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MEMORIAL - GRUPO 1 (1)

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
DESIGN DE MODA – PROJETO INTERDISCIPLINAR
MODA & CULTURA – 3º & 4º SEMESTRES
INTEGRANTES:
Julia Sampaio Gomes dos Santos
Natalya da Silva Domingues
Otacilio Alexandre Lopes
Patrícia Milet Matias
Pedro Henrique Simões de Queiroz Aranha
Victória de Queiroz João
ORIENTAÇÃO:
PROF.A. GIOVANNA GABA
PROF.A ME. YANAÍ MENDES
MEMORIAL GRUPO 1 - INCLUSÃO DE TRANSGÊNEROS
GESTANTES NO RAMO DA CULINÁRIO
RESUMO: O projeto foi desenvolvido com base no estudo de corpos
presentes na cultura brasileira, onde foi selecionado os corpos de
transgêneros gestantes para incluí-los no ramo da gastronomia. Para
isso, foi realizada uma pesquisa de campo e público-usuário para a
produção de uma coleção de uniforme composta por quatro looks.
PALAVRAS-CHAVE: Gastronomia, transgênero, gestante, cultura,
uniforme.
São Paulo
2021
1. DESIGN, MODA E CULTURA
A palavra “cultura” é derivada do latim e significa "cuidar", “cultivar" e
“crescer”. Todavia, conforme o artigo escrito por Larissa Molina Alves para o
Colóquio da Moda, “Moda, cultura e comunicação: Um diálogo entre
comportamento, corpo e expressão” (2017), esse significado altera-se na sociedade
contemporânea: a cultura é formadora da definição do ser e a expressão de um
indivíduo. Nesse sentido, é estabelecida como os comportamentos, tradições e
vivências de uma pessoa ou grupo social.
Esse conceito amplo engloba o aspecto de design, corpo e moda,
interdependentemente relacionados pela ideia da identidade e expressão. Baseado
no artigo de Magno Brazil dos Santos e Saulo Vinícius Claudino “DESIGN: Sua
importância em todos os aspectos” (2009), o termo design é derivado da palavra em
latim designare e tem como função melhorar ou desenvolver produtos a partir da
reflexão e solução das necessidades do usuário. Ou seja, o design está presente
em tudo que foi criado pelo ser humano com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida e simplificar a produção. Alguns exemplos de design citados pelos autores
incluem o design gráfico e o design de embalagem de um produto, representados
respectivamente pela estética e toque de uma embalagem. Portanto, o design
presente no exterior desse produto é responsável por atrair o consumidor,
funcionando como um vendedor do produto.
Já a moda, assim como a cultura, é um determinador de comportamentos: o
modo de vestir estabelece normas, valores, etiqueta, gostos, ancestralidade, status
sociais e diversas outras propriedades. De acordo com o artigo de Renata Pitombo
Cidreira, “A Moda Como Expressão Cultural e Pessoal” (2010), a moda e a cultura
são responsáveis pela formação de agrupamentos sociais formais ou informais, que
possuem ideias, gostos, hábitos e/ou comportamentos em comum. A partir disso,
afirma-se que a moda é uma forma de comunicação não-verbal que mostra para o
mundo todos seus ideais a partir dos padrões definidos pela sociedade. No entanto,
ao mesmo tempo que inclui, também exclui socialmente as pessoas, já que a moda
no mercado é passageira e exclusiva: lança-se diversas coleções em um curto
período de tempo para corpos tabelados, deixando de lado os outros corpos que
não fazem parte dos padrões de beleza e perfeição da sociedade.
1.1 O corpo na cultura brasileira
De acordo com o artigo “As dimensões da diversidade cultural brasileira”
produzido por Sônia Cardoso e Luci Muzzeti, a diversidade cultural que abrange
nosso país pode ser considerada uma biodiversidade. O relativismo cultural
enriquece nossa história e valores, porém, mesmo que nosso país possua uma
grande diversidade de etnia e corpos, ele ainda é um lugar onde possui muitos
crimes de ódio e atos contra mulheres, corpos negros e LGBTQIA+. Segundo artigo
publicado na Revista Torta escrito por Cezar Augusto “As faces ocultas da gravidez”
(2019), um dos fatores dessa realidade é o patriarcado, que é definido como uma
organização social que se caracteriza pela sucessão patrilinear, pela autoridade
paterna e subordinação das mulheres e dos filhos.
O autor, Cezar Augusto, ainda ressalta que, desde a origem dele, os papéis
de gênero foram estritamente divididos entre a fêmea, que é responsável por cuidar
das crianças e do lar, enquanto o macho traz do exterior o mínimo para a
sobrevivência da família. Essas desigualdades e preconceitos de gênero existem
até hoje na sociedade e esse problema afeta não somente as mulheres, mas
também pessoas LGBTQIA + e homens que não se comportam de acordo com essa
imposição estrutural.
