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Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y Os carcinomas bem diferenciados (papilíferos e foliculares) de prognósticos. Resulta da interação entre genes, fatores endógenos e ambientais. - Carcinoma papilífero → 30-50 anos - Carcinoma folicular → 50 anos Predominância no sexo feminino/relação com estrogênica. O fator ambiental mais importante é a radiação ionizante, pode promover aumento na atividade mitogênica. Os carcinomas foliculares e papilíferos são caracteristicamente de mutações somáticas. Os oncogênes mais envolvidos na tumorigenese tireoidiana são: RAS, RET, BRAF, PAXS-PPAR GAMA. Alterações de genes supressores de tumor TP53 é mais elevada no carcinoma folicular do que papilífero estando associados a tumores menos diferenciados e mais agressivos. Carcinoma papilífero da tireoide É a neoplasia mais comum da tireoide, tem evolução lenta e bom prognóstico, pode multifocalidade da lesões. As metástases podem ser o primeiro sinal de um carcinoma papilífero oculto. FORMA CLÁSSICA Forma invasiva em um lobo ou difusa estendendo-se habitualmente aos dois lobos e ao istmo e em geral com linfonodos bilaterais. - Macroscopicamente → forma irregular, aspecto, acinzentada ou brancacenta, as hemorragias ou com necrose. - Histologia → papilas complexas, arborecentes, núcleos redondos, vazias ou claro, associada a presença de fendas e pseudoinclusões intracelulares (olho da órfão annie, o citoplasma se invagina para dentro do núcleo) Corpos psamomatosos: estruturas laminares basofílicas concêntricas constituídas pela deposição de cálcio em torno de células necróticas tumorais. (são estruturas calcificadas) MICROCARCINOMA PAPILÍFERO/ESCLEROSANTE NÃO ENCAPSULADO Mede 1cm ou menos, tem uma encapsulação parcial do tumor (parcialmente revestido por um tecido fibrótico). Mais comum em homens do que em mulheres. Pode ser identificado pela PAAF, pode estar associado com metástases cervicais ou a distância, é melhor fazer a retirada do tumoral. VARIANTE ENCAPSULADA É totalmente circundado pela capsula, pode estar associado a metástases linfonodais. VARIANTE FOLICULAR (VF) Composta quase que inteiramente por estruturas foliculares, alta incidência de metástases linfonodais que podem mostrar papilas bem diferenciadas. VF amplamente infiltrante → segunda forma mais comum, margens de padrão infiltrativo formando cordoes irregulares e ninhos compostos, não tem cápsula envoltória, maior risco de disseminação vascular. VF encapsulada → capsula envolvendo todo o tumor, cirurgias conservadoras conseguem curar (não é necessário tirar a tireoide toda). Carcinoma folicular da tireoide Predomina no sexo feminino, pode se apresentar de forma nodular circunscrita ou difusa. Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y Metástases hematogênicas são mais comuns, principalmente nos ossos e pulmões. CARCINOMA FOLICULAR NODULAR Sinal de malignidade → invasão local da cápsula ou de vasos sanguíneos Há cura 90% dos casos, caracteriza-se por um nódulo bem delimitado e encapsulado. - Há folículos e coloides, estroma delicado e pouco desenvolvido. CARCINOMA FOLICULAR DIFUSO Ausência de capsula e possui padrão infiltrativo, atinge os tecidos vizinhos. Carcinoma folicular difuso de células de Hurthle → apresenta crescimento rápido e grande potencial de invasão vascular. É mais metastático. Histologia → Macronucleólos, núcleos grandes CARCINOMA POUCO DIFERENCIADO Deriva de células foliculares, não tem características de carcinoma papilífero clássico. - Histologia → padrão de crescimento insular (ilhotas de microfolículos com pouco coloide), pode ser também trabecular e sólido, muitas figuras de mitose, focos de necrose e invasão linfovascular. Metástases para os linfonodos, pulmões e ossos são mais comum. Deve ser diferenciado do carcinoma medular pela positividade pela tireoglobulina e negatividade para calcitonina. Carcinoma anaplásico da tireoide É a neoplasia tireoidiana mais agressiva, é o menos comum, preferencia pelo sexo feminino. Clinica → massa firme de crescimento rápido, se fixa as estruturas adjacentes, podendo comprometer a traqueia. Macroscopia → tumor brancacento, firme e duro, opaco e com focos de hemorragia, necrose. Histologia → três tipos Pequenas células: células pequenas, esferoidais, uniformes, muitas mitoses. Lembra um linfoma. Células gigantes: células muito pleomórficas, multinucleadas, numerosas figuras de mitoses atípicas. Células fusiformes: pleomorfismos, lembra um sarcoma Carcinoma medular da tireoide Preferencialmente mulheres entre 50 e 60 anos, a forma familial acomete mulheres mais jovens. Origina-se das células C da tireoide das que produzem calcitonina. Maioria esporádica e unilateral. Associa-se ao feocromocitoma ou a hiperplasia/adenoma da paratireoide. Metástase linfonodal cervical em 50% dos casos. Macroscopia → tumor solitário e ocupa um lobo, firme, brancacenta, circunscrita e não encapsulada. Histologia → células esferoidais poliédricas, citoplasma relativamente escasso, acidófilo e glandular, raras mitoses. As células formam massas circundadas por estroma fibroso e denso e messas de substância amiloide.
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