Prévia do material em texto
EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E SAÚDE Linda Lais Vitoria Machado de Almeida 1 Raquel da Costa Ramos Adelir Analice Natalli Greff 2 RESUMO O esporte é uma atividade física e mental, que envolve a prática de atividade física, com finalidades recreativas, de lazer e, até mesmo, profissional, que contribui para a formação e para o desenvolvimento físico, psíquico e intelectual das pessoas que praticam. A Educação Física é mais difícil de ser conceituada, já que é uma área muito ampla e complexa, mas é considerada uma cultura, uma ciência, uma profissão e uma disciplina. Tem como suas finalidades o equilíbrio e a saúde do corpo e da mente. Como a sociedade está em constante evolução e as pessoas estão cada vez mais estressadas, ansiosas, hipertensas e, principalmente obesas, a Educação Física é uma ferramenta fundamental para a saúde, os profissionais da área são responsáveis pela estimulação de hábitos saudáveis e a prática de exercícios físicos é recomendada como tratamento, manutenção e melhora do corpo. Mas nem sempre o esporte é saúde, em esportes de alto rendimento devido ao elevado nível de intensidade e esforços, podem ocorrer lesões ortopédicas e/ou aumento nos problemas cardíacos esporádicos. Palavras-chave: Esporte, saúde, Educação Física. 1. INTRODUÇÃO O interesse em realizar este trabalho monográfico, tem como temática central “ O Esporte de alto rendimento não está vinculado à saúde”, que surgiu, fundamentalmente, da inquietação gerada pela forma que se envolve a prática voluntária de atividade predominantemente física competitiva com finalidade recreativa ou profissional, ou predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer. Pretendendo, analisar até que ponto o esporte se torna saudável. Os pressupostos básicos que caracterizam o esporte estão ligados a ideia de competição, performance, motivação extrínseca e inflexibilidade das regras. Estes pressupostos aliados às influências externas da política, da psicologia, do marketing, da administração, da sociologia, caracterizam o esporte como atividade peculiar (VERENGUER, 1989). Partindo da educação Física, uma das áreas de conhecimento ligada ao estudo das atividades físicas, tendo como objetivo aperfeiçoar e desenvolver corretamente os movimentos corporais e motores. Sendo uma disciplina que integra o educando na cultura corporal, formando o cidadão que irá produzi-la, reproduzi-la e transformá-la através de jogos, modalidades esportivas, lutas, ginástica e dança, na busca do exercício crítico da cidadania e de uma melhor qualidade de vida. 1 Acadêmicos - Graduandos em Bacharelado em Educação Física 2 Professor(a) Orientador(a) - Graduada em Educação Física. Especialista em Mét Pilates: Prescrição do Exercício Físico e Saúde; e Especialista em Atividade Física Adaptada e Saúde. E-mail: 20375@tutor.uniasselvi.com.br Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa mailto:20375@tutor.uniasselvi.com.br 2 Considerando-se como um meio educativo privilegiado, pois abrange o ser na sua totalidade, objetivando o equilíbrio, a saúde do corpo, a aptidão física para a ação e o desenvolvimento dos valores morais. A Educação Física como um todo possui importância para o desenvolvimento do aluno, tanto em práticas desportivas, mas em si em formar o cidadão, com um bom trabalho desde os anos inicias dos mesmos, isso facilita o desenvolver uma identidade de cada um, com molde social igual, mas com pensamentos diferentes (DARIDO, 1999). Especificamente, o esporte é um “conjunto de exercícios físicos que se apresentam sob a forma de jogos individuais ou coletivos, cuja prática obedece a certas regras precisas e sem fim utilitário imediato”, ou seja, o esporte é uma forma de colocar o corpo em movimento, o que é muito bom, quando se observa a quantidade enorme de pessoas sedentárias e que estão em risco de saúde por conta deste hábito. O termo “Esporte” pode ser definido como um sistema ordenado de práticas corporais de relatividade complexidade que