O impacto da desigualdade é notável no mercado de trabalho: segundo a
pesquisa mais recente feita pelo IBGE “Estatísticas de gênero: indicadores sociais
das mulheres no Brasil" (2021), 54,5% das mulheres trabalhavam em comparação
aos 73,7% dos homens da mesma faixa etária, ao mesmo tempo em que as
mulheres recebiam entre 25% e 40% menos salário que os homens, dependendo do
cargo.
Ademais, o problema agrava-se na gravidez que, mesmo com a estabilidade
pós-parto garantida pela Constituição, mais da metade das mães ainda são
demitidas em até dois anos após a licença maternidade, segundo pesquisa feita
pela Fundação Getúlio Vargas (2019). Isso está relacionado ao pensamento que
muitos empregadores possuem de que a mulher, após ser mãe, perde a capacidade
de dedicar-se ao trabalho.
Ainda segundo Cezar Augusto (2019), a gravidez, por ser hiper feminilizada e
romantizada, é um obstáculo para pessoas que não se sentem preparadas para
essa fase, que é imposta socialmente como um momento de positividade e gratidão.
A sociedade patriarcal criou uma imagem utópica da gravidez e esses símbolos
podem ser encontrados em vários lugares, por exemplo as clínicas são rodeadas de
flores e emanam paz e leveza, o “estar grávida” é motivo de comemoração e
benção e todos os envolvidos estão sujeitos a julgamentos advindos desde
desconhecidos até parentes próximos que negam a criança. A partir disso, a mulher,
ao se deparar com essa “obrigação” de ser uma mãe perfeita e feliz com a gravidez,
além de várias regras de etiqueta a respeitar para ser aceita na sociedade, ela
acaba por se frustrar e o sentimento de despreparo mantém, afetando
negativamente o psicológico dela. (AUGUSTO, 2019)
Quando a pessoa grávida é um transgênero não-binário ou masculino, essa
experiência de ter um filho pode se tornar assustadora. No artigo escrito por Sarah
Toler para o aplicativo de saúde ginecológica chamado Clue, “Como é a gravidez
para uma pessoa transmasculina” (2021), também é mencionado a
hiperfeminilização nos “centros de mulher” e como essa imagem pode causar
disforia nesses indivíduos, além dos médicos dessas clínicas que, acostumados a
atender mulheres cis, se encontram despreparados para realizar o atendimento das
pessoas trans e, consequentemente, acabam causando desconforto no paciente.
Nesse mesmo artigo, a autora entrevistou um homem transgênero, o Bennett
Kaspar-Williams, e ele cita que já seria um grande avanço se a gravidez não fosse
tão focada em “ser mulher”: “A maneira com que a gravidez nos é apresentada faz
com que a gente se sinta em algum lugar o qual não pertencemos. Quando se trata
da informação recebida durante a gestação, tudo é rosinha e coberto de borboletas”.
Além disso, ele também fala sobre o conceito exclusivo da “maternidade” na moda e
o quanto foi desafiador para ele se vestir durante a gestação, porque não há muitas
marcas que pensem em design mais masculinos para pessoas grávidas.
Segundo o artigo “Direitos e saúde reprodutiva para a população de travestis
e transexuais: abjeção e esterilidade simbólica” (2017, p. 8), escrito por Mônica
Angonese e Mara Coelho de Souza Lago, o primeiro caso de gravidez de um
homem trans no Brasil aconteceu em 2015, em Porto Alegre (RS), a mãe Helena
relatou que os funcionários foram cordiais e respeitosos:
Fui muito bem recebida. No início, achei que não me deixariam
assistir ao parto do meu filho, porque no dia a dia sempre temos que
explicar o que somos, como somos e como nos relacionamos.No
hospital, não precisou nada disso. Consegui ver tudo de perto. Foi
emocionante. (HELENA, 2017, p. 8)
Apesar dessas experiências positivas, a cultura patriarcal está muito
enraizada na sociedade, como ressalta Cezar Augusto, e é nítido que essa divisão
entre os papéis de gênero ainda atrapalha bastante os gestantes transgêneros
não-binários ou masculinos e isso pode deixar essas pessoas desconfortáveis,
especialmente nos ambientes hospitalares que são acostumados a atender
mulheres cis, como citado no artigo de Sarah Toler. O fato de tudo relacionado à
gestação ainda ser muito tradicional também dificulta a existência de um vestuário
mais adequado para essas pessoas, pois ainda não é comum roupas para
gestantes trans, conforme dito por Bennett Kaspar-Williams, e isso pode
desanimá-los quando quiserem enfrentar essa fase na vida.
