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NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 1
FOOD SERVICEFOOD SERVICE
ANÁLISE QUALITATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES ANÁLISE QUALITATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES 
ONCOLÓGICOS ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ONCOLÓGICOS ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA 
EM BELÉM/PA EM BELÉM/PA 
FUNCIONAISFUNCIONAIS
MINERAIS E IMUNIDADE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTESMINERAIS E IMUNIDADE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
PERFIL PROFISSIONAL DE EGRESSOS DO PERFIL PROFISSIONAL DE EGRESSOS DO 
CURSO DE NUTRIÇÃO DE UMA CURSO DE NUTRIÇÃO DE UMA 
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DE UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DE 
SANTA CATARINASANTA CATARINA
R$30,00 - outubro 2021 R$30,00 - outubro 2021 
Ano 29Ano 29
Número 170Número 170
Edição ImpressaEdição Impressa
São PauloSão Paulo
ESPORTE ESPORTE | | GASTRONOMIAGASTRONOMIA | | SAÚDE PÚBLICASAÚDE PÚBLICA | | CLINICA CLINICA | | PEDIATRIAPEDIATRIA
IISSN 1676-2274 A REVISTA DOS MELHORES PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃOSSN 1676-2274 A REVISTA DOS MELHORES PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO
www.nutricaoempauta.com.brwww.nutricaoempauta.com.br
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Nosso presente é a sua confiança 
Desde 2013 fazemos com que o trabalho 
do nutricionista seja mais incrível 
Estamos em 23 países 
Mais de 4,5 milhões de pacientes atendidos 
Mais de 8,5 milhões de planos alimentares 
8 anos de Dietbox
• Gestão do consultório 
• Planos alimentares precisos 
• Materiais de marketing
• Ferramentas para fidelização 
• Aplicativo para o nutricionista 
e para o paciente 
• Dietbox Academy 
• Gestão financeira
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de nutrição do Brasil! www.dietbox.me
$$
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 3
editorial editorial 
por Sibele B. Agostini
Perfil Profissional de Egressos do Curso 
de Nutrição de uma Universidade 
Comunitária de Santa Catarina
 Em função do crescimento dos cursos de nutri-
ção, houve um aumento expressivo de nutricionistas no 
país. Diante do aumento de cursos e de profissionais na 
área de nutrição, já era possível constatar mudanças no 
mercado de trabalho. 
 Os estudos com egressos, com objetivo de ava-
liar o perfil profissional, são proveitosos tanto para aca-
dêmicos, profissionais e para instituições de ensino, pois é 
possível fazer levantamento da situação atual do mercado 
de trabalho, apontando tendências e desafios da área. Para 
estudantes e profissionais, esses dados permitem conhecer 
as mudanças sofridas no mundo de trabalho, criar prá-
ticas profissionais diferenciadas e aperfeiçoamento técni-
co-científico conforme as demandas do mercado. Para as 
instituições de ensino, esses dados permitem oferecer um 
ensino adequado às necessidades do mercado de trabalho.
 Com base no exposto, o presente estudo teve 
como objetivo analisar o perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição de uma universidade comunitária de 
Santa Catarina.
 Prepare-se para o Mega Evento Nutrição 2022 
Online, englobando o 23o Congresso Intl de Nutrição, 
Longevidade e Qualidade de Vida, 23o Congresso Intl de 
Gastronomia e Nutrição, 10o Congresso Multidisciplinar 
de Nutrição Esportiva, 18o Fórum Nacional de Nutrição, 
16o Simpósio Intl da American Academy of Nutrition and 
Dietetics (USA), 15o Simpósio Intl da Nutrition Society 
(United Kingdom), 15o Simpósio Intl do Le Cordon Bleu 
(França). 
 Veja também o EAD Nutrição Profissional com 
vários cursos de ensino à distância em nutrição clínica, 
nutrição esportiva, nutrição e estética, nutrição e pedia-
tria, e muito mais.
 
Dra. Sibele B. Agostini
CRN 1066 – 3a Região
Aproveite as 
informações científicas
atualizadas desta 
edição da Nutrição em 
Pauta.
Boa leitura!
Nosso presente é a sua confiança 
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Estamos em 23 países 
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NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 20214
Assine: (11) 5041.9321 
assinaturas@nutricaoempauta.com.br
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contato@nutricaoempauta.com.br
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A REVISTA DOS MELHORES PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO
ISSN 1676-2274
Ano 29 - número 170 - outubro 2021 - edição impressa
Publicação Bimestral da Nutrição em Pauta Ltda ME - Atualização Científca em Nutrição - R. Cristovão Pereira 
1626 cj101 - Campo Belo - 04620-012 - São Paulo - SP - Brasil - Tel 55 11 5041-9321
nucleo@nutricaoempauta.com.br - www.nutricaoempauta.com.br
Editora Científica
Diretor
Dra. Sibele B. Agostini | redacao@nutricaoempauta.com.br
Cláudio G. Agostini Jr. | diretoria@nutricaoempauta.com.br
Conselho Científico Prof. Dra. Andréa Ramalho (UFRJ/RJ),Prof. Dra. Avany Fernandes Pereira (UFRJ/RJ), Prof. Dra. Claudia 
Cople (UERJ/RJ), Prof. Dr. Dan Waitzberg (FMUSP/SP), Prof. Dra. Eliane de Abreu – (UFRJ/RJ), Prof. Dra. 
