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CARACTERIZAÇÃO E PRÉ-TRATAMENTO DE SUBSTRATOS PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS E BIOFERTILIZANTE Disponibilidade de Substratos Projeto “Aplicações do Biogás na Agroindústria Brasileira” (GEF Biogás Brasil) Este documento está sob licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. O GEF Biogás Brasil permite a citação deste material, desde que a fonte seja citada. Contato: contato@gefbiogas.org.br COMITÊ DIRETOR DO PROJETO Global Environment Facility Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério de Minas e Energia Ministério do Meio Ambiente Centro Internacional de Energias Renováveis Itaipu Binacional PARCEIROS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Associação Brasileira de Biogás Nome do produto: Caracterização e Pré-Tratamento de Substratos para Produção de Biogás e Biofertilizante Componente Output e Outcome: 2.1.4 Publicado pela entidade: Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – UNIDO Entidades diretamente envolvidas: Centro Internacional de Energias Renováveis Biogás – CIBiogás Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Autores e coautores: Paulo André Cremonez - CIBiogás Jéssica Yuki de Lima Mitto - CIBiogás Revisão técnica: Felippe Martins Damaceno – UTFPR Leonardo Pereira Lins - CIBiogás Coordenador: Felipe Souza Marques Coordenação pedagógica: Iara Bethania Rial Rosa Data da publicação: Agosto, 2020. FICHA TÉCNICA Ficha catalográfica elaborada por: mailto:contato@gefbiogas.org.br O Projeto “Aplicações do Biogás na Agroindústria Brasileira” (GEF Biogás Brasil) reúne o esforço coletivo de organismos internacionais, instituições privadas, entidades setoriais e do Governo Federal em prol da diversificação da geração de energia e de combustível no Brasil. A iniciativa é implementada pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e conta com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) como instituição líder no âmbito nacional. O objetivo principal é reduzir a dependência nacional de combustíveis fósseis através da produção de biogás e biometano, fortalecendo as cadeias de valor e de inovação tecnológica no setor. A conversão dos resíduos orgânicos provenientes da agroindústria e da fração orgânica do lixo urbano, muitas vezes descartados de forma insustentável, pode se tornar um diferencial competitivo para a economia brasileira, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa nocivos à camada de ozônio e ao meio ambiente. O biogás e o biometano podem ser utilizados para a geração de energia elétrica, energia térmica ou combustível renovável para veículos, e seu processamento resulta em biofertilizantes de alta qualidade para uso agrícola. Os benefícios se estendem tanto ao produtor agrícola, que reduz os custos de sua atividade com o reaproveitamento de resíduos orgânicos, quanto ao desenvolvimento econômico nacional, já que um setor produtivo mais eficiente ganha competitividade frente à concorrência internacional. Indústrias de equipamentos e serviços, concessionárias de energia e de gás, produtores rurais e administrações municipais estão entre os beneficiários do projeto, que conta com US $ 7,828,000 em investimentos diretos. Com abordagem inicial na região Sul do Brasil e no Distrito Federal, a iniciativa pretende impactar todo o país. Entre seus resultados previstos estão a compilação e a divulgação de dados completos e atualizados sobre o setor, a oferta de serviços e recursos para capacitação técnica e profissional, a criação de modelos de negócio e de pacotes tecnológicos inovadores, a produção de Unidades de Demonstração seguindo padrões internacionais, a disponibilização de serviços financeiros específicos para o setor, a ampliação da oferta energética brasileira, e articulações estratégicas entre a alta gestão governamental e entidades setoriais para a modernização da regulamentação e das políticas públicas em torno do tema, deixando um legado positivo para o país. APRESENTAÇÃO Caracterização e Pré-Tratamento de Substratos para Produção de Biogás e Biofertilizante Aula 1 – Disponibilidade de Substratos Data da Publicação: Agosto/2020 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 2. DISPONIBILIDADE DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS..................................................................................................................... 11 2.1. Água Residuária de Suinocultura (ARS) ..................................................... 11 2.2. Manipueira ...................................................................................................... 