1.2 O uso dos uniformes na cultura
De acordo com o dicionário Oxford Languages, o uniforme é o que tem a
mesma ou aproximada forma, aparência, padrão, valor que os mesmos do outro
tipo. Segundo a jornalista Talita Camargos em texto para a W3 Uniformes, “História
dos uniformes: da Idade Média aos dias atuais“ (2019), o uso dos uniformes surgiu
no século XV visando evitar que membros de um exército matassem companheiros
por engano ou descuido. Além das roupas padronizadas, os símbolos nos escudos
e as bandeiras também tinham o papel de mostrar de que lado cada combatente
estava, quem era aliado e inimigo.
No século XXI, o uniforme é visto também no meio profissional, e com as
crescentes mudanças estruturais na sociedade, começa a modificar-se. De acordo
com dados do IBGE, 54,5% das mulheres integravam a força de trabalho no Brasil.
Com mulheres se inserindo no mercado e exercendo profissões antes
majoritariamente masculinas, é necessária a criação de uniformes feitos para
atender o corpo feminino e suas necessidades.
No artigo “A moda e os uniformes e seu contexto comportamental: (Uma
reflexão aos usos sociais e significados simbólicos)” (2017, p. 1474), o autor Felipe
Bastos Maranezi cita que “O uniforme tem como principal sentido o poder de
transformar peças de roupa em manifestações comunicativas e culturais”, ou seja,
no meio social essa vestimenta se apresenta de diversas formas e começam a
abranger mais especificidades, como na marca britânica esportiva “Soul Cap”,
fundada em 2017 por Michael Chapman e Toks Ahmed, que produz toucas de
natação pensando na inclusão de pessoas com dreadlocks, afros, tranças e
extensões.
No âmbito escolar, usualmente mantêm um padrão e possuem peças
idênticas, como calça e camiseta, que são obrigatoriamente utilizadas pelos
estudantes. Enquanto isso, no meio corporativo, é exigido o uso de roupas formais
como calças sociais, camisas, sapatos e salto alto. Neste caso, apesar de exigir um
padrão uniforme, pode ser considerado mais flexível e abrangente. Já no ambiente
esportivo, conforme ressalta Talita Camargos (2019), atletas utilizam roupas
padronizadas com o intuito de manter a organização de times, identificar
participantes e vesti-los de forma funcional, sendo pensado também no aspecto
ergonômico ao facilitar a prática esportiva e melhorar o desempenho.
Em geral, tanto o uniforme quanto a vestimenta são notáveis na história da
humanidade, pois através deles pode-se identificar o papel social e o cargo exercido
no corpo que o veste. Diante de acontecimentos históricos, tornaram-se uma marca,
um tipo de identificação e uma linguagem não verbal, pois torna-se distinguível sem
precisar informação sobre aquele indivíduo ou grupo social.
Ao passo que isso ocorre, observa-se que corpos trans masculinos grávidos
se deparam com imensas dificuldades em relação à indumentária. Como citado
anteriormente, Bennett Kaspar-William relata as dificuldades em encontrar roupas
adequadas para gestantes homens, e isso se repete no ambiente de trabalho.
No artigo “O corpo trans: o significante uniforme” (2019, p. 13) escrito por
Alexandre S. F. Soares e publicado pela Universidade de Caxias do Sul, o autor
aponta o paradoxo do uniforme para transgêneros e travestis: vestir uma farda dá
dignidade ao indivíduo e possibilita estar num “lugar social distinto do lugar habitual
que lhes é permitido”, mas também retrata a realidade dessas pessoas, que só são
respeitadas quando fazem um trabalho comum e, sem uniforme, são maltratadas
por serem relacionadas à ideia de prostituição, que por conseguinte é julgado pela
sociedade tradicional.
Uma vez que estar protegida (dos olhares dos outros) tem relação
direta com o fato de ela ser quem é, ou seja, travesti, no Brasil [...]
tem trabalhos que são ‘honestos’ e merecem respeito [...] e os outros
que não são honestos e que, por isso, podem ser desrespeitados (ou
são desrespeitados). (SOARES, 2019, p. 19)
1.3 Estudo de caso: Nicho gastronômico
Segundo a publicação “Como o Mercado Gastronômico pode se beneficiar
com estratégias de Marketing Digital?” (2021), escrita pela a agência de Marketing
Digital TRIAD, o mercado gastronômico tem estado em grande demanda devido aos
reality shows sobre culinária e também pelo grande número de pessoas em busca
de uma alimentação saudável nos últimos anos. A TRIAD também afirma que, por
causa da pandemia, os restaurantes, bares, cafés e muitos outros comércios do
meio gastronômico têm usado as redes sociais como meio para crescer e inovar os
seus comércios.
