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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV Objetivos de Aprendizagem • Descrever a História Natural das Doenças; • Distinguir os níveis de prevenção das doenças; Reconhecer as categorias de prevenção de doenças: • Manutenção de baixo risco; • Redução de risco; • Detecção precoce. Identificar estratégias para detecção precoce. HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS Conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. Determinantes da Saúde (Modelo de Dahlgren e Whitehead) Este modelo explica os mecanismos pelos quais as interações entre os diferentes níveis de condições sociais produzem as desigualdades em saúde, desde o individual até o nível das condições econômicas, culturais e ambientais que predominam na sociedade como um todo. No primeiro nível (de dentro para fora) está a perspectiva individual. Nele, consideram-se algumas características: idade, gênero e fatores hereditários (genéticos) que influenciam na saúde do indivíduo; No nível acima (2°), estão os fatores relacionados ao estilo de vida e comportamento, que contribuem para a exposição diferencial a fatores de risco à saúde. (ex. tabagismo e sedentarismo) O terceiro nível mostra a influência das interações sociais e em comunidade, disponibilizadas por meio de redes comunitárias e de apoio, serviços sociais, de lazer e de segurança. No quarto nível estão as condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, desemprego, alimentação, habitações, serviços públicos e entre outros. O último nível aponta as condições socioeconômicas, culturais e ambientais. Essas circunstâncias agem sobre todos as anteriores, pois determinam o padrão de vida alcançado por grupos específicos. já que interfere na escolha da moradia, do trabalho, das interações sociais e dos hábitos alimentares. Isso tudo pode repercutir na saúde do indivíduo. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV Promoção da saúde Refere-se a medidas que não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais. → busca a melhoria da qualidade de vida da população. PREVENÇÃO • É todo ato que tem impacto na redução da morbimortalidade das pessoas. • exige ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença. Níveis de Prevenção Prevenção Primária ➔ ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica (ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). Subdivide-se em dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica. Proteção específica: Específica para uma doença. (ex: vacinação, uso de preservativos → prevenção de IST’s) Prevenção Secundária ➔ ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo a sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: check ups, rastreamento, diagnóstico precoce). Prevenção Terciária ➔ ação implementada para reduzir os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico. (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós- infarto – IAM ou acidente vascular cerebral) Prevenção Quaternária ➔ detecção de indivíduos população em risco de supermedicalização, de intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. Enfatiza o perigo do adoecimento iatrogênico (conceito que se refere a um estado de adoecimento, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes de uma intervenção médica) - necessidade de proteção dos usuários. PREVENÇÃO Abordagem de alto risco • Classificar as pessoas e selecionar o grupo de alto risco para se aplicar uma medida preventiva; • Pouco impacto na saúde pública. Abordagem populacional • Tentativa de eliminação da susceptibilidade (imunização, cinto de segurança); • Alto impacto na saúde pública. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV Obs. Mesmo que o risco de síndrome de Down em mulheres mais velhas seja maior, quando compara- se a proporção de partos nessa faixa etária, o números de casos de crianças com essa síndrome é pequeno em relação a idade materna < 30 anos Categorias da Prevenção de Doenças Manutenção de baixo risco ➔ assegurar que as pessoas de baixo risco para problemas de saúde permaneçam com essa condição e encontrem meios de evitar doenças. Redução de risco ➔ foca nas características que implicam risco moderado a alto, entre os indivíduos ou segmentos da população, e busca maneiras de diminuir a ocorrência de doenças. Detecção precoce ➔ conscientização dos sinais precoces de problemas de saúde. Estratégias para Detecção Precoce Diagnóstico precoce ➔ ações destinadas a identificar a doença em estágio inicial a partir de sintomas e/ou sinais clínicos. Rastreamento➔ realização de testes ou exames diagnósticos em populações ou pessoas assintomáticas. Referências • Rouquayrol MZ, Gurgel M. Epidemiologia e Saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013. 736p. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Primária: rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde. 2010. 95p. • OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Módulo de princípios de epidemiologia para o controle de enfermidades. Módulo 2: Saúde e Doença na População. 2010.
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