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Psicologia do Desenvolvimento: Adolescência Fichamento – Unidade 1 1. Concepções e polêmicas no estudo do desenvolvimento humano (p. 9) Abordar o desenvolvimento, é referir-se à nossa vida cotidiana com questões que vão desde a aquisição da fala ou do andar, passando pelo processo de aprendizagem escolar e pelas inquietações da adolescência, até as transfor- mações biopsicossociais que a vida adulta e a velhice trazem consigo. 1.1. Concepções de desenvolvimento (p. 10) Inatismo: parte do pressuposto de que os eventos ocorridos após o nasci- mento não são relevantes para o desenvolvimento. Neste sentido, acreditam que essas crianças não têm como mudar, pois suas dificuldades foram herdadas geneticamente. Empirismo ou ambientalismo: atribui grande poder ao ambiente como fator interveniente no desenvolvimento humano. Está marcada por um ensino tecnicista, no qual o professor é aquele que detém o conhecimento e o aluno deve apenas recebê-lo (p. 11). Interacionismo: Essa perspectiva considera que são múltiplos os fatores constituintes do desenvolvimento humano. O sujeito é ser que constroi e é construído 1.2. Normalidade e patologia no desenvolvimento humano (11, 12) 1.2.1 O termo “normal” ao tratar da evolução humana, não deve ser entendido como um julgamento de valor do que é melhor ou pior, mas como um parâmetro científico. 1.2.2 Patológica “a conduta considerada menos que otimamente adaptativa para determinado indivíduo em determinado estágio de sua vida e em determinada situação”. 1.3. Continuidade versus descontinuidade no processo evolutivo (p. 12) 1.3.1 continuidade de muitas mudanças que ocorrem ao longo da vida de modo gradual e tendendo a um aperfeiçoamento. No aspecto motor, a criança começa a sentar, depois se arrasta ou engatinha, melhorando continuamente seus movimentos. 1.3.2 descontinuidade no desenvolvimento tem sido chamada de fases ou estágios: o pensamento na criança dos 7 aos 10 anos, vai mudar significativamente na adolescência. Características: quando muda de fase, o ser humano passa a pensar, sentir, comportar-se de modo distinto da fase anterior; estágios/fases têm uma sequência fixa, não sendo possível, por exemplo, passar da fase “A” para a fase “C”, sem ter passado pela “B”. 2 . A s te o ri a s d o p .d es en v o lv im en to 2 .1 S ig m u n d F re u d (p . 1 3 -1 6 ) 1ª Tópica Consciente Pré-consciente Inconsciente 2ª Tópica Id Ego Superego (começa aos 5 anos) Fases psicossexuais do desenvolvimento Oral: 0-2 anos Anal: 2-3 anos Fálica: 3-4 anos Latência:5-12 anos, coincide com a entrada no ensino fundamental Genital: 12–18 anos: na adolescência o que era fálico, agora torna-se sexual 2 . A s te o ri a s d o d es en v o lv im en to 2 .2 A n n a F re u d ( p . 1 6 ,1 7 ) “Teoria da recapitulação”: Há uma recapitulação dos conflitos vividos nas fases anteriores (oral, anal e fálica); A adolescência é concebida por Anna Freud como um período de tormenta e contradições, oscilando entre pólos opostos. Para isso, o jovem desenvolve... Mecanismos para lidar com os conflitos: Ascetismo: em função do temor de ser invadido por seus impulsos, o adolescente, por determinado tempo, abre mão de todos os prazeres Intelectualização: discussão de temas opostos aos seus conflitos internos, que aparecem de forma disfarçada no plano intelectual. 2 .3 E ri c E ri ck so n ( p . 1 7 -1 9 ) “As oito idades do homem”: Cada uma das idades está caracterizada, essencialmente, pela resolução de uma importante “crise”, através da qual o indivíduo evolui buscando um equilíbrio. (Primeiras) ‘Quatro idades’ 1ª. 0-2 anos: Confiança básica versus desconfiança básica: O bebê experimenta situações que devem gerar segurança e confiança, como ser suprido quando tem fome, ser acalentado quando chora, saber que a mãe vai e volta 2ª. 2-3 anos: Autonomia versus vergonha e dúvida: por volta do segundo e terceiro anos de vida a criança começa a ter necessidade de auto-controle e de aceitar o controle de outros, vivenciando um rudimentar sentido de autonomia. 3ª. 3-6 anos: Iniciativa versus culpa: dos três aos seis anos a criança, agora com mais autonomia, explora o mundo usando o corpo e a imaginação. Há uma destreza maior para poder fazer, manipular e buscar alcançar suas metas. 4ª. 7-11 anos: Diligência versus inferioridade: este é o período que geralmente coincide com o ingresso da criança no ensino fundamental, quando suas tarefas se tornam mais complexas e, por conseguinte, aumentam as expectativas com relação ao seu êxito. ‘Quinta idade’ 5ª. 12-18/20 anos - Identidade versus confusão / difusão: traz uma crise fundamental: a aquisição de uma identidade psicossocial pelo adolescente, ou seja, a compreensão de quem ele é e de qual o seu papel no mundo. Nessa etapa, a sociedade vai conceder ao adolescente um “tempo” para que ele possa vivenciar esses conflitos na busca pelo seu espaço e sua função no meio em que vive. É na adolescência que o sujeito adquire os pré-requisitos de crescimento fisiológico, maturidade mental e responsabilidade social que vão prepará-lo para vivenciar e superar a crise de identidade. (últimas) ´Três idades 6ª. 20-30 anos: Intimidade versus isolamento - os jovens adultos vão se deparar com a tarefa de construir relações afetivas de intimidade com os outros no plano do amor e da amizade. 7ª. 30-60 anos: Generatividade versus estagnação: nesse período, que vai dos 30 aos 60 anos, o indivíduo experimenta um maior descentramento do ego, e passa a preocupar-se com o sentido criativo, produtivo de sua vida e com o seu legado para as gerações futuras. 8ª. 60 anos acima: Integridade versus desespero: caracterizada por uma avaliação do que o indivíduo fez ao longo de sua vida. 2 . A s te o ri a s d o d es en v o lv im en to 2 .4 J ea n P ia g et ( p . 1 9 ,2 0 ) Idades Características: Sensório- motor 0-2 anos representa através da percepção e dos movimentos, a conquista pela criança de todo o universo prático no qual ela está inserida. Pré- operatório 2-5 anos A aquisição da linguagem vai gerar mudanças significativas no campo afetivo e do pensamento. Nesse período, tem início o jogo simbólico, de imaginação e imitação muito comuns nas brincadeiras infantis de faz de conta. Operatório- concreto 7-11 anos capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No plano afetivo, é capaz de cooperar e trabalhar em grupo. Operatório- formal 12 a 18 anos caracteriza o início da adolescência, ocorre a passagem para o pensamento formal; o adolescente é um sujeito capaz de construir teorias sobre o mundo e sobre o que ele gostaria de modificar na sociedade. egocentrismo intelectual, como se o mundo devesse se submeter àquilo que o adolescente pensa sobre ele. É a idade da metafísica, na qual o adolescente percebe o seu “eu” suficientemente grande para reconstruir o universo à sua maneira. Assim, é comum a oposição aos adultos e os conflitos de opiniões. A música do grupo Utraje a Rigor expressa essa contradição.
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