Por causa dessa relevância crescente no ramo gastronômico, o grupo
analisou bares localizados em São Paulo como o Cama de Gato, Blue Note e Bar
dos Arcos por causa das suas ações pró-LGBTQIA+ e outros tipos de corpos
também discriminados. Segundo Marília Miragaia, autora da reportagem publicada
na Folha de São Paulo, “Bares e restaurantes colocam pessoas trans na linha de
frente” (2019) o dono do primeiro bar, Bruno Bocchese, prioriza contratar pessoas
que sofrem discriminação e, consequentemente possuem dificuldade de arrumar
emprego.
Também citado na reportagem, uma das contratações feitas por ele é a
cozinheira Susi, mulher trans que fez o curso “Cozinha e Voz”, da Chef Paola
Carosella, conhecida por sua participação no programa de competição culinária
MasterChef Brasil. Esse curso foi lançado em 2017 com o intuito de capacitar
pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Segundo a
Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania, que é parceira desse projeto, afirma
que já foi possível ajudar mais de 300 pessoas, onde 70% delas estão contratadas
ou formaram o próprio negócio (2020).
Outro projeto qualificador de pessoas trans e travestis, voltado para o setor
de bebidas, é o TransGarçonne, fundado em 2019 pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Na sua primeira turma foram recebidas mais de 230 inscrições,
conforme afirmado na matéria publicada pela Globo, “Transgarçonne: UFRJ cria
curso inédito de gastronomia para pessoas transgênero” (2019). Nessa mesma
matéria, um aluno do curso, Deryk Lorran, relatou que achava que seria uma
pegadinha, porque já sofre tanto preconceito que não acredita que haveria
oportunidades tão boas para ele.
Além das dificuldades enfrentadas por esses indivíduos no mundo
corporativo e no dia-a-dia, alguns desses transgêneros ainda têm que enfrentar
seus próprios hormônios, quando passam pelo período da gestação. Esse é o
momento em que sofrem o desconforto e instabilidade do corpo que, de acordo com
a Dr. Márcio Alcântara em publicação para a UNIMED, “Os 14 primeiros sintomas de
gravidez” (2019), alguns dos sintomas são: enjôos, vômitos, dores, aumento da
frequência urinária e sensibilidade nas mamas. Esses fatores podem tornar o
desempenho das atividades desconfortáveis e cansativos para esses corpos.
1.3.1 Pesquisa de Campo: CASTRO BURGER
Para auxiliar o nosso projeto, metade dos integrantes do grupo saiu em busca
de bares e hamburguerias que acolhessem todos os tipos de pessoas, sejam elas
atendentes ou clientes. Sendo assim, encontramos a hamburgueria Castro Burger,um local tranquilo, com foco na comunidade LGBTQIA+ e cheio de decorações
divertidas e temáticas, e essas informações podem ser checadas através do
manifesto disponível no site do estabelecimento:
“Somos uma hamburgueria sediada na capital paulista que tem
como base a máxima “unidade sem uniformidade e diversidade sem
fragmentação”. nossa proposta é, além de oferecer lanches incríveis
~ inclusive veganos ~ saladas, ciabattas, sobremesas, shakes e
drinks com excelente atendimento, disseminar a ideia de igualdade
entre todos aqueles que frequentarem nossa casa. aqui, todas as
pessoas se sentirão acolhidas e respeitadas pelo que são, como
são, independentemente de orientação sexual, identidade de gênero,
etnia, peso, credo ou deficiências.”
Durante a visita à hamburgueria conversamos um pouco com uma das
atendentes do local, esclarecemos um pouco sobre nossa visita, assim, ela
comunicou para o dono que estava presente, e com isso nos deram liberdade para
tirarmos fotos, conversar com as pessoas que trabalhavam lá, entrar na cozinha
para conhecer um pouco lá dentro.
Imagem 1: Uniforme da garçonete.
Imagem 2: Uniforme da assistente de cozinha.
O grupo também usufruiu dessa visita para aproveitar um pouco da
experiência do ambiente, que além de ter uma estética bonita, era bastante
confortável e relaxante, com pessoas muito simpáticas e divertidas, aproveitamos
experimentamos também a comida, que era bem saborosa.
Imagem 3: Foto do estabelecimento por dentro.
