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1 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 MONITORIZAÇÃO DA FC FETAL • A monitorização da frequência cardíaca fetal durante o trabalho de parto tem como objetivo principal a detecção precoce do sofrimento fetal. Cardiotocografia é um método utilizado para acompanhar a vitalidade do bebê. Existem também vários métodos que são utilizados para monitorar a vida intrauterina, dentre eles têm: mobilograma - é o mais barato; equipamento de ultrassom - avaliar alguns dados, como o líquido; doppler - avaliar o direcionamento de fluxo sanguíneo do bebê para ver se está fluindo corretamente e se os nutrientes estão chegando bem através do sangue para ele. Outra maneira de acompanhar seria a monitorização dos batimentos cardíacos do bebê. Há variadas formas de observar isso. Na aula de hoje o foco será observar o registro dos batimentos por um período maior e também na dinâmica de contrações. Existe a cardiotocografia tanto ante-parto (pré- natal, vigilância, enfermaria) e intraparto (observar as relações de contrações e batimentos para identificação de evidências de hipóxia para o bebê). O sonar e o pinard foram um dos primeiros instrumentos utilizados para fazer a ausculta do bebê no período intermitente e no trabalho de parto. INDICAÇÕES Fazer cardiotocografia de rotina em pacientes de risco habitual/baixo risco podem indicar resultados ruins, mas que na verdade, não são (falso positivos). Por isso, não é um exame indicado para essas pacientes. Se for visto na emergência fazendo cardiotocografia em pacientes de risco habitual, pode ser que esteja avaliando as contrações uterinas ou para tirar dúvidas no caso de taquicardia no feto (acima de 160 bpm). Essa observação tem que ser feita no mínimo por 10 minutos. Portanto, as principais indicações para esse exame são os altos riscos, como: • Gemelidade: avalia se um bebê cresce mais do que o outro. Risco de anemia fetal. • Gestação prolongada (41 semanas): avalia o fluxo sanguíneo na placenta. Se estiver ruim, o bebê pode estar em sofrimento fetal. • Rotura prematura de membranas: avalia compressão do cordão umbilical. • Restrição de crescimento fetal; • Oligodrâmnio ou polidrâmnio; • Prematuridade; • Mal passado obstétrico; • Anomalias fetais; • Síndromes hipertensivas; • Diabetes e DMG; • Cardiopatias; • Pneumopatias: exemplo: asma grave. • Colagenases; • Hematopatias: exemplo: anemia falciforme. • Nefropatias; • Trombofilias. MÉTODOS BIOFÍSICOS Vai ter através do Perfil biofísico fetal: a medida do líquido amniótico, movimentos respiratórios e movimentos corporais do bebê; Análise do doppler como cerebral média, umbilical e ducto venoso do bebê e a Cardiotocografia. FALANDO UM POUCO MAIS DE CARDIOTOCOGRAFIA (CTG) ANTE-PARTO Para instalar o aparelho, a paciente não pode estar em decúbito ventral a 0º. Na imagem ao lado ela está com uma angulação (mais ou menos de 30º; o ideal é entre 30º e 45º) em relação a maca (presença do Cardiotocografia 2 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 travesseiro). Isso é o mínimo pra conseguir fazer a descompressão da veia cava. Deve-se também lateralizá-la, se possível. Isso é importante para o resultado não sair alterado por causa da postura que não foi adequada. Depois de posicioná-la, vai passar os cintos que vai ter dois transdutores (varia de aparelho): um vai ficar no fundo do útero medindo as contrações e o outro fica no dorso do bebê para captar os batimentos cardíacos e descrever no papel. A duração do exame tem 20 minutos em média, alterando quando a gestação é gemelar (20 minutos de cada), a não ser quando se tem dois transdutores que pode colocar ao mesmo tempo e a máquina imprime os dois traçados (ideal). Não seria ideal fazer primeiro em um bebê e depois no outro porque ambos estarão em tempos diferentes. Desde 1960, é um método na detecção de hipóxia fetal. A imagem ao lado mostra o aparelho. Os sensores rosas são da cardio, e o azul, da toco. BANCO DE