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14
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
VALDILENE DOS SANTOS 
A IMPORTANCIA DO USO DE MATERIAIS CONCRETOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NA CONTEMPORANEIDAE
ALAGOINHAS - BA
2013
VALDILENE DOS SANTOS 
A IMPORTÂNCIA DO USO DE MATERIAIS CONCRETOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NA CONTEMPORANEIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de graduada em Geografia da Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC-Ead. 
Orientador: Profª: Carmen Rivas Lúcia F. R. Rivas
Tutora: Gilmara da Cruz
ALAGOINHAS - BA
2013
A IMPORTÂNCIA DO USO DE MATERIAIS CONCRETOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NA CONTEMPORANEIDADE
THE IMPORTANCE OF THE USE OF CONCRETE MATERIALS FOR TEACHING OF GEOGRAPHY IN CONTEMPORARY
Aluna[footnoteRef:1] [1: Graduada em Geografia pela Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC. Email:] 
Carmem Rivas Lúcia F. R. Rivas [footnoteRef:2] [2: Orientador.	] 
RESUMO
O material concreto é visto na contemporaneidade como um recurso favorável a aprendizagem significativa dos alunos em função dos mesmos estarem em contato direto com o objeto a ser estudado. O estudo demonstra o interesse em apresentar que o manuseio desses instrumentos assegura aos educandos a apreensão de conceitos geográficos articulados a competências necessárias ao ensino-aprendizagem, antes aprimorado por meio de atividades essencialmente mecânicas. Em se tratando de uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa e de caráter descritivo e exploratório foram utilizados para embasamento teórico os autores: Perrenoud, Castrogiovanni, Joly, Novello, dentre outros. Os descritores utilizados foram: geografia, material concreto, ensino-aprendizagem. Foi identificado que o uso do material concreto nas aulas de geografia permite a interação, interesse, curiosidade, levantamento de hipóteses e descoberta das soluções pelos alunos. A aplicação pedagógica desses instrumentos em educação serve como elementos estimuladores de uma aprendizagem significativa ao retomar metodologias adequadas ao momento da ação do professor em sala de aula.
Palavras-chave: Geografia. Material concreto. Ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
The concrete material is seen in contemporary as a resource favorable meaningful learning by students because of them being in direct contact with the object to be studied. The study demonstrates the interest in presenting the handling of these instruments assures students the seizure of geographical concepts articulated the necessary skills to teaching and learning, before enhanced through activities essentially mechanical. In the case of a literature review of qualitative and descriptive and exploratory were used for theoretical authors: Perrenoud, Castrogiovanni, Joly, Novello, among others. The keywords used were: geography, concrete materials, teaching and learning. It was identified that the use of concrete materials in geography lessons allows interaction, interest, curiosity, raising hypotheses and discovery of solutions for the students. The pedagogical application of these tools in education serves as stimulating elements of meaningful learning methodologies appropriate to return to the time of action of the teacher in the classroom.
Keywords: Geography; Concrete material; Teaching-learning.
1 INTRODUÇÃO
A disciplina de geografia tem uma relevância muito grande na formação de nossos alunos. A partir do aperfeiçoamento dos conceitos da mesma em sala de aula os alunos tem a possibilidade de interagir com o meio em que vive através da leitura das paisagens para conhecer a realidade física, social, econômica e humana de um local.
Diferente do que se propõe hoje, a disciplina de geografia sempre esteve voltado a uma perspectiva de ensino pautado na “decoreba” e enciclopedista. O que se sugere é que através do uso dos materiais concretos, o educador tenha a possibilidade de investir em um conhecimento dinâmico e mais próximo da realidade do aluno.
Vale destacar que durante muitos anos em função da carência de profissionais na área da ciência geográfica, professores com formação em história, por exemplo, tem ministrado aulas aos alunos como uma forma de preencher um espaço, somente para que os alunos garantam “nota” no boletim e muitas vezes, o conhecimento que deveriam adquirir continua distante do que sugere o ensino de geografia conforme sinaliza os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN.
De acordo com o documento de base Nacional Comum, PCN (1997), o ensino da geografia garante melhoria na formação cidadã dos sujeitos, pois:
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em sociedade, em particular para o desempenho das funções de cidadania: cada cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como as de outros lugares, pode comparar, explicar, compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção de seu espaço geográfico (BRASIL, 1997).
