zona T; • Ostios mais dilatados na zona T; Figura 7Fonte: iStock/Getty Images 13 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face As regiões marcadas na imagem representam as regiões com oleosidade, as demais áreas têm características de pele mais seca. Orientações para pele mista: • Para quem tem este tipo de pele é preciso fazer a proteção contra agentes externos (assim como os outros tipos), usar os cosméticos adequados para controlar a oleosidade na parte central da face e também aumentar a hidrata- ção nas laterais. Estado Cutâneo • Normal: quando há equilíbrio de todo os requisitos, de hidratação, oleosidade, textura etc. • Sensibilizado: como a pele reage a estímulos, quando apresenta irritação, vermelhidão, coceira, calor etc. • Seborreico: quando há uma secreção de sebo muito grande na pele. • Textura: quando identificamos se a pele do cliente é mais lisa ou áspera. • Ostio: mais popularmente conhecidos como poros, são os orifícios que estão sobre toda a pele. Importante! Para avaliar o biotipo cutâneo, é necessário que antes se faça a higienização adequa- da da pele, pois não é possível identificar corretamente as características da pele se o cliente estiver de protetor solar, ou se acabou de chegar da rua em um dia ensolarado, com maquiagem etc. Então, para ter um diagnóstico correto, a pele SEMPRE deverá estar limpa. Importante! Qual é a importância de sabermos o tipo de pele de nosso cliente? Antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante identificar qual é o tipo de pele do seu cliente, isso porque você deverá eleger os cosméticos corre- tos para cada tipo de pele. Já pensou usar uma máscara em creme (que tem mais óleos) em uma pele oleosa, ou usar um produto que retira totalmente a oleosidade em uma pele alípica? Em qualquer uma dessas situações, você poderia ter provo- cado um efeito não desejado na pele, isso porque não está usando e nem fazendo o procedimento adequado ao tipo de pele do seu cliente. Fototipo A classificação do fototipo de pele está relacionada ao comportamento da pele quando exposta ao sol, nossa pele pigmenta-se através da ação da melanina, que é o pigmento que dá coloração, isso é definido de maneira genética. Se os pais 14 15 produzem pouca melanina, o filho também produzirá e assim sucessivamente. No ano de 1976, o Dr. Thomas Fitzpatrick classificou 6 fototipos cutâneos, que varia do I ao VI. Classificação de fototipo de pele segundo Fitzpatrick: I.I - Pele muito sensível ao sol, sempre se queima ( ca muito vermelha) e nunca bronzeia. I.II - Pele sensível ao sol, sempre se queima e bronzeia pouco. I.III - Pele de sensibilidade normal, bronzeia moderadamente e às vezes se queima. I.IV - Pele com sensibilidade normal, bronzeia bastante e se queima pouco. I.V - Pele com pouca sensibilidade, muito pigmentada bronzeia sempre e raramente se queima. I.VI - Pele sem sensibilidade, nunca se queima, é muito pigmentada naturalmente. Figura 8 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Importante! A tabela de fototipo proposto por Fitzpatrick não é com a fi nalidade de defi nir a cor da pele somente, mas sim classifi cá-la em decorrência da reação à exposição solar ao bronzeamento e queimadura. Importante! A Pele de Acordo com a Idade Para atendermos melhor cada tipo de cliente, de maneira geral, é importante entendermos como cada pele se comporta em diferentes fases da vida. Bebês A pele do bebê obviamente é mais fina do que de um adulto, e não tem todas as funções em plano funcionamento. Em um atendimento de Shantala, por exemplo, é necessário tomar os devidos cuidados. 15 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Crianças Para as crianças, o primordial é que tenha muito cuidado de prevenção, pois a criança com uma pele bem cuidada permanecerá na fase adulta. De acordo com Rodrigues (2012), até os 18 anos, estima-se que a criança e o adolescente já ti- veram a pele exposta aos raios solares máximos em 80%. Nessa fase da vida, é importante predominar os cuidados com a proteção solar e hidratação à pele. Adolescentes Nessa fase, há grande quantidade de alteração hormonal e isso faz com que as haja um aumento na atividade da glândula sebácea e com isso consequentemente a pele do adolescente é mais oleosa e com tendências à acne. Gestantes Nas gestantes, em decorrência das alterações vasculares e hormonais, a pele da gestante sofre grandes modificações, como aparecimento de hipercromias, maior quantidade de pelo, estrias (devido ao estiramento da pele) e também mais edemas são presentes. Idosos A pele do idoso é uma pele mais fina, apresenta pouca atividade das glândulas sebáceas, logo, ela se apresentará mais sec. Além disso, a pele senil terá mais res- secamento, descamação e será mais sensível a agressões (tome cuidado ao esfoliar). Instrumentos Avaliativos da Face Para qualquer avaliação estética, é importante que tenhamos equipamentos que nos auxilie na investigação da alteração estética, às vezes, muitas coisas não esta- rão evidentes a olho nu. Vamos conhecer os instrumentos que irão nos ajudar na avaliação e diagnóstico das alterações estéticas. Papel de seda O papel de seda é de fácil acesso e de prático manuseio. Com ele, nós podemos identificar a oleosidade da pele do cliente. Esse tipo de material tem a capacidade de absorver