envolve atividades de competição institucionalmente regulamentada, que se fundamenta na superação de competidores ou de marcas e/ou resultados anteriores estabelecidos pelo próprio esportista (GENERALITAT DE CATALUNYA, 1991 ). O mesmo não tem como foco a melhoria da saúde, pode vir a ser um promotor de Saúde, mas nem sempre irá produzi-la, como uma regra. O seu objetivo é a realização de movimentos específicos e repetitivos para o alcance de um determinado nível de performance para que se possa jogar o esporte específico em questão. Esses movimentos repetitivos levam ao desgaste das articulações e desequilíbrios dos músculos, além de lesões ortopédicas, em favor da técnica do esporte em questão. Pois, o excesso exigido do organismo de um atleta obviamente não é o mesmo exigido de uma pessoa normal. Junto à Saúde está o conceito de Qualidade de Vida, definido como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais (modificáveis ou não) que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Para se classificar com boa qualidade de vida, deve ser considerado a satisfação das necessidades básicas de sobrevivência: alimentação, vestuário, trabalho, moradia e relações sociais e afetivas (as quais, no mundo capitalista de hoje, sempre se subordinam à outra: a econômica). Saúde é alegria de viver. É estar encantado com a vida. É ter entusiasmo, alegria, vitalidade, disposição. Saúde é um processo de equilíbrio do organismo. São milhões de mecanismos interagindo e movimentando o interior do seu corpo para que tudo funcione adequadamente. A pessoa encantada pela vida tem o cérebro trabalhando na formação de hormônios de altíssima 3 qualidade que vão nutrir a perfeita elaboração da química interna nos bilhões de reações que ocorrem no organismo todo o tempo (RIBEIRO, 2001). Comprovando que qualquer treinamento físico, especialmente os de elevado nível, devem ser praticados com o descanso adequado para que o organismo se recupere da atividade, perda de líquidos e sais minerais. Assim, praticando atividades periodicamente e regularmente, fazendo intervalos de descanso. Qualquer prática feita continuamente cansa, desgasta e não promove os benefícios almejados. O Esporte é uma atividade física e, como tal, promove desgaste energético, emagrecendo o organismo. Porém, sem haver respeito aos parâmetros físicos limitantes de cada indivíduo, ou ainda, um plano alimentar adequado, ao invés de benefícios, a atividade pode promover malefícios. A atividade física intensa modifica a fisiologia do organismo de uma forma completamente diferente da atividade moderada. Logo, sendo fundamental buscar orientação médica e de treinador buscando a prescrição adequada de exercícios físicos para não atletas, tanto para atividades aeróbias, quanto de força e flexibilidade, afim de evitar grandes riscos a saúde. “Em vista de que tais sugestões não funcionam com atletas de alta performance por duas grandes razões. Cada modalidade tem sua especificidade e para tais atletas as cargas devem ser elevadas, pois o que está em jogo é o máximo rendimento esportivo”. Para os “sedentários” o esporte ainda é saúde se moderado e sem pressão por recordes, medalhas ou coisa que o valha. Porque a melhor medalha é viver bem e com saúde. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Educação Física Historicamente, a Educação Física surgiu na Grécia antiga, por volta de 386 a.C. Aplicando como um método para disciplinar e controlar as pessoas a partir dos seus corpos, mas esta concepção foi mudando ao longo do tempo. Entendia-se nesta época que o principal papel da Educação física era tornar o corpo dócil ou disciplinado, fazendo assim com que as pessoas não contrariassemcertas regras da sociedade, era desta maneira que a Educação física se apresentava antigamente. “A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, „corpos dóceis‟. A disciplina aumenta as forças do corpo em termos econ micos de utilidade e diminui essas mesmas for as em termos políticos de obedi ncia . Em uma palavra ela dissocia o poder do corpo faz dele por um lado uma „aptidão‟, uma „capacidade‟ que ela procura aumentar e inverte por outro lado a 4 energia, a potência que poderia resultar disso, e faz dela uma relação de sujeição estrita. Se a exploração econômica separa a força e o produto do trabalho, digamos que a coerção disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e uma domina ão acentuada” (FOUCAULT, 1987, p. 119). 