Compreende-se portanto, que o ensino da geografia merece atenção especializada por parte dos docentes, no entanto, propõe o uso dos materiais concretos para melhoria de sua prática pedagógica em sala de aula e paralelo a isso, o desenvolvimento da habilidades cognitivas, criativas e interativas por parte dos alunos.
Conforme afirma Pais (2006), “
O uso de material concreto propicia aulas mais dinâmicas e amplia o pensamento abstrato por um processo de retificações sucessivas que possibilita a construção de diferentes níveis de elaboração do conceito (PAIS, 2006).
Mediante a realidade vivida pelas escolas no que concerne o ensino da geografia, compete à mesma recorrer a melhorias na forma de ensinar e aprender. Assim, os materiais concretos estão sendo apresentados como necessários a retomada de metodologias adequadas ao momento da ação do professor, tendo como foco a práxis associada à atividade humana com significados relevantes a prática pedagógica. 
Este estudo será desenvolvido com respaldo na pesquisa bibliográfica embasado em fontes literárias como livros e outros periódicos que tratam do ensino da geografia sob a utilização de material concreto como uma forma de permitir que as aulas se tornem mais interativas.
Entende-se que através do material concreto as aulas de geografia se tornarão mais produtiva e significativa, pois os alunos terão a possibilidade de compreender a sua importância enquanto agente de mudanças.
2 O ENSINO DA GEOGRAFIA CRÍTICA E INTERATIVA ATRAVÉS DO USO DOS MATÉRIAS CONCRETOS
O ensino da geografia em muitas escolas brasileiras prossegue sob a perspectiva da transmissão de conteúdos, com poucas aplicações práticas e concretas sem ligação com a realidade vivida pelos educandos. Estes tem a dificuldade de especializar e fazer a leitura cartográfica do espaço geográfico por falta de alfabetização cartográfica.
No contexto da informação e da tecnologia cabe a escola dar abertura a apropriação do conhecimento do aluno a esta prática de leitura do espaço em que vive por meio de mapas. No que se refere ao conhecimento do espaço geográfico,
os homens sempre procuraram conservar a memória dos lugares e dos caminhos úteis às suas ocupações. Aprenderam a gravar os seus detalhes em placas de argila, madeira ou metal, ou a desenhá-los nos tecidos, nos papiros e nos pergaminhos. Assim, apareceram no Egito, na Assíria, na Fenícia e na China os primeiro esboços cartográficos (JOLY, 1990, p. 31).
Graças a esse detalhamento do espaço geográfico foi possível ao homem conhecer sobre os espaços mundiais recolhendo todos os dados disponíveis e realizando projeções. Pensando na capacidade que o homens têm de atuar no mundo por meio de materiais concretos é que acredita na potencialidade desse recurso para que os alunos se apropriem do conhecimento de geografia. É valido afirmar que todo o conhecimento que adquirimos, quando aprimorado por meio de relações concretas permite ao sujeito apropriar-se uma aprendizagemsignificativa e que terá valor a sua vida pessoal e profissional.
Diante da situação apresentada, coloca-se como necessária a utilização de recursos pedagógicos favoráveis ao processo ensino-aprendizagem, no entanto, destacam-se os materiais concretos, apontados por vários teóricos como sendo um instrumento capaz de romper com a desarticulação do cotidiano para o saber escolar.
Conforme sinaliza Pais (2006) o material concreto garante aos estudantes formarem relações entre as situações experienciadas no manuseio de tais materiais e a abstração dos conceitos estudados. Desta forma, afirma-se que, o uso de materiais concretos converge para a abertura de condições de aprendizagem que instiga os educandos a ampliarem as condições de compreender o sentido do saber.
Pensando em um ensino inovador e que atenda as perspectivas dos alunos, aponta o material concreto como um instrumento capaz de auxiliar os educandos no exercício de si mesmo, num desenvolvimento dinâmico no qual precisa o ser humano, para agir e transformar a natureza e se transformar também, porque um indivíduo só percebe as transformações quando nelas se inserem e se percebem. 
