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TCC_JESSICA_FAGUNDES_DA_MATA_FINAL

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22
jESSICA FAGUNDES DA MATA
A CONTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
 
Campo Grande, MS
2021
JESSICA FAGUNDES DA MATA
A CONTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Pedagogia, da Instituição Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar de Campo Grande. 
Orientador: Prof. Me. Arão Davi Oliveira
Campo Grande, MS
2021
Jessica Fagundes da Mata
A CONTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Pedagogia, da Instituição Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar de Campo Grande. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Campo Grande, 20 de Outubro de 2021 
DEDICATÓRIA
Dedico esta conquista as pessoas que sempre me incentivaram e simplesmente são a razão da minha existência, minha filha Emanuelly Vitória Fagundes da Silva e minha mãe Vilma Alves Fagundes. Dedico também aos excelentes professores que contribuíram na minha jornada acadêmica, em especial a professora Erica Costa, pessoa sensacional que sem ela não estaria aqui hoje.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter abençoado e direcionado durante todo o curso e ter me permitido a conclusão deste trabalho, a está Universidade que me proporcionou grandes aprendizagens até aqui, creio que todas as coisas que aprendi serão muitos importantes para a minha carreira profissional.
 Muito obrigado ao corpo docente e a todos os professores que não mediram esforços para nos ensinar pensando cada aula com carinho e sempre investindo na nossa formação profissional. 
Sou muito grata aos amigos e aos momentos que pude viver junto a vocês. Com muito carinho quero agradecer o meu orientador, o professor Arão Davi Oliveira, que é uma pessoa incrível, a todo momento se dispôs a me ajudar independentemente do horário, e agradece-lo pela paciência que precisou ter.
Gratidão a minha família, que durante todo o curso esteve presente me auxiliando, incentivando e motivando me encorajando a continuar. Ainda quero agradecer também a meu esposo Felipe Thiago da Silva, que me ajudou e junto a mim pensou, instruiu e buscou contribuir na realização deste trabalho.
Obrigada a todos que direta ou indiretamente fizeram parte ou me apoiaram na minha formação.
DA MATA, Jéssica Fagundes. A contribuição e importância da ludicidade na alfabetização. 2020. 15 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar, Campo Grande, 2020.
RESUMO
O presente trabalho tem como alvo o estudo da contribuição da ludicidade na alfabetização de crianças dos anos iniciais. Partindo do ponto que o ato de brincar pode ser utilizado como fonte educativa, analisaremos a ludicidade a partir dessa concepção, investigando seu papel na prática pedagógica nos primeiros anos do Ensino Fundamental, assim como demonstrar seus benefícios quando empregado de forma correta no processo de alfabetização. O presente estudo é uma revisão pesquisa bibliográfica, conceitual e descritiva, explorando em livros, artigos de periódicos, entre outros, a importância do lúdico para a construção de conhecimento de alunos no processo de alfabetização. Tendo como principais teóricos ALMEIDA (1974), ANTUNES (2004), KISHIMOTO (2000), e MIRANDA (2001). Por fim, os objetivos do trabalho foram alcançados, pois através das pesquisas realizadas, foi possível verificar e ratificar a proposta inicial, cujo a observação no desenvolver da teria e a pratica observada em outros momentos desta graduação apenas reforçam que a ludicidade aplicada a séries iniciais fornece resultados mais amplos que as práticas tradicionais.
Palavras-chave: Brincar. Ludicidade. Prática Pedagógica. Processo de Alfabetização
DA MATA, Jessica Fagundes. The contribution and importance of playfulness in literacy. 2020. 15 sheets. Course Conclusion Paper (Graduate in Pedagogy) – Anhanguera Pitágoras Unopar University Center, Campo Grande, 2020.
ABSTRACT
The present work aims to study the contribution of playfulness in the literacy of early-year children. Starting from the point that the act of playing can be used as an educational source, we will analyze playfulness from this conception, investigating its role in pedagogical practice in the first years of Elementary School, as well as demonstrating its benefits when used correctly in the literacy process. The present study is a bibliographical, conceptual and descriptive research review, exploring in books, periodical articles, among others, the importance of playfulness for the construction of students' knowledge in the literacy process. Having as main theorists ALMEIDA (1974), ANTUNES (2004), KISHIMOTO (2000), and MIRANDA (2001). Finally, the objectives of the work were achieved, because through the researches carried out, it was possible to verify and ratify the initial proposal, whose observation in the development of the theory and the practice observed in other moments of this graduation only reinforce that the playfulness applied to early grades provides broader results than traditional practices.
Keywords: Play. Playfulness. Pedagogical Practice. Literacy Process
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	9
2	O ENSINO INFANTIL E SUA MUDANÇA DE PARADIGMA	11
2.1 NOVOS OLHARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 13
3	O PAPEL DO LÚDICO PROCESSO DE APRENDIZAGEM	16
4	O CONCEITO DO LÚDICO E O BRINCAR	20
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24 
REFERÊNCIAS	26
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um projeto de pesquisa de monografia que será apresentado ao Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar de Campo Grande, MS, com critérios para obtenção da Graduação de Licenciatura em Pedagogia, cujo tema aborda a contribuição e importância da ludicidade na alfabetização.
