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11. Doenças dos pulmões - Patologia Especial Veterinária

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Patologia EspecialPatologia Especial
D A T A 2 9 - 1 0 - 2 0 2 1
em um órgão que normalmente não é
pigmentado; nesse caso, no pulmão.
 Tal alteração se deve à migração errática de
melanócitos que são derivados da goteira
neural e, em condições normais, migram e
colonizam principalmente a pele.
 Melanose pulmonar é uma condição
frequente em bovinos e suínos e não provoca
nenhum prejuízo ao funcionamento dos
pulmões, mas pode ter algum significado
econômico, devido à condenação de vísceras
durante a inspeção em abatedouros.
 Macroscopicamente, observam- se manchas
marromescuras ou pretas disseminadas pelo
parênquima pulmonar, as quais, por terem
um padrão de distribuição lobular, ou seja,
lóbulos afetados entremeados por lóbulos
normais, conferem ao pulmão um aspecto
semelhante ao de um tabuleiro de xadrez.
 É importante a diferenciação entre esse
processo de pigmentação anormal, que não
traz nenhuma complicação para o
funcionamento normal do órgão, e processos
neoplásicos, como o melanoma e o
hemangiossarcoma, que geralmente têm
características macroscópicas de formações
nodulares, evidenciando- se no
hemangiossarcoma um conteúdo
sanguinolento ao corte das formações
nodulares.
 Melanose pode afetar também outros órgãos,
como fígado, coração, músculo esquelético,
entre outros.
- Atelectasia (colapso).
Congênita – nascimento.
Adquirida: pneumotórax (abertura da
cavidade).
Traumas, tumores, ascite, parasitas.
Pulmões
Alterações pós-mortem.
- Hipóstase – sangue desce pela gravidade e
ficam mais avermelhados os órgãos que estão
mais próximos do chão.
- Autólise – putrefação.
Animais com muito pelo – mantém calor
corporal e entram em putrefação mais
rapidamente.
- Colapso – queda da pressão negativa.
Ver no início do conteúdo.
Malformações:
- Aplasia (falta de desenvolvimento do esboço
embrionário).
- Hipoplasia (se desenvolve, mas não chega
no tamanho normal) - hipertrofia
compensatória.
 A hipoplasia pulmonar é caracterizada pelo
desenvolvimento incompleto dos pulmões,
que se apresentam nitidamente diminuídos
de volume. A diminuição do volume dos
pulmões fica evidente quando se compara o
tamanho dos pulmões com o tamanho do
coração ou da traqueia.
 A hipoplasia pulmonar é uma condição
pouco frequente e geralmente está associada
à hérnia diafragmática congênita, condição
na qual pode haver deslocamento de vísceras
abdominais para o interior da cavidade
torácica, resultando em compressão dos
pulmões durante o desenvolvimento fetal.
Anomalias numéricas (falta ou excesso).
Agenesia, lobos extras.
Melanose maculosa – presença de melanina
na forma de manchas (máculas) nos pulmões.
 Uma alteração do desenvolvimento
relativamente frequente nos pulmões é a
pigmentação heterotópica, ou seja, uma
condição na qual ocorre acúmulo de
pigmento endógeno (melanina) 
Patologia EspecialPatologia Especial
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Gotículas de ar no interstício ou nos
alvéolos - rupturas de alvéolos – bolha
dentro do pulmão.
Agudo ou crônico, local ou generalizado.
Aumento de volume do órgão.
Ao apertar o órgão – sentir que tem ar
dentro.
Intersticial (mais em bovinos).
Ar no interstício (vesículas de ar na
parede dos alvéolos).
Pode: subcutis , linfonodos regionais.
Obstrução, parasitas, pneumonias
intersticiais crônicas, corpos estranhos,
traumas.
Causas que façam diminuir a luz da via
aérea.