Coloca-se também que um método pedagógico favorável ao ensino-aprendizagem precisa garantir a promoção da contextualização da proposta pedagógica como forma de aproximação do educador e educando a contextos reais. Assim, espera-se que a utilização dos materiais concretos, possa elevar o interesse dos educandos pelas aulas de geografia e facilitar a aprendizagem.
Com base nas teorias de Fiorentini e Miorim (1990), afirma-se que o uso dos materiais concretos nas aulas de geografia promove aos educandos um aprender significativo no qual o mesmo pode ser estimulado a raciocinar, incorporar soluções alternativas, acerca dos conceitos envolvidos nas situações e, consequentemente aprender. Esses materiais concretos podem ser produzidos na escola com o intuito de possibilitar ao educando “a construção de noções básicas de localização, organização, representação e compreensão da estrutura do espaço” (CASTROGIOVANNI, 2000, p. 10). São iniciativas como estas que garantirão ao aluno a se perceber como sujeito ativo e capaz de interagir com o mundo a sua volta.
Ao trabalhar com o material concreto é possível ao aluno “apropriar-se de informações, expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos” (PCN, 2001, p. 33). Ao utilizar o material concreto no ensino da geografia é possível aproximar o educando das relações de tempo e espaço no sentido de auxiliá-lo na construção de seu conhecimento ajudando-o a desenvolver-se intelectualmente.
É importante considerar que, quando o ensino é norteado por propostas construtivas e desencadeadoras de ações inovadoras este propicia uma posterior abstração e sistematização do conhecimento. Com base nesta perspectiva, os materiais concretos se colocam como sendo um meio extraordinário a promoção de habilidades geográficas, possibilitando autonomia e reflexão aos educandos, preparando-os para uma sociedade complexa. 
Discute-se muito que o processo de ensino-aprendizagem transcorre significativamente quando o educador se coloca como um agente da memória educativa em todos os tempos. Ao inovar a sua prática pedagógica, o professor ajuda o aluno a melhorar o seu desempenho em sala de aula e nos espações que irá atuar no futuro. Desta forma, os encaminhamentos lúdicos às aulas de geografia necessitam ser repensados com a intenção de alcançar objetivos favoráveis à adoção do ato educativo, para que a mesma venha garantir qualidades mínimas de ensino aos educandos, de modo que satisfaça as condições de aprendizagem e as ansiedades dos educadores. 
A proposta maior no que se refere ao uso dos materiais concretos é a criação de encaminhamentos que garantam aos educandos a ampliação da compreensão de mundo. A partir deste momento, o conhecimento deixa de estar preso ao espaço da sala de aula e o aluno passa a entender as relações existentes entre o conteúdo apresentado em sala de aula e o seu espaço de vivência.
Ao sinalizar a importância dos materiais concretos a aula de geografia, cabe ressaltar que não se pretende utilizar os mesmos “como o único e o mais importante recurso na compreensão da geografia” (MAGINA e SPINILLO, 2004, p. 11), apenas vislumbrar nos mesmos a possibilidade de realização de atividades práticas sob a perspectiva reflexiva-crítica.
Ao utilizar o material concreto, o professor melhora a condição intelectual e pessoal de quem adquire conhecimento, pois enquanto mediador do processo ensino-aprendizagem tem o papel de formar sujeitos pensantes, participantes e críticos, dando-lhes possibilidades de discutir os limites e formas de articulação dos conceitos geográficos.
Nesses termos, o material concreto dá abertura para a condução de um ensino estimulante, atualizado, totalmente provido de significado para muitos educandos, levando sempre em consideração suas diferenças individuais. A partir de então, acredita-se que muitos alunos irão ampliar a habilidade de assimilar os conhecimentos, porque são estimulados a promoverem e desenvolverem suas capacidades físicas, motoras e intelectuais.
Ao utilizar-se dos materiais concretos, a escola está propiciando ao aluno “a adequação com situações que envolvem movimentos entre codificar e decodificar, o criar e o ler, o interpretar situações, fatos, dados, enfim a vida, a escola”, e portanto a geografia começa a ter sentido a vida do aluno (CASTROGIOVANNI, 1999, p. 33)
A experiência com o material concreto visa instigar ao aluno a ler, entender e compreender o mundo de maneira crítica e reflexiva.