O lúdico traz vários benefícios no desenvolvimento da criança e deve ser explorado durante o processo de ensino e aprendizagem. Através das atividades lúdicas a crianças desperta seu imaginário, estimula sua curiosidade, exercitando assim, sua autonomia.
É fato que o brincar faz parte da vida de toda criança, assim sendo deve ser considerado no planejamento do professor, pois é uma forma prazerosa em aprender e benéfica no processo de ensino e aprendizagem. Através de recursos lúdicos, o professor propicia a construção do conhecimento e a autonomia, que se desenvolve no ambiente e familiar e dando continuidade na escola.
Partindo do pressuposto que a construção do processo de ensino-aprendizagem deve articular-se a afetividade na relação professor-aluno, a presente pesquisa levantou o seguinte problema: Como inserir	 a ludicidade nos primeiros anos do Ensino Fundamental, e qual sua contribuição para proporcionar benefícios no processo de alfabetização?
Assim, elencamos como Objetivo Geral: Analisar a importância do lúdico para o processo de ensino e aprendizagem e suas contribuições no processo de alfabetização; e como Objetivos específicos: 1) Conhecer a contribuição do ensino infantil e sua mudança de paradigma; 2) Compreender o papel do lúdico processo de aprendizagem; 3) Conceituar ludicidade e discutir a função brincar para a formação social do aluno.
A presente pesquisa consiste em uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa e descritiva. Para tanto, foram levantados trabalhos acadêmicos (artigos científicos, monografias, dissertações, teses, livros dentro da temática de educação, entre outros), no banco de dados da SCIELO e na biblioteca do Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar de Campo Grande, MS.
De acordo com Gil (2002, p. 141), a pesquisa qualitativa parte de um processo “como uma sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorizaçãodesses dados, sua interpretação e a redação do relatório”. O autor aponta que hipóteses são levantadas na pesquisa qualitativa, e que esta é esclarecida por meio da investigação, podendo ser a revisão de literatura, de documentação, de dados, que são estão confrontados pelo pesquisador e a situação identificada. 
No entanto, para alcançar tais objetivos do estudo, será utilizado coma metodologia pesquisa bibliográfica, conceitual e descritiva, explorando em livros, artigos de periódicos, entre outros, a importância do lúdico para a construção de conhecimento de alunos no processo de alfabetização, sendo as informações de fonte impressa ou disponibilizado por meio eletrônico.	
Como método de abordagem utilizar-se-á a dedutivo qualitativa, partindo de uma análise geral sobre até se chegar a analise especifica sobre o tema. Para a técnica, será utilizado a seleção indireta, buscando levantamento de todos os dados possíveis relativos ao tema para a elaboração do estudo. Tem por objetivo fazer um levantamento de informações por meio de natureza qualitativa, investigando a relevância do tema na atualidade.
O lúdico e uma ferramenta poderosa com excelentes resultados, que deve ser inserido no processo de ensino e aprendizagem, pois se resume em uma forma simples de trabalhar para o professor e prazerosa para as crianças que já trazem consigo, durante toda a sua infância o prazer de brincar.
Um ambiente propicio e acolhedor são essenciais para desenvolver atividades lúdicas e que o professor precisa levar até os alunos uma aprendizagem através da interação, no qual a mediação é imprescindível para direcionar o aluno para a construção de conhecimento. Porem, e preciso entender e compreender qual o seu papel perante o aprendizado, pois não basta apenas inseri-lo sem objetivos previamente definidos. E necessário existir conscientização de que o lúdico não e apenas brincadeira ou recreação para a criança gastar energia. 
Levando isso em consideração, o estudo é justificado par saber que uso do lúdico nos primeiros anos do Ensino Fundamental trará benefícios, sendo considerado eficaz para a promoção do desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e físico da criança, além de realçar as habilidades dos alunos, onde o professor poderá explorar a construção de conhecimento de seus alunos, principalmente relacionada escrita e leitura.
A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO INFANTIL E SUA MUDANÇA DE PARADIGMA
Diversas abordagens na história do desenvolvimento infantil possibilitaram apenas avançar no conhecimento sobre a criança e seu desenvolvimento cognitivo e psicológico, retardando um pouco a compreensão da criança como um ser indiviso, unido, capaz de sentir, agir e aprender sobre o diferente frente a realidade (HADDAD, 2004). E que segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998, p. 21): 
A criança como todo o ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico.
A educação infantil vive um grande momento. Muda-se a visão preconceituosa de que as crianças dessa idade não aprendem significativamente e de que a educação infantil teria que separar rigidamente o tempo de brincar e de aprender.