 Por definição, enfisema pulmonar significa
distensão excessiva e anormal dos alvéolos
associada à destruição de paredes alveolares,
o que caracteriza excesso de ar nos pulmões,
ou seja, condição contrária à atelectasia. Nas
espécies domésticas, o enfisema pulmonar
pode ser de dois tipos: alveolar e intersticial.
 O enfisema alveolar (vesicular) é
caracterizado por excesso de ar nos alvéolos,
acompanhado ou não de destruição de
paredes alveolares. 
 Caso haja destruição de paredes alveolares, o
processo torna- se irreversível. A patogênese
do enfisema alveolar envolve a obstrução
parcial ou “obstrução expiratória” da árvore
brônquica.
 Entre os animais domésticos, o enfisema
alveolar é mais importante na espécie equina,
particularmente na doença conhecida como
complexo bronquiolite enfisema crônico, que
acomete principalmente animais mantidos
em baias e ambientes empoeirados. Essa
condição também é conhecida como asma
equina ou doença pulmonar obstrutiva
crônica.
Alveolar ou intersticial (septo
interalveolar).
Comunicação com septos interlobulares.
 Por definição, atelectasia é a expansão
incompleta do pulmão, que pode ser
localizada ou generalizada, e resulta no
colapso de alvéolos previamente preenchidos
por ar. Portanto, morfologicamente, a
atelectasia é caracterizada pela condição na
qual os alvéolos pulmonares encontram- se
sem ar e sem nenhum outro conteúdo em seu
interior.
 A atelectasia pode ser congênita, em
decorrência da expansão incompleta dos
alvéolos, ou adquirida, devido ao colapso
alveolar. A atelectasia congênita pode ser
subclassificada em total ou parcial (focal ou
multifocal).
 A atelectasia adquirida, por sua vez, pode ser
obstrutiva, devido à obstrução total de vias
respiratórias, ou compressiva, por
compressão externa do parênquima
pulmonar.
 Em bovinos, mesmo a obstrução de pequenos
brônquios pode levar à atelectasia, que,
nesses casos, sempre apresenta padrão
lobular.
 Já no caso dos cães e dos gatos, há
necessidade de obstrução de um brônquio
calibroso que seja responsável pelo
suprimento de um lobo pulmonar ou de
extensas áreas do parênquima para que
ocorra atelectasia obstrutiva.
 Essa característica se deve à ventilação
colateral muito bem desenvolvida nessas
espécies. Comparativamente, os suínos são
um pouco menos suscetíveis à atelectasia
obstrutiva do que os ruminantes, e os
equídeos têm suscetibilidade intermediária
entre ruminantes e cães.
- Enfisema (excesso de ar).
Patologia EspecialPatologia Especial
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Geral: anemia.
Local: compressão, obstrução capilar.
Embolia gordurosa – pedaço de gordura
que obstrui.
Tromboembolia.
Aguda: insuficiência coração esquerdo
(inflamação, infarto).
Crônica: estenose/ insuficiência mitral
(endocardite, fibrose).
Agudo ou crônico.
Aumento da permeabilidade
(inflamações, intoxicações, alergias).
 O enfisema intersticial é muito frequente em
bovinos que sofrem morte agônica em que
ocorre ruptura de grande número de alvéolos
pulmonares e passagem do ar para os septos
interlobulares, que são bastante evidentes
nessa espécie.
 Embora a patogênese desse processo não
tenha sido investigada experimentalmente,
presume se que o ar seja forçado para o
espaço intersticial em situações em que
ocorre colapso dos bronquíolos durante
expiração forçada.
 Por isso, essa lesão só se desenvolve na
ausência de ventilação colateral. Movimentos
de inspiração forçada também podem fazer
com que o ar penetre no espaço intersticial se
a pressão no tecido conjuntivo intersticial for
menor do que a pressão intra alveolar.
Distúrbios circulatórios:
- Isquemia:
- Hiperemia: inflamação.
- Estase: impedimento da saída do sangue.
- Edema pulmonar
 O aumento da pressão hidrostática
intravascular favorece o extravasamento de
líquido do compartimento vascular para o
espaço intersticial e, posteriormente, para
dentro dos alvéolos. 
