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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
VITÓRIA DOS ANJOS GOMES
ESTUDO DIRIGIDO SOBRE ENTREVISTA CLÍNICA: ESTÁGIO
ESPECÍFICO EM INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS III
SÃO PAULO
2021
Entrevista Clínica
De acordo com o dicionário Michaelis, o termo entrevista significa: “Visita ou
encontro combinado; entrefala; Reunião entre duas ou mais pessoas, em local
determinado, com objetivo de esclarecer assuntos pendentes, expor ideias ou obter
opiniões dos presentes.
A entrevista é um instrumento fundamental do método clínico, sendo uma técnica de
investigação científica em Psicologia. A entrevista tem alguns interesses, podendo
ela ser diagnóstica, terapêutica ou aconselhamento. Os objetivos de uma entrevista
e da psicoterapia são radicalmente diferentes: em um caso é orientar uma pessoa
para determinada atividade terapêutica; no outro, realiza-se o que antes se indicou.
Existem diversos tipos de entrevista, sendo cada uma delas distintas e para fins
diferentes, são elas:
Entrevista fechada ou diretiva é formada por uma sequência de perguntas
planejadas e programadas, essas perguntas trabalham para a obtenção de
informação e dados sobre o inconsciente, sendo observado desde a chegada, se foi
por indicação ou não, reações, linguagem verbal ou não e etc.
Entrevista não-diretiva, aberta ou livre, nesse modelo de entrevista, o
entrevistador pode fazer de maneira recorrente perguntas, muito mais flexível
analisando muito do futuro paciente. Por ser dinâmica, se torna flexível para ir em
assuntos que em uma entrevista fechada o paciente não abordaria.
Entrevista semi dirigida, é livre a iniciativa do paciente para abordar qualquer
assunto, o entrevistador só faz perguntas e intervenções pontuais em prol de
conhecer mais a fundo, entender pontos que habitam a dúvida, esse método de
entrevista fica entre os dois métodos anteriores, podem se aproveitar do melhor de
cada um deles.
A Entrevista Clínica Psicanalítica
Na entrevista inicial, trata-se do primeiro contato entre terapeuta e paciente
pessoalmente. Geralmente, antecede ao encontro algum telefonema ou contato
agendando a entrevista, e já se instalam nesse primeiro momento determinadas
pré-transferências que vão se desenvolver ou não ao longo das entrevistas e do
tratamento. Algumas investigações têm demonstrado que a fase inicial é crucial
para a permanência ou não em tratamento (CEITLIN & CORDIOLI, 1998).
O objetivo principal desta entrevista é levantar hipóteses sobre o funcionamento
psíquico do paciente, possibilitando traçar um plano de tratamento ou ter melhores
condições para realizar um encaminhamento a outro profissional. Esse processo de
avaliação geralmente necessita de mais de um encontro, sendo mais correto
referir-se a este como entrevistas iniciais. “Deve-se levar em conta que o
entrevistado muda, em geral, de uma para outra entrevista, e o próprio entrevistador
pode mudar e mesmo recuperar-se do impacto que pode ter-lhe significado o
primeiro encontro” (ETCHEGOYEN, 2004, p. 46).
Zimerman (2004) disserta em seu livro Manual de técnica psicanalítica acerca dos
objetivos da entrevista inicial. Para ele, os objetivos gerais da entrevista inicial são:
1) avaliar as condições mentais, emocionais, materiais e circunstanciais da vida do
paciente que o buscou e 2) estabelecer um rapport com o paciente, isto é, o início
de uma relação pautada por um vínculo empático, por uma atmosfera de veracidade
e confiabilidade. Para que os objetivos gerais sejam atingidos, deve-se ter como
objetivo específico, durante essa etapa inicial, os seguintes itens: 1) ajuizar os prós
e os contras, as vantagens e as desvantagens, os riscos e benefícios de indicar
psicoterapia para aquele paciente (conforme critérios de analisabilidade e
acessibilidade vigentes ou do próprio terapeuta), 2) inferir o grau e o tipo de
psicopatologia, de modo a formar alguma impressão diagnóstica e prognóstica do
paciente, 3) avaliar a qualidade da motivação do paciente, tanto a manifesta quanto
a inconsciente, 4) verificar a capacidade de insight do paciente, sua capacidade de
abstrair, simbolizar e dar acesso ao seu inconsciente, 5) avaliar a realidade exterior
do paciente: condições socioeconômicas, entorno familiar, sua posição profissional,
seu projeto de vida próximo e futuro, existência de fatos traumáticos, etc., 6) conferir
se a teoria de tratamento e cura do terapeuta coincide com a do paciente.