12 2.3. Vinhaça ........................................................................................................... 14 2.4. Resíduos da Pecuária de Leite .................................................................... 15 2.5. Glicerol Residual ............................................................................................ 16 2.6. Cama de Frango ............................................................................................ 18 2.7. Efluentes de Laticínios .................................................................................. 19 2.8. Efluentes da Indústria Cervejeira ................................................................. 19 2.9. Resíduos de Abatedouros ............................................................................ 20 3. CONCLUSÃO .................................................................................................... 22 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 Disponibilidade de Substratos Lista de Figuras Figura 1 - a) Produção Nacional de mandioca por regiões do país; b) Produção Nacional de Mandioca por Estados ........................................................................ 13 Figura 2 - Desenvolvimento da produção de cana-de-açúcar e etanol no Brasil entre os anos 1990 e 2014. .................................................................................... 15 Figura 3 - Plantel de vacas leiteiras no país para os anos de 2010 a 2018. ..... 16 Figura 4 - Perfil da produção e estimativa de produção de biodiesel no Brasil entre os anos de 2006 a 2025. ............................................................................... 17 Figura 5 - (a) Produção de cerveja e (b) número de fábricas por região. .......... 20 Disponibilidade de Substratos 8 Apresentação do Curso Olá! Seja bem-vindo ao nosso primeiro módulo do curso de atualização em biogás. O curso como um todo, busca trazer conhecimento técnico de uma forma didática para profissionais que queiram atuar direta ou indiretamente na cadeia produtiva desse importante biocombustível, que vem ganhando cada vez mais destaque no cenário nacional. Para compreender e se adequar ao dinâmico setor do biogás brasileiro e mundial é necessário conhecer cada uma das etapas que completam o fluxograma logístico do setor. O processo de biodigestão anaeróbia, responsável pela geração de biogás nas plantas de produção, se efetiva pela degradação de substratos orgânicos. Deste modo, o primeiro módulo desse curso visa contextualizar os principais substratos disponíveis no Brasil, em especialda Região Sul do país. Aproveite a leitura... Disponibilidade de Substratos 9 Desenvolvimento Proporcionado Este módulo traz conteúdo base e de extrema importância para o profissional que visa atuar direta ou indiretamente na cadeia produtiva do biogás. Nesta aula será proporcionado o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades que poderão ser colocados em prática por você ao longo do curso e após a finalização das atividades propostas: COMPETÊNCIAS: 1. Identificar os principais substratos passiveis de utilização na cadeia produtiva do biogás HABILIDADES: 1. Proatividade; 2. Criatividade; 3. Compreensão. Disponibilidade de Substratos 10 1. INTRODUÇÃO A busca constante por segurança energética frente a grande crise do petróleo da década de 70, atrelada as crescentes preocupações com as emissões de gases de efeito estufa fizeram com que grande parte das nações desenvolvidas e emergentes iniciassem grandes movimentos no desenvolvimento de novas fontes e rotas energéticas não dependentes do petróleo. Nessa mesma época, no Brasil, iniciaram-se projetos como o Proálcool e mais tarde o pró-óleo com a introdução do etanol e do biodiesel na matriz energética do país, por meio do financiamento de pesquisas científicas, incentivo fiscal e implementação de leis e normativas positivas ao setor. Além dessas cadeias produtivas, a tecnologia de biodigestão anaeróbia, conhecida e utilizada há séculos, também já havia sido implementada no país, apesar de apresentar projetos governamentais com incentivos mais modestos. Atualmente, os processos de biodigestão anaeróbia e os empreendimentos de produção de biogás vêm se destacando e ganhando cada vez mais popularidade. Com o aumento do rigor relacionado ao descarte e disposição de resíduos, setores agroindustriais, tiveram de se adequar, buscando por tecnologias e sistemas de tratamento de efluentes eficientes e que fossem viáveis financeiramente. A utilização de materiais residuais eleva consideravelmente o balanço econômico e energético dos processos produtivos, além