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1 Aula 4: Nervos cranianos São 12 pares de nervos cranianos Tem funções motoras e/ou sensoriais e outros com sentidos especiais (visão, paladar, olfato e audição). Tirando o I e II pares todos os outros nervos cranianos emergem do tronco cerebral. Quando há alterações nos nervos cranianos quando há lesões na fossa posterior, no tronco cerebral. Primeiro nervo craniano – nervo olfatório Sensitivo Responsável pelo sentido do olfato Os nervos olfativos são os filamentos que atravessam a placa crivosa. Exame: certifique-se que as passagens nasais estejam abertas; testa-se usando estímulos não irritativos: evitar estimular o nervo trigêmeo. Examina-se cada narina separadamente, ocluindo-se uma delas e de olhos fechados; traga a substancia tete próximo da narina aberta e pergunte se está sentindo algo, se afirmativo, peça para identificar; o lado que pode estar anormal deve ser examinado primeiro. Substancias utilizadas: baunilha, cravo, café, canela. COVID → anosmia ou perversão do olfato (identificação incorreta do odor). Função Olfato Células olfativas Células recetoras olfativas (odor e contêm cílios), células de sustentação, células basais (tronco) (substituindo células receptoras olfativas velhas e danificadas) Nervo olfatório CN I formado a partir de uma coleção de axônios de células recetoras olfativas, que passam através da placa cribriforme para o teto da cavidade nasal Bulbo olfatório É a estação de retransmissão da via olfatória e contem glomérulos olfativos Trato olfatório É constituído pelos axônios dos neurônios de transmissão mitral Estrias olfatórias São as divisões medial e lateral do trato olfatório Córtex olfativo Córtex piriforme, amígdala, córtex entorrinal Destino Córtex orbitofrontal Cacosmia – cheiro ruim A cacosmia pode ter nomes específicos de acordo com o cheiro que a pessoa sente. Cocosmia – cheiro de coco. Trajeto do nervo olfatório O trajeto das fibras eferentes é o seguinte (do seu início no cérebro à suas terminações na periferia): O nervo eferente primário emerge da comissura anterior. Ele cursa através do trato olfatório. Forma sinapse no bulbo olfatório contralateral e na célula nuclear interna. Essas células são excitadas por células mitrais e inibidas por células Tuft, sobre as quais as fibras das células nucleares internas se ligam. As fibras das células mitrais e das células de Tuft continuam então para formar sinapse com fibras do nervo olfatório no glomérulo olfatório. As fibras nervosas olfatórias convergem para feixes e atravessam primeiramente a dura-máter e em seguida a placa cribriforme (o nervo olfatório deixa o crânio através da placa cribriforme). Eles ultrapassam a submucosa e terminam na mucosa olfatória (epitélio escamoso estratificado não queratinizado) como células olfatórias, no teto da cavidade nasal. Existe ainda um gânglio eferente secundário que emerge do trígono olfatório e continua ao longo do mesmo trajeto que o gânglio eferente primário. Neurologia 2 Disosmia As disosmias podem ser classificadas em diferentes categorias: uma distorção na qualidade da percepção de um odor (parosmia/troposmia/cacosmia) ou a percepção de um odor quando não há odor algum presente (phantosmia/alucinações olfativas). Danos às fibras nervosas olfativas podem ocorrer como uma complicação das infecções do trato respiratório superior. Uma diminuição no número de fibras nervosas dessas infecções significa que não há fibras diferentes o suficiente para diferenciar com precisão os odores, resultando em parosmia. Phantosmia pode ocorrer como o evento inicial, ou aura, associada à epilepsia do lobo temporal e pode indicar uma crise parcial que, em seguida, se espalha mais nas estruturas do lobo temporal. Segundo nervo craniano – nervo óptico O nervo óptico é uma via de fibras do NC que liga a retina ao cérebro. O nervo óptico é composto pelos prolongamentos da fibra da retina. Os cones e bastonetes são as células