a oleosidade da pele, logo, se a pele for lipídica, o papel apresentará áre- as com óleo. Porém, se a pele for alípica, o papel permanecerá seco. Figura 9 Fonte: iStock/Getty Images 16 17 Paquímetro O paquímetro é muito utilizado por design de sobrancelhas, pois auxilia na medi- ção das mesmas, contribuindo para uma imagem mais harmônica. Na avaliação esté- tica, nós utilizamos o paquímetro para medir tamanhos de lesões, discromias e rugas; assim, com a ajuda da fotografia, podemos acompanhar a evolução do tratamento. Figura 10 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como usar? Para um tratamento de rugas, por exemplo, no dia da avaliação você deverá posicionar uma ponta do paquímetro no início das rugas e a outra ponta no final. Você deverá anotar na ficha de avaliação quais foram os milímetros ou centímetros encontrados e depois tirar uma foto. Depois, você irá repetir esse processo ao final do tratamento. Que cliente não gostaria de saber que sua diminui de tamanho e ver isso de forma comprovada através do paquímetro e foto? Vamos utilizar esse recurso para documentar suas avaliações. Lupas e lentes de aumento Nem todas as alterações estéticas podem ser vistas com base apenas em nossos olhos. Para isso, utilizamos a lentes de aumento que mais conhecemos com lupa. Ela poderá ali- mentar em até 10x o tamanho da lesão, que podem ser, por exemplo, os comedões. Na hora de comprar uma lente de aumen- to, você deverá verificar alguns itens: Se acompanhailuminação: Algumas já vêm com a luz acopladas, outras não. Então você irá depender de ter uma boa iluminação do ambiente (que já é indicado). Veja, na imagem a seguir, um exemplo de lupa com iluminação. Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images 17 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Quanto à estrutura física: existem diferentes tipos de lupas. Na hora de comprar, você deverá ajustar ao seu espaço e ao valor que pretende investir. Vamos conhecê-las: Lupa de pala: é uma lupa de pala que se assemelha a óculos, de fácil utilização e mais econômica; às vezes, tem um ponto de luz que ajuda na hora da visuali- zação. Alguns fabricantes permitem que você troque os tamanhos das lentes de acordo com a sua necessidade. Lupa articulada: um pouco maior do que a lupa de pala, ela normalmente vem com uma iluminação melhor e você pode fixá-la no seu carrinho auxiliar, na maca, ou onde você tem um apoio adequado e que não atrapalhe o seu cliente; ela é arti- culada, o que permite você movimentar de acordo com a sua necessidade. Lupa Articulada Lupa Tripê Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Lupa tripé: para esse equipamento, é necessário um investimento financeiro e um espaço físico um pouco maior; ela tem um apoio com tripé, o que permite o deslocamento pelo seu ambiente de trabalho – para ambientes menores, ela não seria tão indicada devido ao espaço que ocupa – assim, você pode ter uma maior flexibilidade durante a sua avaliação, podendo avaliar um rosto e um corpo de uma mesma cliente, sem precisar fazer grandes movimentações. Qualquer uma das lupas citadas irá auxiliar de maneira muito eficaz em qualquer avaliação facial. Luz de Wood A luz de Wood é uma lâmpada de mercúrio de alta pressão, que também é co- nhecida como luz negra, contém em seu interior o cristal de Wood que absorve to- das as radiações luminosas; com ela, podemos identificar alterações de manchas e sua profundidade, a desidratação da pele, células mortas, comedões e oleosidades. 18 19 Figura 13 Fonte: Wikimedia Commons Na hora da avaliação, a pele do cliente pode apresentar colorações diferencia- das e você precisará saber identificá-las de maneira correta para ter o diagnóstico correto. Veja, na tabela a seguir, a fluorescência da lâmpada e o que as cores estão identificando: AZUL: Pele normalizada e saudável LARANJA CLARO OU AMARELO: Pontos onde há comedões ou acne LARANJA: Onde há pontos de oleosidade MARROM: Área pigmentada ROXO FLURESCENTE: Mostra desidratação cutânea BRANCO: Área de pele que apresenta grande quantidade de células mortas ROXO ESCURO: Mostra que há produtos como protetor solar ou maquiagem no local Figura 14 Como usar a luz Wood? A pele deve estar higienizada, sem maquiagens, protetor solar, cremes etc. para não causar diagnósticos errôneos. Na hora da avaliação, o ambiente deve estar to- talmente escuro – tem alguns equipamentos que possuem uma cabine onde o clien- te posiciona a face dentro (que já é escura); já outros equipamentos são vendidos somente à lupa com a luz, onde você segura com as mãos; com ele, você deverá ter um ambiente totalmente escuro para conseguir usá-lo corretamente. Saiba mais: o cristal de Wood é um vidro violeta-azulado bem escuro, sua radia- ção é invisível, porém, seus feixes de luz permitem identificar radiações infraverme- lhas e ultravioletas com comprimento de ondas entre 320 a 400nm. 19 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Dermatoscópio É um equipamento muito potente que, através de uma lente especial, permite aumentar de 10 até 200x o tamanho real de uma área, aumentando consideravel- mente todas as estruturas epidérmicas. Figura 15 Fonte: iStock/Getty Images O dermatoscópio se mostra muitíssimo eficaz para avaliar lesões cutâneas e do couro cabeludo; esse equipamento é muito utilizado por dermatologista devido à sua finalidade – de acordo com o conhecimento, pode-se fazer diagnóstico precoce de lesões, porém, a cada dia, está mais frequente nas clínicas de estética. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Fototipos cutâneos e risco de câncer Você conhece sua pele, sabe identificar qual é o seu fototiopo? Neste link, você poderá fazer um teste e reconhecer qual é o seu fototipo de pele de acordo com suas características genéticas e de exposição ao sol, aproveite. https://goo.gl/PhVbGf Vídeos Sistema Tegumentar - Pele: Estrutura, divisões (camadas) e funções - VideoAula 036 Neste vídeo, você poderá entender melhor qual é a estrutura da pele https://youtu.be/YYdCfzgAhQ4 Descomplique Estética | Fototipos No vídeo a seguir, você poderá entender um pouco mais sobre os fototipos de pele https://youtu.be/FpPnq5WvN1s MOMENTO DA ESTÉTICA #2 - TIPOS DE PELE Veja a maneira interessante com que a Professora Isabel Piatti fala dos diferentes tipos de pele https://youtu.be/al8Gyf-e0M8 21 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Referências GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recur- sos, patologias. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2002. KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Athe- neu, 2003. RODRIGUES, M. M. Dermatologia o nascer ao envelhecer. Rio de Janeiro: Medbook, 2012. SBD – Sociedade Brasileria de dermatologia. Classificação dos tipos de pele. http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/classificacao-dos-fototipos- de-pele/. Acesso em 04 de agosto de 2018. 22 Anamnese e Diagnósticos em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Avaliação e Diagnóstico Facial • Introdução; • Como Avaliar o Envelhecimento; • Avaliação nas Discromias. • Avaliar rugas e linhas de expressão; • Como avaliar as alterações de discromias; • Como avaliar as alterações causadas pela acne. OBJETIVO DE APRENDIZADO Avaliação e Diagnóstico Facial Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Introdução Depois de identificar o biótipo e o fototipo do seu cliente, e hora de ir para o próximo passo. Nesta Unidade, vamos aprendercomo avaliar as disfunções estéticas faciais, como acne e discromias e vamos iniciar falando das rugas e das linhas de expressão. O envelhecimento cutâneo é um conjunto de modificações que fazem parte da redução progressiva da competência da pele exercer sua função. A seguir, você conseguirá observar as funções da pele que acabam sendo preju- dicadas com o passar do tempo: reparo do DNA, resposta imunológica, proteção mecânica, produção sebácea, produção de suor, cicatrização, termorregulação, substituição celular e função barreira. O envelhecimento da pele ocorre de suas formas distintas: intrínseco e extrínseco. Intrínseco Considerado o envelhecimento verdadeiro, são as alterações inevitáveis, espera- das e progressivas, que fazem parte do dano acumulativo das biomoléculas. Fisicamente, podemos identificar o envelhecimento intrínseco da seguinte forma: • Diminuição da espessura da pele; • Perda do volume dérmico; • Perda capilar. O envelhecimento intrínseco inicia-se a partir dos 20 anos em ambos os sexos, porém, nas mulheres ele acaba se acentuando com a entrada da menopausa. Ex pl or Extrínseco Conhecido, também, como fotoenvelhecimento, ocorre em qualquer fototipo e surge em decorrência do efeito acumulativo dos danos causados pelos raios sola- res. Atinge mais áreas de face, pescoço e extremidades – justamente, por serem mais expostas ao Sol – esse tipo de envelhecimento pode ser somado aos fatores internos, também. Como eu sei identificar uma pele com características do fotoenvelhecimento? Além de sardas e hipomelanose solar, elas apresentam: 8 9 Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Figura 2 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Para saber avaliar corretamente as alterações causadas pelo envelhecimento, seja ele intrínseco ou extrínseco, é necessário que você conheça algumas alterações: • Linhas de expressão: são visíveis somente quando há alguma movimentação facial, como falar ou fazer alguma expressão facial; • Elastose: é a degeneração do tecido elástico, ou seja, é o enrugamento da face que, normalmente, já apresenta aspereza e está seca; é associada à flacidez; • Ptose: é a queda da musculatura e da pele facial e, por consequência disso, as pálpebras – tanto superiores quanto inferiores, apresentam queda; • Rugas: as rugas podem ser superficiais ou profundas e, de acordo com Guirro (2003), podem ser classificadas em: 9 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Dinâmicas • Aparecem por meio de expressões faciais e contrações musculares Estáticas • São visíveis mesmo sem a movimentação da face Gravitacionais • São encontradas em decorrência da �acidez de músculo e pele Figura 3 Como Avaliar o Envelhecimento Para conseguirmos realizar um bom tratamento de revitalização facial (não é indicado utilizar o termo rejuvenescimento), é necessário que nossa avaliação seja completa e correta; por isso, é necessário que utilizemos os métodos avaliativos descritos a seguir. Classificação por Lapiere e Pierard Gr au I Gr au II Gr au II IRugas de expressão; não há alterações �siologicas de derme e epiderme; são visíveis de acordo com a contração muscular. Rugas �nas; com pequenas alterações de epidereme e derme; a pele �ca com ondulações Rugas, pregas e dobras gravitacionais com alterações signi�cativas em decorrência da �acidez de pele e músculo Figura 4 Escala de Glogau Esta classificação foi desenvolvida pelo Dr. Richard Glogau e possibilita avaliar o fotoenvelhecimento, pois conseguimos identificar se as características da pele estão compatíveis com idade; podendo identificar, assim, se há envelhecimento precoce e, também, fazer o tratamento e a indicação correta de cosméticos homecare. 