A impressão diagnóstica deve ser formada levando em conta que existem diferentes
tipos, níveis e perspectivas de diagnóstico clínico. Ainda segundo Zimerman (2004),
há dois tipos de abordagem para a construção desta hipótese diagnóstica. A
primeira diz respeito às classificações do DSM IV-TR: eixo I (aspectos sindrômicos),
eixo II (tipos e transtornos de personalidade), eixo III (transtornos físicos), eixo IV
(estressores) e eixo V (nível de funcionamento). A segunda consiste em considerar
os seguintes enfoques: 1) Nosológico: determinada categoria clínica; 2) Dinâmico: a
lógica do inconsciente; 3) Evolutivo: as etapas do direcionamento da libido oral,
anal, fálica, latente, genital, já que cada etapa exige implicações técnicas
específicas; 4) Funções do ego: atenção, senso-percepção, memória, orientação,
consciência, pensamento, linguagem, inteligência, afeto, conduta; 5) Configurações
vinculares: funcionamento e papel desempenhado pelo indivíduo na família, no
casal, nos grupos em geral; 6) Corporal: cuidados corporais, autoimagem,
somatizações e hipocondria; 7) Manifestações transferenciais e
contratransferenciais: expectativas do paciente em relação ao terapeuta e afetos
que o paciente mobiliza no terapeuta.
A última etapa de um processo de entrevistas está constituída por uma entrevista de
devolução. As entrevistas iniciais encerram-se no momento em que o terapeuta
perceber que já é capaz de formular uma impressão diagnóstica do paciente, é
capaz de definir a necessidade e possibilidade ou não de tratamento e perceber que
o vínculo formado entre ambos é capaz de garantir um trabalho analítico proveitoso.
O terapeuta necessita fazer uma devolução ao entrevistado, ou seja, colocar a sua
percepção e as suas conclusões frente ao que foi exposto durante as entrevistas.
Nesse momento, caso a devolução indique a necessidade de psicoterapia e o
paciente opte por realizá-la com o mesmo terapeuta, dá-se a realização de um
contrato. Trata-se de um acordo manifesto acerca de algumas combinações práticas
que servirão de referência à longa jornada da análise. Essa combinação básica
antes de iniciar uma análise ou psicoterapia inclui o tipo de tratamento indicado
(psicoterapia ou análise), o número de sessões semanais, tempo de duração das
sessões, horários, honorários, faltas e férias.
Portanto, a entrevista clínica tem um papel de grande importância no atendimento
do sujeito, onde o analista irá escolher as técnicas a serem seguidas e assim dando
suporte no primeiro encontro, possibilitando a criação de hipóteses e por fim,
mostrando o melhor plano de tratamento a ser seguido pelo paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dicionário Michaelis. 2021. Editora Melhoramentos. Disponível em:
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/entrevist
a/
Entrevista na Psicanálise. 2012. Disponível em:
https://www.psicanaliseclinica.com/entrevista-na-psicanalise/
Gastaud, Marina. Entrevista Clínica Psicanalítica. Rio Grande do Sul-Brasil. 2008.
Disponível em:
file:///C:/Users/vittorio/Downloads/494-Texto%20do%20Artigo-2730-1-10-20090507.
pdf
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/entrevista/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/entrevista/
https://www.psicanaliseclinica.com/entrevista-na-psicanalise/

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