2.2 A importância da Educação Física Atualmente, sua importância é reconhecida no desenvolvimento das funções mentais, coordenação motora, criatividade, livre expressão e sociabilidade, também auxiliando no desenvolvimento global do indivíduo, isto é, no aspecto cognitivo, psicomotor e afetivo. Possibilitando ao educando exercer todas as suas potencialidades. Sendo uma disciplina que integra o educando na cultura corporal, formando o cidadão que irá produzi-la, reproduzi-la e transformá-la através de jogos, modalidades esportivas, lutas, ginástica e dança, na busca do exercício crítico da cidadania e de uma melhor qualidade de vida. Considerando-se como um meio educativo privilegiado, pois abrange o ser na sua totalidade, objetivando o equilíbrio, a saúde do corpo, a aptidão física para a ação e o desenvolvimento dos valores morais. Não se pode falar de um corpo fragmentado, mas de uma totalidade capaz de conectar pensamentos e movimentos através de ligações de sensibilidade. A educação Física é uma das áreas de conhecimento ligada ao estudo das atividades físicas, tendo como objetivo aperfeiçoar e desenvolver corretamente os movimentos corporais e motores. Também trabalhando no sentido terapêutico, na manutenção e reabilitação da saúde, juntamente prevenindo e evitando certos tipos de doenças. De acordo com o Plano Nacional de Educação Física e Desporto, essa disciplina tem como finalidade o equilíbrio e a saúde do corpo, a disposição física para ação e desenvolvimento dos valores morais. A Educação Física como um todo possui importância para o desenvolvimento do aluno, tanto em práticas desportivas, mas em si em formar o cidadão, com um bom trabalho desde os anos inicias dos mesmos, isso facilita o desenvolver uma identidade de cada um, com molde social igual, mas com pensamentos diferentes (DARIDO, 1999). 2.3 Esporte O termo “Esporte” pode ser definido como um sistema ordenado de práticas corporais de relatividade complexidade que envolve atividades de competição institucionalmente regulamentada, que se fundamenta na superação de competidores ou de marcas e/ou resultados anteriores estabelecidos pelo próprio esportista (GENERALITAT DE CATALUNYA, 1991 ). 5 O esporte é caracterizado como uma atividade física ou mental, na qual, é submetida a certos regulamentos, visando a competição entre praticantes. Definindo-se também como um fenômeno sócio-cultural, que envolve a prática voluntária de atividade predominantemente física competitiva com finalidade recreativa ou profissional, ou predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer, contribuindo para a formação, desenvolvimento e/ou aprimoramento físico, intelectual e psíquico de seus praticantes e espectadores. Além de ser uma forma de criar uma identidade esportiva para uma inclusão social. O esporte surpreende pela rapidez e amplitude de sua progressão, que se impõe pela atração que desperta, incita a ação, competição, superação de esforço, e que deste modo, favorece o enriquecimento pessoal, além de ser um extraordinário meio de expressão que revela os limites de cada um (FERREIRA, 2001). A importância que o esporte tem desde o século XX, é a influência que ele exerce na vida das pessoas a cada dia, não somente nos praticantes, mas também no grande número de curiosos que acompanham suas mudanças e seus principais fatos. Não podemos considerá-lo apenas como mais uma prática de saúde, de competição, movimentos. O esporte ramifica-se para outras diversas importantes áreas de nossa sociedade, tais como saúde, educação, economia, turismo, etc. Ele movimenta milhões de dólares em todo mundo e hoje existe até uma ciência do esporte, ganhando conotação cientifica. Os pressupostos básicos que caracterizam o esporte estão ligados a ideia de competição, performance, motivação extrínseca e inflexibilidade das regras. Estes pressupostos aliados às influências externas da política, da psicologia, do marketing, da administração, da sociologia, caracterizam o esporte como atividade peculiar (VERENGUER, 1989). 