No final da visita, chamamos o dono para uma pequena conversa e foi
mostrado um pouco do nosso projeto, sendo as propostas, ideias e desenhos, essa
discussão acabou trazendo uma melhoria e enriquecimento para o trabalho, pois o
dono do local achou o projeto muito interessante, usando os termos “incrível e um
pouco inovador”. Ele também falou sobre algumas coisas para os recortes das
roupas, dizendo que como alguém que trabalha por muito tempo dentro da cozinha,
o ideal é ter sempre um tecido que dê conforto, seja flexível e fresco, não seja
pesado e que dê uma sensação de liberdade e movimentação precisa. E para os
garçons e atendentes, a mesma ideia, porém precisa de algo a mais para uma
estética mais agradável para o público.
Imagem 4: Conversa com o dono.
1.4 Público-alvo/usuário
Na reportagem publicada pela jornalista Luana Cruz “Comida: expressão de
cultura, memória e identidade" (2017) para a revista Minas Faz Ciência, a autora cita
as afirmações da cientista social Luciana Patrícia de Morais, que a comida é tanto
uma forma de expressão cultural de um povo, quanto demonstração de afeto e
sociabilidade. Partindo dessas ideias positivas, em soma com a disponibilidade de
cursos profissionalizantes nessa área, foi decidido bares como público-alvo.
Além disso, decidimos focar nas funções de cozinheiro e bartender como
públicos-usuário por possuírem contato direto com a produção de bebidas e
comidas. Conforme publicação “Riscos na cozinha industrial” (2018), feita no site da
administradora de restaurantes EXAL, os funcionários que trabalham diretamente na
cozinha correm riscos físicos e químicos: os utensílios culinários constantemente ao
dispor causam calor excessivo, probabilidade de queimadura e cortes, enquanto os
produtos de limpeza são corrosivos dependendo do contato. Assim sendo, em outra
publicação da EXAL, “EPIs para Restaurantes” (2019), é indicado o uso dos
Equipamentos de Proteção Individual, que incluem principalmente diversas luvas,
avental, touca higiênica e calçados específicos para a cozinha. A partir disso, o
grupo pretende fazer peças que sejam protetoras e ao mesmo tempo confortáveis,
já que esses funcionários trabalham em pé e enfrentam tantos riscos diariamente.
Além das exposições normalmente enfrentadas por pessoas do ramo
culinário, os uniformes também precisam se adaptar aos corpos que irão exercer
essas atividades. Ao conversar bastante, o corpo para ser representado como foco
de estudo escolhido foi o trans grávido, pois, durante a gestação ocorrem alterações
no corpo, onde além dos sintomas que promovem mal-estar, ainda tem o
crescimento da barriga que, segundo a publicação “Com quantos meses a barriga
aparece durante a gravidez?” feita pela Dra. Juliana Corrêa para o blog CordVida,
uma mulher com gestação de vinte semanas deve ter entre 17 e 23 cm de altura
uterina. Devido a esses fatores, é necessário promover um conforto geral e
elasticidade para permitir que o corpo consiga se locomover e exercer as atividades
na cozinha, e, por ser utilizado por um período de poucos meses, também é
importante pensar no futuro daquela peça e como ela será utilizada após o parto.
Portanto, o grupo idealiza criar pelo menos uma peça de uniforme que inclua
o corpo grávido, mas que não se inutilize após o tempo de gestação. Uma proposta
é uma peça composta de uma malha canelada com elastano localizada na barriga,
e a alta elasticidade desse tecido permite que o uniforme seja utilizado não somente
por vários meses numa gestação, mas também por pessoas de diferentes pesos.
Porém, numa empresa há diversos corpos, e para atender o máximo de
pessoas possível, o grupo fez duas pesquisas: uma sobre o corpo trans e a
gravidez, e outra sobre uniformes no campo gastronômico. Essa pesquisa foi feita
no Google Forms e divulgada tanto online, através do envio de emails e mensagens
privadas nas redes sociais, quanto offline, por meio de visitas a alguns restaurantes,
onde mostramos aos funcionários um QR Code que direciona para o formulário.
A primeira pesquisa foi dividida em duas seções: a primeira trouxe resultados
sobre as experiências de transgêneros no meio corporativo. Um dos comentários
mais comuns foi a dificuldade de conseguir um emprego devido a transfobia
presente dentro e fora desses espaços, e alguns até mesmo mantinham em
segredo o fato de serem trans para não sofrerem no ambiente de trabalho. Já na
segunda parte foram reunidas informações sobre as peças de roupa preferidas por
gestantes perante experiências corporais e a relação do corpo com o uniforme.
Gráficos 1: Público atualmente gestante ou que teve filho nos últimos 12 meses.