DADOS CTU-UHB O papel tem o formato de papel milimetrado e corre no tempo de 1cm/min (protocolo), podendo fazer até 3cm/min em situações que seria uma avaliação mais detalhada daquela forma de registro que teve. A imagem anterior mostra um exemplo de banco de dados de aparelhos eletrônicos, e esse site WEDSITE PHYSIONET tem um banco de dados de cardiotocografias. A imagem acima é um laudo de uma paciente do IPERBA. Nesse papel verde tem um traçado parecendo uns rabiscos que é o registro da cardiotocografia. Como já foi dito, o papel é milimetrado e corre 1 cm/min. Se um minuto tem 60 segundos, ao se dividir tem 30 segundos, dividindo novamente terá 15 segundos. Isso está sendo dito porque vai ter um conceito que será dado os parâmetros que serão avaliados na cardiotocografia, e um deles é a aceleração, onde vai precisar desses 15 segundos. O tempo está no eixo de X, enquanto os batimentos e a intensidade de contração estão no eixo de Y. Ao avaliar, vai ver o que a máquina descreveu: O traçado da parte de cima mostra os batimentos e o de baixo as contrações uterinas. Ao observar o traçado dos batimentos, percebe-se que tem uma linha horizontal onde os batimentos passam várias vezes por ela, é chamado de linha de base. Observa- 3 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 se que tem momentos em que o traçado sobe mais, segura, e depois desce. A imagem mostra circulado na parte inferior pequenas marcações que indica o movimento fetal. Além dos transdutores instalados na barriga da mãe, vai ter um marcador que ela irá apertar toda vez que o bebê se mexer e isso será sinalizado no papel. Abaixo mostra os parâmetros que serão avaliados na cardiotococografia após sua instalação, dentre eles tem a FCF, a variabilidade e as acelerações. Antigamente existia várias formas de laudar a cardio, mas ultimamente está sendo padronizada baseada na Diretriz da FIGO. INTEPRETAÇÃO DOS PARÂMETROS DA FCF AVALIADOS PELO CARDIOTOCOGRAMA • FCF basal*: ❖ Bradicardia → <= 110 bpm; ❖ Normal → 110 a 160 bpm; ❖ Taquicardia → >= 160 bpm. • Variabilidade da FCF basal*: ❖ Ausente → amplitude indetectável; ❖ Mínima → amplitude de 0 a 5 bpm; ❖ Moderada → amplitude de 6 a 25 bpm; ❖ Acentuada → amplitude > 25bpm. • Acelerações: ❖ Antes da 32º sem aumento abrupto ** do FCF com ápice >= 10 bpm e duração >= 10 segundos; ❖ Após a 32º sem aumento abrupto ** da FCF com ápice >= 15 bpm e duração >15 segundos. Obs: A tabela acima precisa ser decorada. Só pode afirmar que o bebê está BRADICÁRDICO ou TAQUICÁRDICO sendo ouvido por 10 MINUTOS, no mínimo. Na aceleração precisa ver se tem presença de ascensão, sustentação e descida dos batimentos formando o pico de ascensão e descida durante no mínimo 15 SEGUNDOS, mas isso depende da idade gestacional. Antes de 32 semanas o tempo de duração é de 10 SEGUNDOS, acima de 32 semanas o tempo aumenta pra 15 SEGUNDOS. Isso porque depende da maturidade do sistema nervoso do bebê. E quem comanda o sistema respiratório e cardíaco é o sistema nervoso autônomo. É no ultrassom que se avalia o movimento respiratório do bebê pelo movimento da barriga dele. A Cardiotocografia não é indicada antes das 27 semanas porque o sistema nervoso autônomo vai estar imaturo. Entre 28 e 32 semanas pode haver uma aceleração a partir DE 10 SEGUNDOS. A partir de 32 o sistema autônomo estará mais amadurecido com duração a partir de 15 SEGUNDOS. A variabilidade vai estar ligada a questão da relação do sistema nervoso simpático (acelera) e parassimpático (desacelera). Se o simpático acelerasse o tempo todo, ia chegar um momento que ia ter uma parada cardíaca, assim também como o parassimpático se agisse sozinho. Então essa interaçãoque vai dar a variação dos batimentos nesse registro. No aparelho dá pra ver que os batimentos mudam o tempo inteiro. A variabilidade será classificada em ausente, mínima, moderada (normal – varia de 6 a 25 bpm) e acentuada. Obs: Entender a interpretação dos parâmetros já é metade da aula. DESACELERAÇÕES A desaceleração