Buscar

Relatório - Antibiograma

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Itajubá
Instituto de Recursos Naturais
Laboratório de Microbiologia
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
“Antibiograma”
Prof. Marcelo Chuei Matsudo
Giovana D. Cabral
Itajubá
2021
Introdução
Há uma ampla variedade de microrganismos com potencial patogênico. Na medicina
moderna, o uso de químicos que inibem as ações dos mesmos é vista como um importante
marco, permitindo a solução de diversas infecções. Esses medicamentos podem ser divididos
em anti-infecciosos, bacteriostáticos, bactericidas, fungistáticos, fungicidas e antivirais
(OLIVEIRA, 2011).
Geralmente, os antibióticos agem em estruturas e funções microbianas que diferem das
estruturas e funções presentes na célula do hospedeiro. A célula eucariótica não tem parede
celular, mas apresenta uma membrana plasmática diferente da procariótica e, por isso, o alvo
atraente desses fármacos costuma ser a parede celular (TORTORA, FUNKE, CASE; 2012).
Nas bactérias, existem dois grupos que se diferem a partir da estruturação da parede celular:
as gram-positivas e gram-negativas. Na primeira, a parede celular é composta por muitas
camadas de peptideoglicano, conferindo rigidez e resistência; em contrapartida, as bactérias
gram-negativas possuem uma ou poucas camadas de peptideoglicano, tornando-a mais
suscetível ao rompimento mecânico.
Mesmo com todos os benefícios trazidos pelos antibióticos, devido ao mecanismo
evolutivo da seleção natural, presenciamos o surgimento de diversos microrganismos que se
tornam resistentes. Por isso, é de extrema importância a análise constante da eficácia dos
fármacos em relação ao microrganismo desejado, bem como a utilização consciente do
mesmo.
Objetivo
Analisar pelo método de difusão em disco a suscetibilidade de E. coli e S. aureus a
diferentes antibióticos.
Materiais e métodos
Nesta prática, foram utilizados os seguintes materiais:
● Suspensões bacterianas (E. coli e S. aureus);
● Swab estéril;
● Placas de Petri contendo meio ágar nutritivo;
● Discos de papel com antibióticos;
● Pinças;
● Régua.
Introduziu-se o swab estéril na suspensão bacteriana e retirou-se o excesso de líquido
por meio de compressão das pontas do swab contra as paredes do vidro. Depois, espalhou-se
uniformemente a suspensão aderida ao swab sobre o meio de cultura de ágar nutritivo na
placa de Petri. Esperou-se, por 2 minutos, a cultura secar sobre o ágar e, com uma pinça,
colocou-se os discos de papel contendo os antibióticos em cima da cultura já seca. Incubou-se
em estufa à temperatura de 37°C. Após 24 horas, mediu-se os halos formados e registrou-se
os dados obtidos, comparando com a tabela fornecida.
Resultados e discussão
As placas de Petri contendo as amostras de E. coli e S. aureus obtiveram a seguinte
aparência:
Fig. 1: a) Escherichia coli; b) Staphylococcus aureus; (P) Penicilina G; (C) Cefalexina; (A)
Aztreonam
O diâmetro do halo formado em cada antibiótico nas amostras de E. coli e S. aureus,
foram:
Antibiótico Diâmetro do halo (mm)
Escherichia coli
Diâmetro do halo (mm)
Staphylococcus aureus
Aztreonam 22 mm 0 mm
Cefalexina 18 mm 21 mm
Penicilina G 0 mm 25 mm
Para correta interpretação dos resultados, utilizou-se a tabela de referência abaixo:
Aztreonam
Na amostra de E. coli, o halo formado resultou em um diâmetro de 22 mm, mostrando
que a colônia é sensível à ação do medicamento. Em S. aureus, não houve nenhuma formação
de halo (0 mm), o que significa que a colônia formada é completamente resistente ao
fármaco.
Aztreonam é caracterizado como um antibiótico beta-lactâmico sintético e sua
principal atividade química é eficaz contra colônias bacterianas gram-negativas, tais como E.
coli, enquanto não age contra gram-positivas e anaeróbicas (OLIVEIRA; 2011).
Cefalexina
Em E. coli, houve a formação de um halo de 18 mm que, de acordo com a tabela de
referência, demonstra que a colônia é sensível ao fármaco em questão. Semelhantemente à E.
coli, a amostra de S. aureus também é sensível à cefalexina, com formação do halo de 21 mm
de diâmetro.
A Cefalexina é um antibiótico da classe das cefalosporinas, constituídas por ácido
cefalosporínico. Age de modo semelhante à penicilina G, mas apresenta maior eficiência na
atividade contra bactérias gram-negativas (OLIVEIRA; 2012).
Penicilina G
Na amostra de E. coli, este fármaco não formou halo (0 mm), revelando-se como
resistente. Diferentemente de E. coli, a amostra de S. aureus é sensível ao medicamento, com
formação de halo com 25 mm de diâmetro. Tal fato se explica pelo mecanismo de ação do
medicamento que impedem a ligação cruzada entre peptideoglicanos, interferindo nos estágios
finais da construção das paredes celulares, principalmente de bactérias gram-positivas
(TORTORA, FUNKE, CASE; 2012), como é o caso de S. aureus. Ainda, de acordo com Oliveira
(2011), há alguns antibióticos que comumente apresentam problemas de penetração na bactéria
gram-negativas, tais como a penicilina G, meticilina, rifampicina, ácido fusídico, vancomicina,
bacitracina, novobiocina, e, os macrolídeos.
Conclusão
Ao analisar os resultados obtidos, percebeu-se que todas as amostras de E. coli e S.
aureus agiram de acordo com o previsto pelos valores de referência. Além disso, o método de
difusão em disco mostrou-se eficiente para a análise de susceptibilidade das amostras com os
antibióticos penicilina G, cefalexina e aztreonam.
Referências bibliográficas
OLIVEIRA, Edilberto Antonio Souza de. RESUMO DOS ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM
COMO ANTIBACTERIANOS. In: FARMACOLOGIA. 2011. p. 1-25. Disponível em:
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1344427365Antibioticos%20Antibacterianos.pdf
Acesso em: 26 jul. 2021.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed,
2012.

Continue navegando