de garantir a eliminação de um passivo ambiental. Dessa forma, o conceito de co-geração de energia, vem se intensificando pelo emprego de sistemas de produção de biogás nas mais diversas plantas industriais, como: unidades processadoras de mandioca, usinas de etanol e açúcar, laticínios, abatedouros, produtores agropecuários, entre outros. Como o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores nesses setores, grandes volumes de resíduos orgânicos são gerados, portanto, espera-se ainda elevado potencial e oportunidades de geração de energia proveniente do biogás. Apesar do estimulante cenário, o conhecimento dos panoramas agropecuário e agroindustrial brasileiros, as características dos substratos produzidos em cada um dos setores, bem como os seus potenciais de produção de biogás por meio da digestão anaeróbia requerem pesquisas e discussões, pois são de fundamental importância para o desenvolvimento e consolidação dessa tecnologia. Sendo assim, nas seções subsequentes abordaremos as disponibilidades de diversos substratos com potencial para integrar a cadeia produtiva do biogás. Disponibilidade de Substratos 11 2. DISPONIBILIDADE DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS Por suas dimensões continentais, clima favorável, elevada disponibilidade hídrica e grande quantidade de terras agricultáveis, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo. Cadeias tão desenvolvidas e com produção crescente apresentam em contrapartida geração considerável de resíduos, sendo essa uma das grandes preocupações do século XXI. O processo de digestão anaeróbia se insere como uma interessante alternativa no tratamento de resíduos, devido a remoção de carga orgânica, produção de um gás com elevado potencial energético e possibilidade de utilização do digestatocomo biofertilizante. Segundo Milanez et al. (2018), resíduos agroindustriais são responsáveis por 75% do potencial de matérias-primas destinadas a produção de biogás. Devido a grande quantidade de cadeias produtivas e diferentes tipos de matérias-primas disponíveis, cada tipo de resíduo apresenta características e potenciais de geração de biogás diferentes. Dessa forma, estudar e conhecer cada um deles é de fundamental importância para o bom desenvolvimento de projetos. 2.1. Água Residuária de Suinocultura (ARS) O Brasil contabilizou ao final do ano de 2018, produção de 3,97 milhões de toneladas e exportação de 646 mil toneladas de suínos. Esses números tornam o Brasil o quarto maior produtor e exportador de carne suina do mundo. A liderança na produção dentre os Estados encontra-se em Santa Catarina e Paraná, que disparam com 26,26% e 21,34%, respectivamente (EMBRAPA, 2019a). No que se refere ao abate dos animais, aproximadamente 11,31 milhões de cabeças de suínos foram abatidas apenas no primeiro trimestre de 2019, indicando aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Região Sul foi a responsável por grande parte da composição desse indicador, com 66,2%, sendo seguida pela região sudeste com 18,6% (IBGE, 2019). Os grandes avanços da suinocultura no Brasil estão atrelados, em grande parte, à alteração dos modelos produtivos, principalmente para os de produção intensiva. Nesses modelos os animais são confinados em pequenas áreas, elevando a eficiência e a qualidade do produto final (HIGARASHI et al. 2018). Com o aumento da produção intensiva, eleva-se também a quantidade e a concentração de resíduos oriundos do setor. Segundo Balota et al. (2014), a suinocultura brasileira produz diariamente 300 milhões de litros de efluentes. A ARS é composta por fezes e urina dos animais, além de resto de ração e água utilizada na lavagem das baias. Esses resíduos oriundos da limpeza e higienização das baias das granjas são armazenados em grandes reservatórios, popularmente conhecidos como esterqueiras. Geralmente o armazenamento é até 120 dias para que ocorra a degradação parcial dos compostos orgânicos e redução do potencial poluidor do material (SEGANFREDO, 2007). Disponibilidade de Substratos 12 A problemática desse modelo de gestão de resíduos está relacionada ao fato de que metade de toda produção nacional se encontra na Região Sul do país, grande parte em pequenas propriedades rurais. Em muitos casos, o adensamento na produção inviabiliza o uso de esterqueiras como forma de gestão das ARS, considerando-se a produção de quantidade excessiva de resíduos que não podem ser acomodados com segurança (HERNÁNDEZ et al. 2013). O emprego de tecnologias como os biodigestores é uma solução segura e eficaz para o tratamento das ARS, além de gerar um subproduto líquido e estabilizado com potencial de aproveitamento agronômico. 