2.4 Benefícios dos esportes Além dos benefícios físicos para o corpo, estudos mostram que os esportes colaboram positivamente para saúde mental dos praticantes. A realização constante de uma atividade física, bem planejada, oferece uma melhor qualidade de vida, por meio de benefícios como: • Aumento da concentra ão • Redu ão do estresse • Preven ão da depressão • Melhoria na qualidade do sono • Manuten ão do peso ideal • Desenvolvimento da confian a • Melhoria no desempenho escolar. 6 Por outro lado, a ausência de atividades físicas leva a um estilo de vida sedentário e provoca distúrbios como: • Doen as cardiovasculares, como infarto ou AVC • Envelhecimento precoce • Acúmulo de gordura abdominal • Má alimenta ão • Obesidade • Infertilidade • Estresse. 2.5 Porque esporte não significa saúde? “Esporte não é saúde”. Pelo menos, nem sempre. Pois, percebe-se que, em esportes de alto nível profissional e mesmo amador competitivo, exigem treinamentos longos e intensos, de fato, como consequência surgem as lesões ortopédicas algo praticamente comum em todos os atletas. Atualmente, com o enorme avanço da medicina esportiva e da fisiologia, as lesões ortopédicas possuem tratamentos eficientes e de rápida reabilitação, mas os problemas cardíacos esporádicos elevam a sua incidência devido a uma clara causa: o aumento da intensidade dos treinamentos e o uso de substâncias proibidas, por muitos atletas amadores, sejam elas termogênicas, estimulantes, hormônios anabolizantes ou anti-inflamatórios. São substâncias que tem como objetivo alcançar as pretensões de superar limites a qualquer preço, mesmo sem acompanhamento médico especializado. Sendo fundamental buscar orientação médica e de treinador, tendo cuidado com os sinais de alerta do corpo, afim de evitar grandes riscos a saúde. Para obter os benefícios do exercício físico, basta praticar na intensidade recomendada moderada e regular. Já o esporte de alto rendimento e modalidades de treinamentos intensos e arriscados devem ser feitos apenas por: • Quem fizer avalia ão médica e for considerado sem nenhuma defici ncia física ou médica. • Quem seguir as orienta ões de um profissional de educa ão física ou fisioterapeuta. • Quem estiver preparado para parar parcial ou definitivamente por razões médicas, ou fazendo conscientemente. Existem muitos traumas emocionais e desentendimentos nas decisões de afastamento do esporte, que para muitos é o único meio de subsistência, e isto preocupa os médicos responsáveis por essa recomendação. Porém, deve ser claro que em primeiro lugar vem sempre a vida, em segundo lugar a profissão esportiva e em terceiro, ajudar o atleta encontrar o que fazer. 7 Em relação à saúde, existe uma diferença suave entre os termos físico e motor. Motor é uma ideia que está ligada ao movimento, isto é, é necessário estar bem; o organismo e todos os aparelhos que o compõem precisam estar em pleno funcionamento para se movimentarbem. Por outro lado, físico é um conceito ligado à capacidade, força e potência (aeróbia ou anaeróbia). Logo, não necessariamente, quem realiza bem um movimento tem uma capacidade física muito grande, e vice- versa. Por exemplo, aqueles que fazem musculação costumam ter uma certa dificuldade ao caminhar, ou seja, o aspecto físico bem trabalhado não significa um aspecto motor de boa qualidade. Por isso, Esporte como entendimento de uma atividade metódica pode provocar saúde ou bem-estar em nível psico-motor, mas dificilmente em nível social. Também aquele que realiza um Esporte e coloca acima de tudo a vitória validando atividades “anti-jogo”, tais como puxão de cabelo, cotovelada