Para vestimenta foi escolhido em sua maioria calças e shorts como peça
inferior, e t-shirts, regatas e camisas de manga longa como peça superior. O grupo
decidiu anular os shorts e a regata, porque essas peças deixariam o indivíduo muito
vulnerável a acidentes de trabalho dentro de uma cozinha industrial. Em soma a
esses resultados, na segunda pesquisa de público-alvo, foram feitas perguntas
voltadas para a preferência de uniforme dos funcionários de restaurantes, bares,
padarias e confeitarias, onde preferem cores escuras. Muitos desses funcionários
comentaram que o uso de cores claras ou muito coloridas deixava óbvio a sujeira.
Gráficos 2, 3 e 4: Pesquisa sobre os uniformes na cozinha.
Recolhendo as experiências pessoais, as preferências dos corpos gestantes
e de funcionários e somando à pesquisa dos EPIs, o grupo juntou a primeira ideia,
de fazer uniformes que abranjam a maioria dos corpos, a essa segunda análise. A
partir disso, o grupo anotou problemas dos uniformes comuns de cozinha para ter
como ponto de partida para os primeiros rascunhos. Para a ergonomia, ficou
determinada a presença de bolsos e elásticos em regiões como cintura e tronco e
materiais têxteis flexíveis. Já para a segurança do trabalhador, foi decidido que as
peças também devem ser de fácil remoção, com o uso de materiais 100% algodão
com tratamento retardante de chamas, impermeabilizante e anti bacteriano, por
causa do calor excessivo presente em cozinhas industriais e para prevenção de
acidentes de trabalho.
1.5 Objetivos da coleção
O objetivo principal desse projeto é trazer a igualdade entre diferentes corpos
em um ambiente de trabalho e desenvolver uniformes voltados para o ramo
gastronômico. Para isso, partimos de uma pesquisa exploratória, iniciada nos
conceitos de Design, Moda e Cultura através de diferentesartigos escritos por
Larissa Molina Alves, Magno Brazil dos Santos, Saulo Vinícius Claudino, Renata
Pitombo Cidreira e posteriormente complementada através da análise de diversos
artigos, notícias, reportagens sobre o corpo transgênero grávido, corpo específico
escolhido pelo grupo, em diferentes situações. A partir disso, foram analisadas as
dificuldades desse corpo de se inserir no mercado de trabalho formal, os cursos
qualificadores desses corpos voltados para a gastronomia e por fim a proposta de
solução dos problemas de design presentes nos uniformes voltados para esses
corpos. Para a execução do projeto, foram pesquisadas preferências e foi estudado
relatos de pessoas trans e pessoas grávidas em geral para ficar claro as
necessidades ergonômicas e biológicas desses corpos, além de propor
entendimento das situações sócio-culturais que essas pessoas experienciam
rotineiramente. Portanto, foi decidido a construção de uniformes que tragam
conforto e bem-estar, para que o corpo gestante sinta-se bem durante todo período
gestatório no ambiente de trabalho, além dos outros três corpos (feminino,
masculino e plus size) exigidos conforme a normativa do projeto. Para atingir esse
objetivo, analisamos atender além das exigências da empresa, mas também os
pedidos do público-usuário de acordo com as devidas funções de trabalho: o Chef,
que interage diretamente com a comida sempre perto do fogão, exigindo proteção
contra incêndio, o Sous Chef, que é encarregado de substituir o Chef e cuidar da
entrada e saída de ingredientes dos restaurantes, exigindo conforto pela alta
frequência de movimentação, o Auxiliar de Cozinha, que é responsável pela
preparação de alimentos e limpeza da cozinha, necessitando de proteção contra
produtos químicos e o Garçom, que interage diretamente com os clientes,
funcionando como “vitrine” do estabelecimento, mas que também pode sofrer
acidentes de trabalho, como derrubar alimento quente em si mesmo ou em alguém,
exigindo segurança contra queimaduras e velocidade para salvar algum cliente se
for esse o caso.
2. DESENVOLVIMENTO PROJETUAL
A partir dos dados obtidos nas pesquisas relacionadas à cultura brasileira,
uniformes e ao público-alvo/usuário e relatos de indivíduos trans, o grupo percebeu
a necessidade de inclusão do corpo transgênero grávido e suas necessidades de
ergonomia, como a falta de peças unissex e masculinas voltadas para a gestação e
uniformes apertados demais. Baseado nesses resultados em soma com o estudo de
caso e pesquisa de campo do nicho gastronômico, foi decidido trazer maior
representatividade para este público dentro do ramo culinário, mas sem deixar de
acolher outros corpos comuns. Por isso, foi criada uma coleção que se encaixa em
quatro corpos fixos: feminino, masculino, plus size e gestante.