Assim, no ensino infantil, de acordo com Antunes (2004, p. 42): 
“O pensamento criativo, a sociabilidade a arte de fazer, manter e administrar amizades, a consciência essencial do ser e das coisas, as bases do pensamento lógico, a abertura infinita da inteligência, a plenitude das capacidades cognitivas, emocionais e motoras, o sentido da independência, o verdadeiro espírito de iniciativa, a sensibilidade para identificar, analisar e resolver problemas, a criação da hipótese, a segurança na expressão de sentimentos e opiniões, o controle do corpo e a imagem positiva de si mesmo que fundamenta a autoestima, se constroem nos primeiros anos de vida [...]”. 
Já Haddad (2004), Recorda que o brincar na educação infantil promove a autoestima das crianças, pois ajuda-as a superar gradativamente suas aquisições de forma criativa e contribui para a internalização de determinados modelos adultos, facilitando sua adaptação social. A autoestima vai lhe garantir a confiança no mundo, determinada pelas atitudes que você tem em relação ao educando, como apego, respeito. A consciência é construída como uma entidade independente dos outros. 
No âmbito da socialização, a escola é um instrumento de interação, onde está associada ao desenvolvimento de competências sociais que irão facilitar a posterior integração da criança. 
A concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim é possível que, por exemplo, em uma mesma cidade existam diferentes maneiras de se considerar as crianças pequenas dependendo da classe social a qual pertencem, do grupo étnico do qual fazem parte das crianças brasileira enfrentam um cotidiano bastante adverso que as conduz muito cedo a precárias condições de vida e ao trabalho infantil (RCNEI, 1998, p. 28).
A Educação infantil tem uma visão peculiar da forma de funcionamento e aprendizagem das crianças, observando suas peculiaridades.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio, nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circundam, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam, e por meio de brincadeiras, explicitam as condições de vida a questão submetidas e seus anseios e desejos (RCNEI, 1998, p. 21). 
 Contudo, nota-se que além de cuidar, adiciona-se a responsabilidade de educar, o que deve estar ligado às várias concepções de desenvolvimento nas interações e práticas sociais, ligados à linguagem e inúmeros conhecimentos na construção de uma identidade autônoma. 
Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI, 1998), o professor deve desenvolver atividades que direcionem os alunos a: 
· Fortaleça sua autoestima, situando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de seus limites sem frustrações; 
· Descobrir e conhecer gradativamente o próprio corpo, suas potencialidades e limitações, desenvolvendo e valorizando procedimentos para o cuidado do próprio corpo e do bem-estar. Estabeleça e amplie cada vez mais as relações sociais, aprenda gradativamente a expressar seus interesses e pontos de vista com os outros, respeitar a diversidade e desenvolver atitudes de ajuda e cooperação. Observe e explore o meio ambiente com uma atitude de curiosidade, vendo-se cada vez mais como um membro dependente e agente transformador do meio ambiente, e valorizando atitudes que contribuem para a conservação. Divertido, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
· Use diferentes linguagens (corpo, música, plástico, oral e escrita) para se adequar a diferentes intenções e situações comunicativas para compreender e ser compreendido, para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, e para se desenvolver no processo de construção de significado , enriquecendo a toda sua capacidade expressiva; conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação, frente a elas e valorizando a diversidade (RCNEI, 1998).
Devemos considerar o que a criança já sabe quando vem para o meio escolar. Expandir sua experiência considerando todo o seu processo de desenvolvimento. Para o segundo propósito, são apresentadas duas áreas nas quais a experiência e o conhecimento devem ser ampliados: as mudanças na natureza e a convivência social dizem respeito aos campos do movimento da criança, tudo o que é interesse, brinquedo, trabalho individual ou coletivo. 
Estes são os camposdo movimento infantil: a dinâmica do mundo dos minerais, plantas e animais, assim como a interação humana, a vida em sociedade. Curiosidade, fantasia, criatividade artística, pensamento lógico-matemático, linguagem, arte, ciência, ciências sociais, ecologia, enfim, tudo que seja de interesse, brinquedo ou objeto de pesquisa. (BRASIL, 1998). 
Segundo a Lei de Diretrizes Básicas (LDB) (Art. 29), a educação Infantil objetiva:
 I - Proporcionar condições para o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual da criança, em complementação à ação da família: 
 II - Promover a ampliação de suas experiências e conhecimentos estimulando seu interesse pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade.
2.1 NOVOS OLHARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Na prática pedagógica da Educação Infantil, a harmonia com as mudanças deve ser buscada sem demora, ajustando o tempo para a mudança. Desta vez traz novos itens todos os dias.
A concepção de criança é comentada por Haddad (2004), que historicamente, até o século XVII, a criança era considerada um adulto em miniatura, ou seja, acreditava-se que o raciocínio, os sentimento e ações possuíam os mesmos elementos básicos daqueles dos adultos, nas classes menos privilegiadas, as crianças trabalhavam no campo, vendiam nos mercados, como se fossem adultos. Nas classes menos privilegiadas, as crianças trabalhavam no campo, vendiam nos mercados como se fossem adultos. 