é o inverso de aceleração. É descer 15 batimentos em pelo menos 15 segundos, mas isso pode variar. Existem desacelerações que duram 1 minuto (até 2 minutos considera-se desaceleração). Quando o batimento está descendo, e passa de 10 MINUTOS é considerada BRADICARDIA. • Desaceleração tardia: ❖ Queda gradual ** e simétrica da FCF, com retorno à linha de base, associada à contração uterina. ❖ Presença de decalagem, com o nadir da desaceleração ocorrendo após o ápice da contração. ❖ Na maioria dos casos, o início, nadir e retorno da desaceleração ocorrem após o começo, ápice e final da contração, respectivamente. • Desaceleração precoce: ❖ Queda gradual ** e simétrica da FCF, com retorno à linha de base, associada à contração uterina. 4 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 ❖ O nadir da desaceleração ocorre no mesmo momento em que o ápice da contração. ❖ Na maioria dos casos, o início, nadir e retorno da desaceleração coincidem com o começo, ápice e final da contração, respectivamente. • Desaceleração variável: ❖ Queda abrupta ** da FCF >= 15bpm, e duração >= 15 segundos e <10 segundos. ❖ Quando associado à contração uterina, seu início, profundidade e duração comumente variam com as sucessivas contrações. • Desaceleração prolongada: ❖ Queda da FCF com nadir >= 15bpm, e duração >= 2 minutos e <10 minutos ***. Padrão sinusoidal: Padrão ondulante, liso, com ondas em forma de sino, frequência de 3 a 5 ciclos/minuto, e duração >=20 minutos. MONITORIZAÇÃO FETAL ELETRÔNICA CONTÍNUA – MFEC HISTÓRIA DA CARDIOTOCOGRAFIA: ❖ Introduzida em 1960; ❖ Procedimento obstétrico mais comum; ❖ Pode ser por métodos diretos e indiretos (mais comum no dia a dia). • Monitorização eletrônica interna (direta): introduz eletrodos em bebês com a bolsa rota, coloca no polo cefálico pra monitorizar. MONITORIZAÇÃO FETAL EXTERNA (INDIRETA) • Atividade cardíaca basal: ❖ 110-160bpm; ❖ Taquicardia → maior que 160bpm; ❖ Bradicardia → menor que 110 bpm. A imagem acima mostra uma cardiotocografia onde a linha de base possivelmente está no valor acima de 160 bpm → taquicardia. LINHA DE BASE COM BATIMENTO NORMAL Nessa imagem mostra uma cardiotocografia com linha de base cortando em 140 bpm → Batimentos normais. O traçado que fica abaixo dos batimentos é das contrações uterinas, ela não fica em 0 porque tem o tônus que equivale 20-25 mmHg. LINHA DE BASE COM TAQUICARDIA Na cardiotocografia acima a linha de base está entre 160 e 180 → Taquicardia. LINHA DE BASE COM BRADICARDIA A cardiotocografia abaixo mostra a linha de base cortando abaixo de 110 bpm → bradicardia. 5 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 VARIABILIDADE • Quantifica como amplitude do ápice ao nadir em batimentos cardíacos fetais. Determinada pela interação do sistema autônomo simpático. ❖ Ausente → indetectável; ❖ Mínima → menor que 5 bpm; ❖ Moderada → de 6 a 25 bpm; ❖ Acentuada → maior que 25 bpm. A imagem acima mostra no traçado superior da cardiotocografia a variabilidade mínima que acontece na primeira amplitude de 5 bpm, depois outra de 10 bpm. No traçado abaixo mostram as contrações. Nessa outra imagem mostra a variabilidade mínima dos batimentos circulado em vermelho, aparentando quase uma assistolia, existem também algumas desacelerações. Nesse caso, por exemplo, poderia colocar essa cardio para correr em 3 cm/min para avaliar melhor. Nesse caso acima já mostra uma variabilidade acentuada dos batimentos, variando de 20-25 bpm. Acima tem-se imagens do Zugaib tanto de bradicardia quanto de variabilidade diminuída. O padrão sinusoidal parede de sinos porque ele sobe e desce. Ele é muito comum em anemias fetais, e anemia muitas vezes é sinônimo de sofrimento fetal. ACELERAÇÃO Aumento súbito detectável no batimento cardíaco fetal (bpm); • 32 semanas 15 bpm por 15 segundos 2 minutos; • < 32 semanas 10 bpm por 15 segundos 2 minutos. Aceleração prolongada quando sua duração é igual ou superior a 2 minutos e inferior a 10 minutos. Quando superior a 10 minutos é mudança da linha de base. Já é considerado taquicardia. 