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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 - É o esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na cavidade pleural - É um procedimento simples, mas de elevada morbidade Doloroso Formação de fístulas pleurais Sangramentos - O dreno deve ser inserido póstero-superiormente na cavidade pleural - É definida como o procedimento cirúrgico para introdução de um dreno através da parede torácica na cavidade pleural PRINCIPAIS INDICAÇÕES - Trauma torácico Pneumotórax hipertensivo quando o paciente tem choque faz punção pneumotórax aberto faz drenagem Pneumotórax aberto Hemotórax Pneumotórax simples Lesão pulmonar grave, com necessidade de transferência aérea ou terrestre Lesão pulmonar grave, com necessidade de ventilação com pressão positiva - Empiema pleural - Pneumotórax espontâneo - Quilotórax - Hemotórax não traumático - Derrame pleural neoplásico - Pós-operatório OBS: Não é indicado ATB profilático TÉCNICA DA DRENAGEM TORÁCICA: REFERÊNCIAS ANATÔMICAS E POSICIONAMENTO DO PACIENTE: Posicionar o paciente deitado com o membro superior ipsilateral em abdução e com mão apoiada sobre a cabeça Localizar o 4º ou 5º EIC. Identificar possíveis locais para punção: linha axilar posterior, média ou anterior Localizar a borda superior do arco costal inferior. PASSO A PASSO PARA A DRENAGEM TORÁCICA: 1. Posicione o paciente em decúbito dorsal com o membro superior ipsilateral em abdução e com a mão apoiada sobre a cabeça. 2. Localize o 4º ou 5º EIC, na linha axilar posterior, média ou anterior, na borda superior do arco costal. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 3. Realize a medida do comprimento do dreno que será inserido. A medida é realizada do meio da clavícula até o local escolhido para a inserção. 4. Realize anestesia local com lidocaína 1 ou 2%. 5. Faça uma incisão de 1-2 cm paralela ao arco costal e realize a dissecção dos planos, do tecido subcutâneo e da musculatura acima do arco costal, utilizando uma pinça hemostática curva. 6. Posteriormente, utilizando uma pinça com ponta romba do tipo “Kelly curva”, faça uma abertura com cerca de 1,5 cm na pleura e introduza o dedo na cavidade pleural. A introdução do dedo permite o inventário da cavidade torácica, além de confirmar se a cavidade pleural realmente foi atingida. Não usar bisturi ou algo afiado para acessar a cavidade pleural, pois lesões graves com exsanguinação fatal já foram descritas. 7. Faça a clampagem da extremidade do dreno com a pinça hemostática curva e utilize-a para direcionar a inserção do dreno. Introduza o dreno em direção cranial e posterior. Avance o dreno até o local marcado anteriormente. Vale ressaltar que o último orifício do dreno deve estar, pelo menos, 2 cm dentro da caixa torácica. 8. Faça um ponto em “U” circundando o dreno para fechar a incisão e, em seguida, faça um nó em “bailarina” em torno do dreno, usando o mesmo fio. 9. Realize radiografia de tórax, para confirmação do posicionamento do dreno. COMPLICAÇÕES: As principais complicações da drenagem torácica são: Dor; Sangramento; Pneumotórax; Laceração pulmonar ou de órgãos abdominais; Infecção de partes moles ou empiema; Incidência – 2-25% Fatores relacionados: - Coágulos - Ferimentos associados (Abdome) - Ventilação mecânica - Múltiplas manipulações do dreno - Longa permanência do dreno Atb profiláticos Lesão vascular ou nervosa; Obstrução do sistema de drenagem; Mal posicionamento do dreno Dreno não oscila obstruído ou fora do tórax Borbulhas errado escape aéreo - A maior parte das complicações pode ser evitada com a realização de técnica adequada. CRITÉRIOS PARA RETIRADA DO DRENO: Débito líquido < 150ml Sem fístula aérea Aspecto do débito Pulmão expandido É NECESSÁRIO: Conhecer a técnica e possíveis complicações Evitar manipulações do dreno Deixa-lo inserido o menor tempo possível
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