e outras faltas), não promove sua saúde completa. Saúde é alegria de viver. É estar encantado com a vida. É ter entusiasmo, alegria, vitalidade, disposição. Saúde é um processo de equilíbrio do organismo. São milhões de mecanismos interagindo e movimentando o interior do seu corpo para que tudo funcione adequadamente. A pessoa encantada pela vida tem o cérebro trabalhando na formação de hormônios de altíssima qualidade que vão nutrir a perfeita elaboração da química interna nos bilhões de reações que ocorrem no organismo todo o tempo (RIBEIRO, 2001). Junto à Saúde está o conceito de Qualidade de Vida, definido como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais (modificáveis ou não) que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Para se classificar com boa qualidade de vida, deve ser considerado a satisfação das necessidades básicas de sobrevivência: alimentação, vestuário, trabalho, moradia e relações sociais e afetivas (as quais, no mundo capitalista de hoje, sempre se subordinam à outra: a econômica). Está comprovado que qualquer treinamento físico, especialmente os de elevado nível, devem ser praticados com o descanso adequado para que o organismo se recupere da atividade, perda de líquidos e sais minerais. Assim, praticando atividades periodicamente e regularmente, fazendo intervalos de descanso. Qualquer prática feita continuamente cansa, desgasta e não promove os benefícios almejados. O Esporte é uma atividade física e, como tal, promove desgaste energético, emagrecendo o organismo. Porém, sem haver respeito aos parâmetros físicos limitantes de cada indivíduo, ou ainda, um plano alimentar adequado, ao invés de benefícios, a atividade pode promover malefícios. O controle alimentar é muito importante no que se refere à relação entre ingestão e gasto de energia, ou seja, o quanto (e o que) se come e o quanto se trabalha. Neste princípio, entende-se que é perigoso praticar exaustivamente esportes onde se nada, pedala, corre longas distâncias, etc. Havendo a falta de um planejamento alimentar adequado, de um treinamento 8 progressivo de acordo com cada individualidade, juntamente com o cotidiano de cada um. São associações equivocadas relacionar alto rendimento e esforço excessivo. Esporte não é Saúde. Pode vir a ser um promotor de Saúde, mas nem sempre irá produzir Saúde, como uma regra. Existem vários desportistas que utilizam substâncias questionáveis para obter melhores desempenhos nas atividades, o que corrompe a noção de que Esporte faz bem. Esporte só faz bem dentro de seus fatores limitantes: bem empregado, bem trabalhado e sob uma perspectiva que esteja além do alto rendimento. A prática esportiva, ainda que em excesso, não mata ninguém isoladamente. Mas também não se pode negar que essa prática desmedida, muitas vezes cobrada dos atletas atualmente, tem papel decisivo na evolução de determinados quadros patológicos, tornando o atleta mais vulnerável a determinadas complicações. Sendo assim, a situação só chegará a condições críticas se houver uma doença pré-existente (MARQUES, 2004). 2.6 Atletas x pessoas normais Sabemos que o excesso exigido do organismo de um atleta obviamente não é o mesmo exigido de uma pessoa normal. É uma característica geral do esporte competitivo. Acontecendo somente nesse ambiente onde o que vale mais é “ultrapassar os limites existentes”. No entanto, há consequências. A atividade física intensa modifica a fisiologia do organismo de uma forma completamente diferente da atividade moderada. O excesso de atividade física e a restrição alimentar que o treinamento normal exige terminam por suprimir a função reprodutiva onde 25% das meninas atletas não menstruam (comparado com 2 a 5% das adolescentes em geral que não menstruam, o número é significativamente elevado). Os níveis de estrógeno/progesterona se alteram, o que pode levar os ossos das meninas a enfraquecer. Os atletas homens, por sua vez, também têm complicações pelo excesso de exercício físico, embora curiosamente menos estudadas e mais facilmente