As famílias mais prósperas, também não faziam muita distinção entre adultos e crianças. As crianças começavam a escolarização mais cedo e esforçavam para que se desenvolvessem nas crianças, com rigor, as faculdades mentais de atenção, memória e abstração (MAGNA, 1994). 
Aos poucos o conceito de infância foi se modificando. Nem todos os estudiosos eram empiristas como Jean Jacques Rousseau que garantia que a criança pensa e raciocina de maneira que lhe é própria e enfatizava a ideia dos fatores inatos de maturação interna e também que os objetivos deveriam ser voltados para o desenvolvimento da natureza e das capacidades infantis. Essas ideias foram transportadas pelos seus seguidores, como Pestalozzi e Froebel (apud MAGNA 2004, p. 28). 
A educação passou a opor-se à passividade com que as crianças eram ensinadas, aos exercícios repetitivos e aos métodos de leitura. 
As principais ideias inovadoras na área da Educação Geral e Educação Infantil estão baseadas em teorias que explicam o desenvolvimento da criança enfatizando as interações sociais e a gênese da construção do conhecimento. Entre os estudiosos se destacam: Jean Piaget, Lev S. Vygotsky e Henri Wallon (apud HADDAD, 2004, p. 29). 
Magna (2004, p. 64), em relação à criança afirma que: “A criança é a chave do futuro, é a esperança de realizações futuras em defesa do direito de todos, na transformação da sociedade, no trabalho pela coletividade”. 
Nesta concepção, ele vê a criança como um ser em construção, em formação. “A criança reserva dentro de si uma espécie de bússola, que determina as direções, os caminhos para a busca de novos conhecimentos e vai se construindo como ser humano, incluindo as bases individual, social, histórica e cultural” (MAGNA, 2004). 
Já Freire (2002), afirma que Celestin Freinet, foi um pedagogo que teve êxito na sua tarefa de ensinar e uma das razões de seu êxito foi ter compreendido que não é necessário separar o jogo do trabalho da escola. 
O RCNEI (1998) aponta as últimas tendências nacionais e internacionais, com a necessidade para as instituições de Educação Infantil, a maneira integrada de educar e cuidar. 
Nesse contexto, demostra-se a importância do lúdico. Do estágio egocêntrico ao estágio de socialização, no caso de qualquer jogo espontâneo, a sequência de atividades do jogo surge com clareza, onde se observa a situação de livre escolha, revelando interesses e necessidades. Fenômeno lúdico: Quer se trate de jogos, jogos, música ou arte em geral, eles se interessam pelo processo educacional, entre outras coisas, proporcionam às crianças o desenvolvimento integral de suas potencialidades e habilidades (BRASIL, 1998). 
A maioria das sugestões considera a criança como uma existência social, psicológica e histórica, toma o construtivismo como principal referencial teórico, toma o mundo cultural infantil como ponto de partida do trabalho, defende a democracia e transforma a realidade da educação, visando à formação de uma cidadania crítica. Ao mesmo tempo, existe um grande descompasso entre a base teórica utilizada e as diretrizes da metodologia. Não são explicitadas as formas que possibilitam a articulação entre o universo cultural das crianças, o desenvolvimento infantil e as áreas do conhecimento [...] (RCNEI, 1998, p.43). 
A Educação Infantil não deve partir de experimentos isolados. Que ela seja fundamentada na construção e interação de Piaget (1976). É importante que não se baseie na confusão de várias linhas, mas que se tenha como norte balizador um sólido suporte teórico que estrutura toda a atividade pedagógica. 
Uma escola não é boa somente pela pluralidade de expressões artísticas distintas, porque realiza projetos de educação emocional ou porque fomenta o pensamento criativo. A simples adoção de cantinhos com oportunidades e linguagens diferentes, não faz desta ou daquela escola um núcleo estimulador de inteligências múltiplas (ANTUNES, 2004, p.12).
3. O PAPEL DO LÚDICO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A brincadeira sempre foi uma atividade cotidiana na vida das crianças, pois por meio dela as crianças podem expressar a forma como representam a realidade. Ela cria todo tipo de situações imaginárias, agindo como se estivesse no mundo adulto. Os brinquedos são sua forma de entender a maioria dos problemas causados ​​pelas restrições do ambiente em que vive. No ato de brincar, os símbolos, expressões e objetos usados ​​podem significar algo diferente de sua superfície. Recria e repensa os eventos que provocam a brincadeira (ALVEZ e INEZ, s/d). 
(...) o ato de brincar pode estimular o uso da memória que a criança ao entrar em ação vai se ampliando e organizando o material a ser lembrado. O aspecto lúdico facilita o desenvolvimento da aprendizagem, do desenvolvimento social, pessoal e cultural, colaborando para uma boa saúde física e mental (SALOMÃO e MARTINI, 2007, s/d). 