2.2. Manipueira A manipueira ou mandioca é uma cultura conhecida há milhares de anos pelo ser humano, principalmente pelos povos pré-colombianos, e posteriormente assimilada pelos colonizadores da América Latina. É rustica, se adapta bem ao clima semiárido e se desenvolve de forma eficiente sob alta exposição solar (COÊLHO, 2018). No Brasil, a cultura se apresenta como um dos principais produtos de subsistência por parte da população, sendo uma importante e barata fonte de carboidratos (CARDOSO et al., 2014). Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, 2019), no ano de 2016 o Brasil produziu 21,08 milhões de toneladas de mandioca, destacando o país como o quarto maior produtor mundial, ficando atrás apenas da Nigéria, Tailândia e Indonésia. No país, a Região Norte lidera a produção da mandioca, seguida pelas Regiões Nordeste e Sul (Figura 1a). Apesar da terceira colocação, a Região Sul apresenta a maior produtividade, comrendimento de 21.891,85 kg/ha. Quando se analisa a produção por estados, os maiores produtores são os Para saber mais: A mandioca é nativa da América do Sul sendo elemento fundamental da culinária dos povos indígenas. É conhecida por diferentes nomes dependendo da região do país: Mandioca, macaxeira, aipim, castelinha, uaipi, mandioca- doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre etc. Curiosidade: Um suíno em fase de terminação tem potencial poluidor equivalente a 3,5 humanos adultos. Disponibilidade de Substratos 13 estados do Pará (20,55%), seguido do Paraná (14,79%) e da Bahia (10,09%). A Figura 1b ilustra as produções por estado (FERNANDES, 2018). Figura 1 - a) Produção Nacional de mandioca por regiões do país; b) Produção Nacional de Mandioca por Estados Fonte: Adaptado de Fernandes (2018). Com relação ao processamento da mandioca, o Brasil apresenta um dos mais modernos parques industriais de todo o mundo com capacidade instalada para moagem de 21,4 mil toneladas por dia. Grande parte dos parques de processamento de mandioca estão instalados nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No ano de 2018, produziu-se 27% mais fécula do que no ano anterior, alcançando a marca de 536,6 mil toneladas (FELIPE, 2019). O processamento da mandioca gera diversos subprodutos, como talos de mandioca durante a colheita, polpa e cascas durante o processamento, e grande volume Disponibilidade de Substratos 14 de água residuária durante a prensagem da polpa (PADI e CHIMPHANGO, 2019). Estima-se que para cada tonelada de mandioca processada são gerados até 300 litros do resíduo liquido, enquanto que para cada tonelada de amido produzido podem ser obtidos até 20 m³ de manipueira (CHAVALPARIT e ONGWANDEE, 2009). Considerando-se a produção nacional no ano de 2018, pode-se estimar mais de 160 mil m³ de efluente liquido. A água residual da produção de amido, também conhecida como manipueira, apresenta é composta por teores de amido perdido no processamento. Além dos açúcares, a manipueira apresenta dentre seus constituintes o ácido cianídrico, componente tóxico advindo da hidrólise de glicosídeos cianogênicos (PINTO e CABELO, 2011). Por essas características a manipueira é considerada um preocupante passivo ambiental. 2.3. Vinhaça Como já abordado na introdução, com o início de programas de desenvolvimento energético na década de 70 e com o surgimento do Próalcool, a produção de cana-de-açúcar se intensificou não somente pelo interesse na produção de açúcar. Até hoje a cana é considerada uma atrativa alternativa para o setor de biocombustíveis, devido seu elevado balanço energético na produção de etanol. Na Figura 2 pode-se visualizar o perfil de produção da cana-de-açúcar e de etanol desde o início da década de 90, ficando evidente o incremento paralelo entre produções de cana e do biocombustível. Vale ressaltar que a aceleração no crescimento ocorrido na virada do século também foi influenciada pelos incentivos governamentais e ampliação de programas energéticos. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, tendo estimativa de 8,61 milhões de hectares cultivados com a cultura. Com relação a produção de etanol, obteve-se produção de 28,16 bilhões de litros, entre etanol hidratado e etanol anidro. Com relação a produção por Regiões do país para a safra 2018/2019, a liderança ficou para o Sudeste com 404,95 milhões de toneladas, seguido das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, com aproximadamente 137, 42, 38 e 3 milhões de toneladas, respectivamente (CONAB, 2018). Para o processamento de toda a cana produzida, o estado de São Paulo conta com 172 usinas, Minas Gerais com 42, Goiás com 39, seguido do Paraná com 30 usinas no ranking dos estados. Disponibilidade de Substratos 15 Figura 2 - Desenvolvimento da produção de cana-de-açúcar e etanol no Brasil entre os anos 1990 e 2014. Fonte: FAO (2019). Frente a grande produção do setor, levanta-se a atenção para a elevada geração de resíduos líquidos ao final do processo de destilação do etanol. A vinhaça, resíduo obtido após a destilação do vinho fermentado é um dos mais volumosos e impactantes resíduos oriundos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar (ALVES, 2015). Tem-se que, em média, são gerados entre 8 a 15 litros de vinhaça para cada litro de álcool produzido na cadeia de primeira geração do combustível (FREIRE e CORTEZ, 2000). 2.4. Resíduos da Pecuária de Leite Segundo dados da Embrapa/Gado de Leite, no ano de 2019 o Brasil ocupou a terceira colocação dentre os maiores produtores de leite do mundo (EMBRAPA, 2019b). O país ainda é responsável por 66% de todo o leite produzido no Mercosul, representando 6,7 bilhões de reais ou 17% do Valor Bruto da Produção Pecuária no PIB nacional. Em 2018 foram produzidos 33,8 billhões de litros de leite, incremento de 1,6% em relação ao ano anterior. Da população total de bovinos (213,5 milhões de cabeças), 7,7% ou 16,4 milhões de animais são a parcela de vacas de leite. Sudeste e Sul lideram o efetivo com 29,2% e 20,6%, respectivamente, destacando a Região Sul pela maior produtividade do país com 3.437 litros/vaca por ano (IBGE, 2018). O aumento da produção se dá principalmente pela elevação tecnológica no setor, levando consequentemente ao aumento da produtividade. Apesar dos ótimos indicadores, o efetivo de gado leiteiro vem caindo nos últimos anos (Figura 3). Disponibilidade de Substratos 16 Nesse setor a produção de dejetos é extremamente alta, principalmente se considerados os sistemas de confinamento que, na maioria dos casos, não apresentam áreas suficientemente grandes para disposição dos resíduos gerados (semelhante ao que acontece na produção de suínos). Com relação aos resíduos, sua composição normalmente é complexa mediante aos suplementos que são aplicados aos tratos dos animais visando maior eficiência na produção de leite. Com relação ao volume de resíduos, estima-se que cada animal em atividade produz aproximadamente 54 kg de efluente líquido por dia. Se somado ao volume de água utilizada na higienização das estrebarias e equipamentos o total pode chegar a 200 litros por dia para cada animal (VITKO, 1999). Figura 3 - Plantel de vacas leiteiras no país para os anos de 2010 a 2018. Fonte: IBGE, (2018). O manejo inadequado de resíduos pode levar a poluição de águas superficiais e subterrâneas, poluição de solos, além da proliferação de vetores de doença e disseminação de patógenos. A fermentação dos dejetos no ambiente, assim como os demais resíduos orgânicos libera gases precursores do efeito estufa como o CH4 e o CO2, causando diversos impactos ambientais. A utilização de processos como a biodigestão anaeróbia são extremamente interessantes no tratamento de resíduos da bovinocultura de leite, reduzindo os valores de investimento se considerado o efluente tratado com alto potencial para utilização como biofertilizante. 2.5. Glicerol Residual Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas acumuladas de diesel no ano de 2018 foram de 55,56 bilhões de litros. Em 2019, até o mês de agosto já foram comercializados 37,9 bilhões de litros, o que representa um acréscimo de 3,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Disponibilidade de Substratos 17 O aumento da demanda por energia nos mais diversos setores levou o governo brasileiro a buscar uma matriz energética mais renovável. No ano de 2005, foi aprovada a Lei nº 11.097 que estabeleceu a introdução do biodiesel na matriz energética nacional como uma mistura obrigatória para o diesel mineral. O grande diferencial brasileiro está atrelado a grande produtividade agrícola das mais diversas variedades de grãos, possibilitando que cada região do país produza o combustível da matéria-prima de maior adaptaçãolocal (CREMONEZ et al. 2015). A partir do mês de setembro de 2019, o percentual de mistura mínimo adotado no país passou de 10% para 11% de biodiesel, permitindo que até 15% de biodiesel seja adicionado ao diesel que chega ao consumidor final (ANP, 2019). A partir da Figura 4, pode-se visualizar o perfil da produção de biodiesel desde início da obrigatoriedade, constatando-se a crescente produção frente ao aumento da demanda pelo combustível. Figura 4 - Perfil da produção e estimativa de produção de biodiesel no Brasil