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1 Queimaduras Manejo clínico do paciente queimado Queimadura é uma lesão tecidual decorrente de trauma térmico, elétrico, químico ou radioativo. Em nosso meio a lesão térmica permanece sendo a mais frequente. O prognóstico do paciente queimado depende dos diversos fatores referentes ao tipo, profundidade e localização da lesão, e a conduta inicial adequada realizada pela equipe médica tem mostrado uma grande redução na morbimortalidade desse paciente. DIAGNÓSTICO → Quanto ao Tipo das Queimaduras: • Térmicas: são as mais frequentes e que resultam da transferência de energia de uma fonte de calor para o organismo. Podem ser provocadas por calor seco ou úmido (água quente, vapor de água, fogo...) • Químicas: podem ser provocadas por ácidos ou bases que quando absorvidos podem provocar lesão para órgãos internos. O grau de destruição dos tecidos depende da natureza do agente químico, da sua concentração e da duração de contacto com a pele. • Elétricas: podem ser causadas por disparos elétricos ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo. O primeiro produz queimaduras idênticas às térmicas. O segundo apresenta uma porta de entrada (local de contato com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória pelo corpo). Ambas provocam danos profundos. A sua gravidade depende do tipo de corrente, da quantidade de corrente, da duração do contacto e do seu trajeto. • Radiação: são causadas pela transferência de radiação para o corpo. A mais comum é a radiação solar. • Inalatória: lesão causada por calor, em que existe inalação de monóxido de carbono ou fumo (que contém outros diferentes tipos de gases). → Quanto à Profundidade das Queimaduras: • 1° Grau: limitadas à epiderme, manifestando-se por eritema e dor moderada, não ocorrendo bolhas nem comprometimento de anexos cutâneos. Tratadas com analgésico e mais comumente causadas por exposição solar. • 2° Grau: - Superficiais: comprometem toda epiderme até porções superficiais da derme, são muito dolorosas, com superfície rosada, úmida e com bolhas. - Profundas: comprometem toda epiderme e a camada reticular da derme. A pele se mostra seca, com coloração rosa pálido, podendo comprometer a vascularização. Pode apresentar dor moderada. • 3° Grau: compromete epiderme, derme e hipoderme. A área pode ser tanto pálida quanto vermelho-amarelada. Costuma não apresentar dor. • 4° Grau: compromete pele, subcutâneo, músculos e até ossos. Típico de queimaduras elétricas. → Quanto à Superfície Corporal Queimada (SCQ): @juju_medresumos 2 → Quanto à complexidade das Queimaduras: • Pequeno Queimado: queimaduras 1º grau (qualquer percentagem), 2º grau até 5% SCQ em crianças e 10% SCQ adultos. • Médio Queimado: 2º grau 5-15% SCQ em crianças e 10-20 SCQ em adultos, qualquer queimadura de 2º grau em mão, pé, face, pescoço, axila ou grande articulação. Queimadura 3º grau < 5% SCQ em crianças e <10% em adultos, que não envolvam mão, pé, face ou períneo. • Grande queimado: 2º grau > 15% SCQ em crianças e >20% SCQ em adultos. Queimadura de 3º grau >5% SCQ em crianças e >10% SCQ em adultos. 2º ou 3º grau acometendo períneo, 3º grau atingindo mão, pé, face, pescoço ou axila. Queimadura elétrica, qualquer acometimento de via aérea, politrauma, paciente com outras comorbidades MANEJO INICIAL Queimadura é considerada um Trauma devendo-se, portanto, tratá-lo como tal., realizando o ABCDE do Trauma: → A - Visualizar via aérea, se houver indícios de inalação ou de queimadura de via aérea SEMPRE intubar, mesmo estando o paciente ventilando bem. Lembrar de transferir para Centro de Queimados. → B - Observar padrão respiratório e sempre que alterado proceder a Intubação. → C - Qualquer vítima com mais de 20% de SCQ necessita de reposição volêmica. Como todo trauma deve-se estabelecer 2 acessos calibrosos (abocath 16) e infundir ringer lactato usando a fórmula de Parkland de 2-4 ml/kg /%SCQ desse total, metade deve ser infundido nas