A importância da brincadeira está relacionada ao conteúdo das brincadeiras das crianças, mas também, como ela participa no jogo é sempre tratado de forma criativa e interativa. O brinquedo se aproxima do sonho e reconstrói o conteúdo do subconsciente, de forma a poder lidar com a realidade interna da criança sem se divorciar da realidade externa. Portanto, é necessário dar-lhe muito tempo e espaço. Uma de suas primeiras brincadeiras é imitar os adultos, muitas crianças se espelham em adultos próximos (SALOMÃO e MARTINI, 2007). 
A criança descobre simbolicamente a importância do adulto em sua vida e as diferenças entre ambos. Isso ocorre, por exemplo, quando ele faz de conta que é a mãe e representa o filho. Cabe ao professor, portanto possibilitar que rela entende essa assimetria e, ainda que intuitivamente, o valor do adulto (MACEDO, 2008, p.55).
 No jardim de infância, as crianças compartilharam algumas coisas muito interessantes no ambiente rico e na ficção, e não devem ser ignoradas, pois é importante para as crianças passarem por essa fase. Este é um período complicado. As crianças consideram que outras pessoas podem participar. Interagindo com o jogo mais longo, os pais são um exemplo, pois a fantasia criada pode depender da experiência de vida. (GALVÃO, 2008). 
Através do faz-de-conta a criança pode desenvolver várias linguagens, elas aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para ela no momento (MACEDO, 2008). 
Quando as crianças entram no mundo da imaginação, podem marcar uma nova etapa na sua capacidade de lidar com a realidade. O seu pensamentoevoluiu a partir do seu comportamento, enriquecendo a sua identidade, pois podem vivenciar outras formas de ser e pensar, sobretudo vivenciar a negociação de regras elaboradas e coexistentes, bem como a elaboração dos sistemas representacionais de diferentes sentimentos, emoções e estruturas humanas, razão pela qual essas atividades são importantes para o desenvolvimento do pensamento infantil (SALOMÃO e MARTINI, 2007). 
Segundo Macedo (2008): 
No faz-de-conta, a criança realiza um esforço de tradução. Ela não é velha, mas representa esse papel no jogo simbólico. Também não é um bicho, mas pode imitá-lo. Esse fingimento aumenta o repertório das diversas linguagens, como o desenho, a fala, a música e a dança. 
O brincar é visto como um direito da criança e um fato corriqueiro. Nas salas que possuem fantoches, fantasias ou cenários para as atividades simbólicas, são sempre apreciados pelas crianças, sendo assim uma boa estratégia para enriquecer o brincar e atrair a garotada para os espaços diferenciados. O cenário por si só faz com que a criança deduza e pressuponha a atividade proposta. O objetivo de oferecer vários ambientes diferenciados é que quando eles se cansam daquele ambiente, o educador já tem outro para estimular e garantir situações de aprendizagem (GALVÃO, 2008). 
O brinquedo e as brincadeiras são as bases da infância e as instituições devem estar preparadas para desenvolver práticas que tomam este pressuposto como norte da organização de suas rotinas. 
É sabido que o ato de brincar pode representar algumas realidades vivenciadas pela criança. Uma representação é algo presente no lugar de algo. Representando você estará correspondendo a alguma coisa e permitindo assim sua evocação, mesmo em sua ausência, o brinquedo coloca a crianças na presença da vida cotidiana, pode-se se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar a criança um substituto de objetos reais, para que elas possam manipulá-los. (KISHIMOTO, 2000). 
Para Aves e Inez (s/d), “os sentidos do brincar estão em constante processo de construção de significados, assim ela pode estar buscando compreender o mundo através de suas imaginações ou representações”. 
Em escolas públicas ou privadas, encontram-se muitos professores que trabalham o brincar de forma despretensiosa apenas com o objetivo de lazer, sem um planejamento que possa integrar a atividade proposta. 
Brincando se aprende, porque o prazer e a descoberta estão envolvidos nessa relação (visceral). “Quem brinca age, coloca-se, vivencia situações que lhe expõe a conflitos, a evoluções, ou a conservação de valores” (HOFMANN, 2009). 
A criança ao brincar desenvolve naturalmente comunicações e expressões corporais e linguísticas num ambiente incrivelmente lúdico. Na educação infantil, o trabalho com o controle motor, ritmo, localização espacial, conhecimento corporal e relacionamento interpessoal prepara as crianças/alunos para o processo de alfabetização e para a aprendizagem mais formal. “É fundamental que a criança se movimente e participe, mas que entenda o que fez e amplie seu olhar sobre as práticas da cultura corporal” (FONSECA, 2009, p.42). 
Vale ressaltar que, considerando a realidade em que a criança vive e o objetivo e relacionamento de seu cuidador para com ela, o brinquedo torna-se atualmente um objeto de consumo, uma vez que esse objeto consumido perde-se o objetivo do lúdico onde o brinquedo comprado “falso jogo” tem como objetivo satisfazer as necessidades imediatas (ALMEIDA, 2000). 
