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Evelyn Prates - Internato PediatriaBronquiolite 2 Bronquiolite INTRODUÇÃO · Bronquiolite é uma síndrome clínica de dificuldade respiratória, inflamação aguda dos bronquíolos terminais. É uma das principais causas de doença e hospitalização em bebês e crianças menores de dois anos e está associada ao desenvolvimento de asma. CAUSAS Geralmente ocorre com infecção primária ou reinfecção com um patógeno viral, principalmente Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas ocasionalmente é causada por parainfluenza, influenza e adenovírus e também por bactérias (por exemplo, Mycoplasma pneumoniae). Os fatores de risco para gravidade e complicações da bronquiolite são: · baixo peso ao nascimento, · gemelaridade, · Prematuridade, · doença pulmonar crônica (broncodisplasia, fibrose cística, anomalia congênita), · cardiopatia congênita, · imunodeficiência, · doença neurológica, · alteração anatômica de vias aéreas8, · exposição à fumaça de cigarro, · Aglomeração (frequentar creches ou escolas). SINTOMAS · Dispneia (Esforço Respiratório) · Sibilos · Crepitações · Roncos · Cansaço · Taquipnéia · Dificuldade de alimentar · Febre · Gemencia e Sonolência DIAGNÓSTICO · Clínico: padrão respiratório ineficaz, deglutição prejudicada, cianose, sibílos, saturação de O2<95%, entre outros. · Exames: Os mais inovadores métodos diagnósticos derivam do conceito de amplificação de ácidos nucleicos, dentre os quais se destacam os ensaios de PCR e suas variantes como a RT-qPCR que possibilita analisar quantitativamente a carga viral numa dada amostra. Hiperinsuflação Retificação de arcos costais AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE · Esforço respiratório persistentemente aumentado (Taquipnéia; alargamento nasal; retrações intercostais, subcostais ou supraesternais; uso de músculo acessório; grunhido) por pelo menos 15 minutos · Hipoxemia (SpO 2 <95 por cento) · Apnéia · Insuficiência respiratória aguda CRITÉRIOS DE HOSPITALIZAÇÃO · Esforço respiratório persistentemente aumentado (taquipneia; alargamento nasal; retrações intercostais, subcostais ou supraesternais; uso de músculo acessório; grunhido) por pelo menos 15 minutos · Hipoxemia (SpO 2 <95 por cento) · Desidratação · Apneia · Cianose central · Frequência respiratória superior a 70 irpm · Aparência tóxica · Má alimentação · Letargia · Problemas sociais ou · Dificuldade de acesso rápido a serviço médico TRATAMENTO · A Academia Americana de Pediatria declarou que o principal tratamento é de apoio: · Suplementação de oxigênio · Hidratação · Suporte ventilatório* Broncodilatadores e Corticosteroides ? · Não há evidências para apoiar o uso de medicamentos como broncodilatadores, corticosteroides, fisioterapia respiratória, antibióticos ou antivirais. · Um dos tratamentos mais recentes tem sido o uso de solução salina hipertônica (HS), pois alega-se que a HS hidrata o lúmen das vias aéreas e seu muco e, teoricamente, deve melhorar a depuração mucociliar. · Anticorpo monoclonal: imunização passiva com palizivumabe, contra o VSR, diminui o risco de hospitalização em: Crianças com doença pulmonar crônica; Prematuras (≤ 29 semanas); Portadoras de doença cardíaca congênita. · Segundo a SBP deve ser administrado de forma IM na dose de 15 mg/kg/dia, a cada 30 dias, iniciando antes do período de sazonalidade do vírus sincicial respiratório, que no Brasil, ocorre de maio a setembro. Geralmente 5 doses são suficientes para promover proteção durante a sazonalidade inteira. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · Pneumonia, aspiração de corpo estranho, doença cardíaca congênita, · Asma (História recorrente de episódios de sibilância, reversíveis com uso de broncodilatadores, e história pessoal ou familiar de atopia e alergia ajudam a realizar o diagnóstico de asma.) Sintomas gerais: Resfriado, obstrução nasal, coriza e tosse. Entre o terceiro e o quinto dia causa uma inflamação dos bronquíolos, aumenta a produção de secreção, Dispnéia (Esforço respiratório), Sibílos, Creptações Roncos, Cansaço Taquipnéia , dificuldade para se alimentar e tomar líquidos, febre, gemência e sonolência. Diagnóstico clínico e exames como RT-qPCR e Raio X de tórax. Avaliar sinais de insuficiência respiratória: FR > 60 irpm, SatO2<92% AA, uso de musculatura acessória, cianose e letargia: Criança menor de 2 anos com episódio agudo de tosse e sibilância PRESENTES: AUSENTES: Oxigênioterapia Hidratação Monitorização cardiorrespiratporia Radiografia de tórax Paciente de alto risco? Idade <3 m Portador de imunodeficiencia Portador de cardiopatia cianogênica ou com repercussão hemodinâmica Prematuro < 35 semanas Portador de displasia broncopulmonar Tratamento domiciliar: Orientação lavagem nasal e observar sinais de insuficiência respiratória ou dificuldade de alimentação. Reavaliação clínica.
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