 Embora mais importante na espécie equina,
outras espécies domésticas também são
suscetíveis ao enfisema alveolar, de modo que
qualquer processo que cause broncoestenose
com obstrução brônquica parcial pode
resultar em enfisema alveolar, como
bronquites, compressões externas ao
brônquio e hipertrofia de musculatura lisa de
parede brônquica, como ocorre nos casos de
infestação por vermes pulmonares.
 Macroscopicamente, a área afetada
encontra- se aumentada de volume, uma vez
que não ocorre colapso da área enfisematosa,
que tem coloração róseo clara, superfície
elevada em relação às áreas normais,
consistência fofa e hipercrepitante, deixando
impressão dos dedos à palpação.
 É importante ressaltar que acúmulo de ar ou
a hiperinflação das bordas craniais e ventrais
dos pulmões é comum em animais velhos,
particularmenteem cães, e carece de algum
significado clínico.
 O enfisema intersticial (tipo rosário) é
caracterizado pelo acúmulo de ar no
interstício, ou seja, nos septos interlobulares
e, eventualmente, no conjuntivo subpleural e
vasos linfáticos.
 Macroscopicamente, são observadas bolhas
de ar nos septos interlobulares, o que confere
um aspecto semelhante ao de um rosário ao
septo interlobular.
 Essa lesão ocorre em espécies que têm
pulmão septado (com lobulação completa e
ausência de ventilação colateral). Por isso,
essa lesão é observada frequentemente em
bovinos, com baixa frequência em suínos e
raramente em equinos, não ocorrendo em
outras espécies de animais domésticos.
 É importante esclarecer que não há nenhuma
relação, sob o ponto de vista de patogênese,
entre o enfisema alveolar descrito
anteriormente e o enfisema intersticial. 
Patologia EspecialPatologia Especial
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 Esse mecanismo de edema ocorre nos casos
de edema cardiogênico devido ao aumento da
pressão nos vasos pulmonares em associação
à estase sanguínea decorrente da
insuficiência cardíaca esquerda ou bilateral.
 Outra causa importante de aumento da
pressão hidrostática nos vasos pulmonares é a
hipervolemia, que geralmente é iatrogênica,
devido ao excesso na administração de fluidos
IV, a qual pode ocorrer acidentalmente
durante soroterapia. Tal excesso pode ser
decorrente do volume excessivo ou
simplesmente da alta velocidade de infusão
da solução; em ambos os casos, haverá rápida
expansão do volume plasmático, predispondo
ao edema pulmonar.
 Edema pulmonar por aumento da pressão
hidrostática intravascular também ocorre nos
casos de edema pulmonar neurogênico,
devido à vasoconstrição sistêmica nos casos
de lesão encefálica aguda.
 Edema pulmonar decorrente de aumento da
permeabilidade vascular ocorre nos casos em
que há lesão do endotélio dos capilares
alveolares. O que ocorre de fato nesses casos
é que, além de lesão do endotélio dos
capilares alveolares, ocorre lesão no epitélio
alveolar, particularmente nos pneumócitos
tipo I.
 A lesão do epitélio alveolar favorece o
extravasamento de líquido para o lúmen
alveolar, uma vez que, em condições normais,
o revestimento alveolar é praticamente
impermeável ao líquido intersticial. Essa
condição pode ser decorrente de diversas
causas, como: inalação de gases nocivos,
inclusive de oxigênio puro; toxinas
sistêmicas; anafilaxia, que é mais comum na
vaca e no cavalo; estados de choque; e
estágios iniciais dos processos inflamatórios
do pulmão.
 A diminuição da pressão oncótica do plasma
é outro mecanismo importante de edema
pulmonar. Nesses casos, há diminuição
acentuada na concentração de proteínas
plasmáticas, particularmente a albumina, e,
em consequência, o sangue perde sua
capacidade de retenção de líquido
intravascular pelo mecanismo osmótico.