primeiras 8 horas da queimadura e o restante nas outras 16 horas. Lembrar que se deve monitorar diurese para que permaneça entre 0,5-1 ml/kg/h. Em pacientes com queimadura elétrica sempre monitorizar atividade cardíaca. Se o paciente tem várias áreas queimadas, variando em profundidade, as de primeiro grau não entram na contagem para reposição. → D - Estado neurológico. Avaliar pela escala de Glasgow → E - Exposição de toda superfície corporal. Este passo é muito importante, uma vez que permite identificar o tipo de queimadura e a profundidade da lesão. → Acesso Venoso: Obter preferencialmente acesso venoso periférico e calibroso mesmo em área queimada. Somente na impossibilidade desta, utilizar acesso venoso central. Sonda vesical de demora para controle de diurese para queimaduras acima de 20% em adultos e 10% em crianças. TRATAMENTO → Cálculo da Hidratação: • Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x %SCQ x Peso(kg) 2ml para idosos, insuficiência renal e ICC 4ml para crianças e adultos jovens; • Soluções Cristalóides (Ringer com lactato); • 50% infundido nas primeiras 8h e 50% nas 16h seguintes. 3 → Considerar sempre a hora da queimadura: • Manter diurese entre 0,5 a 1ml/kg/h. No trauma elétrico manter diurese em torno de 1,5ml/hora ou até clareamento. • Observar glicemia nas crianças, diabéticos e sempre que necessário. • Na fase de hidratação (24h iniciais) não se usa colóide, diurético, drogas vasoativas → Controle da dor - uso da via Intravenosa: • Adultos: Dipirona - 500 mg a 01 grama EV; Morfina- 1ml(10mg) diluída em 9 ml SF 0,9% Solução 1ml=1mg, dar até 01mg para cada 10kg de peso. • Crianças: Dipirona – 15 – 25 mg/kg EV; Morfina= 0,1mg/kg/dose (solução diluída). • Analgesia deve ser feita conforme a gravidade do paciente podendo ser através de analgésicos comuns ou com narcóticos via oral ou intravenoso. Após a ressuscitação volêmica e estabilização clínica toda atenção deve se voltar para a área queimada. → Medidas Gerais e Tratamento da Ferida: ➢ Posicionamento: cabeceira elevada; pescoço em hiperextensão; membros superiores elevados e abduzidos, se lesão em pilares axilares. ➢ Administração da profilaxia do Tétano (Toxóide tetânico), da úlcera do stress (bloqueador receptor H2) e do tromboembolismo (heparina SC). ➢ Limpeza da ferida com água e clorexidine 2%. Na falta deste, água e sabão neutro. ➢ Lavar abundantemente a área traumatizada com solução fisiológica 0,9%. ➢ Após a lavagem deve-se cobrir a lesão a fim de evitar a perda de calor, diminuir riscos de infecção. Esse procedimento pode tanto ser feito com gaze vaselinada ou jelonet (para queimaduras de 2º grau superficiais), quanto com uma sulfonamida como a Sulfadiazina de Prata (antimicrobiano tópico, para segundo grau profunda e terceiro grau) ➢ Curativo exposto na face, períneo; e oclusivo em quatro camadas (antibiótico tópico no raion ou morin, gaze absorvente, algodão e atadura de crepe) nas demais partes do corpo. ➢ Não usar antibiótico sistêmico profilático em queimaduras. Não usar corticosteróides. ➢ Queimaduras circunferenciais em tórax podem necessitar escarotomia para melhorar expansão. ➢ Incisão em linha axilar anterior unida à linha abaixo dos últimos arcos costais. ➢ Incisão medial e lateral em membros sup. e inf. Não necessitam habitualmente de anestesia para tal. ➢ Lesões de segundo e terceiro graus, sempre que necessário, deverão ser desbridadas e eventualmente tratadas com enxerto, esse procedimento geralmente ocorre dentro da primeira semana da queimadura. Deve-se sempre realizar escarotomia em lesões circunferenciaisnos membros e no tórax a fim de evitar déficit de perfusão nos membros e a disfunção respiratória. ➢ Em pacientes com queimaduras de 2º grau orientar a troca diária de curativos. Trauma Elétrico: ➢ Definir se foi alta tensão, corrente alternada ou contínua, se houve passagem de corrente com ponto de entrada e saída. ➢ Avaliar traumas associados (queda de altura e outros). ➢ Avaliar se ocorreu