entre os anos de 2006 a 2025. Fonte: FAO (2019). Atrelado a sua crescente demanda, o rápido desenvolvimento da cadeia produtiva do biocombustível trouxe consigo diversas preocupações, principalmente as relacionadas a questões técnicas de produção, logística e gestão dos resíduos gerados na produção. Um dos subprodutos do processo de transesterificação de óleos e gorduras para obtenção do biodiesel é do glicerol. Quando refinado, o glicerol apresenta alto valor agregado, sendo utilizado na produção de rações, cosméticos e medicamentos. Diferente deste, o glicerol oriundo do processo de produção de biodiesel é escuro e apresenta diversas impurezas, como água, resíduos graxos e de catalisador, além de elevada demanda química de oxigênio (FREITAS e PENTEADO, 2006; SANTIBANEZ et al. 2011). Disponibilidade de Substratos 18 Por sua carga orgânica, o glicerol pode ser utilizado em processos de digestão anaeróbia, como aditivo a digestão de outros resíduos agroindustriais. Trabalhos em literatura relatam incrementos na produção de biogás da ordem de 50% a 200% quando adicionadas concentrações de 0,5% a 5% de glicerol nos biodigestores (DA SILVA et al., 2009; SERRANO et al., 2014; RIVERO et al., 2014). 2.6. Cama de Frango Assim como nos outros setores agropecuários, o Brasil apresenta grande potencial na produção de aves. Atualmente, mais de 150 países importam a carne de frango produzida nacionalmente. O país desponta como terceiro produtor mundial do setor com produção de 13.245 mil toneladas, ficando atraz de China (segunda colocação) e Estados Unidos (primeira colocação), além de ocupar a primeira colocação em exportação, fruto de excelência de desenvolvimento tecnológico nos subsetores de genética, manejo e ambiência (ABPA, 2020). Com relação ao mercado interno, o Paraná encontra-se como o grande produtor nacional com produção de 4,313 milhões de tonelada (31,92%), seguido de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com 1,871 milhões de toneladas (13,85%) e 1,691 milhões de toneladas (12,51%), respectivamente (EMBRAPA, 2019a). A Região Sul também desponta no número de aves abatidas, pois no ano de 2017, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul abateram 34,32%, 16,21% e 13,82% de toda a produção nacional, respectivamente (ABPA, 2018). Nas granjas, durante o crescimento e engorda dos frangos, cama de frango é o principal resíduo gerado. Este subproduto é caracterizado como um material de origem vegetal que auxilia na proteção das aves, principalmente pela retenção de calor. Sua composição é baseada principalmente em pó de serra e resíduos da indústria de madeira (SILVA et al. 2019), ou seja, trata-se de um substrato sólido. Com a incorporação dos dejetos dos frangos, a cama passa a apresentar elevada carga orgânica, principalmente alto teor de uréia, podendo causar sérios impactos ambietais por sua disposição inadequada. Curiosidade: Se gera 1 Kg de Glicerol para cada 10 Kg de Biodiesel produzidos. Curiosidade: A Região Sul do Brasil é responsável por mais de 50% da produção nacional de carne de aves. Disponibilidade de Substratos 19 O tratamento e manejo adequados dos resíduos advindos da avicultura podem garantir incremento nas fontes de renda agregando valor a cadeia produtiva, além de proporcionar produção sustentável. O emprego de sistemas de tratamento como a digestão anaeróbia apresenta grande potencial para o setor (SARMENTO et al. 2015). 2.7. Efluentes de Laticínios Desde o início da década de 90, com a grande expansão econômica do Brasil e sua recente inserção no Mercosul, o setor de produção de leite deu um grande passo, aliado com a elevação na demanda por produtos ofertados pelos laticínios. No ano de 2007, queijos, leite longa vida e leite em pó representavam o maior percentual do leite processado no país com percentuais de 34%, 26% e 18%, respectivamente, utilizando para tal produção de quase 15 bilhões de litros de leite (SILVA et al. 2012). No intervalo entre 2005 e 2016, o volume de queijos vendidos apresentou elevação de 124%, alcançando a marca de 785 mil toneladas vendidas no ano de 2016 (EMBRAPA, 2019b). Como já citado no item 2.4, sudeste e sul lideram o efetivo da produção nacional, ao passo que a região sul se destaca pela alta produtividade de leite por animal. Além disso, a região sul apresentou crescimento constante nas últimas duas décadas, com intensidade a partir da virada do milênio. Entre os anos de 2000-2005 constatou- se crescimento no setor de 33,4%, enquanto na secunda metade da década observou- se crescimento de 36,5% (SEBRAE, 2013). Durante o beneficiamento do leite grandes quantidade de águas residuárias são geradas, estimando-se que sejam produzidos anualmente aproximadamente 40 bilhões de litros de efluentes (CAMPOS et al. 2004). Efluentes provenientes de laticínios apresentam carga orgânica e demanda bioquímica, devido a presença de elevada concentração de carboidratos, lipídeos e proteínas residuais. Processos biológicos de tratamento são os mais viáveis do ponto de vista econômico, no entanto, apresentam algumas limitações técnicas. Sua efetivade também dependem de uma diversificada e estavel população microbiana, da interçaão dos microorganismos, do pH, e da temperatura (VILLA et al. 2007). 