Segundo Almeida (2000), os brinquedos podem ter sentido se vierem representados pelo brincar, por esse fato que as crianças pedem insistentemente que os adultos participem de brincadeiras com elas. Estes quando brincam tem a vantagem de dispor de uma experiência maior, podendo usufruir mais da imaginação, aumentando as informações intelectivas e linguísticas. O adulto é capaz de levar a criança a criar, abrir novos horizonte e organizar-se. É capaz de colocar se ao serviço da criança e buscar com ela verdadeiros estímulos que possa ativar a sua capacidade de criar e inventar, levando-as descobrir sempre. 
“Experimentando, vendo, manipulando as coisas, a criança descobre a possibilidade de dar a forma ao mundo de acordo com suas impressões, passando não só a evocar e registrar fatos na memória, mas a recriá-los” (ALMEIDA, 2000). 
A brincadeira desenvolve todos os sentidos da criança, onde através dela cria-se um espaço de socialização e construção. O ato de estar brincando não seria somente para desenvolver a criança pedagogicamente, mas também conseguir experiência de elaboração das vivencias da realidade na construção do cidadão, sendo que através da brincadeira ela poderá estar se comunicando com o mundo e também se expressando (ALVES e INES s/d). 
Sobre esse assunto Lima (2007, p. 8) completa: 
Para o desenvolvimento sadio da criança, que constrói seu lugar no mundo por meio do brincar, há que se instaurar três tempos: o tempo em que se efetiva a função materna (tempo exercido pela mãe ou pelo adulto que passa maior parte dela com a criança, notadamente os adultos envolvidos na ação educativa escolar), que auxiliará o desenvolvimento e a maturação das estruturas corticais; o tempo da vivência edipiana, que auxiliará o desenvolvimento do sistema simbólico e da regras e, por último mas não menos importante, o tempo da aprendizagem da linguagem escrita, que auxilia a criança a assimilar o simbolismo do mundo que a cerca. 
Desta maneira é importante que a criança tenha tempo para brincar e espaço para expressar livremente sua imaginação e fantasia. É necessário que a escola assume seu papel formativo e dessa forma possa conduzir o brincar na criança, sendo que o adulto deve saber que este brincar é algo muito sério (LIMA, 2007).
4. O CONCEITO DO LÚDICO E O BRINCAR
O lúdico tem sua essência no termo “ludus” que quer dizer “jogos” e “brincar”. E no brincar estão incluídos os jogos, os brinquedos e o passatempo, oportunizando assim a aprendizagem do sujeito. Na prática escolar de um aprendiz o lúdico pode ser uma maneira bem eficaz repassando de um universo infantil para imprimir-lhe o universo adulto, não estando apenas presente no ato de distrair, mas também no ato da leitura como uma forma natural de compreensão e descobrimento do mundo real (SALOMÃO e MARTINI, 2007).
As pesquisas buscam o entendimento dos conceitos de jogo, de brincadeira e brinquedo. Nessa diretriz, Kishimoto (1996) traz algumas contribuições na tentativa de auxiliar a compreensão deste conglomerado de significados atribuídos a palavra jogo ao indicar três níveis de diferenciações: o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras; um objeto.
De acordo com a semântica de nossa língua portuguesa, Miranda (2001) considera que o lúdico abrange o geral das atividades com características de jogo, brinquedo e brincadeira. O jogo e a brincadeira trazem consigo uma regra, explícita no primeiro e implícita no segundo; o brinquedo é o objeto, e brincadeira/jogo é o ato de brincar/jogar com o brinquedo ou o jogo. Embora possa suscitar alguma confusão ou mesmo a ideia de que sejam sinônimos tais conceitos são distintos. 
O brinquedo permite às crianças, através do lúdico, reproduzir as coisas à sua volta: o cotidiano, a natureza e as construções humanas. Um dos objetivos do brinquedo é dar à criança um substituto dos objetos reais. Para que possa manipulá-los. 
O brinquedo propõe o mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico. No caso da criança, o imaginário varia conforme a idade: para o pré-escolar de 3 anos, está carregado de animismo, de 5 a 6 anos, integra predominantemente elementos da realidade (KISHIMOTO, 1996, p.19) 
Os brinquedos podem ser variados coloridos, novos usados, brinquedos de madeiras, plásticos, metal, pano, um fragmento de madeira ou simplesmente o próprio corpo. Brinquedos esses que colocam a disposição da imaginação. São imóveis na prateleira, mas nas mãos das crianças, adquirem existência, transformam-se e vão alémdo verídico. O brinquedo parece estar relacionado com a infância, revela memórias e fantasia, se você diz brinquedo, lembramos logo das crianças. 