perda de consciência ou PCR no momento do acidente. ➢ Avaliar extensão da lesão e passagem da corrente. ➢ Monitorização contínua e enzimas (CPK e CKMB) por 24- 48h. 4 ➢ Internar sempre. ➢ Avaliar eventual mioglobinúria e estimular o aumento da diurese com maior infusão de líquidos ➢ Passagem de corrente pela região do punho- avaliar necessidade de fasciotomia e abertura do túnel do carpo. ➢ Ficar atento para lesão muscular, devendo-se dosar mioglobina na urina e observar o membro queimado para que não desenvolva síndrome compartimental. Nesses casos deve-se realizar fasciotomia precoce. Queimadura Química: ➢ Equipe que atende deve utilizar proteção universal para não ter contato com o agente químico. ➢ Identificação do agente (ácido, base, composto orgânico). ➢ Avaliar concentração, volume e duração de contato. ➢ A lesão é progressiva. Remover roupas, retirar excesso. ➢ Substância em pó, remover previamente excesso com escova ou panos. ➢ DILUIÇÃO da substância pela água corrente por no mínimo de 30 minutos. Irrigar exaustivamente os olhos. ➢ Internar e na dúvida entre em contato com Centro Toxicológico mais próximo. ➢ Ácido Fluorídrico- repor cálcio sistêmico. INFECÇÃO DA ÁREA QUEIMADA • Mudança da coloração da lesão; • Edema de bordas das feridas; • Aprofundamento das lesões; • Mudança do odor; • Separação rápida da escara, escara úmida; • Coloração hemorrágica sob a escara; • Celulite ao redor da lesão. Vasculite no interior da lesão (pontos vermelhos); • Aumento ou modificação da queixa dolorosa. QUANDO INTERNAR • Queimadura de 3º grau >2% SCQ em crianças e > 5% em adultos; • Queimaduras de 2º grau >10% SCQ em crianças > 15% SCQ em adultos; • Queimaduras de face, extremidades, pescoço e períneo; • Queimadura circunferencial de extremidades ou do tórax; • Queimaduras elétricas; • Inalação de fumaça ou lesões de vias aéreas. QUANDO REFERENCIAR PARA UM CENTRO DE TRATAMENTO ESPECIALIZADO: • Queimaduras de 2º grau > 10% SCQ; • Queimaduras envolvendo face, extremidades, períneo, pescoço e axilas; • Queimaduras de 3º grau; • Queimaduras elétricas; • Lesão por inalação; • Queimaduras químicas; • Queimados com politrauma ou patologias prévias. Manejo cirúrgico do paciente queimado Após ressuscitação e estabilização do paciente o manejo da ferida causada pela queimadura se torna a próxima prioridade. Os objetivos da cirurgia reconstrutiva para o paciente queimado são primeiramente restaurar a função e depois restaurar a aparência estética. Os efeitos tardios relacionados à perda de tecido normal e a cicatrização incluem limitação de movimento, dor, desfiguramento e problemas sociais. → PRIORIDADES CIRÚRGICAS / TIMMING CIRÚRGICO Enquanto algumas reconstruções podem ser postergadas para um ano, 5 algumas queimaduras requerem atenção imediata visando reconstrução para restaurar a função e proteger órgãos vitais. Por isso o timming cirúrgico é categorizado como urgente (imediato), essencial e desejável (tardio). • Urgente (Fase Aguda): São os procedimentos realizados para definição da área queimada (desbridamento) e cobertura dessas lesões, devolvendo as funções de barreira física e química da pele, fundamentais para a manutenção da homeostase do organismo (evitando perdas liquidas e térmicas). Além disso, em situações em que áreas vitais estão expostas ou severamente danificadas, o tratamento também deve ser precoce. São exemplos: Liberação da pálpebra para proteger córnea e evitar o ectrópio; liberar a microstomia (retrações severas da boca); Liberação de feixes neuro vasculares; liberação de retrações no pescoço que limitam a extensão. Incluem nesta fase o tratamento para a ferida, escarotomia, fasciotomia e desbridamento. Se define como sendo até 72h após a injuria. • Essencial: São realizadas para melhorar a reabilitação e funções não vitais, essas áreas incluem: Retrações do pescoço que não causam sinéquia; retrações de articulações maiores; Retrações de áreas que limitem a mobilidades e retrações da