reversíveis. Ciclistas, por exemplo, têm a motilidade do espermatozoide comprometida pelo estresse mecânico do banco da bicicleta. Em geral, os homens atletas também podem apresentar enfraquecimento ósseo como as meninas. Entretanto, este enfraquecimento ocorre por outra via relacionada a menor produção de testosterona que o excesso de atividade física traz. Todavia, qualquer pessoa em sã consciência deve saber que uma regra fundamental para a manutenção de uma boa saúde é se movimentar, fazer esportes em nível moderado. Tudo é uma questão de equilíbrio e intensidade aplicada. Em excesso o exercício estressa as fibras musculares sendo prejudicial, pois o corpo responde melhor a pequenos estímulos, melhorando a performance e a saúde em geral. Um exemplo disso seria a musculação, os exercícios 9 provocam micro lesões nas fibras musculares, que precisam ser restauradas através dos intervalos de descanso, os quais tem duração de 48-72h, para uma pessoa normal. Assim promovendo um novo rearranjo que gera fibras mais fortes e resistentes, aumentando o volume de massa. O organismo humano libera uma série de hormônios e/ou substâncias durante a prática de uma atividade física moderada, recreacional. Essas moléculas, quando presentes nas quantidades que o exercício moderado induz, terminam por fortalecer vias metabólicas de carboidratos e gorduras, ajudando a manter afastado o risco de doenças crônicas como diabetes, obesidade e hipertensão. Com uma caminhada de meia hora 3 vezes por semana já é o suficiente para obter a melhora e reforço do corpo. Um pouco mais de exercício a perspectiva de vida aumenta por causa da atividade física constante. Para os “sedentários” o esporte ainda é saúde se moderado e sem pressão por recordes, medalhas ou coisa que o valha. Porque a melhor medalha é viver bem e com saúde. “Com a prática de atividades físicas o individuo não só alcança benefícios físicos, mas também psíquicos.” GRUPO VOLL, 2017 . Médicos endocrinologistas, cardiologistas, nutrólogos, nutricionistas, e tantos outros especialistas, orientam a prática constante de exercícios físicos para a manutenção e até mesmo cura do corpo. São muitas doenças que estão ligadas a não prática de exercícios físicos, daí a importância da Educação Física nas escolas, nas universidades, nos hospitais, nas empresas privadas e públicas, nos centros de lazer, isto é, como um todo para a sociedade (GRUPO VOLL, 2017). 3. MATERIAIS E MÉTODOS Quanto aos meios utilizados, esse estudo pode ser identificado como bibliográfico, na medida em que é essa a pesquisa conduzida “com base em material publicado em redes eletr nicas, isto é, material acessível ao público em geral” VERGARA, 2005 . A busca por dados identificou fontes disponibilizadas em meio digital, tendo sido considerados artigos científicos, teses e dissertações publicadas, no idioma português, com disponibilização do texto completo na internet. A pesquisa realizada em sites indexados foi feita através da informação das seguintes palavras-chave: Educação Física, Esporte, Saúde e esporte,alto rendimento e saúde. A abordagem do problema é do tipo qualitativa. Segundo Richardson (2011), as investigações qualitativas têm sido utilizadas em pesquisas particulares ou complexas, buscando descrever tal complexidade, analisar a interação de determinadas variáveis, contribuir para a mudança de determinado grupo, e compreender os dinâmicos processos dos grupos sociais. A classificação como estudo qualitativo se sustenta na medida em que o objetivo é analisar aspectos referentes à Educação Física e o esporte e seus conteúdos, realizando considerações à luz do público a quem ela se dirige (os alunos). 