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Profa. Daniela Menezes UNIDADE I Fundamentos de Marketing A disciplina Fundamentos de Marketing tem como objetivo explicar os conceitos mercadológicos básicos, que irão fundamentar o desenvolvimento de competências relacionadas à área de Marketing. Ao final da disciplina, espera-se que você conheça: Os elementos básicos de marketing; Segmentação de mercado; Análise dos ambientes de marketing; O mix de marketing; As relações entre o planejamento de marketing e o planejamento geral das organizações. Objetivos da disciplina Para Philip Kotler (2006), existem definições sociais e gerenciais de marketing: Definição social: o propósito é proporcionar à sociedade uma qualidade de vida superior; Definição gerencial: “Processo de planejar e executar a concepção, a determinação de preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar negociações, que satisfaçam metas individuais e organizacionais” (KOTLER, 1998, p. 30); O propósito do marketing seria, então, satisfazer as necessidades dos clientes, construindo os relacionamentos duradouros e não, apenas, vendendo os produtos; O intuito, portanto, é criar vínculos com os clientes. Definições de marketing Para a American Marketing Association (AMA – Associação Americana de Marketing), marketing é “o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços, a fim de criar trocas que satisfaçam as metas individuais e organizacionais”. Equívocos na tradução da palavra. Ainda sobre a definição de marketing Os elementos básicos, segundo Kotler: Elementos básicos de marketing Demanda Mercado Valor Satisfação Transferência Transação Troca Oferta Desejo Necessidade Necessidade: referem-se aos aspectos básicos da condição humana, como alimentar-se, dormir, abrigar-se, proteger-se das intempéries. São, portanto, necessidades que precisam ser atendidas. Desejo: desejos não são necessidades básicas somente, mas necessidades focadas em um único objeto, ou seja, somente aquele objeto pode satisfazer as nossas necessidades; por exemplo: o apartamento novo, o sapato novo. Oferta: consiste em colocar à disposição de pessoas ou organizações, produtos, serviços ou ideias para a troca. Troca: obter os produtos que estejam sendo ofertados por empresas ou pessoas, em troca de algo; por exemplo: dinheiro. Entendendo os elementos básicos segundo Kotler Transação: é a troca de valores entre duas ou mais partes que pode ou não envolver o dinheiro. Nesse caso, temos a permuta ou o escambo. Transferência: aqui é um tipo de transação quando uma parte dá algo em troca de nada, ou seja, não envolve qualquer valor. Satisfação: quando um produto ou serviço garante que as expectativas foram atendidas. Valor: falar de valor é falar daquilo que o cliente espera receber. Não estamos falando de um valor monetário. Entendendo os elementos básicos, segundo Kotler Quando estamos colocando à disposição de pessoas ou organizações os produtos, os serviços ou as ideias para a troca estamos fazendo: a) Uma transação. b) Uma transferência. c) Uma oferta. d) Um processo. e) Um benefício. Interatividade Quando estamos colocando à disposição de pessoas ou organizações os produtos, os serviços ou as ideias para a troca estamos fazendo: a) Uma transação. b) Uma transferência. c) Uma oferta. d) Um processo. e) Um benefício. Resposta Valor = benefícios – sacrifício Custos (benefícios práticos + benefícios emocionais) – sacrifícios Custos monetários + custo de tempo + custo de energia + custos psicológicos Valor = todos os benefícios – valor monetário pago incluindo tempo, energia, desgaste emocional Parênteses para o valor Mercado: um conjunto de compradores e vendedores que efetuam as transações relativas a determinado produto ou classe de produto, como: mercado imobiliário, mercado de ações. Demanda: é o grupo de pessoas que procura por um determinado tipo de produto ou serviço, e tem o poder aquisitivo para obtê-lo. Todos esses elementos devem ser estudados individualmente e inter-relacionados para que os objetivos individuais e organizacionais sejam alcançados. Entendendo os elementos básicos, segundo Kotler O ambiente de marketing é formado pela união de forças internas e externas que interferem, direta ou indiretamente, nas decisões e nos resultados das ações de marketing realizadas (COBRA, 2003). Ambiente de marketing Mercado global Macroambiente Forças demográficas, político-legais, tecnológicas, econômicas, naturais, socioculturais Microambiente Fornecedores, intermediários, concorrentes, entidades públicas, clientes Forças tecnológicas: revolução tecnológica das últimas décadas, como os computadores, tablets, smartphones