10 11 Tipo I - Discreta (20 a 30 anos) • Rugas mínimas • Sem alteração de pigmentação • Sem ceratoses Tipo II - Moderado (30 a 40 anos) • Aparência de cansada • Ceratoses palpáveis • Rugas �nas e dinâmicas • Apresenta pouca hipercromia Tipo III - Avançada (40 a 60 anos) Tipo VI - Grave (a partir dos 60 anos) • Rugas estáticas em toda face • Ptose e �acidez aparente • Mudança no tonalização da pele amarelo-acinzentada • Hipercromias muito aparentes • Ceratoses visiveis • Rugas estáticas Figura 5 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Ao avaliar seu cliente, observe todas essas características; caso ele apresente al- terações de pele que não condizem com a idade que tem, é porque provavelmente haja um quadro de envelhecimento precoce. Teste de Tsuji Nesse teste, você deverá identificar onde estão as rugas e, com os dedos identi- ficador e polegar, fazer uma tração da área. 11 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial A partir desse momento, você poderá verificar duas possibilidades: • Se após a tração a ruga desaparecer, é porque ela é superficial; • Se mesmo após a tração a ruga continuar aparente, é porque ela é profunda. Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images Teste de Elasticidade Nesse teste, você deverá pinçar a pele com os dedos polegar e indicador. Após o pinçamento, segure a pele por 10 segundos e depois solte. Depois dessa ação, observe quanto tempo a pele leva para voltar ao normal: • Até 1 segundo: sem flacidez ou flacidez leve; • 2 segundos: flacidez moderada; • 3 segundos: flacidez intensa; • 4 segundos ou mais: flacidez grave. Figura 5 Fonte: iStock/Getty Images 12 13 Na hora de avaliar as linhas de expressões e as rugas, você deve usar o paquímetro para fazer a fotodocumentação; com isso, você poderá medir o tamanho inicial das rugas e, posteriormente, fazer um comparativo. Avaliação nas Discromias Agora, vamos falar das alterações de cor na pele. De maneira geral, as manchas, sejam elas mais claras, sejam escuras, causam grande desconforto a qualquer indivíduo; por isso, devemos saber avaliar correta- mente, para tratarmos de forma certa. Importante! Existem diferentes tipos de manchas de pele e para cada uma delas o tratamento indi- cado deve ser diferenciado? Pois é, o ativo, tempo de duração e aplicação podem ser diferenciados, e isso vai depen- der do tipo de discromias que seu cliente tem. Você Sabia? Vamos conhecer previamente as principais discromias, que podem ser acrômi- cas, hipocrômias ou hipercrômicas. Hipocromias Conhecidas também como hipomelanoses, essas manchas são reconhecidas por apresentar coloração mais clara do que o tom de pele natural do indivíduo. Isso pode ocorrer em decorrência da ausência de melanócitos e da diminuição da produção de melanina. São elas: • Pitiríase vesicolor; • Pitiríase alba; • Leucodermia solar; • Hipomelanose pós-inflamatória; • Hipomelanose por noxas. Figura 6 – Exemplo de hipomelanose Fonte: iStock/Getty Images 13 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Hipercromias São as hiperpigmentações ou hipomelanoses, que são ocasionadas pela produ- ção exagerada de melanina, conferindo à pele coloração mais escura que o normal. Essas manchas podem apresentar formatos e tamanhos distintos e são encon- tradas em diferentes locais da face: • Melanose solar; • Melasma; • Fitofotomelanose. A seguir, veja algumas imagens das hipercromias mais comuns de se encontrar: Figura 7 – Efélides Fonte: iStock/Getty Images Figura 8 – Lentigo Fonte: iStock/Getty Images Figura 9 – Hipercromia pós-inflamatória Fonte: iStock/Getty Images 14 15 Acromias As acromias são visíveis quando não há coloração, pela ausência total de melanina. Essas manchas podem ser encontradas de forma localizadas e pontuais, mas, também, podem ser apresentar de maneira generalizada. Albinismo Vitiligo Figura 10 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Importante! Nos procedimentos estéticos, conseguimos direcionar tratamentos efi cazes apenas para as hipercromias, pois ainda é possível clarear as áreas que estão mais pigmentadas; já as hipocromias e as acromias são, em sua maioria, de causas fi siológicas. Assim, o tratamento deve partir da indicação do Dermatologista. Trocando ideias... Quais InstrumentosUsar para Avaliar as Discromias? Podemos usar o paquímetro, a lupa, o dermatoscópio e, também, a lâmpada de wood. Por que é tão importante saber avaliar os tipos de manchas? • Porque precisamos saber qual é o fator desencadeante; • Porque precisamos saber em qual camada a mancha esta localizada. Somente com essas informações você poderá iniciar um tratamento correto para clareamento de manchas. Quanto às discromias, antes de finalizarmos, é importante abordar algo bastante relevante: