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RENATA PEREIRA PEDRASSANI 8083944 PORTFÓLIO CICLO 2 SÃO MIGUEL DO GUAPOÉ - RO 2021 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Fundamentos e Métodos do Ensino da Língua Portuguesa, ministrada pela Tutora Adriana Sertori Sandrin. O livro escolhido foi Ida e Volta de Juarez Machado. Disponível em: https://pt.slideshare.net/CamilaRibeiro35/ida-e-volta As ilustrações são muito importantes na educação infantil por trabalhar a imaginação, criatividade, oralidade, diferentes pontos de vista, concentração, etc. Com esta história ilustrada podemos imaginar junto com as crianças, pois os adultos também não têm as mesmas visões e interpretação. Então trabalharia interpretando junto com a turma e ajudando em pontos que não fossem descobertos. Usando um retroprojetor para que as imagens fiassem bem visíveis para sala inteira, começaria passando toda história depois ouvindo o que teriam a dizer, depois indo página por página. Na primeira e segunda página, penso que não está muito difícil dá para observar que alguém sai do banho e caminha para algum lugar (que ainda não se sabe); na terceira página, opa! Tem bastante informação. Pergunto o que podem saber sobre a pessoa olhando o armário, depois de ouvir as respostas colocaria minha visão, a pessoa é do sexo masculino, gosta de esportes, de super-heróis, no armário não tem muita coisa, só quatro cabides, as três vestimentas que aparecem são bem diferentes, a bola, a raquete e algo que parece uma prancha de snowboard estão dentro também, o que não se vê em um armário comum ( pode-se colocar a observação de que talvez ali esteja seus instrumentos de trabalho, talvez ele seja um palhaço), ali a pessoa coloca uma roupa, calça um sapato e continua sua caminhada; na página cinco vemos aonde ele foi, é necessário sempre ouvir todas as observações das crianças e especular com o propósito de que elas observem mais ( foi até a cozinha, sentou na cadeira virada, tomou café, comeu pão (dá pra ver migalhas no prato)), e seguiu caminho, na página seis passou por um antigo instrumento musical, na página sete observa-se que ao passar pelo instrumento ele colocou uma música, pois estava dançando, depois segue caminho para outro ambiente, talvez para saída, na página nove verifica-se que tem a disposição vários chapéus e guarda- chuvas diferentes, ele pega um chapéu (dá pra saber por causa da posição da pegada) isso tudo deve estar sendo desenvolvido com a turma a professora fala desses detalhes somente no caso da turma não ter conseguido observar. A pessoa sai e na página onze passa debaixo da macieira e apanha uma maça (isso pode ser observado através de folhas que caem) e segue seu caminho comendo, pois na página doze ele joga o resto no lixo, em seguida um cão o acompanha e na página quinze o cão faz xixi no poste, continua acompanhando-o até chegar em sua casinha na página https://pt.slideshare.net/CamilaRibeiro35/ida-e-volta dezessete. A pessoa segue seu caminho, compra um vasinho com flores na página dezenove e entrega para uma senhora no caminho (p.20). Na página vinte e dois aparece outro personagem na história e caminham juntos até a página vinte e cinco, esse personagem é um palhaço que está divulgando o circo. A pessoa do começo da história faz algo estranho na página vinte e seis, o que seria? Estaria rodando? Em seguida vemos que ela estava brincando com uma bola, atira a bola na vidraça de uma casa que acaba quebrando, ela segue seu caminho, avista uma placa onde indica bicicletas (talvez para aluguel) e vai até o local, pega uma bicicleta e sai montado (p. 29), será para fugir e ninguém vê que ele quebrou o vidro? Anda por uma estrada íngreme e se desequilibra começando a fazer zigue-zague (p. 31), na página trinta e dois ele bate em um andaime usado para pintura derruba várias latas de tinta, estraga a roda da frente da bicicleta, na página trinta e três dá pra ver que borra toda a pintura onde está escrito “circus”, todo sujo com tinta ele deixa a bicicleta e o seu calçado ali mesmo e segue à pé e descalço, volta para sua casa e vai tomar outo banho. Fim Com essa e com qualquer outra história, o importante em sala de aula é que o professor dê espaço para que as crianças soltem e agucem a imaginação e interpretação porque se tiver um fim em si mesma sem explorar as críticas e criatividades não serviu para ensinar e ajudar em nada. Referências: GAIA, C. Literatura Infanto-Juvenil. Claretiano, 2013 disponível em CRC sala de aula virtual Livro Ida e Volta de Juarez Machado. Disponível em: https://pt.slideshare.net/CamilaRibeiro35/ida-e-volta Comentário do professor Olá, tudo bem com você? Sua atividade está a contento, mas faltou detalhar como trabalharia a imagem com os seus alunos. Sobre a sua sugestão, é importante, como Gaia aponta em Literatura Infanto-Juvenil, que o adulto não imponha sua leitura, pois as interpretações podem ser divergentes, ou seja, deixando que cada criança transforme o livro na sua história. Depois que cada aluno criou a sua história, numa roda de conversa, seria importante socializar a história de cada um, sempre com a intervenção do professor. No CRC de Literatura Infanto-Juvenil, Célia Gaia faz-nos uma pergunta: mas será que os livros só de imagens são livros somente para crianças? Diante desse questionamento, ela nos apresenta uma citação de Luís Camargo: O livro de imagem não é um mero livrinho para crianças que não sabem ler. Segundo a experiência de vida de cada um e das perguntas que cada leitor faz às imagens, ele pode se tornar o ponto de partida de muitas leituras, que podem significar um alargamento do campo de consciência: de nós mesmos, de nosso meio, https://pt.slideshare.net/CamilaRibeiro35/ida-e-volta de nos cultura e do entrelaçamento da nossa com outras culturas, no tempo e no espaço (CAMARGO, 1995, p. 79). Luís Camargo (1995, p. 81), ao tratar da recepção dos livros de imagens, diz que tem organizado oficinas de sensibilização para o uso desses livros e que segue em todas elas um roteiro semelhante: 1. escolha um livro e leia; 2. escolha outro livro e leia; 3. escolha mais um livro e leia; 4. se você quiser, escolha mais um e... (adivinhou?) leia!; 5. feliz leitura! Ele relata que, frequentemente, os participantes inventam nomes para os personagens, acrescentam cenas, alteram títulos, e que, na mão de cada leitor, o livro se transforma em uma história diferente. Além disso, alerta para que o adulto não imponha sua leitura, pois as interpretações podem ser divergentes e questiona as ilustrações "bobas" dos livros didáticos com suas questões de compreensão. Gaia também acrescenta que nós ocidentais temos muito preconceito em relação à aprendizagem por imagem. Achamos que só se pensa com palavras. No entanto, salientamos que a percepção sempre inclui o pensamento. Abraços, Adriana