e, também, como a pílula anticoncepcional. É importante perceber como essa força muda os nossos hábitos culturais e de consumo; por exemplo: quando estamos com alguém em um chat ou fisicamente próximos. Forças econômicas: é fundamental a organização entender a economia do país, como se comporta a moeda corrente, qual é o poder de compra do seu target. O macroambiente Target do produto Concorrente 1 Concorrente 2 Composição de mercado Forças político-legais: aqui, temos as normas, as leis, os tratados, os regulamentos, os acordos que regem determinado mercado. Forças naturais: essas forças tem foco nos recursos naturais. Forças demográficas: essas forças tratam das questões que se referem às pessoas, ao público-alvo. Nesse caso, as empresas precisam estar atentas ao tamanho dos mercados, à taxa de crescimento populacional, assim como à distribuição etária, o composto étnico, os níveis educacionais, os padrões de moradia, as características regionais. Essas análises podem nos fornecer uma grande quantidade de informações que nos trarão possibilidades. Forças culturais e sociais: a estrutura cultural e social, determina os hábitos e as preferências dos consumidores. O macroambiente Empresa: os gestores devem construir uma administração que conscientize cada colaborador sobre a sua importância em todo o processo de atendimento ao cliente. Clientes. Mercados: os mercados são divididos por suas características e, assim, temos o mercado consumidor, o mercado industrial, o revendedor, o governamental e o internacional: Mercado consumidor: formado por pessoas e/ou empresas que irão adquirir os produtos/serviços para o consumo próprio; Mercado industrial: formado por empresas que transformarão os produtos adquiridos; O microambiente Mercado revendedor; Mercado governamental; Mercado internacional. O que define um tipo de mercado não é o produto, e sim o destino. Alguns exemplos: tomate e leite. O microambiente (mercados) Fonte: http://www.imperanews.com.br/2015/05/curso-mercado- internacional-imperatriz-fiema.html Concorrentes: sabemos que os concorrentes exercem forte influência na lucratividade, na participação de mercado (market share) e, também, no posicionamento da empresa. Entidades públicas e privadas: como as ONGs (Greenpeace) e o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), alertam o mercado sobre as práticas que possam ferir os valores culturais e sociais de grupos específicos (trabalho infantil). Fornecedores: o marketing incentiva os fornecedores a oferecerem soluções diferenciadas que agreguem valor ao produto, dificultando a migração de clientes para a concorrência. Intermediários: ao participar da distribuição são corresponsáveis pela lucratividade e pela competitividade. O microambiente Quando nos referimos às forças tecnológicas que influenciam os produtos e os serviços, estamos nos referindo ao: a) Microambiente da organização. b) Macroambiente da organização. c) Mercado revendedor. d) Mercado comprador. e) Todas as alternativas estãocorretas. Interatividade Quando nos referimos às forças tecnológicas que influenciam os produtos e os serviços, estamos nos referindo ao: a) Microambiente da organização. b) Macroambiente da organização. c) Mercado revendedor. d) Mercado comprador. e) Todas as alternativas estão corretas. Resposta Segundo Kotler (2006), o início de qualquer debate sobre a segmentação é o marketing de massa, onde a empresa procura atender a todos os seus clientes, sem distinção, com um único produto. Mas não podemos esquecer que o mercado está se fragmentando, cada vez mais, em função dos diferentes canais de comunicação e de distribuição. Falando de segmentação, Kotler também nos dá uma definição bastante interessante: “Um segmento de mercado consiste em um grande grupo de consumidores que possuem as mesmas preferências” (KOTLER, 2006, p. 237). Podemos, então, dizer que a segmentação consiste na divisão do mercado em grupos de pessoas (clientes potenciais) com características, percepções, valores, comportamento de compra e expectativas semelhantes. Segmentação de mercado Marketing de segmento: empresas necessitam identificar e decidir em quais segmentos irão atuar para poderem planejar, definir os preços, divulgar e fornecer o produto ou o serviço para satisfazer o mercado-alvo. Para a empresa que pretende atuar com a abordagem de marketing de segmento, o indicado é conhecer o mercado, dividi-lo em grupos, formados por clientes com necessidades, desejos e atitudes semelhantes, e adaptar o seu composto mercadológico para atender a essas especificidades. Segmentação de mercado Marketing de nicho: quando as empresas