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Doenças do pericárdio Pericárdio = saco fibroseroso que envolve o coração e a base dos grandes vasos 1. Acúmulo de líquidos não inflamatório Pode ser inflamatório ou não Transudato = líquido não inflamatório Exsudato = líquido inflamatório (geralmente quando há o acúmulo fora do local) Efusão = acúmulo de líquido fora Acúmulo de líquidos não inflamatórios 1. Hidropericárdio Distensão do saco pericárdio por acúmulo de líquido aquoso Causas: ICC (também pode ocorrer acúmulo de líquido no pericárdio), Cardiopatias valvulares, cardiomiopatias, reações adaptativas, miocardite, diminuição da pressão coloidosmóstica (> hipoproteinemia = baixa quantidade de proteína no sangue), Hepatopatias crônicas, Neuropatias crônicas, Caquexia, Parasitoses crônicas, Enfermidades específicas, Síndrome ascítica das aves Consequências: Depende da quantidade de líquido Curso agudo-subagudo = Interferência com volume atrial – IC subclínica – podendo se desenvolver para as cardiopatias e até parar o coração Curso crônico = normalmente assintomático, se for pouco líquido 2. Hemopericárdio (tamponamento cardíaco) Acúmulo de sangue no saco pericárdio Normalmente ocorre em pacientes em neoplasias coronárias Causas: Rupturas vasculares (coronárias), ruptura auricular, neoplasias > hemangiossarcoma – câncer que vem dos vasos sanguíneos (espécie canina: Pastor Alemão), se rompe com muita facilidade – 95% dos casos são localizados no átrio direito – lugar mais comum: baço, pele, fígado e coração Pericardiopatias metabólicas Ocorre somente em aves Atrofia serosa: substituição da gordura pericárdica por conteúdo de aspecto gelatinoso (edema) – não tem consequências funcionais, indicativo de caquexia Deposição de uratos: Depósito cristalino superficial de aspecto seco e brancacento > gota visceral – produz muito ácido úrico que se deposita nas articulações Aves fazem deposição de urato no saco pericárdico Hipoproteinemia: Pressão das proteínas (coloidosmótica) exerce pressão por estar dentro do sangue, se ocorrer baixa quantidade de proteína, pressão coloidosmótica também cai, e com isso o líquido que sai para nutrir os tecidos não consegue voltar e começa a ter acúmulo em outros lugares Acúmulo de líquidos inflamatórios Presença de exsudatos, de diferentes natureza, geralmente em inflamações agudas Pode ter consistência diferentes P.Fibrinosa Fibrina proteína com alto peso molecular, líquido verde/amarelado grosseiro e dura (pode ser confundido com pus visualmente) Tipo mais comum em animais Infecção hematógena Geralmente por infecções bacterianas P.Serosa Líquido mais aquosa Em bovinos: Reticulo peritonite traumática – Bovinos podem engolir objetos estranhos, na hora da ruminação o objeto pode sair do retículo e por conta dos movimentos ruminais vai para o abdômen, podendo ter vários destinos como o coração Acúmulo de exsudato purulento, branco acinzentado P.constritiva Lesão inflamatória crônica Troca do saco pericárdio por tecido conjuntivo devido a lesão da cicatrização Extensa proliferação fibrosa por todo saco pericárdico P.purulenta Pus – infecção com processo inflamatório Infecção por bactérias piogênicas: Straphylococcus, Pasteurella Consequência de empiema (coleção de pus na cavidade) Associada a pleurite P. Caseosa Geralmente ocorre em casos de tuberculose Necrose Neoplasias Cardíacas Neoplasias primárias: Rabdioma e rabdiomiossarcoma (raras!) – afetam músculos estriados, nódulos acinzentados no miocárdio Hemangiossarcomas cardíacos: podem originar-se no coração ou de metástase do baço Locais: átrio e ventrículos direitos Quemodectomas (base do coração): comum, câncer extracardíaco (fora do coração), originam-se na base do coração/corpo cárdio Obstrução vascular e IC Patologias vasculares