muitas pessoas acham que toda mancha é igual – mas já vimos que não, e esse tipo de erro não pode ser cometido quando a mancha, possivelmente, possa ser um caso de câncer de pele. 15 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial O melanoma é muito parecido com uma hipercromia; porém, traz característi- cas importantes que você deve saber identificar. Observe a Figura a seguir: Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images Os itens que você deve levar em consideração na hora de avaliar uma mancha que pode ser um câncer são: • Assimetria: tumores malignos são assimétricos; • Borda: bordas irregulares demonstram tumores malignos; • Cor: sempre ficar atento quando, na mesma mancha, aparecerem dois ou mais tons; • Dimensão: analise se a mancha tem mais de 6mm; se sim, provavelmente, é maligno; • Evolução: peça para o cliente relatar se observou crescimento dessas man- chas nos últimos tempos; se sim, é necessário ficar atento. Essas características são conhecidas como Regra do ABCDE. Acne A acne é a disfunção dermatológica que mais recebemos em nossas cabines. Frequen- temente, atinge os mais jovens; porém, adultos também são contemplados por ela. O esteticista tem de estar preparado para saber identificar esse tipo de afecção, pois precisa reconhecer suas manifestações clínicas. De acordo com Pereira (2013), a acne é diferenciada em inflamatória e não inflamatória, e a avaliação do grau é feita de conforme a evolução e o comprome- timento da lesão. As lesões podem ser: • Lesões não inflamatórias » Microcomedões; » Comedão fechado; » Comedão aberto. 16 17 • Lesões inflamatórias » Pápulas; » Pústulas; » Nódulos. Comedão PústulasPápulasComedão Figura 12 Fonte:12 - Adaptado de iStock/Getty Images Vamos conhecer os tipos de acne que você pode encontrar na pele de seu cliente. Acne Grau I – Comedogênica Não inflamatória; presença de comedões. Os poros são fechados e a aparência é de pequenos pontinhos. Quando for comedão fechado, a aparência será de pontinhos brancos (como na primeira Figura); se for o comedão aberto, os pontinhos serão pretos. Figura 13 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images 17 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Acne Grau II – Pápulo-pustulosa Inflamatória, comedões, pápulas, pústulas, lesões de tamanhos e variados; pre- sença de seborreia. Figura 14 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Acne Grau III – Nódulo-cística Inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos; essas lesões se apresentam em tamanhos e intensidades diferentes. Figura 15 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Acne Grau IV – Conglobata Acne inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos pu- rulentos, abscessos, fistulas; todas as lesões de tamanhos variados, mais frequente em homens; pode ocasionar lesões queloidianas. Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/ujb8Qz Ex pl or Acne Grau V – Fulminans Tipo de acne muito rara, grave, que reúne todas as lesões de Acne Grau IV e, ain- da, há aumento de leucócitos, causa febre, necrose e hemorragia de algumas lesões. Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/icvymJ e https://goo.gl/MA6rLY Ex pl or 18 19 Na avaliação da acne, você vai usar a lupa, a luz de Wood, o dermatoscópio, e o paquímetro. Todos esses recursos irão facilitar a avaliação dessas lesões. Importante! O esteticista consegue tratar com procedimentos estéticos as Acnes Grau I e I. A partir do Grau III, é sempre importante que seu cliente faça acompanhamento médico, de ma- neira simultânea. Importante! A avaliação estética, antes dos procedimentos faciais, é muito importante, pois é ela que vai direcionar qualquer procedimento que se pretenda realizar. Veja na Tabela a seguir os objetivos do tratamento, de acordo com os resultados encontrados na pós-avaliação. Tabela 1 Quadros de acne Remover as células mortas Controlar a oleosidade Diminuir o processo inflamatório Controlar a proliferação de bactérias Pele envelhecida Promover a hidratação Melhorar a nutrição cutânea Estimular as células novas Melhorar a hipotonia tissular Repor o manto hidrolipídico Discromias de pele Promover a eudermia da pele em relação à pigmentação cutânea - O que vai variar é o produto que deve ser escolhido (Ph, concentração, peso molecular etc.). Fonte: elaborada pela autora. De acordo com tudo o que estudamos ao longo deste capítulo, fica evidente o quanto é importante realizar a avaliação prévia antes de qualquer procedimento; somente assim você garantirá resultados satisfatórios ao seu cliente; mesmo que seja “apenas” uma hidratação, todo cuidado deve ser tomado. 19 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Como avaliar a pele? Faça o teste da elastina com Dr. Maurizio Pupo - Conheça Sustent C de ADA TINA Dicas do Dr. Maurício Pupo sobre a elasticidade da pele https://youtu.be/ffyTOMYD7zg Manchas na pele (Melasma) - Diva da Estética Aprenda um pouquinho mais sobre o Melasma, a hipercromia que acomete muitas pessoas. https://youtu.be/Tup5VReMlOU Leitura Mapeamento Facial, o que a acne está querendo te falar Reportagem que fala sobre o mapa da acne. Você conseguirá observar que uma simples acne pode revelar mais coisas do que você pode imaginar. https://goo.gl/w7tHji Como identificar e tratar cada grau da sua acne: entenda tim-tim por tim-tim Matéria que fala como identificar os graus de acne e as possíveis indicações de tratamentos. https://goo.gl/bBMzY2 Câncer da pele Artigo da Sociedade brasileira de Dermatologia. https://goo.gl/Msq4EZ 20 21 Referências GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recur- sos, patologias. 