A preocupação em utilizar os materiais concretos como um recurso pedagógico favorável ao ensino da geografia na atualidade deve-se ao fato de que ainda é utilizado por muitos professores 
Uma forma usual de trabalhar com a linguagem gráfica por meio de situações em que os alunos têm de colorir mapas, copiá-los, escrever os nomes de rios ou cidades, memorizar as informações neles representadas. Mas, esse tratamento não garante que eles construam os conhecimentos necessários, tanto para ler mapas como para representar o espaço geográfico. Para isso, é preciso partir da ideia de que a linguagem gráfica é um sistema de símbolos que envolvem proporcionalidade, uso de signos ordenados e técnicas de projeção. Também é uma forma de atender a diversas necessidades, das mais cotidianas (chegar a um lugar que não se conhece, entender o trajeto dos mananciais, por exemplo), as mais específicas (como delimitar áreas de plantio, compreender zonas de influência do clima) (PCN, 2001, p. 17).
A ideia de utilizar os materiais concretos não se restringe apenas a copiar, colorir mapas ou memorizar informações, mas a de possibilitar aos educandos a avançar em termos de conhecimentos científicos. Para tanto, faz-se necessária a utilização de recursos didáticos que instiguem a curiosidade, a investigação e o espírito crítico do educando.
A prática pedagógica diferenciada do professor em sala de aula permite aos educandos compreender tanto os conceitos abstratos quanto as manipulações simbólicas desses. É por meio dos materiais concretos que o professor pode suscitar situações estimuladoras e eficazes, capazes de encaminhar o conhecimento de maneira significativa. Com isso, Piaget em citação de Antunes (2003), salienta que:
O educando que está em contato com atividades lúdicas desenvolve sua linguagem oral, seu pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, construindo conceitos de relações especiais e se apropriando de relações de conservação, classificação, aptidões visuais, seriações espaciais e muitas outras (ANTUNES, 2003, p. 19)
Ao manusear o material concreto, o aluno será instigado a perceber que vive e constrói o seu espaço, no entanto, precisa entendê-lo. Assim, a ludicidade como um objeto de transição, prazer, comunicação, transferência, imitação, suporte do imaginário e da criação, pode ensinar e encantar os educandos, a partir do momento em que esta é conduzida a explorar, entender o mundodos objetos ao seu redor. 
As teorias que embasaram o estudo convergem para a ideia de que “a ludicidade pressupõe a concepção da construção de significados” (MATÊNCIO, 1994, p. 32), porque a aula norteada por meio de atividades lúdicas implica na reconstrução do contexto interativo, os educandos passam a explorar os objetos que os cercam, melhoram sua habilidade geográfica, experimentam os seus sentidos, e desenvolvem o seu pensamento.
A propósito o uso do material concreto visa banir aulas repetitivas e mecânicas, que não dão nenhum suporte a vida diária do educando. Espera-se que mesmo não tendo a probabilidade de equacionar todos os problemas notórios durante a aplicação das aulas de geografia, a ludicidade seja norteada como forma de inteirar os educandos de que a geografia não é apenas um discurso, é um estudo de lugares, região em seus diversos aspectos físico-geográfico.
O ensino de geografia precisa ser repensado e moldado às necessidades dos alunos e aos seus parâmetros sociais. Assim, o uso do material concreto desponta como um instrumento possível à interação de conteúdos eficazes ao processo de ensino-aprendizagem. 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante desta realidade que as escolas têm atravessado em relação ao ensino da geografia compete aos professores motivar os alunos a estar em contato direto com a nova realidade da contextualização e inter-relação de conteúdos geográficos. Vale lembrar que o distanciamento do aluno com os conceitos geográficos tem gerado impossibilidades de incorporação de novos conhecimentos, e consequentemente a formação cidadã do mesmo, entendido como um ser social, crítico, criativo e autônomo em seu modo de pensar e agir (NOVELLO, 2009).
