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Com previsão no artigo 489 do CPC, os elementos essenciais da sentença são: "I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem". BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso: 13 abr.2020. Analise a seguinte situação: A parte autora protocolou uma ação no Juizado Especial, e após os trâmites legais decorrentes do andamento do processo, o juiz prolatou a sentença sem apresentação do Relatório. Ciente dos elementos essenciais da sentença, constantes no artigo 489 do CPC, a parte (autora) questionou a irregularidade da sentença. Considerando o contexto apresentado, redija um texto sobre a relevância e necessidade do Relatório e demonstre, justificando, se a autora está correta ao questionar a ausência dos elementos essenciais da sentença proferida pelo Juizado Especial. R.: A sentença é além de um ato judicial que determina o encerramento de uma fase processual, ou seja, a sentença concretiza o direito de prestação jurisdicional, representando o cumprimento do Estado de administração da justiça. Sendo assim, o juiz precisa especificar na sentença as causas de sua decisão, pois essas servem de fundamento para as partes exercerem seu direito de recorrer, assim como para quem aprecie possa compreender os motivos do recurso na sentença. A fim de atingir tal objetivo, a Constituição Federal Brasileira, trás em seu artigo 93, IX, o princípio da motivação das decisões judiciais, o qual causa nulidade da decisão que carece de fundamentação, mas como sempre existem decisões com fundamentação insatisfatória, o Código de Processo Civil de 2015, no artigo 11 reforça o disposto na CF/88, prevendo nulidade de decisões não fundamentadas. Dessa forma, vendo a importância da fundamentação a qual encontra-se ausente, a autora tem todo o direito de questionar a falta de tal elemento essencial, vez que, sem o mesmo a sentença pode ser anulada por carecer a autora motivação para recorrer.