Artéria: leva o sangue oxigenado para os órgãos Veia: retorna o sangue desoxigenado Artéria – arteríola – capilar – vênulas – veias Rupturas vasculares Rupturas de aa: Observados após traumatismo; Espontânea: ocorre em equinos > artéria aorta Associa-se a períodos de intenso esforço Aneurismas Frouxidão do vaso, que pode formar figuras “sacular” ou “fusiforme” – parede do vaso se afrouxa Aneurisma verdadeiro: Enfraquecimento da parede vascular – ocorre nas 3 camadas do vaso Aneurisma falso ou dissecante: Ocorre frouxidão e o sangue entra entre a túnica média e intima, tendo o acúmulo de sangue, podendo formar as bolsas, mas não acomete as 3 paredes Sangue acumulado pode formar trombos Causas: Aflatoxina, def. cobre, êmbolos e idiopática (maioria) Degeneração arteriais Arteriosclerose Desgaste das artérias Processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias (endotélio) =, induzido pela hipertensão arterial Raramente causa sinais clínicos Macroscopia: lesões com placas brancas, firmes e elevadas Microscopia: Camada intima espessada Aterosclerose Depósito de gordura Colesterol alto, muita gordura no sangue, se houver lesão ou (arteriosclerose) nos vasos, a placa de gordura se deposita nos vasos Para a gordura se depositar é possível que se tenha arteriosclerose anterior Mais frequente (infartos) Ateroma: placa de gordura na túnica íntima Proliferação de m.liso, lipídeos, tec. Conjuntivo fibroso Obstrução do lúmen > trombose > embolia > aneurisma Calcificação da camada média das artérias (aa) Mais comum em grandes animais Afeta aa elásticas e mm Ocorre junto com a mineralização do endocárdio A.E.: Intoxicações por plantas, vitamina D, IR MA: estruturas sólidas e densas Degeneração hialina, necrose fibrinóide e amiloidose: Lesões vasculares de pequenas artérias mm e arteríolas Degeneração e lesão – necrose Necrose fibrinóide: causada pelo acúmulo de proteínas séricas Não são detectadas macroscopicamente Processos inflamatórios (arterites) AA e vasos (vasculite) Depósito de leucócitos nas paredes dos vasos e as redor Arterites junto a infecções bacterianas ou viral Aspecto proeminente de várias doenças parasitárias Dirofilaria immitis Podem ocorrer tromboembolismo e infarto Vaso afetado calibroso, parede firme e fibrótica Microscopia: Vaso alterado com extensa infiltração de céls.inflamatórias Veias/Inflamações Flebite Lesão vascular comum e complicada pela trombose Algumas medicações não podem ser aplicadas na veia, pois podem inflamar (flebite), Ex: pamidronatos (impedem que as células morram, mas se a aplicação for muito rápida, tem risco de amputamento) Associadas a trombose > Tromboflebites Causas: Infecções sistêmicas graves: Salmonelose, PIF, septicemias Inflamações localizadas: metrite, cordão umbilical (onfaloflebite) Latrogênicas: infeção intravenosa Imunomediadas: Peritonite infecciosa felina (flebite em vários órgãos abdominais) Patologias do sistema linfático Anomalias congênitas Linfedema (tumefação de órgãos) – hereditário – aumento do membro Tem sido descrito em cães Animais afetados apresentam edema subcutâneo Drenagem linfática prejudicada Dilatação e ruptura Linfangiectasia Dilatação dos vasos linfáticos Causas: obstrução dos vasos linfáticos por massa invasiva Linfangiectasia intestinal: importante doença dos cães, associada a enteropatia com perda de proteína Inflamação Linfangite Vasos afetados localizam-se nas porções distais dos membros Estruturas espessadas, semelhantes a cordões Pode ocorrer linfedema Ocorre em muitas doenças Neoplasia vasculares Hemangiopericitoma (endotélio capilar): Neoplasia maligna nos capilares Células que revestem oscapilares, pericitos Frequente na espécie canina (pastor alemão) – órgãos: coração e baço
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