10 Quanto aos fins, a pesquisa é do tipo exploratória, tendo em vista que é este o tipo de estudo que “visa prover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva”. Para Vergara 2005 , neste tipo de pesquisa busca-se a compreensão do problema de pesquisa. A revisão de literatura contemplou aspectos relacionados à Educação Física e o esporte. FIGURA 1- ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO É SINÔNIMO DE SAÚDE? Esta imagem mostra algumas modalidades do esporte de alto rendimento caracterizado pela preparação física do individuo para determinado esporte. Refletindo o quão extenuante é a carga de treinamento diário para se atingir um nível de rendimento ótimo (performance), muitas vezes está associado a ocorrências de lesões traumáticas. É o caso das lesões ósteo-musculares que afetam boa parte dos atletas. O momento da preparação e a gravidade da lesão são os fatores limitantes de todo o planejamento e em algumas situações inclusive psicológicas. De acordo com Kunz 2000, p. 13 “O treinamento esportivo apresenta elevadas exig ncias à psique do atleta. Assim, o treinamento é um processo que submete o organismo do desportista a 11 elevadas cargas físicas e psíquicas, procurando elevar sua capacidade de trabalho e, com isso, possibilitar esfor os máximos.” 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo as pesquisas realizadas pelo grupo Voll, por Renato Marques e Medina toda pessoa deve saber que para manter uma boa saúde é fundamental se movimentar e fazer esportes. A prática de atividades traz vários benefícios aos indivíduos praticantes, benefícios como a melhora da aptidão física, fortalece os músculos, as articulações, melhora a postura, o sono e ajuda a evitar doenças cardiovasculares. A Educação Física é uma das áreas de conhecimento ligada ao estudo das atividades físicas, tendo como objetivo aperfeiçoar e desenvolver corretamente os movimentos corporais e motores. Já o esporte é uma atividade física e mental, que envolve a prática de atividade física, com finalidades recreativas, de lazer e, até mesmo, profissional, que contribuem para a formação e para o desenvolvimento físico, psíquico e intelectual das pessoas que praticam. De acordo com a pesquisa realizada, o esporte é fundamental para manter uma boa saúde e, também, para melhorá-la, mas o esporte não é especificamente saúde, porque o esforço e a intensidade elevada dos treinos podem ocasionar lesões. Mas, para que isso não ocorra, deve-se sempre praticar os exercícios na intensidade recomendada por um profissional. 5. CONCLUSÃO Ao realizar esta pesquisa concluímos que a Educação Física é uma área de conhecimento que estuda as atividades físicas e se dedica a ensinar como desenvolver e aperfeiçoar, da forma correta, os movimentos corporais e motores. Descobrimos, também, que o esporte, apesar de confundido diretamente com a Educação Física, é uma atividade física e mental que tem finalidades recreativas, para o lazer e profissional e é fundamental para o desenvolvimento das pessoas. Mas, com toda essa pesquisa, descobrimos que o esporte pode não ser considerado saudável quando praticado em nível de alto rendimento, porque devido aos esforços extremos e a intensidade elevada com que é praticado muitas vezes ocasionam lesões, que devem ser tratadas adequadamente para alcançar uma melhora contínua. Para que essas lesões ocorram com menos frequência ou não ocorram, é recomendado sempre que o treinamento seja prescrito e acompanhado por um profissional da área. Conclui-se então que o esporte é uma atividade física que promove desgaste energético, emagrecendo o organismo. Mas sem haver respeito aos parâmetros físicos limitantes de cada indivíduo, ao invés de benefícios, a atividade pode promover malefícios. 12 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006. FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016. MARQUES, Renato. Esporte é Saúde? Universia.com.br MEDINA, João Paulo Subirá. A Educação Física cuida do corpo... e "mente": bases para a renovação e transformação da Educação Física. Campinas: Papirus, 1989. NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4ª Ed. rev. E atual. Londrina: Midiograf, 2006. TUBINO, M. J. G. O que é Esporte? São Paulo, SP: Ibrasa Editora, 1993. STIGGER, M. P. Educação Física, esporte e diversidade. São Paulo, SP: Autores Associados Editora, 2005. http://universia.com.br/