da retina e os prolongamentos neuronais dessas células quando se juntam formam o nervo óptico. No ponto de cruzamento parcial das fibras tem-se o quiasma óptico, após esse ponto tem-se o trato óptico que vai levar essas informações até o corpo geniculado lateral. A partir do corpo geniculado lateral do tálamo as fibras se abrem fazendo radiações ópticas para o lobo occipital (córtex visual primário), onde se tem a interpretação consciente dos estímulos visuais. Ao mesmo tempo, algumas fibras do trato óptico também se comunicam com o colículo superior, núcleos pré-tectais e núcleos supraquiasmáticos, que estão envolvidos no reflexo da luz. A metade direita do campo visual de cada olho é registrada pela metade esquerda de cada retina e vice-versa. As células ganglionares dentro da retina possuem fibras aferentes sensoriais que se projetam através do quiasmo óptico. No quiasma, a porção nasal de cada nervo óptico cruza para o lado oposto, de modo que cada olho transmite informações através de suas fibras temporais ipsilaterais e as fibras nasais contralaterais ao cérebro. Cruzando no quiasmo óptico, todas as fibras que registram o campo visual esquerdo de ambos os olhos projetam para o hemisfério direito, e o mesmo se aplica ao campo visual direito. O quiasmo óptico está localizado na linha média inferior ao hipotálamo e superior à glândula hipófise. Partes Parte intraocular: no disco óptico, onde as fibras se movem para a região retro- orbitária Parte intraorbitária: vai da parte posterior do globo ocular até o canal óptico e é circundada pelas três camadas meníngeas Parte intracanalicular: dentro do canal óptico do osso esfenóide Parte intracraniana: viaja superiormente ao diafragma da sela e ao seio cavernoso, formando por fim o quiasma óptico Vascularização Ramos oftálmicos da artéria carótida interna, artérias ciliares posteriores e artéria central da retina Fibras Fibras aferentes visuais: transmitem impulsos visuais da retina para o núcleo geniculado lateral do tálamo Fibras aferentes pupilares: regulam o reflexo da luz pupilar Fibras eferentes: viajam para a retina, mas têm uma função desconhecida Fibras fotostáticas: responsáveis pelos reflexos visuais do corpo Via Visual Nervo óptico -> Fita óptica -> Núcleo geniculado lateral -> Radiação óptica -> Córtex visual (Área de Brodmann 17) 3 Esse nervo é responsável pelo sentido da visão (sensitivo) Como examinar o nervo óptico??? 1. Acuidade visual É testada separadamente em cada olho; Deve ser testada corrigindo erros de refração; Para visão de longe usa-se o painel de Snellen (6m/20pés); Para visão de perto usa-se o cartão de Rosenbaum (36cm/14pol); Distúrbios graves da visão são descritos como: contar dedos (menos acometido), movimentos da mão, percepção da luz (mais acometido). 2. Campo visual: é todo o limite da nossa visão periférica, é tudo que se consegue ver até o limite que a visão periférica atinge. Teste de confrontação → é testada separadamente em cada olho; deve ser testada corrigindo erros de refração; O examinador fica há uma distancia de 1 braço de comprimento do paciente; testar os campos direito, esquerdo, superior e inferior. A visão pode ser dividida em quatro quadrantes: (1) temporal superior; (2) temporal inferior; (3) nasal superior; e, (4) nasal inferior. O campo visual só pode ser analisado corretamente quando o examinador esta na mesma altura do paciente. Quando os dois olhos estão abertos os campos nasais se fundem, assim os olhos devem ser avaliados individualmente. Para a avaliação do campo visual nasal o outro olho deve estar fechado. 