6 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 Essas imagens acima mostram as acelerações ditas anteriormente. Não é variablidade! Na acerelação o aumento dos batimentos sustenta mais tempo, já na variablilidade faz o movimento de subida e descida. Se fosse para descrever a linha de base dessa cardiotocografia, ela estaria em torno de 145 bpm, com acelerações presentes destacadas na imagem acima. É configurado aceleração porque subiu mais que 15 batimentos em mais de 15 segundos. Com base nas análises, podem ter situações em que o bebê pode vir com a variabilidade ruim, observando cada batimento subindo e descendo. Sobe porque ele recebeu um estímulo sonoro ou algum movimento que fizesse com que aumentasse os batimentos. Então, a linha de base que era de 130 bpm, teve momentos que ascendeu um pouco mais. No desenho ele sobe e desce parecendo um garrancho. A variabilidade é um dos parâmetros mais importantes avaliados porque ele está diretamente relacionado com a hipóxia fetal. Portanto, o bebê que está com a variabilidade ruim pode está tem pouco acesso a oxigênio. Em algumas situações tem que ficar alerta se é padrão de sono fetal. Desenho anterior: É possível ver uma variabilidade comprimida, pequena, mínima ... DÚVIDA: se é uso de medicação que seda a mãe que tá sedando o bebê ou se é alguma circulação que tá sofrendo por conta de hipóxia. Neste caso, faz a estimulação com um vibrador, vibração do som do diapasão ou o próprio sensor que vibra. Essa vibração que vai acordar o bebê. Se ele estiver só dormindo, ele responde, vai ter acelerações, vai melhorar a variabilidade. Se ele não responde a isso, ele pode estar em padrão de sofrimento fetal. DESACELERAÇÕES ❖ Precoce; ❖ Tardia; ❖ Variáveis; ❖ Prolongada. • Padrão sinusoidal. A desaceleração precoce é uma parte do sistema autônomo, tem a questão que ela é natural, fisiológica. Como por exemplo, o bebê está no trabalho de parto e aí ao adentrar a pelve menor com a contração, como o espaço está muito apertadinho, ele pode comprimir o polo cefálico dele, gerando um reflexo vagal, ou seja, iniciando a ação do parassimpático, há uma desaceleração e quando a contração sai, que relaxa, que aí de novo o espaço fica menos comprimido, ele volta a ter ação do simpático. Então, sempre na desaceleração, descer 15 batimentos em 15 segundos no mínimo, tiver uma relação com a contração, na mesma 7 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 direção, tem-se então a ação do sistema autônomo, reflexo vasovagal. Então a desaceleração precoce é uma resposta ao sistema vagal. O pico da contração tem que estar na mesma direção do nadir da desaceleração para chamar de desaceleração precoce. Imagem da desaceleração precoce é imagem espelho, na hora que vê a descida, vai ver a subida desses batimentos. Diferente das variáveis, que não acompanham essa imagem espelho. A tardia também é imagem em espelho. Se você fizer um corte no meio da desaceleração central, você consegue observar que um lado é igual ao outro, tanto na precoce, quanto na tardia. Já na variável, não é, os lados são diferentes. Diferença da precoce e da tardia: na precoce o pico da contração acompanha o nadir da desaceleração.Já a tardia não. Tem a contração e a desaceleração fica logo depois, ou seja, ela está tardia. A precoce é uma resposta fisiológica do corpo. Já a tardia não é resposta fisiológica, ela pode ser um sinal de sofrimento, pois o mecanismo fisiopatológico da tardia é que quando há a contração, comprime o fluxo de sangue no útero, o bebê não tem uma reserva boa de oxigênio nessa placenta, então ele tem uma diminuição dos batimentos dele. Já a precoce a compressão é de polo cefálico com reflexo vasovagal, é independente do fluxo de sangue. A desaceleração variável, um exemplo que pode colocar como sinônimo é a compressão do cordão. O cordão é comprimido, esse bebê muitas vezes nessa compressão o fluxo diminui, o coração acelera como resposta e aí