2.1 Parâmetros Projetuais
A proposta do grupo foi desenvolver uma coleção dentro do segmento
gastronômico que incluísse conforto e mantivesse a segurança dentro do ambiente
de trabalho contemplando corpos que nem sempre são atendidos. Visando esses
objetivos, o grupo procurou por materiais têxteis confortáveis e esticáveis e
aviamentos práticos, pesquisou os beneficiamentos necessários para o ramo da
cozinha e exerceu modificações úteis como novos bolsos e elásticos localizados
que se adaptam de acordo com o corpo do indivíduo, onde um gestante poderia
vestir durante todo o período de gestação e corpos de diferentes pesos. Com isso, o
grupo criou quatro looks para melhor qualidade de trabalho e conforto para seus
usuários.
2.2 Escolha dos tecidos
O tecido escolhido para produção dos uniformes foi principalmente o tricoline,
e para alguns detalhes foi decidido a malha canelada com elastano e forro de malha
100% algodão. A escolha do tricoline se dá por sua excelência na proteção, higiene
e sua composição de 100% algodão, por ser hipoalergênico e possuir toque leve,
ideal para um uniforme de cozinha, espaço com temperaturas altas e calor
excessivo, necessitando de um tecido fresco e respirável. Já a malha canelada
possui uma ótima elasticidade, por isso foi designada para a região da barriga e,
desse modo, fica possível acolher diferentes corpos e não a peça será perdida
durante e após a gravidez, fornecendo conforto e praticidade para todos os biotipos.
Todos os materiais têxteis devem possuir os tratamentos e retardante
anti-chama, impermeabilizante e antibacteriano. Esses beneficiamentos são
necessários para o ambiente culinário por que o indivíduo precisa de tempo e ser
capaz de remover seu uniforme em caso de incêndio na peça de roupa e o primeiro
permite isso. O segundo, além de ser higiênico, também previne manchas no
uniforme, conservando a peça por muito mais tempo. Já o terceiro garante
principalmente limpeza e higiene, evitando a presença de vírus e bactérias e
prevenindo contaminação dos alimentos.
2.3 Cartela de cores
A cartela de cores do projeto partiu das cores da bandeira transgênero,
conhecida pelas cores rosa, azul e branco. Posteriormente, somamos os resultados
da pesquisa de público-alvo dos funcionários de cozinha, onde foi concluído que a
maioria desses trabalhadores tem preferência a cores escuras para o uniforme de
trabalho.
Portanto, foi decidido pelo grupo looks com bases pretas e com detalhes em
outros tons de rosa, azul e branco como forma de representação aos estudos
projetuais deste semestre.
2.4 Escolha dos aviamentos
Na escolha dos aviamentos, foi decidido pelos membros do grupo a utilização
de botões de pressão para a maior parte dos fechamento das peças, porque, de
acordo com o questionário desenvolvido, as pessoas que já trabalharam em
ambiente de cozinha afirmam que o botão de pressão é a melhor opção de
aviamento para a segurança do indivíduo, pela praticidade e rapidez na hora de
abotoar e desabotoar. Para a estética desse aviamento, o grupo escolheu revestir
botões de pressão com tecidos na cor azul marinho como decoração. Em outros
casos, como cós das calças e a região da cintura nos aventais, será utilizado
elástico e cadarço para acolher diferentes corpos.
Além de fechamento de peças, os botões de pressão também serão
utilizados como encaixe nos ombros da peça superior no Sous Chef, para ser
possível colocar e retirar o acessório dos braços, que consiste em um bolso portátil
sustentado por duas fitas de tecido reforçadas, onde uma passa pela circunferência
do braço e a outra se prende no botão de pressão do ombro.
Outro aviamento também escolhido para o look desse cargo é o lastex. Ele
será utilizado na região da barriga, para permitir a elasticidade do tecido,
possibilitando que a peça acolha diferentes corpos.
2.5 Estudo de formas
O caminho para definir as formas desse projeto foi trabalhar com formas já
testadas e aprovadas no mercado a muito tempo, como o dólmã de cozinheiro, mas
efetuar algumas mudanças com intuito de atender diferentes formas de corpos e
suprir suas necessidades, mas ainda mantendo uma boa estética nas peças.
Para projetar as peças de maneira ergonômica, visando o conforto e o
atendimento das necessidades no período de trabalho do público-usuário, o grupo
decidiu fazer diversos ajustes tornando as peças mais ajustáveis ao corpo, com
maior elasticidade e mais livres, além de adicionar acessórios e bolsos para tornar
as peças úteis, propondo maior qualidade e velocidade da experiência de trabalho.
2.6 Apresentação da coleção
Imagem 5: Desenhos artísticos da coleção.
Como mencionado anteriormente, a coleção do projeto deve ser composta
por quatro looks, visando atender diferentes corpos. Por isso, foram desenvolvidas
um total de oito peças após uma reflexão sobre os problemas e necessidades de
cada função de trabalho escolhida pelo grupo, sendo elas o Garçom, Chef, Sous
Chef e Auxiliar de Cozinha.