Quanto à brincadeira e o jogo, Kishimoto (1996), diz que representa “a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica”. No mundo das brincadeiras, a boneca vira filha, que põe e tira a roupa, senta na cadeira, come com a colher, tem amigas, sai para passear de carro, etc. A bola sai rolando para o jogo de futebol, o pneu serve de esconderijo e para rodar. O dominó sai das caixas para o mundo das cores, dos números e das figuras. As peças de quebra-cabeça são viradas e reviradas para se juntar e formar a figura escondida. As bolinhas de gude rodam, a corda pula, os livros falam. A dinâmica e o caráter da transformação variam de acordo com a faixa etária, os interesses, a necessidade e o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor da criança. 
Muitas atividades de expressão lúdico-criativas podem atrair a atenção das crianças, podendo constituir em um mecanismo de potenciação da aprendizagem e favorecer o desenvolvimento motor, físico e psicomotor das crianças em suas atividades (SALOMÃO e MARTINI, 2007).
Segundo Lopes (2000) pesquisas feitas sobre as causas mais frequentes, em relação às dificuldades encontradas no processo educacional, tanto da parte dos professores como dos estudantes, constata que muitas crianças desconhecem suas capacidades potenciais porque não tiveram oportunidades de usá-las, e ao reproduzi-las aumentam muito mais sua autoestima. Como humanos capazes de realizar, de inventar, conseguem assim dar mais valor aos objetos que foram feitos por próprias mãos, incorporando valores que são essenciais para a vida adulta.
Segundo Cinele Lopes (2007), estudos levam os educadores a refletir sobre a qualidade do ensino que eles desenvolvem com seus alunos, e quais aprendizagens são alcançadas. Muitos alunos ainda reclamam e consideram a sala de aula um local de “chatice” e gostariam muito de estar em outro lugar mais interessante, desenvolvendo atividades mais atraentes e prazerosas. Porque então não fazer da sala de aula um momento lúdico, onde as crianças podem realizar as atividades com satisfação, e ao mesmo tempo reforçar os conteúdos até então estudados?
A avaliação lúdica é um dos vários caminhos que pode nos possibilitar de ver como a criança através de uma conquista inicia o processo de adaptação à realidade. O lúdico nas aulas pode ser um método para a aprendizagem, não perdendo o seu objetivo, jogos e brincadeiras voltadas ao interesse dos educandos. Quanto mais vai se ampliando a realidade externa da criança mais ela tem necessidade de uma organização interna ágil e coerente, podendo assim guardar suas experiências e usá-las da maneira correta no momento correto. Quanto mais vai se ampliando a realidade interna de uma criança, mais ela precisa ampliar e organizar sua realidade (SALOMÃO e MARTINI, 2007).
O lúdico tem uma tarefa difícil, e é preciso que o educador tenha uma formação pedagógica bem estruturada e ter sempre em mente de que está lidando com uma criança modernizada, e que o repertório de atividades precisa ser adaptado a estas situações.
A ludicidade no processo de aprendizagem torna-se uma necessidade, pois as crianças da Educação Infantil estão desenvolvendo suas habilidades e potencialidades cada vez mais precoces, estão sempre em processo acelerado de mudanças, e isto exige que o educador use a sua criatividade e habilidade, pois com tantos avanços gerais, a criança deste século também está evoluindo (LOPES, 2000).
Lopes (2000, p. 17-18), afirma que:
As diferentes áreas do cérebro humano desenvolvem por meios de estímulos que a criança recebe ao longo dos sete primeiros anos de vida, portanto, como os estímulos são diferentes, consequentemente as reações também. As crianças de hoje são mais inteligentes, mais espertas do que as de algumas décadas atrás. Os padrões de comportamento para com o recém-nascido e para com a criança na primeira infância se modificaram, o que gera consequentemente, respostas diferentes e nem sempre esperadas. 
A partir do contexto anteriormente mencionado, destaca-se que o brincar é um processo espontâneo, por isso favorece a socialização. No entanto é função do educador usar o interesse lúdico de cada criança, independentemente do tipo de necessidade que ela apresente, promovendo assim maior autoconfiança na experimentação de novas atividades, potencializando o desenvolvimento de novas aprendizagens (SILVA, 2008). 
Os professores investiram durante anos com os métodos de ensino, e só em algum tempo a preocupação está sendo compreender como a criança aprende, as mais variadas metodologias podem ser eficazes se forem adequadas a maneira de aprender da criança. Brincar sempre foi coisa de criança, é uma característica do mundo inteiro, porque então não ensinar estas crianças de maneira que ela possa aprender melhor, de uma forma prazerosa e mais eficiente? (LOPES, 2000)
Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do princípio de que brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial. Facilmente identificada pelos alunos. A atividade proposta não anda. Em decorrência, muitas vezes os professores deduzem que brincar é uma bobagem mesmo, e que nunca deveriam ter dado essa atividade em sala de aula. A saída desse processo é um trabalho mais consistente e coerente do professor no desenvolvimento de sua atividade lúdica [...] (KISHIMOTO, 2000, p.122). 
