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Gesso odontológico

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1 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
Gesso odontológico 
Moldagem 
 
➢ Conjunto de atos clínicos 
➢ Impressão ou cópia com máxima 
fidelidade 
Molde: reprodução negativa da área 
registrada no material de moldagem; 
Modelo: reprodução positiva da área 
moldada; 
Os gessos são utilizados na odontologia: 
➢ Na construção de modelos das 
estruturas oral e maxilo-facial; 
➢ Nos procedimentos de laboratório que 
envolvem a confecção de próteses 
dentárias; 
O gesso odontológico é oriundo da gipsita 
(material encontrado em várias partes do 
mundo). Também é obtido a partir de alguns 
processos químicos (subprodutos). 
Quimicamente, este mineral, usado para 
fins odontológicos, é basicamente um 
sulfato de cálcio di-hidratado. 
O processo de calcinação dá origem ao 
gesso, que consiste na desidratação 
parcial da gipsita, onde parte da água é 
removida no momento em que a gipsita é 
triturada e submetida à elevação da 
temperatura. 
OBS: dependendo do processo de obtenção 
do hemi-hidrato o gesso pode apresentar 
partículas maiores, menores, pode ser mais 
uniforme, menos uniforme, mais denso, 
menos denso. 
Tipos de gesso 
 
Gesso para moldagem (tipo I): são 
compostos de gesso paris, ao qual foram 
adicionados modificadores para regular o 
tempo de presa e a expansão de presa. 
Atualmente não são comercializados no 
Brasil. 
Gesso tipo II (Paris ou comum): é o gesso 
com menor resistência mecânica. Usado 
principalmente para base de modelos, 
modelos de estudo na prótese total, em 
montagem dos modelos no articulador e 
preencher a mufla na construção de uma 
dentadura. Indicado quando a expansão de 
presa não é crítica e a resistência é 
adequada; 
Gesso-Pedra tipo III: construção de 
modelos de trabalho (secundário) na 
confecção de próteses totais, modelos 
antagonistas, modelos para ortodontia, pois 
apresentam uma resistência adequada para 
este propósito; 
Gesso-Pedra tipo IV: gesso pedra de alta 
resistência e baixa e expansão; a dureza 
superficial deste gesso aumenta mais 
rapidamente que a resistência à 
compressão, uma vez que a secagem da 
superfície é mais rápida. Indicado para a 
construção de modelos cujas restaurações 
indiretas (prótese) serão feitas em ligas 
metálicas nobres (ouro); 
Gesso-Pedra tipo V: gesso pedra de alta 
resistência e alta expansão; tem uma 
resistência à compressão superior à do 
gesso tipo IV. Este aumento é conseguido 
pela diminuição da relação água/pó. A razão 
para aumento da expansão de presa é que 
as ligas metálicas alternativas apresentam 
uma grande contração de solidificação 
diferente das ligas de metais nobres. 
Manipulação 
 
Água necessária para 100g de pó: 
Gesso tipo II: 40 a 50 mL 
Gesso tipo III: 28 a 35 mL 
Gesso tipo IV e V: 19 a 24 mL 
Reação 
 
Reação de presa: cristalização (é 
exotérmica, pois libera calor). Para 100g de 
gesso, a temperatura chega até a 42ºC. 
Primeiro coloca-se a água e em seguida o 
hemi-hidrato (gesso em pó); a água dissolve 
o hemi-hidrato formando uma solução 
saturada de de di-hidrato (que fica super 
saturada) e forma novos cristais de di-
hidrato (que precipitam continuamente até 
o final do ciclo). 
OBS: a água na reação tem como finalidade 
umedecer as partículas do pó e produzir 
uma mistura com viscosidade adequada. 
Ela é importante na determinação das 
propriedades físicas e químicas do produto 
 
2 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
final da gipsita, agindo sobre o tempo de 
presa da reação. 
 
Relação água/pó 
 
Quanto maior for a quantidade de água 
usada na mistura: 
➢ Menor será a quantidade de núcleos de 
cristais por unidade de volume; 
➢ Maior o tempo de presa da reação; 
➢ Maior a porosidade do produto final; 
➢ Baixa resistência mecânica. 
Velocidade de presa 
 
Sofre influência: 
➢ Relação água/pó; 
➢ Adição de retartadores (citrato de 
sódio, bórax, temperatura da água = ou 
< 20ºC); 
➢ Adição de aceleradores (sulfato de 
potássio, cloreto de sódio, terra alba, 
temperatura da água = ou > 40ºC). 
Armazenamento: 
➢ Deve ser feito com muita atenção pois 
a temperatura e a umidade são os 
dois principais fatores que afetam a 
vida útil dos gessos odontológicos.

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