3. Reflexo fotomotor Nervo óptico é a via aferente do reflexo fotomotor. As fibras que medeiam a visão também medeiam o reflexo pupilar a luz. Parte delas seguem direto (reflexo fotomotor direto), e outras decussam (reflexo fotomotor consensualou indireto) até os núcleos de Edinger-Westphal; A partir do núcleo de Edinger-Westphal (mesencéfalo) saem as fibras parassimpáticas que são levadas pelo nervo oculomotor ao esfíncter pupilar. Deve-se incidir luz no olho do paciente e observar a contração pupilar que é feita pelo sistema parassimpático junto com o nervo oculomotor (eferência do reflexo fotomotor). Como as informações se cruzam no quiasma óptico ao incidir a luz no olho esquerdo o olho direito também irá apresentar contração pupilar (reflexo fotomotor indireto ou consensual). 4. Acomodação visual: tem por objetivo dar foco a visão, sem ela a vista fica turva ou dupla (diplopia). Exame: pede-se ao paciente para olhar a distância (relaxa a acomodação) e depois olhar um objeto próximo (o melhor objeto próximo é um dos dedos do próprio paciente). Resposta: convergência dos olhos e miose. 5. Fundo de olho (fundoscopia) Necessário a presença de oftalmoscópio. Áreas de interesse neurológico: o disco óptico, a mácula e as artérias. Hipertensão intracraniana: pode refletir como um edema no nervo óptico, o que é conhecido como papiledema, as bordas do nervo óptico ficam difusas. Neurite óptica: atrofia optica e fica pálido. Nervos motores oculares: oculomotor, troclear, abducente Fazem parte em conjunto da motricidade ocular extrínseca. Assim, a avaliação é feita de forma conjunta porque eles trabalham em sinergia. Os 3 nervos cranianos motores oculares controlam a ação dos músculos intraoculares (esfíncter da pupila) e dos músculos extraoculares Olhar para cima: M. reto superior e M. oblíquo inferior; Olhar para baixo: M. reto inferior e M. oblíquo superior; Olhar para os lados: M. reto lateral e M. reto medial. Na visão anterior do globo ocular tem-se os músculos reto superior, inferior, medial e lateral. Na visão posterior do globo ocular tem-se os músculos oblíquo superior e inferior. Nervo oculomotor (III NC) - Motor Carreia fibras motoras aos músculos extraoculares e fibras parassimpáticas à pupila. Músculos extraoculares: M. levantador da pálpebra superior; M. reto superior; M. reto medial; M. reto inferior; M. oblíquo inferior. Ação: elevar a pálpebra (abrir os olhos); olhar para cima, para baixo e para dentro; constrição pupilar (miose - parassimpático). 4 Lesão: ptose; estrabismo divergente; dilatação pupilar (midríase). Nervo troclear (IV NC) - Motor Carreia as fibras motoras a um músculo extraocular Músculos extraoculares: M. oblíquo superior Ação: auxilia olhar para baixo e para dentro. Lesão: olho não olha para baixo, olho fica desviado para cima!!! Nervo abducente (VI NC) - Motor Carreia fibras motoras a um músculo extraocular, o M. reto lateral. Ação: Olhar para fora, para lateral!!! Lesão: desvio do olhar para dentro, para o quadrante nasal. Mobilidade ocular intrínseca corresponde a motilidade da pupila Exame das pupilas: observar o tamanho e simetria; tamanho normal das pupilas (2 a 6 mm diâmetro); reflexos pupilares (reflexo fotomotor direto e indireto e reflexo de acomodação). Simetria: isocoria ou anisocoria Tamanho: miose ou midríase Exame dos nervos motores oculares 1. Exame da motilidade ocular extrínseca Examinar os olhos ao mesmo tempo; avaliar as 6 direções principais do olhar; verificar a convergência; observar a presença de nistagmo. 6 direções principais: obliquo inferior, reto medial, obliquo superior, reto inferior, reto lateral e reto superior. Nervo trigêmeo Sensitivo e motor. É o maior e mais complexo NC. O componente sensitivo divide-se em 3 ramos: oftálmico (V1), mandibular (V2) e maxilar (V3). Componente sensitivo: face, dentes, cavidade oral e nasal (mucosas) e 2/3 anteriores da língua, couro cabeludo até o vértice, dura-máter intracraniana, vasculatura cerebral, propriocepção para os músculos da mastigação. Componente motor: músculos da mastigação: masseter, temporal, pterigoides mediais e laterais. Exame do componente motor: a avaliação da função motora do V NC é realizada examinando-se os músculos da mastigação. Palpa-se os músculos enquanto o paciente cerra o maxilar Nota-se o movimento simétrico dos 2 lados. Lesão unilateral: desvio do maxilar. Exame do componente sensitivo: testar a sensibilidade tátil, térmica e dolorosa Protocolo de morte encefálica (2017) → exame neurológico é imprescindível, precisa ter dois médicos presentes para dar o atestado, não necessariamente neurologistas!! Morte encefálica→ morte do tronco cerebral. Reflexo mandibular: Aferente e eferente: N. trigêmeo. Exame: coloca-se o dedo indicador ou polegar no meio do queixo do paciente com a boca entreaberta e percute com o martelo de reflexos; Resposta: espasmo ascendente da mandíbula; Em pessoas normais o reflexo mandibular está minimamente ativo ou ausente. Reflexo córneo palpebral (faz parte do protocolo de morte encefálico): Aferente: N. trigêmeo; eferente: N. facial. Exame: o reflexo é evocado tocando-se a córnea superior com um chumaço de algodão ou lenço de papel; Resposta: piscar do olho ipsilateral e contralateral. Nervo facial (VII NC) Motor e sensitivo Componente secretor: glândulas lacrimais e glândulas salivares (submandibular e sublingual) Componente motor: mimica/expressão fácil; músculos do couro cabeludo; músculos do ouvido; musculo bucinador, platisma, estapédio, etc. Componente sensitivo: paladar 2/3 anteriores da língua; sensibilidade exteroceptiva do tímpano e canal auditivo externo. Exame da mímica facial: observar a face em repouso e depois aos comandos motores; solicitar ao paciente que levante as sobrancelhas, franza a testa, feche os olhos, sorria, infle as bochechas com ar. Solicite que mantenha os 5 olhos fechados contra resistência. Observar qualquer assimetria dos movimentos ou incapacidade de fazê-los. Diferença de paralisia central e periférica Paralisia facial periférica: lesão no nervo facial Toda hemiface está acometida! Pode ser paralisia de Bell Paralisia ipsilateral a lesão. Paralisia facial central: lesão supra nucleares (acima do núcleo do nervo craniano). Só acomete o andar inferior da hemiface. Paralisia contralateral a lesão. Isso acontece porque o andar superior da face é inervado por fibras de dois hemisférios cerebrais, enquanto o andar inferior da face é inervado por fibras que vem de apenas um hemisfério cerebral. Nervo vestibulococlear (VIII NC) Sensitivo Possui 2 componentes fundidos num tronco único: o vestibular e o coclear. Componente Coclear: audição; Componente vestibular: equilíbrio; coordenação e orientação no espaço. Avaliação do componente coclear... As ondas sonoras convergem sobre a membrana timpânica e são transmitidas pelos ossículos ao ouvido interno (labirinto). Em condições normais e na surdez neurossensorial a condução aérea do som é melhor que a condução óssea. Hipoacusia: diminuição da audição Anacusia: perda da audição Hiperacusia aumento da audição. Perda auditiva de condução: é aquela resultante de comprometimento da condução do som à cóclea. Nesse caso, a condução aérea fica prejudicada, estando a condução óssea melhor. Exemplo: cera, tumor. Perda auditiva neurossensorial: resultante de uma doença da cóclea ou de suas conexões cerebrais. Neste caso, tanto a condução aérea quanto a condução óssea estão prejudicadas, mantendo a relação aérea > óssea. Inspeção otoscópica: canais auditivos e membrana timpânica. Avaliação da acuidade auditiva: • Teste de Rinne: colocar o diapasão sobre a mastoide e solicitar ao paciente que informe quando não estiver mais ouvindo, em seguida, coloca-lo próximo ao ouvido. O paciente deve ainda escutar, pois a condução aérea do som é melhor que a condução óssea. Teste de Rinne positivo ou normal: condução aérea > óssea Teste de Rinne negativo: condução óssea > aérea. → alteração de condução,encaminhamento para otorrino • Teste de Weber: colocar o diapasão em vibração na linha média do vértice craniano. O som deve ser igualmente ouvido em ambos os ouvidos. Perda auditiva de condução: o som é melhor ouvido no lado doente. Perda auditiva neurossensorial: o som é melhor ouvido no ouvido normal. Avaliação do componente vestibular... • Reflexo oculocefálico: útil no paciente em coma. Para verificar a integridade do tronco cerebral. Vira-se a cabeça do paciente para um lado e para o outro e observa o movimento ocular. Resposta normal: ao virar em uma direção, os olhos viram- se em direção oposta = SINAL DOS OLHOS DE BONECA → paciente em coma ou sedado. Resposta anormal: olhos não se movem, ou seja, seguem a direção da cabeça. Na morte encefálica os olhos não se mexem. Reflexo oculovestibular ou provas calóricas: útil no paciente em coma. Para verificar a integridade do tronco cerebral. Instala-se água (quente ou fria) no conduto auditivo e observa-se movimento ocular. Resposta normal: água fria → desvio tônico dos olhos para o lado irrigado. Água quente → desvio dos olhos para o lado oposto ao irrigado. Resposta anormal: olhos não se movem. → morte encefálica. Protocolo de morte encefálica 1. Glasgow 3 2. Ausência de reflexo fotomotor 3. Ausência de reflexo córneo palpebral 4. Ausência de reflexo oculocefálico 5. Ausência de reflexo oculovestibular 6. Ausência de reflexo de tosse 7. Ausência de respiração (teste de apneia) Nervo glossofaríngeo (IX NC) Sensitivo e motor Os nervos glossofaríngeo e vago estão intimamente relacionados. Os dois tem origem no bulbo, saem do crânio juntos, permanecem próximos em seu trajeto pelo pescoço e suprem algumas das mesmas estruturas. Ação: sensibilidade geral e especial (gustativa) do 1/3 posterior da língua; motricidade da faringe; sensibilidade 6 geral da faringe; glândula parótida; membrana timpânica, ouvido externo. Nervo vago (X NC) Sensitivo e motor É o nervo craniano mais longo Ação: motricidade da faringe e laringe; sensibilidade geral da faringe, laringe e meninges; sensibilidade visceral laringe, vísceras do tórax, abdome e aorta; membrana timpânica e canal auditivo. Diferenças da ação do nervo vago e do nervo glossofaríngeo é que o nervo vago inerva as vísceras. Exame dos nervos glossofaríngeo e vago... • Reflexo faríngeo ou palatino (reflexo do vomito) Toca-se a faringe ou o palato mole na face lateral, com um abaixador da língua ou um bastão; compara-se os 2 lados. Resposta normal: constrição e elevação da orofaringe, causando elevação do palato e úvula; ânsia de vômito. Lesão unilateral: rafe da linha média desviada para lado normal e ausência de reflexo do vômito. • Observação da faringe em fonação (movimento da úvula e palato mole): Pede-se ao paciente que fale “ah”, “eh” e observe a movimentação e contração da faringe; Resposta normal: palato eleva-se de forma simétrica e úvula se mantém na linha média; - Sinal da cortina de Vernet: a parede faríngea movimenta- se em direção ao lado sadio, como um “movimento de cortina”. Figura 1: Sinal da cortina. Nervo acessório (XI NC) Motor Inervação motora dos músculos trapézio e esternocleidomastoide. O músculo esternocleidomastoide vira a cabeça para o lado oposto e rotação da face para cima. Bilateral: flexão do pescoço. O músculo trapézio vira a cabeça para o mesmo lado, eleva e roda a escápula elevando o ombro ajudando a abdução do braço. Bilateral: extensão do pescoço. Inspeção e palpação dos músculos: verificar tônus e volume; Exame do esternocleidomastoide: solicita ao paciente para rodar a cabeça contra a resistência e flexionar o pescoço contra resistência. Exame do trapézio: solicita-se que o paciente eleve o ombro contra resistência. Nervo hipoglosso (XII NC) Motor Ação: movimento da língua. Exame: avaliar a força, volume e movimento da língua. Notar a posição e aparência da língua em repouso na boca; Solicitar ao paciente que faça protrusão da língua, movê-la para dentro e para fora, para os lados, para cima e para baixo. Testar a força pedindo que o paciente empurre o dedo do examinados com a língua dentro da boca através da bochecha. Lesões unilaterais: - Língua para fora: desvia para o lado da lesão (devido protrusão contra lateral); - Língua para dentro: desvia para o lado sadio. 7
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