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Professores podem aplicar conteúdos e realizar avaliações de uma maneira mais motivadora e atraente, buscando através das confecções dos jogos atingirem aos objetivos. Podem-se ver alguns aspectos que poderá ser trabalhado por meio da confecção de jogos, tanto no conteúdo que será aplicado como para o clínico (LOPES, 2000).
“A formação lúdica deve possibilitar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto” (SANTOS e CRUZ, 1997, p.14).
A alfabetização é considerada a fase de maior relevância na vida da criança, pois se dará início a construção dos demais conhecimentos para seu desenvolvimento. Portanto, para que o professor consiga alfabetizar seus alunos de forma adequada é necessário utilizar métodos que realmente sejam significativos. 0 lúdico pode ser uma boa alternativa em que o professor associa a aprendizagem com as brincadeiras, onde a criança se sentira mais motiva a aprender.
As brincadeiras desenvolvidas em sala de aula devem ter um objetivo especifico, quando se diz respeito a alfabetização, por isso aplicar o lúdico apenas como forma de entretenimento não trará os resultados almejados pelo professor. Precisa haver nesse processo, medidas que contribuem de forma eficaz auxiliando no desenvolvimento e trazendo os benefícios esperados. Sendo assim, o planejamento entra como peça fundamental, pois guiara o professor ao caminho correto a ser seguido, tornando seus métodos eficazes e satisfatórios.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conhecer e aprender sobre a importância do brincar nos permite concluir que brincadeiras e jogos fornecem uma experiência melhor e mais completa para o desenvolvimento infantil. Deste modo, este artigo mostrou a importância da ludicidade na educação e sua construção na história, bem como as brincadeiras e os jogos são essenciais no desenvolvimento e aprendizagem das crianças, pois desta forma elas alcançam um desenvolvimento agradável e satisfatório. 
Observamos que o ensino lúdico ajuda no processo de aprendizagem de uma forma mais ampla, permitindo-lhever o mundo mais plenamente, fortalecendo sua habilidade criativa e a desenvolvendo por meio do jogo, tornando-se uma aprendizagem eficaz. Diante disso, devemos ressaltar que o brincar é um direito da criança e deve ser usado como uma ferramenta pedagógica, pois também é um direito das crianças uma educação de qualidade, com espações, equipamentos, e métodos adequados para seu desenvolvimento.
Com jogos e atividades, a aprendizagem das crianças torna-se mais significativas, o que contribui para o desenvolvimento de suas competências em forma ampla. Durante as atividades práticas, como brincadeiras, também é importante: o professor/mediador identifique os estágios de desenvolvimento para aplicar atividades adequadas à faixa etária da criança. 
Essa perspectiva é imprescindível em função das necessidades profissionais relacionadas à educação. Reconhecer que os jogos, brincadeiras e dinâmicas não são apenas diversão, mas momento de promover a reflexão, o desenvolvimento sensorial e corporal do aluno. Imaginação, criatividade e afeto se desenvolvem de tal forma que a criança se sente motivada a aprender e deseja participar das atividades oferecidas em sala de aula. 
Para assimilar a aprendizagem contextual por meio de brincadeiras, o profissional de educação deve buscar formas que conectem teoria e prática de acordo com a realidade da criança. Para tanto, o papel do educador é: planejar práticas de jogo coerentes por meio de atividades que podem: fazer dos alunos os protagonistas de sua própria aprendizagem. 
Propostas feitas no espaço escolar, segundo Rau (2013, p. 30), “exige atitude pedagógica por parte do professor ", ou seja, no contexto histórico e social, o professor é fundamental na valorização do produto da atividade humana, momento que reconhecemos que os jogos e brincadeiras são intimamente relacionados a esta questão, pois desde que se tem vestígios da humanidade encontram-se resquícios de jogos e brincadeiras sendo considerado algo vital para a sobrevivência.
Portanto, temos consciência da importância da ludicidade no planejamento pedagógico, conquistando um espaço em que existem jogos e brincadeiras tornem-se presentes no cotidiano escolar como ferramenta pedagógica para o ensino. Na qual, a contribuição das atividades lúdicas para a aprendizagem seja em a criança aprender de maneira agradável e significativa.
Por fim, os objetivos do trabalho foram alcançados, pois através das pesquisas realizadas, foi possível verificar e ratificar a proposta inicial, cujo a observação no desenvolver da teria e a pratica observada em outros momentos desta graduação apenas reforçam que a ludicidade aplicada a séries iniciais fornece resultados mais amplos que as práticas tradicionais.
Por outro lado, observou-se também que para utilizar da ludicidade e faze-la importante parceira como método de ensino, o profissional da educação deve sempre buscar estar atualizado, é um tipo de técnica de trabalho que não permite a acomodação, a mesmice, a rotina, muito pelo contrário, é necessário uma continua renovação para que os alunos respondam com todo o seu potencial a proposta pedagógica lúdica.
REFERÊNCIAS
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