mão. • Desejáveis (Tardias): A maioria dos procedimentos de reconstrução cirúrgica são realizados de modo tardio. Este tratamento é realizado após a maturação da cicatriz, e deve sempre visar o melhor resultado estético possível. Exemplos incluem: Reconstrução de áreas passivas (Tórax, extremidades) e Estéticas (face, mamas). → FASE AGUDA: • Tratamento local: Bolhas, epitélio morto e restos de roupas são delicadamente retirados e dá-se banho copiosamente e, depois, as lesões são lavadas com solução antisséptica suave, como clorexidina. • Escarotomia: A escarotomia do pescoço ou do tórax pode ser necessária para fornecer ao paciente uma ventilação adequada, pois a retração causada pela queimadura de toda profundidade pode limitar esta função. Idealmente, a escarotomia é realizada por um médico experiente, a fim de evitar danos a estruturas próximas. Já a escarotomia das extremidades pode ser necessária em queimaduras que envolvam toda profundidade da pele e circunferência dos membros, se o edema causar constrição e isquemia distal. Embora existam parâmetros para guiar o tempo ideal para realizar a escarotomia, a maioria das decisões se baseiam no contexto clinico que o paciente se encontra, na presença de feridas constritivas e isquemia distal. Os clínicos devem manter em mente a distinção entre escarotomia e fasciotomia, onde a primeira se faz uma incisão na ferida, e a segunda envolve incisões nas camadas fasciais para tratar a síndrome compartimental. Os locais para realizar a escarotomia estão demonstrados nas figuras abaixo: 6 • Fasciotomia: A fasciotomia se torna necessária após um dano causado em um grupo muscular (fraturas e queimaduras elétricas, mas comumente) onde o aumento da pressão causada pelo acumulo de sangue ou fluídos no compartimento causam sofrimento tecidual. Dor intensa, parestesia e diminuição de pulso são achados comuns. Quando o médico suspeitar de síndrome compartimental, deve-se abrir a fáscia do grupo muscular atingido, afim de liberar esta pressão. • Prevenção de Infecção: A prevenção da infecção na ferida causada pela queimadura é um objetivo claro no manejo inicial do paciente. O uso de antibióticos tópicos e a cirurgia imediata são efetivos. Antibióticos tópicos diminuem a colonização da escara e é usado antes do paciente se submeter a um procedimento cirúrgico definitivo. Diversos antibióticos são utilizados: sulfadiazina de prata é frequentemente utilizada. O fechamento precoce da lesão através de técnicas cirúrgicas diminui a superfície que uma possível bactéria poderia se instalar.1 O uso profilático de antibióticos é controverso, a maioria concorda que a penicilina usada contra sepse por Estreptococo do grupo A não é indicada, e um antibiótico de amplo espectro quando se faz a manipulação da lesão não é necessário quando o paciente tem uma Superfície de área queimada abaixo de 40%. Tratamento: Após detectada a infecção, o antibiótico tópico, apenas, não é suficiente, e um antibiótico sistêmico deve ser iniciado de maneira empírica, respeitando a flora bacteriana na unidade. Tecidos necróticos e infectados devem ser removidos • Desbridamento Cirúrgico: O desbridamentofeito no momento certo tem um efeito significante nos resultados a longo termo. Identificação rápida, excisão e fechamento de feridas profundas ajudam a evitar sepse, diminuem a inflamação sistêmica e acelera a cicatrização. O tecido queimado é removido de modo tangencial e sequencial, até a ferida ser exposta a uma derme saudável, gordura, musculo e periósteo. A ferida pode ser coberta com autoenxerto, aloenxerto ou tecido sintético substituto. • Excisão e enxertos de pele: A excisão precoce e enxertia imediata da lesão são largamente aceitas por diminuir a taxa de morbimortalidade total. Nos EUA, a excisão e enxertia são recomentadas entre o 3º e o 7º dia após a queimadura. - Cobertura temporária: Após a excisão da escara, é necessária a cobertura imediata da área cruenta. O ideal é a auto enxertia, mas quando