3.ed. Barueri: Manole, 2002. KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2003. PEREIRA, Maria de Fátima Lima. Recursos Técnicos em Estética. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. RODRIGUES, Meciene Mendes. Dermatologia: do nascer ao envelhecer. Rio de Janeiro: Medbook, 2012. WOLFF, Klaus et al. Fitzpatrick – Tratado de dermatologia. Rio de Janeiro: Re- vinter, 2011. 21 Anamnese e Diagnósticos em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais • Introdução; • Alterações Posturais; • Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais. • Avaliação dos distúrbios do pelo; • Identifi car quais são os instrumentos avaliativos utilizados na avaliação corporal, bem como seus métodos de utilização; • Reconhecer na avaliação estética as alterações posturais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridosao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Introdução Nesta Unidade, vocês irão reconhecer como avaliar as alterações posturais, al- gumas alterações do pelo e, também, a identificar os métodos avaliativos que utili- zamos nos procedimentos corporais. Vamos lá? Hoje, os procedimentos estéticos estão cada vez mais amplos; cuidamos de face, do corpo e também do couro cabeludo e da depilação. Para qualquer tratamento, é preciso que você saiba identificar corretamente alterações. Se houver distúrbios de pelos, o conhecimento pode ajudar você num procedimento de depilação, por exemplo. De maneira bem rápida, vamos identificar, primeiro, quais são os tipos de pelo: • Velo: também conhecido como lanugo, é mais curto, fino e sedoso; normal- mente, encontrado em locais que apresentam pouco pelo, como testa, pálpe- bras e também em coro de bebes e crianças; • Terminal: é um pelo mais grosso, com cor e maior. Vamos saber reconhecer quais são os principais distúrbios de pelo que você deve identificar e marcar na ficha de avaliação de seu cliente. Além de fazer uma inspeção manual, você poderá utilizar recursos como lupa e dermatoscópio para ajudar na avaliação. Veja as principais alterações a seguir: • Hirsutismo: Acomete mulheres. É caracterizado pelo aumento considerável de pelo em locais que são característicos dos homens, mais comum em idade fértil ou após a menopausa. Importante! Se na avaliação você identificar que sua cliente apresenta hirsutismo, fique atenta, pois, muitas vezes, essa alteração está ligada ao excesso de hormônios masculinos, o que pode explicar, também, o aparecimento de acne. Importante! • Hipertricose: Apesar de ser rara, é importante que você conheça. É o excesso de pelos, tanto no rosto quanto no corpo. • Pitiríase: É uma dermatite mais branda, mas que incomoda bastante qualquer pessoa que a tem, pois é muito parecida com caspa; nela, há escamação das células mortas e coceira – às vezes, pode até atingir o rosto do cliente. 8 9 • Foliculite: Muito parecida com pequenas espinhas, a foliculite é uma infecção do folículo piloso. Pode ser causada por fungos ou bactérias e, na maioria das vezes, é superficial, mas, ainda sim, causa coceira e pode doer. As áreas mais acometidas por foliculite são: » Coxas; » Axila; » Rosto; » Virilha; » Nádegas. • Os fatores que normalmente contribuem para o surgimento da foliculite são: » Depilação com lâminas; » Suor excessivo; » Roupas apertadas; » Alteração hormonal; » Algum tipo de alteração inflamatória, como acne. Figura 1 – Hirsutismo Fonte: iStock/Getty Images Hipertricose Figura 2 – Hipertricose Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Foliculite, disponível em: https://goo.gl/L3E8t3 Ex pl or 9 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Alterações Posturais Antes de reconhecermos os métodos de avaliação corporal, precisamos verificar as alterações posturais do seu cliente. Sabe por quê? Porque, muitas vezes, nosso cliente pode estar reclamando de uma adiposidade na região abdominal, mas, na hora que vai avaliar a postura, observa que está errada e o abdome está projetando ainda mais a barriga para frente. Caso você não observe isso no início do tratamento, não terá resultados satisfatórios ao final do tratamento. O Esteticista não tem por hábito avaliar a postura, mas é importante saber identificar algumas alterações principias. Dessa forma, você consegue indicar ou encaminhar o cliente para profissionais da área de Fisioterapia, cujos profissionais irão realizar os procedimentos adequados. Simetrófago Já ouviu falar do simetrófago? É um instrumento que você utiliza para auxiliar na identificação da postura de seu cliente, além da inspeção e da palpação. Trata-se de um quadro que apresenta linhas verticais e horizontais, no qual é possível observar o alinhamento do seu cliente. Figura 3 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Após posicionar seu cliente nesse equipamento, você vai conseguir observar com mais facilidade os possíveis desvios que ele possa ter. 10 11 Hoje em dia, existem aplicativos nos quais você pode utilizar para