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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D. VIGÊNCIA, EFICÁCIA E FUNDAMENTO Não basta que a norma jurídica se estruture, pois é fundamental que ela atenda os requisitos da validade para que esta seja obrigatória. Ela é vista sob três aspectos: a) validade formal ou técnico-jurídica (vigência); b) validade social (eficácia ou efetividade); c) validade ética (fundamental). Da validade formal ou vigência. Por vigência compreende-se a executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver preenchido os requisitos essenciais a sua feitura ou elaboração. Além disso, existem outros requisitos que a regra jurídica deve satisfazer para que se torne obrigatória, portanto, a lei reúne três requisitos: a) quanto à legitimidade do órgão - legitimidade subjetiva, ou seja, a lei deve ser emanada de um órgão competente; b) quanto à competência ratione materiae - legitimidade quanto à matéria sobre que a legislação versa; c) quanto à legitimidade do procedimento - praticar os atos de governo segundo os trâmites legais. Da validade social, eficácia ou efetividade. A eficácia se refere à aplicação ou execução da norma jurídica, ou seja, é a regra jurídica enquanto momento da conduta humana. A sociedade deve viver o Direito e como tal reconhecê-lo. Dessa forma, é possível que haja o direito autêntico, aquele onde as regras jurídicas além de válidas são socialmente eficazes, tendo um caráter fundamental, pois tem o cumprimento efetivo e o reconhecimento social. Contudo, existem regras de direito que não são reconhecidas pela sociedade em geral têm eficácia compulsória. Da validade ética ou fundamento. Toda regra jurídica, além de eficácia e validade, deve ter um fundamento que seria o valor ou fim objetivado pela regra de direito, a razão de ser da norma ou ratio juris. Impossível é conceber-se uma regra jurídica desvinculada da finalidade que legitima sua vigência e eficácia. Em resumo, a regra jurídica deve, normalmente, reunir os três seguintes requisitos de validade: a) fundamento de ordem axiológica; b) eficácia social, em virtude de sua correspondência ao querer coletivo; e c) validade formal ou vigência, por ser emanada do poder competente, com obediência aos trâmites legais. IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D. Em resumo, os requisitos de validade de uma norma comprovem a estrutura tridimensional do Direito, sendo assim a vigência se refere à norma, a eficácia se reporta ao fato, e o fundamento expressa sempre a exigência de um valor. Da vigência e eficácia das normas. Existe uma expressão latina que significa vacância da lei, corresponde ao período entre a data da publicação e o início de sua vigência. Sendo determinada pelo Art. 1° da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, onde é estabelecido, salvo disposição, o prazo mínimo do período de vacância, funcionando como um sistema único e sincrônico. Sendo de extrema importância pois serve para que a população tome conhecimento acerca da existência da norma. Ressalvas importantes: ● Validade → publicação; ● Vigência → depois da vacatio legis; ● Eficácia → toda lei é vigente e eficaz, salvo exceções; ● Publicação → lapso temporal (vacatio legis) → vigência; ● Durante a vacatio legis a lei existe, mas não possui vigência. Contagem do tempo de vacatio legis. Determinado pelo §1º do Art. 8° da Lei Complementar número 95 de 1998: Sendo assim, não importa se o último dia é feriado ou final de semana, porém, sendo aplicável somente às normas legais, pois as normas jurídicas administrativas (portarias, decretos, regulamentos, resoluções) entram em vigor na data de sua publicação. IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D. Referente a modificação ou revogação da lei, ocorre somente se houver a implementação de uma nova lei, como determinado no Art. 2° da LINDB: BIBLIOGRAFIA: REALE, MIGUEL; LIÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO. 27 ed. : Saraiva, 2002
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