Partindo dessa premissa, afirma-se que o uso dos materiais concretos deve ser incorporado não somente pelo simples fato de os educadores gostarem da ideia, mas porque se faz necessário o uso destes instrumentos para auxiliar os educandos no exercício de si mesmo, num desenvolvimento dinâmico no qual precisa o ser humano, para agir e transformar a natureza e se transformar também, porque um indivíduo só percebe as transformações quando neles se inserem e se percebem (ibidem, 2009). 
Um dado que merece ser citado se refere ao uso dos materiais concretos não somente para enfeitar as aulas de geografia. A referência ao material concreto deve vislumbrar uma perspectiva conceitual e histórica, a partir de atividades práticas de experienciação que considera a manipulação do material durante as aulas sob a perspectiva reflexiva-crítica. No contexto da educação moderna, o professor precisa efetivar ações didáticas flexíveis e dinâmicas em sala de aula para possibilitar aos sujeitos interação com a aula e aproximação dos conceitos geográficos, de modo que essa aproximação garanta aplicação em suas atividades diárias.
O uso do material concreto motiva o aluno a melhorar o seu conhecimento conceitual e confrontar conhecimentos, desenvolver habilidades, problematizar questões geográficas, etc. A propósito, é interessante que o aluno tenha vivência do conteúdo a ele apresentado pelo professor, para que a aprendizagem transcorra de modo significativo. Assim, no trabalho realizado em geografia é pertinente que o professor trabalhe com os princípios da visualização social, verbalização, construção e manipulação dos objetos e organização.
É possível afirmar que, quando um aluno está diante de um material concreto este passa a entender a importância e a aplicação prática desses instrumentos em sua vida diária. Assim, para que uma aula ganhe significado, o professor deve utilizar de situações de aprendizagens diversificadas para aproximar o aluno da aula, da escola e da vida. 
Reafirmando o que pontua Novello (2009), é importante que “o professor possibilite ao aluno compreender e construir seu conhecimento geográfico, a partir de metodologias que potencializem a contextualização do saber.” O saber escolar quando potencializado permite ao aluno não aprender somente atividades escolares, mas conhecer o seu entorno social.
Autores como Antunes (2003), Matêncio (1994) e Novello (2009) salientam que o uso dos materiais concretos enquanto uma ferramenta pedagógica colabora para a socialização, promove a integração e participação efetiva dos alunos nas atividades propostas pelo professor. 
Em se tratando em melhorias do ensino-aprendizagem dos alunos na aula de geografia compete afirmar que “a metodologia do professor deve ser adequada aos conhecimentos ensinados aos seus alunos, seus interesses e níveis de compreensão” (FARIA apud CARVALHO, 2009, p. 120). 
Certamente, atitudes como estas, de inovar a maneira de ensinar como uma maneira de aproximar os alunos das aulas, permite ao professor “refletir criticamente sobre o trabalho que realiza na perspectiva de construir e reconstruir permanentemente a sua prática docente” (SOEIRO, 2009, p. 183). Essa prática de reflexão é de fundamental importância para que o professor reveja o que não deu certo a fim de auxiliar o seu aluno no desenvolvimento de si mesmo.
Discute-se muito que a interligação entre teoria e prática é importante para que os alunos saibam ler e interpretar mapas, analisar globos e planisférios, construir maquetes como representação do espaço vivido. Para isso, a prática pedagógica do professor deve refletir sobre a necessidade de estar oportunizando aos educandos “atividades que sejam geradoras de aprendizagem, com situações que provoquem os sujeitos a aceitar o desafio proposto em relação aos meios, e aos fins de uma aprendizagem nova mais acessível” (PERRENOUD, 2000, p. 48). É inútil ao professor pensar em diferenciar a sua prática pedagógica de modo a abranger apenas o cognitivo, ele precisa lembrar que um aluno precisa aprender para desenvolver habilidades geográficas que sejam pertinentes a sua vivência intelectual e social.
Mais o que é mais preocupante é o fato de que muitos professores acreditam estar na escola para ministrar uma disciplina sem relação com a vivência dos educandos. No entanto é importante reafirmar que ao utilizar-se da teoria e prática nas aulas de geografia, o professor motiva os alunos a saírem da abstração e construírem conceitos partindo do concreto.