auxiliar na avaliação pos- tural. Acesse o link a seguir e veja como ele pode auxiliar você: https://goo.gl/gBBX4fEx pl or Agora, vamos reconhecer as alterações posturais que podem acometer o seu cliente (e até mesmo você). Essas alterações são em decorrência de irregularidades nas curvaturas da co- luna vertebral. Escoliose A escoliose é um desvio lateral da coluna vertebral, demonstrando um desali- nhamento. Ela pode ser funcional (atinge somente músculos, e não estrutura óssea) ou estrutural – já atinge estrutura óssea. No início, a escoliose não apresenta dor; porém, se não for tratada, pode causar dores musculares e sensação de fadiga nas costas. Veja na imagem a seguir como a escoliose pode se manifestar: Figura 4 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como identificar uma escoliose? • O corpo normalmente fica mais inclinado de um lado do que do outro; • A cintura vai parecer desigual; • Quadris ou ombros estarão assimétricos. Hipercifose É a curvatura exagerada da coluna vertebral torácica, formando uma concavi- dade aparente, dando a aparência de corcunda. Devido a esse desvio, o indivíduo pode, também, ter complicações em braços, ombros, quadris e joelhos. 11 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Figura 5 Fonte: iStock/Getty Images Hiperlordose A hiperlordose é um aumento do grau da curvatura cervical e/ou lombar. Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como você consegue observar na imagem, a hiperlordose lombar faz com que o glúteo fica mais saliente e há, também, limitação da mobilidade da coluna. Você viu como a alteração postural pode interferir não só na condição física, mas também na aparência. Por isso, é importante que você saiba identificar essas alterações. Assim, você pode ter resultados mais satisfatórios em seu tratamento estético se, em conjunto, seu cliente fizer Pilates ou RPG, com Fisioterapeuta. 12 13 Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais A partir de agora, vamos conhecer tipos de instrumentos e métodos avaliativos para as alterações corporais. Primeiro, vamos saber o que é antropometria. A antropometria é a utilização de métodos diferentes para obter os dados das medidas do seu cliente; utiliza recursos diversos, mas, independente do recurso empregado, normalmente, é de fácil execução, baixo custo e confiável. Você já imagina quais são os instrumentos que usamos para realizar a antropo- metria corporal? Vamos lá a eles! Os instrumentos que usamos para avaliar as medidas corporais são: Fita Métrica A fita métrica é um recurso muito barato, de fácil manuseio e que todos conhe- cem. Com ela, podemos fazer a medida de todas os perímetros corporais.Veja alguns exemplos, nas imagens a seguir: Imagem 7 Fonte: Wikimedia Commons As fitas métricas devem ser flexíveis, devem ter inextensibilidade (que não altera sua forma em decorrência da temperatura quente ou fria e não pode deformar) e, de preferência, ter medida em centímetros e décimos. Adipômetro O adipômetro, também conhecido como plicômetro, é um equipamento usa- do para medir a espessura do tecido adiposo e também para mensurar o percentual de gordura por meio da dobras cutâneas; sua função é medir essas dobras. Existem diferentes tipos de adipômetros: o clínico e o científico; ambos podem ser digitais ou analógicos. 13 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais O clínico é bastante usual; porém, não apresenta resultados totalmente seguros; já o científico apresenta um resultado mais preciso. Figura 8 – Adipômetro Analógicos Fonte: iStock/Getty Images Figura 9 – Adipômetro Digital Fonte: iStock/Getty Images Realizar a mensuração das dobras cutâneas é muito importante; porém, é ne- cessário você utilize esse equipamento de forma correta; de nada adiantaria ter um adipômetro científico e não saber manuseá-lo. Importante! Ao utilizar um adipômetro clínico ou científico, é muito importante que ele esteja devi- damente calibrado. Importante! Balança A balança também é um instrumento que usamos nas avaliações estéticas e, mes- mo que não trabalhemos exatamente com parâmetros de peso em nossos tratamen- tos estéticos, a balança é um recurso que usamos não só para saber o peso inicial e final de nosso cliente, mas, também, para completar outros métodos avaliativos. A balança que podemos utilizar pode ser a mais simples, mas também as cha- madas de bioimpedância. Figura 10 Fonte: iStock/Getty Images 14 15 Bioimpedância A balança de bioimpedância é um recurso que usamos para realizar um teste que leva o mesmo nome. É um método que avalia a composição corporal, mensurando a quantidade de água, de músculo e de gordura no corpo. Mas como uma balança pode obter esses parâmetros? Ela funciona passando uma leve corrente elétrica pelo corpo do cliente. Como todos nós sabemos, a água é uma excelente condutora e, em decorrência da im- pedância do corpo humano, há uma interferência no fluxo dos íons da corrente elétrica; com isso, conseguimos observar, por meio da velocidade da passagem da corrente elétrica pelo corpo, se ele está hidratado ou não, e também verificar a quantidade de músculos e de gordura, lembrando-se de que em tecidos hidratados a corrente passa com facilidade, mas nas áreas com osso e gordura, a corrente terá mais dificuldade para passar. Algumas balanças mais completas também indicam o IMC, taxa metabólica ba- sal, percentual de massa óssea e idade metabólica, para que essas informações sejam precisas, antes, você deve inserir na balança os seguintes dados do cliente: idade, sexo e altura. Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images Não é utilizado só na Estética; esse exame é utilizado amplamente em Acade- mias e também em Clínicas de Nutrição. Para ter resultados mais satisfatórios, é importante orientar o cliente da se- guinte forma: • Não passar cremes em mãos e nos pés; • Não beber quantidade muito grande de água antes do exame; • Não tomar bebida alcoólica 24 antes; 15 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais • Evitar bebidas como café e chá horas antes de realizar o exame; • Até 6 horas antes, não realizar atividade física; • Usar roupas leves. Após o exame de bioimpedância, é necessário saber ler os resultados; ela apre- sentará resultados e você deverá saber o que fazer com eles. Resultado da Hidratação Um valor esperado para a quantidade de água no corpo de um indivíduo é 45% a 60% em mulheres e 50 a 65% em homens. Observando esse resultado, saberemos se nosso cliente está hidratado ou não, e isso é muito importante num tratamento de drenagem linfática e para atuação dos ativos na pele; aproveite e já indique a ingestão de água para seu cliente. Gordura visceral É a quantidade de gordura que seu cliente apresenta na região abdominal, que pode desencadear doenças como diabetes, pressão alta, colesterol etc. Os valores esperados são de 1 a 12; acima de 13 até 59 já é um número pre- ocupante. Massa muscular O resultado de massa muscular indica em peso ou porcentagem a quantidade de massa magra; quanto maior for a quantidade de músculo, mais calorias seu cliente gasta por dia. Taxa de metabolismo basal O metabolismo basal é uma taxa que se refere à quantidade mínima de calorias que o corpo do seu cliente precisa para se manter diariamente. Chega-se a esse resultado por meio do cálculo de idade X altura X atividade física X sexo. Calcule sua taxa de metabolismo basal, no link a seguir: https://goo.gl/PHfsbD Ex pl or No Mercado, você encontra diferentes tipos de balança que fazem a bioimpe- dância; pesquise e veja qual cumpre as necessidades básicas que você espera. Ape- sar de custar mais do que as balanças convencionais, com ela, você terá resultados diferentes, que podem ajudar muito no tratamento de seu cliente. IMC – Índice de Massa Corpórea IMC é o índice utilizado para identificar a relação de peso e altura. Com ele, é possível observar se o seu cliente está com o peso ideal, abaixo do peso ou acima do peso considerado saudável. 16 17 É calculado da seguinte forma: o peso do seu cliente divido pela altura ao quadrado. Veja o esquema do cálculo a seguir: Peso Altura x Altura Exemplo Cliente: 1,65 de altura / 78kg 78 78 = 28,67 1,65 x 1,65 2,72 Agora que já sabemos como calcular o IMC, precisamos saber o que fazemos com esse resultado. Veja na Tabela a seguir os parâmetros que você vai utilizar para saber o resultado do IMC. Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Após obter os resultados e visualizar no Gráfico, você deve irá fazer a compara- ção com os seguintes resultados: Tabela 1 IMC Resultado Peso Menor que 18,5 Abaixo do peso Entre 18,5 - 24,9 Normal Entre 25 - 29,9 Sobrepeso Entre 30 - 34,9 Obeso Acima de 35 Obesidade extrema Fonte: elaborado pela própria autora A partir dessa Tabela, você poderá saber como está o índice de Massa Corpórea de seu cliente. Caso usássemos o mesmo exemplo apresentado acima, da cliente Juliana, no qual IMC resultou 28,67, chegaríamos à conclusão de que ela estaria apresen- tando sobrepeso. 17 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Nesta Unidade, você estudou como conseguir analisar, numa avaliação estética, disfunções do pelo e alterações posturais, além de também reconhecer alguns ins- trumentos de avaliação corporal, como fita métrica, adipômetro e balança. Você viu, ainda, como funciona a bioimpedância e como se realiza o cálculo de IMC, por meio do qual se obtém o índice de Massa Corpórea. Por meio dessas ações, sua avaliação estética corporal ficará ainda mais comple- ta e garantirá informações que levarão a resultados mais eficazes. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Avaliação Antropométrica #6 - Avaliação Postural por Simetrografia No vídeo a seguir, você pode observar como é uma avaliação realizada com a ajuda de um simetrófago. https://youtu.be/S7h5M4077Vw Bioimpedância pela Balança - Academia Atlhetica No vídeo, você poderá verificar como é realizada na prática a utilização da balança de bioimpedância. https://youtu.be/TFgkJkn-yng COMO CALCULAR SEU IMC (índice de massa corporal) - Dr Lucas Fustinoni - Médico - CRMPR 30155 No vídeo disponível no link a seguir, o Dr. Lucas fala um pouco mais sobre o IMC. https://youtu.be/Rc9Ftm2j2t0 Leitura Alterações repentinas nos pelos podem indicar problema hormonal Reportagem do programa Bem-estar, que fala sobre as alterações do pelo e os cuidados necessários na hora de avaliar e fazer os procedimentos estéticos relacionados a ele. Leia e fique por dentro dessas informações. https://goo.gl/2rZ3E Índice de Massa Corporal e Circunferência
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