depois o fluxo passa, ele desacelera mas, aí o bebê faz algum movimento que descomprime aquele cordão e ele volta a acelerar de novo e aí sai da desaceleração. *O índice cardiotocométrico modificado (tabela anterior) era uma forma de classificação da USP*. Hoje em dia se trabalha com a classificação de cardiotocografia por categorias. Pra identificar qual a categoria de cada um deles, é necessário saber justamente esses conceitos de desaceleração precoce, também chamada de DIP I (desaceleração intraparto tipo I). Desaceleração tardia (DIP II). Desaceleração variável (DIP III). Desaceleração tardia: vem sempre depois da contração. 8 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 Exemplo de desaceleração prolongada: muitas vezes também pode ser por compressão de cordão. Ele vem, desce, chega até a assustar a gente. Depois ele tende a voltar pra linha de base. Fizeram as categorias justamente para identificar aquele bebê que estava em sofrimento ou não, onde coloca valores normais da variabilidade e o que que poderia ser. Ex: linha de base < 100 é patológico, redução da variabilidade por mais de 50 e 30 min é patológico. E o que poderíamos fazer. Possivelmente, esses achados patológicos seriam de uma hipóxia. E qual a conduta: melhorar essa questão do oxigênio, observar a cor do líquido, se já tem sinal de sofrimento... Então ele mostra algumas dinâmicas do que se pode fazer em relação a essa patologia. Hoje com o ALSO tem também as condutas. O ALSO categoriza de acordo com esses parâmetros que estudamos em 3 formas para cardios intrapartos (contração). CATEGORIA I: NORMAL • Linha de base: 110-160 bpm. • Variabilidade da FCF: moderada (de 6-25). • Desacelerações tardias ou variáveis: ausente. • Desacelerações precoces: presentes ou ausentes. • Acelerações: presentes ou ausentes. DECORAR O NORMAL E O PATOLÓGICO! PATOLÓGICO Ausência de variabilidade da linha de base + qualquer um dos seguintes: 1. Desaceleração tardias recorrentes. 2. Desacelerações variáveis recorrentes. 3. Bradicardia. OU • Padrão sinusoidal – parece um sino. • Nesse caso, tem que agir rápido. • Bebê com variabilidade ruim e desacelerações tardias, ou bebê que tem a variabilidade ruim 9 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 com desaceleração variável repetindo em mais de 50% do traçado ou bebê com variabilidade ausente e bradicardia – SINAIS DE SOFRIMENTO. O que não estiver nem na categoria 1, nem na categoria 3 e obviamente vai estar na categoria 2. A 2 exige reavaliação (não precisa decorar a categoria 2). Então faz a repetição do exame e medidas de reanimação/ ressuscitação. Ou seja, da glicose pro paciente, faz algum movimento de estímulo pra tentar acordar o fetinho, dá oxigênio para a mãe, repete a cardio em no máximo 30 minutos pra ver se sai pra categoria 1 ou para a 3. CATEGORIA 1 Linha de base, acelerações, variabilidade. CATEGORIA 2 A linha de base está boa =130, mas a variabilidade está praticamente ausente, mas a desaceleração tardia que vem depois da contração só tem uma. Pra ser considerada categoria 3 teria que ter repetição disso aqui (em azul). CATEGORIA 3 Categoria 3 que tem variabilidade ausente, parecendo uma linha de assistolia com contrações e desacelarações. Ou seja, está repetindo. 10 Beatriz Machado de Almeida Emergências obstétricas – Aula 6 Na proposta do ALSO, está classificada em verde, amarelo e vermelho. Verde está bem, vermelho alerta total, bebê em sofrimento. A categoria 1 tem menos chance pra hipóxia enquanto que a 3 tem mais chances. Na categoria 1 não vai fazer nada para sofrimento fetal, vai seguir a conduta, assistência ao trabalho de parto ... Na categoria 2 vai ter que supervisionar mais, medidas de suporte de reanimação, como glicose, oxigênio... A categoria 3 exige um parto com mais ação, de forma mais rápida porque ele está com hipóxia. Se for um bebê com baixa dilatação total → fórceps; se for um bebê sem dilatação, bebê alto → cesárea.
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