Imagem 6: Desenhos técnicos da coleção.
A calça, designada para todos os uniformes, foi pensada pelas necessidades
de conforto e utilidade, já que os funcionários precisam estar em péo tempo inteiro
andando pelo restaurante e/ou cozinha. Por isso, fizemos calça jogger com uma
modelagem mais larga de cós largo com elástico e bolsos auxiliares.
Imagem 7: Representação gráfica do garçom.
Nas peças designadas para o Garçom (look 2), a camisa é acompanhada de
uma manga bufante e um colete com abas assimétricas, que fecham com o auxílio
de um botão de pressão escondido por baixo da aba frontal. Além do conforto, uma
característica muito importante para essas peças é a estética, já que é ele que vai
interagir diretamente com os clientes. Ambas peças são curtas: alcançam até a
cintura do indivíduo para deixar a região livre caso ele venha a engravidar, e a calça
tem a pequena diferença de ser cintura alta para proteger a barriga.
Imagem 8: Representação gráfica do chef.
A peça superior do Chef (look 1) é a que mais se assemelha das formas já
existentes no mercado, no entanto, o dólmã comum possui um design muito fixo nos
ombros. Portanto, foi adicionado recortes no ombro junto a uma modelagem
semelhante à regata, com o intuito de facilitar a movimentação dos braços do
funcionário. Além disso, também foi adicionado elásticos laterais, com a mesma
função dos elásticos também presentes no avental do Auxiliar de Cozinha (look 4) e
na peça superior do Sous Chef (look 3), de acolher corpos de diferentes tamanhos,
formas e pesos.
Imagem 9: Representação gráfica do auxiliar de cozinha.
Nesse avental citado também encontram-se dois encaixes elásticos frontais
na região da cintura, para que o funcionário consiga colocar algum objeto de uso
frequente para ficar pendurado, como saleiros, evitando que seja necessário ficar
procurando o objeto em questão. Já a peça superior do Auxiliar de Cozinha é uma
blusa comum com uma prega localizada nas costas para facilitar a movimentação
das costas para o indivíduo que vesti-la, ao mesmo tempo que acolhe corpos de
diferentes tamanhos.
Imagem 10: Representação gráfica do Sous Chef.
Por fim, a peça superior do Sous Chef é caracterizada pelo tecido com lastex
localizado na barriga, com a função de acolher a barriga de gestante conforme os
meses se passam, ao mesmo tempo que a peça não se perde após a gestação por
causa da sua grande elasticidade. Além disso, também tem o acessório encaixável
de bolsos localizado nos ombros para botar qualquer objeto pequeno e útil que
precise ser protegido. Esse detalhe foi pensado nas dificuldades de um gestante de
se abaixar porque, dependendo de quantos meses, o indivíduo poderia não alcançar
os bolsos inferiores da calça, preferindo utilizar os do braço.
2.7 Experimentações e prototipagens
As primeiras ideias realizadas pelo grupo foram adaptadas para melhor
alcançar os objetivos do projeto e acolher as necessidades de cada função
decididas pelo grupo. Algumas peças mudaram apenas em alguns detalhes, como o
dolmã do Chef, que teve a manga colocada em ambos os braços por causa da
vigilância sanitária, enquanto outras foram completamente descartadas e salvados
apenas os detalhes mais úteis, como o elástico na lateral, colocado também nas
laterais na peça superior do Chef.
Imagem 11: Experimentações do grupo.
2.8 Looks finais
Imagens 12 e 13: 3D simples final do grupo.
Imagens 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27: Detalhes destacados do 3D.
Imagens 28, 29 e 30: Photoshoots do look Chef confeccionado.
Imagens 31, 32 e 33: Detalhes destacados do avental, bolso lateral e frente da calça,
respectivamente.
Imagens 34, 35, 36 e 38: Detalhes destacados dos botões de pressão internos, botões
externos e recorte de ombro frio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto desenvolvido foi responsável por auxiliar o grupo a compreender a
importância e a função do uniforme e também a entender como a opinião dos
usuários é essencial para produzir uma peça que atenda às necessidades e inclua
diversos corpos presentes na cultura brasileira.
Os estudos feitos fizeram com que repensássemos como é importante
reconhecer todos os corpos e como todos necessitam de uma representatividade e
é totalmente gratificante estudar um público de minoria e propor soluções para uma
efetiva inclusão dele, mostrando que por meio da moda também conseguimos
refletir e colaborar com pautas importantes, já que nesse ramo também influencia-se
um povo através da representação de diferentes corpos e diferentes padrões.
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