fazem a segmentação de um segmento, encontrando, então, um subsegmento. Para Kotler, o nicho é atraente quando: Os clientes têm necessidades distintas: para que se caracterize um nicho de mercado, as necessidades desse grupo de clientes têm que se diferenciar de todo o resto do segmento; Os clientes se predispõem a pagar mais pelo produto; Os nichos não atraem os concorrentes; Gera um retorno financeiro; Tem a capacidade e a possibilidade de crescimento. Segmentação de mercado Marketing individual ou customizado: retrocesso ou avanço? A customização acaba transformando o produto em objeto único, tal qual uma obra de arte; Marketing local: essa abordagem busca uma adaptação em seu composto mercadológico para atender às necessidades e os desejos de uma determinada região. A ideia não é vender. Segmentação de mercado Fonte: http://www.positano.com/pt/s/positano Segundo Palmer (2006), o processo de segmentação de mercados organizacionais é muito semelhante, em princípio, ao aplicado aos mercados de consumo. Bases para a segmentação Business to Business: Tamanho da empresa; Formalidade no processo de compra; Setor de atividade. Segmentação de mercados organizacionais Fonte: https://www.sqa.org.uk/e- learning/ECIntro01CD/page_02.htm Vimos que segmentar é unir as pessoas com interesses comuns: Segmentação geográfica – Divide as zonas ou regiões para encontrar o público-alvo. Aqui, estamos falando de nações, estados, regiões, cidades, bairros, zona com climas específicos; Segmentação demográfica – Esse tipo de segmentação ocorre com as características da população, que são: sexo, renda, densidade populacional, distribuição dessa população, grau de instrução, renda, idade, religião, classe social etc.; Segmentação de mercados consumidores Segmentação psicográfica – “A Psicografia é a ciência que utiliza a Psicologia e a Demografia para entender melhor os consumidores” (KOTLER, 2006, p. 192); O mercado, então, é dividido por critérios de personalidade, estilo de vida e valores; Segmentação comportamental – segundo Cobra (2003), é a divisão do mercado com o agrupamento segundo os conhecimentos, as atitudes, o uso e a resposta a um produto; Aqui, existem critérios importantes definidos por Kotler (2006) como estruturadores dos cinco papéis possíveis de decisão. Vamos entendê-los? Segmentação de mercados consumidores Iniciador. Influenciador. Decisor. Comprador. Usuário. Lembrando que, muitas vezes, o usuário não é o comprador, nem o decisor, nem o influenciador, mas pode ser o iniciador. Segmentação de mercados consumidores Fonte: http://www.comregras.com/ uma-crianca-a-vencer-os-pais/ Fonte: https://pt.wix.com/blog/2013/ 10/como-facilitar-a-decisao-de- compra-de-um-cliente/ Quando não temos o intuito de vender, efetivamente, mas buscamos uma adaptação do nosso composto mercadológico a uma determinada região, estamos falando de: a) Marketing individual. b) Marketing social. c) Marketing local. d) Marketing estrutural. e) Marketing adaptativo. Interatividade Quando não temos o intuito de vender, efetivamente, mas buscamos uma adaptação do nosso composto mercadológico a uma determinada região, estamos falando de: a) Marketing individual. b) Marketing social. c) Marketing local. d) Marketing estrutural. e) Marketing adaptativo. Resposta Público escolhido: é hora de decidir como se posicionar. “Posicionamento é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de maneira a obter uma posição competitiva distinta e significativa na mente do consumidor-alvo” (COBRA, 2003 apud KOTLER,1998, p. 173). É fundamental que possamos construir uma imagem que distingua os nossos produtos e os nossos serviços dos concorrentes, e isso se dá, na maioria das vezes, por meio de atribuições que são importantes para o cliente. É possível reposicionar um produto? Posicionamento de mercado Fonte: http://www.overonedjs.com.br/sao-paulo-tera- maior-fabrica-de-discos-de-vinil-da-america-latina/ Mercado organizacional: esses mercados são formados por empresas que fornecem os produtos e os serviços, para serem usados na produção de outros produtos e serviços. Tipos de mercado Fonte: https://www.institutosc.com.br/web/blog/nr-18-a- importancia-de-um-ambiente-seguro-na-construcao-civil Fonte: http://www.nopesoideal.com. br/extrato-de-feijao-branco/ Menos compradores, porém, com compras maiores. Relacionamento mais próximo do fornecedor-cliente. Compra profissionalizada que segue as regras preestabelecidas. Diversas pessoas influenciam o processo de aquisição. Vários orçamentos antes de fechar o pedido. Demanda derivada que vem dos bens de consumo. Demanda inelástica em função do preço. Demanda