não existem áreas doadoras suficientes, uma técnica de fechamento biológico é escolhida, para prevenir dessecações e prover barreira contra perdas hidroeletrolíticas e bactérias. - Cobertura definitiva: A área receptora deve estar livre de contaminação e presença de boa vascularização, associada ao bom estado clinico do paciente. Enxerto autólogo de espessura parcial: áreas utilizáveis e consideradas são: coxas, pernas, dorso, nádegas, flancos e membros superiores. A imobilização dos enxertos é parte fundamental do sucesso. Enxerto autólogo de espessura total: são raramente usados no tratamento dos 7 queimados. Esse tipo de enxerto necessita de leito de ótima qualidade e boa vascularização e ausência de colonização. O uso é limitado a pequenas áreas em mãos, face e articulações. • Substitutos de pele: O uso de substitutos biossintéticos de pele aumentou a opção de tratamento para os cirurgiões. O proposito destes substitutos é replicar as propriedades de uma pele normal através da adição de componentes da derme na reconstrução que é suplementada com uma fina camada de enxerto de pele autólogo. Exemplos são o Integra® e Matriderm®. → Procedimentos de reconstrução – FASE ESSENCIAL/TARDIA: Estes procedimentos são usados para cobrir feridas, restaurar funções e melhorar o padrão estético. Podem ser completados em fases, dependendo da severidade da cicatriz, retração e disponibilidade de tecido doador. Estes procedimentos incluem: Fechamento primário; excisão e enxerto de pele; substitutos de pele; expansores de tecido; transferência de tecido: retalhos. • Fechamento primário: É o procedimento mais simples e mais direto que pode ser utilizado para cicatrizes pequenas. Estas cicatrizes são retiradas e fechadas por aproximação das bordas, desde que não haja tensão entre elas, o que pode causar deiscência e atraso na cicatrização. • Zetaplastia: Consiste em um dos procedimentos mais utilizados em cirurgia reparadora. Consiste na rotação de dois retalhos triangulares, de grande versatilidade, que permitem mudar a direção da cicatriz, interromper sua linearidade e principalmente, alongá-la, aumentando sua extensão em até 125%) (Figura 3). • Expansores de tecido: É uma técnica que gradualmente expande a área de pele que vai ser usada para cobrir um defeito ou alguma retração causada pela queimadura. Indicações: Limitada disponibilidade de tecido; reconstrução de tecidos especializados como couro cabeludo; reconstrução de áreas que necessitam a mesma coloração, textura ou espessura. • Transferência de tecido - Retalhos: A reconstrução utilizando retalhos é a opção ideal se existe tecido disponível. Para pacientes com queimaduras extensas, as opções para reconstrução podem se limitar ao uso de enxertos, substitutos de pele ou a utilização de expansores. Enquanto o enxerto pode representar uma opção inicial para cobrir as escaras, uma avaliação da área a ser reconstruída deve incluir pele, tecido subcutâneo, fáscia, musculo, veias, nervos, cartilagens e ossos. Uma vez que o defeito é analisado, a seleção da opção para reconstrução é baseada na reposição de cada parte do defeito. REFERÊNCIAS https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879 480/manejo-clinico-do-paciente-queimado.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879 485/queimaduras-manejo-cirurgico.pdf https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/que imados.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879480/manejo-clinico-do-paciente-queimado.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879480/manejo-clinico-do-paciente-queimado.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879485/queimaduras-manejo-cirurgico.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879485/queimaduras-manejo-cirurgico.pdf https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/queimados.pdf https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/queimados.pdf
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