 Como a hipoalbuminemia é uma condição
sistêmica, o edema pulmonar, nesses casos,
frequentemente está associado à ocorrência
de edema em outros órgãos e tecidos,
podendo estar associado a edema
generalizado ou anasarca.
 Finalmente, o edema pulmonar pode ser
decorrente de obstrução linfática, uma causa
extremamente rara, que resulta de processos
obstrutivos dos vasos linfáticos, como:
linfadenites, linfossarcomas e linfangiomas.
 Macroscopicamente, o edema pulmonar
caracteriza se por pulmões úmidos, mais
pesados do que o normal e que não se
colapsam completamente quando o tórax é
aberto.
 A superfície pleural é lisa e brilhante, os
pulmões são hipocrepitantes, e flui líquido da
superfície de corte do parênquima pulmonar.
Há também líquido espumoso na traqueia e
nos brônquios, o que é um achado importante
para a confirmação do diagnóstico.
 Microscopicamente, o fluido de edema é
eosinofílico (róseo, devido ao seu conteúdo
proteico) e homogêneo e preenche todo o
alvéolo. Material semelhante também pode
ser observado em quantidades variáveis no
interstício.
 Nos casos de hipoproteinemia grave, o
líquido de edema pode conter concentração
muito reduzida de proteínas e, por isso, não
ser corado pelas técnicas de coloração, o que
pode impedir a visualização do líquido à
histologia.
Patologia EspecialPatologia Especial
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Antracose
 Ocorre com frequência em cães que vivem
em grandes áreas urbanas. Resulta da
inalação contínua e da deposição de
partículas de carvão (pigmento exógeno) nos
pulmões.
 Caracteriza- se macroscopicamente por
pigmentação preta puntiforme na superfície e
no parênquima pulmonares.
 Microscopicamente há acúmulo de pigmento
preto no citoplasma de macrófagos no
interstício pulmonar. Com bastante
frequência, observa -se o comprometimento
de linfonodos mediastinais e bronquiais que
drenam os pulmões, que se encontram com
coloração preta difusa.
 Esse achado é explicado pelo fato de os
macrófagos pulmonares fagocitarem
partículas de carvão e, posteriormente, serem
drenados pelas vias linfáticas até os
linfonodos. Geralmente, o acúmulo de
partículas de carvão nos pulmões e nos
linfonodos não compromete a função desses
órgãos.
Por rexis: trauma.
Por diabrose: gangrena pulmonar. Bovino
– aspiração de líquido ruminal –
gangrena.
Por diapedese: infecções, toxicoses,
estase. Células endoteliais se separam –
deixam passar líquidos.
Tromboembolias: veias/endocardite.
Embolia gordurosa: fraturas ósseas.
Embolia tumoral massiva: leucose bovina,
carcinoma mamário (cães e gatos).
Rabdomiossarcoma: músculo estriado –
metástases.
 Em casos graves, pode ocorrer eliminação de
material espumoso pelas narinas durante a
fase agônica, resultando em acúmulo de
espuma estável nas narinas e na cavidade
nasal.
 - Hemorragias:
 Hemorragias são relativamente frequentes
nos pulmões; em geral, localizam se sob a
pleura e comumente são do tipo petequial.
 As causas de hemorragia pulmonar são
variadas e incluem: diáteses hemorrágicas;
septicemias; toxemias; congestão intensa;
ruptura de aneurisma; traumas; migração de
larvas de ciclo hepatotraqueal, como larvas de
Ascaris sp. em suínos; e erosão de vasos em
casos de processos de tromboembolismo
séptico, que causa hemorragia para o lúmen
brônquico, resultando em hemoptise e
epistaxe.
 Os equídeos podem apresentar hemorragia
pulmonar induzida por exercício. Embora a
etiopatogênese não seja bem conhecida, essa
condição geralmente ocorre após esforço
físico, como corrida ou treinamento, e se deve
à ruptura de capilares no parênquima
pulmonar.
- Embolia pulmonar:

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