2.8. Efluentes da Indústria Cervejeira Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CERVBRASIL, 2017), o setor cervejeiro encontra-se em crescente expansão no Brasil. No ano de 2016, a atividade foi responsável por 1,6% do PIB e 14% da indústria de transformação nacional, gerando 14 bilhões de litros. O faturamento do setor chega aos Curiosidade: Para cada litro de leite beneficiado são gerados pelo menos 2,5 L de efluente Disponibilidade de Substratos 20 77 bilhões/ano, promovendo geração de 2,2 milhões de empregos e arrecadação de 23 bilhões de reais em impostos. A Região Sul do país é representada por 7 grandes fábricas ligadas a associação que representam 12,3% do share de produção, atrás apenas das Regiões Sudeste e Nordeste que somadas representam mais de 75% da produção nacional (CERVBRASIL, 2017). Dados da produção brasileira por região podem ser visualizadas na Figura 5. Figura 5 - (a) Produção de cerveja e (b) número de fábricas por região. Fonte: CervBrasil (2017). 2.9. Resíduos de Abatedouros A produção e o processamento de carnes são fatos consolidados em todos os setores agropecuários do Brasil. Os enfoques se destinam principalmente aos abates de aves, de suínos e de bovinos. Com relação a produção de carne suína, o Brasil conta com 3,97 milhões de toneladas, tendo Santa Catarina e Paraná como os estados de maior produção. Os mesmos estados despontam como maiores produtores de carne de frango, abatendo juntos quase 2,5 bilhões de aves em 2018 (MAPA, 2019), além de apresentarem grande potencial pelos recentes investimentos relacionados a produção de peixes. Já o abate de bovinos, para o ano de 2018 constatou-se alta de 157 mil cabeças apenas para o estado do Paraná. Efluentes de abatedouros apresentam características interessantes para destinação a biodigestores, principalmente devido a sua composição rica em matéria orgânica, considerável concentração de compostos tamponantes e temperatura normalmenteem fase mesofílica (MASSÉ e MASSE, 2000). Apesar dessas características, elevados teores de proteínas e gorduras podem inibir microrganismos metanogênicos pela formação de amônia (no caso de bovinos podem representar até Disponibilidade de Substratos 21 50% do volume de efluentes), além de necessitarem de elevados tempos de retenção para digestão (BAYR et al. 2012; FEROLDI et al. 2014). Outro problema está associado a elevada concentração de detergentes e desinfetantes utilizados na higienização das baias de recepção dos animais que podem inibir microrganismos anaeróbios, caso os efluentes não sejam separados. Disponibilidade de Substratos 22 3. CONCLUSÃO A produção de proteína animal e o desenvolvimento das agroindústrias brasileiras se destacam no cenário mundial. Em decorrência disso, expressivas quantidades de resíduos orgânicos potencialmente poluidores são gerados no país, os quais precisam receber um gerenciamento ambientalmente adequado que seja viável economicamente. A digestão anaeróbia é uma tecnologia que permite tal gerenciamento e, além disso, garante a valorização desses resíduos a partir do momento que possibilita a conversão deles em biogás e digestato, ambos subprodutos dotados de valor econômico. Portanto, o Brasil demonstra um significativo potencial energético a ser explorado. Disponibilidade de Substratos 23 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABOUELENIEN, F.; FUJIWARA, W.; NAMBO, Y.; KOSSEVA, M.; NISHIO, N.; NAKASHIMADA, Y. Improved methane fermentation of chicken manure via ammonia removal by biogas recycle. Bioresource Technology, v. 101, n. 16, p. 6368- 6373, 2010. ABPA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório Anual 2020. Disponível em: <https://abpa-br.org/wp- content/uploads/2020/05/abpa_relatorio_anual_2020_portugues_web.pdf>. Acesso em: ago/2020. ABPA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório Anual 2018. 2018, 176p. Disponível em: <http://abpa-br.com.br/storage/files/relatorio-anual- 2018.pdf>. 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