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Bronquiolite: Inflamação Respiratória

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Bronquiolite 
 
Luan M. 
 
BRONQUIOLITE 
Causada comumente pelo vírus sincicial respiratório (VRS) 50-80% dos casos. 
Trata-se de uma inflamação primária das vias aéreas de pequeno calibre - bronquíolos gera 
sibilo. 
• Outros causadores são rinovírus, metapneumovírus, influenza, adenovírus, coronavírus. 
• A coinfecção acontece em 1/3 dos casos (mais grave). 
• Tem alta morbidade e hospitalização. 
• É identificada pela a presença de sibilos em uma criança menor de 2 anos, com sinais de 
infecção respiratória viral e sem antecedentes de atopia (predisposição a hipersensibilidade do 
tipo I). 
• Acontece mais no inverno. 
• Incubação de 4 a 5 dias. 
• A faixa mais acometida é entre 2 e 8 meses de idade, do sexo masculino. 
• O vírus é transmitido em aglomerações, locais fechados, ar seco e frio 
PATOGÊNESE 
1. o vírus ataca as vias aéreas de pequeno calibre, primeiramente nas células epiteliais e 
de célula a célula se espalha por toda a mucosa do trato respiratório inferior. 
2. Isso gera dano e morte celular, infiltração de células brancas, edema da submucosa e 
adventícia e produção de muco (está na parede do brônquio) 
3. Epitélio necrótico, fibrina e muco dentro do lúmen diminui o diâmetro dos brônquios, 
principalmente na expiração, tornando o fluxo de ar turbulento 
4. Surgem áreas de hiperinsuflação e aprisionamento de ar. 
5. A absorção desse ar causa atelectasia (colapso, ocorre devido à hipoventilação dos 
pulmões) 
6. Todo esse processo gera uma resposta imune exagerada e lesão causada pela 
replicação viral 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
O quadro é mutável e precisa de várias avaliações para identificar a gravidade do quadro 
as manifestações iniciam: 
• febre baixa 
• tosse leve 
• rinorreia 
• congestão nasal 
com progressão, nos dias subsequentes 
• para as vias inferiores ,cursando com esforço respiratório e aumento da FR e FC. 
• Há tempo expiratório prolongado 
• sinais de desconforto respiratório 
• sibilos 
• estertores grossos e finos (Ronqueira; respiração conturbada) 
Em casos mais graves pode ocorrer 
• tiragem subdiafragmática, intercostal, supraclavicular 
• batimento da asa do nariz 
• gemência 
• cianose e sinais de comprometimento cardio 
A febre é comum, podem ocorrer otite média aguda, faringite e conjuntivite. O tempo médio 
de resolução é de 15 dias. Pode cursar com apneia, até a ausência de outros achados. 
Alguns preditores de gravidade são: 
• Desidratação 
• FR elevada 
• Retrações 
• Gemência 
• batimento da asa do nariz 
• cianose ou hipoxemia 
• letargia 
• Ausculta disseminada, crepitação grossa (se movimenta com a tosse) 
Os lactantes prematuros são mais sujeitos a gravidade, além de pacientes com insuficiência 
respiratória, imunodeficiência... 
DIAGNÓSTICO 
É clínico 
Criança com menos de 2 anos, pródromo gripal, seguido de esforços respiratórios e sibilos. 
Hemograma, PCR, gasometria, hemocultura, isolamento do vírus pelo swab nasal. 
Hiperinsuflação, retificação dos arcos no raio X 
EXAMES COMPLEMENTARES 
o diagnóstico é clínico, a identificação do vírus não é tão importante. 
A solicitação rotineira de radiografia de tórax não é recomendada para os casos típicos, sem 
evidência clínica de complicação. 
A radiografia está indicada quando outro diagnóstico é considerado, em casos moderados ou 
graves ou quando a evolução é desfavorável. 
Os achados são hiperinsflação, espessamento peribrônquico e atelectasia. 
O hemograma é indicado na investigação do quadro febril no lactante jovem. 
A gasometria deve ser solicitada em casos graves para avaliar insuficiência respiratória 
TRATAMENTO 
é de suporte respiratório e hídrico. 
Caso não seja internado deve-se manter acompanhamento ambulatorial frequente. 
As indicações de internação são toxemia, letargia, baixa aceitação alimentar, desidratação, 
desconforto respiratório (retração intercostal, batimento da asa nasal, cianose, FR>70), 
hipoxemia (abaixo de 90), impossibilidade de ser observada em casa pelos pais, apneia. 
O tratamento dos internados é alimentação, hidratação (fluidos isotônicos), mínima 
manipulação, aspiração nasal leve e oxigenoterapia. 
Broncodilatadores, corticoides e epinefrina não são recomendados. 
PREVENÇÃO 
prevenção de vírus e uso de palivizumabe (anticorpo), menos de 1 ano prematuros e até 2 
anos com doenças pulmonares crônicos.

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