oscilante. Concentração geográfica dos compradores. Compra direta, sem intermediários. Ainda sobre o mercado organizacional Fonte: http://forum.antinovaordemmundial. com/Topico-a%C3%A7%C3%BAcar-o-mais- perigoso-ingrediente-alimentar-do-mundo Recompra simples – Sistemática. Recompra modificada – Com alteração nas especificações técnicas, nos prazos e nos preços. Nova tarefa – Demanda bem mais tempo e conhecimento. Circunstâncias de compra no mercado organizacional Fonte: http://www.blogodorium.com.br/ modelo-de-recibo-de-compra- e-venda-de-automovel/ Pessoas compram os produtos ou os serviços, não apenas porque têm o intuito de satisfazer às suas necessidades, mas também porque foram influenciadas para tomar essa atitude. Fatores culturais – Valores, hábitos e crenças. Fatores sociais – Pertencimento. Fatores pessoais – Ocupação, idade, estágio do ciclo de vida. Fatores psicológicos – Motivação, percepção, aprendizagem e memória. Mercado consumidor Fonte: https://meusanimais.com.br/porcos-sao-um-dos-animais-inteligentes/ O novo gestor de marketing Fonte: http://mktsemsegredos.com/ profissional-de-marketing-o-que-faz- qual-o-perfil/ Fonte: http://www.mundocarreira.com.br/ marketing/qual-deve-ser-o-perfil-profissional- de-marketing/ Valor para o cliente = benefícios. Valor para o cliente Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yAizGlTymFg Componentes de uma relação de transação e de relacionamentoMarketing tradicional – de transação Marketing de relacionamento Foco em venda única Orientação a curto prazo Venda para os compradores anônimos O vendedor é a principal interface entre o(a) comprador/loja Compromisso limitado ao consumidor A qualidade é de responsabilidade do departamento de produção Foco na retenção do consumidor Orientação a longo prazo Monitoração dos nomes dos compradores Múltiplos níveis de relacionamento entre o comprador/vendedor Grande compromisso com o cliente A qualidade é de responsabilidade de todos Desenvolvido por Evert Gummesson, o conceito é entendido como a tarefa de criar forte lealdade dos consumidores em relação à determinada marca. O investimento no marketing de relacionamento se distingue por cinco níveis: básico, reativo, responsável, proativo e de parceria (COBRA, 2003, p. 149). O marketing de relacionamento se refere ao conjunto de atividades da empresa que visam fazer o consumidor repetir a compra. É possível identificar três grandes abordagens para essa atividade: nível tático, nível estratégico e nível filosófico (PALMER, 2006, p. 172). Mas o que é marketing de relacionamento? Nível tático: a empresa busca promoções para se aproximar do cliente (sorteios, gincanas, brindes, prêmios). Nível estratégico: a empresa investe em formas de reter o cliente, utilizando as ações de cunho financeiro, tecnológico e geográfico, como no caso das telefonias. Nível filosófico: o foco não é o produto, é o cliente. Sistema de informações de marketing: É responsabilidade do profissional de marketing identificar e, se possível, antecipar as mudanças significativas do mercado, rastrear as tendências e buscar as oportunidades. Para apoiá- lo é preciso criar um sistema de informações de marketing (SIM) que oferece os dados detalhados das necessidades, das preferências, do comportamento e dos padrões de consumo. Níveis do marketing de relacionamento Quando estamos nos referindo ao marketing de relacionamento, estamos falando de diversos pontos importantes para a criação de vínculos. Nas alternativas a seguir assinale aquela que não faz parte desta abordagem mercadológica: a) Compromisso com a venda. b) Foco na retenção do consumidor. c) Múltiplos níveis de relacionamento entre o vendedor e o consumidor. d) A qualidade é de responsabilidade de todos. e) Orientação a longo prazo. Interatividade Quando estamos nos referindo ao marketing de relacionamento, estamos falando de diversos pontos importantes para a criação de vínculos. Nas alternativas a seguir assinale aquela que não faz parte desta abordagem mercadológica: a) Compromisso com a venda. b) Foco na retenção do consumidor. c) Múltiplos níveis de relacionamento entre o vendedor e o consumidor. d) A qualidade é de responsabilidade de todos. e) Orientação a longo prazo. Resposta COBRA, M. Administração de marketing no Brasil. São Paulo: Cobra Editora de Marketing, 2003. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing: a Bíblia do marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. PALMER, A. Introdução ao marketing: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2006. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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