É notável que a experiência do uso dos materiais concretos em sala de aula tende a ser vistos como meios sobre os quais os professores possam, coletivamente, concentrar seus esforços na busca de metodologias variadas que permitam a construção de uma prática pedagógica cada vez mais eficaz e prazerosa para educadores e educandos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão da literatura mostra que o material concreto é considerado um recurso pedagógico favorável às aulas de geografia. Ao utilizar-se desses recursos em sala de aula, o professor estimula positivamente os seus alunos, visto que o visual ajuda na compreensão de paisagens, da realidade física, social, econômica e humana de um local.
Tomando como base a afirmação acima permite-se considerar que a mudança na prática pedagógica de sala de aula requer esforços e participação de educadores comprometidos com uma educação de qualidade. Quando um educador melhora a sua prática, o mesmo está possibilitando ao educando a ultrapassar suas insatisfações e dificuldades mediante autonomia e esforços que lhes direcionem a distinção e compreensão da realidade que os rodeiam, partindo de suas experiências.
O presente estudo teve como objetivo de compreender que o material concreto permite que as aulas de geografia se tornem mais produtivas e significativas. A intenção é a de perceber que o material concreto é fundamental a construção de conceitos geográficos, ajuda o aluno no crescimento intelectual e no desenvolvimento de suas atividades em seu entorno social. 
Os resultados do estudo revelaram que o material concreto é fundamental ao investimento de um conhecimento dinâmico e flexível, pois permite ao aluno conhecer a partir do real. Nessa relação entre a teoria e a prática, o professor e o aluno se beneficiam, pois melhorando a sua prática os alunos são estimulados adesenvolverem habilidades cognitivas, criativas e interativas.
É importante destacar também, como resultados da pesquisa, conforme sinaliza Castrogiovanni (1999) que ao utilizar-se do material concreto em sala de aula, o professor estimula o aluno a codificar, decodificar, o criar e o ler, o interpretar situações, fatos, dados. Nesses termos, a disciplina de geografia não deve ser vista como estática, mas dinâmica e produtiva.
Assim, a qualidade do ensino destinado aos alunos depende da prática pedagógica do professor. Os recursos utilizados são fundamentais a melhoria do ensino-aprendizagem, pois através destes, os alunos tem a possibilidade de fazer conexões com as situações que lhes forem apresentadas no cotidiano. 
Em linhas gerais, o uso dos materiais concretos permite a melhoria da aprendizagem do educando, torna as aulas mais significativas e o trabalho do professor mais prazeroso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades: construindo ideias. São Paulo. Scipione, 2001. p. 79.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. Volume 3
CARVALHO, Rosa Malena. In: Maria Narcizo Sampaio, Rosilene Souza Almeida (Org.). Corporiedades e experiências: potencializando a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Práticas de educação de Jovens e Adultos: complexidades, desafios e propostas. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. p. 115-134.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. O misterioso mundo que os mapas escondem. In: CASTROGIOVANNI Antonio Carlos. et. al, Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 3 ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ AGB Seção Porto Alegre, 2001. 
______, A. C. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre, Mediação, 2000.
JOLY, Fernand. A Cartografia. Campinas: Papirus, 1990.
MAGINA, Sandra; SPINILLO, Aline Galvão. Alguns ‘mitos’ sobre a educação matemática e suas consequências para o ensino fundamental. In: Regina Maria Pavanello. (Org.). Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental: a pesquisa e a sala de aula. 1 ed. São Paulo: Ed. SBEM, v. 2, p. 7-36, 2004.
MATÊNCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade). p. 168.
NOVELLO, Tanise Paula. Material concreto: uma estratégia pedagógica para trabalhar conceitos matemáticos. IX Congresso nacional de Educação – EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. 26 a 29 de outubro de 2009 – PUCPR. 
PERRENOUD, Philippe. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação; trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
PCN’s, Pârametros curriculares nacionais: História e Geografia. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. 3 ed. Brasília: MEC/SEF. 2001.
SOEIRO, Kelma Araújo. Currículo e formação de educador: Construção coletiva dialogada. In: Práticas de Educação de Jovens e Adultos: Complexidades, desafios e propostas. Maria Narciso Sampaio, Rosilene Souza Almeida (Org.). Belo Horizonte: Autentica Editora, 2009. pp.171-186

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