Fernanda Lorenzi Lazarim (UNICAMP/SP), Prof. Dra. Flávia Meyer (UFRGS/RS), Prof. Dra. Josefna Bres-
san (UFV/MG), Prof. Dra. Joy Dauncey (Cambridge/UK), Prof. Dra. Lilian Cuppari (UNIFESP/SP), Prof. 
Dra. Marcia Regina Vitolo (UNISINOS/RS), Prof. Dra. Maria Margareth Veloso Naves (UFG/GO), Prof. Dr. 
Mauro Fisberg (UNIFESP/SP), Prof. Dr. Melvin Williams (Maryland/USA) , Prof. Dra. Mirtes Stancanelli 
(UNICAMP/ SP), Prof. Dra. Nailza Maestá (UNESP/SP), Prof. Dra. Nelzir Trindade Reis (UVA/RJ), Prof. 
Dr. Ricardo Coelho (UNIUBE/MG), Prof. Dr. Roberto Carlos Burini (FMUNESP/SP), Prof. Dra. Rossana 
Pacheco da Costa Proença (UFSC/SC), Prof. Dra. Sonia Tucunduva Phillipi (USP/SP), Prof. Tereza Helena
Macedo da Costa (UnB/DF), Prof. Dra. Tais Borges Cesar (FCF-UNESP/SP).
Consultor de Gastronomia
Colaboradores
Chef Patrick Martin 
Chef Fabiana B. Agostini
Fotógrafo
Assinaturas
Indexação
Editoração Eletrônica
Alexandre Agostini
assinaturas@nutricaoempauta.com.br
A revista Nutrição em Pauta está indexada na Base de Dados PERI da ESALQ/USP
Produzida em outubro de 2021
 nesta edição nesta edição
ABRIL 2021
5. Perfil Profissional de Egressos do Curso de Nutrição de 
uma Universidade Comunitária de Santa Catarina
11. Qualidade de Vida de Pacientes em Hemodiálise: Há 
Relação com o Estado Nutricional?
18. A Percepção de Graduandos dos Cursos de Nutrição 
e Educação Física de uma Instituição Privada no Estado 
do Rio de Janeiro sobre Alimentação Saudável e o Comer 
Intuitivo
24. Interações entre Mães e Bebês nas Abordagens 
Tradicional e Baby-Led Weaning (BLW) de Alimentação 
Complementar: Estudo Piloto
29. Educação Nutricional para Idosos na Pandemia de 
Covid-19
32. Análise Qualitativa do Consumo Alimentar de Pacientes 
Oncológicos Acompanhados em um Hospital de Referência 
em Belém/PA 
38. Minerais e Imunidade: Algumas Considerações 
Importantes
45. Técnicas Gastronômicas Le Cordon Bleu
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 5
matéria de capa matéria de capa Professional Profile of Graduates of The 
Nutrition Course of a Community University of 
Santa Catarina
Perfil Profissional de Egressos do 
Curso de Nutrição de uma 
Universidade Comunitária de 
Santa Catarina
RESUMO: Em função do crescimento dos cursos de nu-
trição no Brasil, houve um aumento expressivo de nutri-
cionistas no mercado de trabalho. Desta forma, o presente 
estudo teve como objetivo analisar o perfil profissional de 
egressos do curso de nutrição de uma universidade co-
munitária de Santa Catarina. A amostra foi compostapor 
184 egressos, sendo que 95% eram do sexo feminino, 59% 
atuavam na mesorregião do Vale do Itajaí, 35% na área de 
nutrição clínica, 44% tinham jornada de trabalho de 21 
a 40 horas semanais, 77,5% faixa salarial entre um e seis 
salários mínimos, 68% conquistaram o primeiro emprego 
como nutricionista em menos de 6 meses após a formatu-
ra e 47% referiram estar satisfeitos com a profissão. Iden-
tificar o perfil dos egressos é de grande importância, pois 
permite entender as tendências e situação mercadológica, 
além de que é possível adequar as matrizes curriculares de 
acordo com as necessidades do mercado.
ABSTRACT:Due to the growth of nutrition courses in Bra-
zil, there was a significant increase in nutritionists in the job 
market. Thus, the present study aimed to analyze the profes-
sional profile of graduates of the nutrition course at a com-
munity university in Santa Catarina. The sample consisted 
of 184 graduates, 95% of whom were female, 59% worked 
in the mesoregion of Vale do Itajaí, 35% in the area of clin-
ical nutrition, 44% had a working day of 21 to 40 hours per 
week, 77, 5% salary range between one and six minimum 
wages, 68% got their first job as a nutritionist in less than 6 
months after graduation and 47% reported being satisfied 
with the profession. Identifying the profile of the graduates 
is of great importance, as it allows to understand the trends 
and market situation, besides that it is possible to adapt the 
curricular matrices according to the needs of the market.
. . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 
 Entre as décadas de 1930 e 1940 o Brasil foi mar-
cado por contextos históricos, abrangendo as transições 
político-econômico-sociais, a consolidação das bases para 
uma sociedade capitalista, e pelo regime chamado de Es-
tado Novo, comandado pelo presidente Getúlio Vargas. 
Foi diante desse cenário histórico que, no ano de 1939, 
surgiu a profissão de nutricionista no país, com a criação 
do primeiro curso técnico em nutrição ministrado pela 
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo 
(VASCONCELOS; CALADO, 2011).
 O curso de nutrição foi reconhecido como de ní-
vel superior após vinte e três anos da criação do primeiro 
curso, por meio do parecer nº 265, emitido pelo Conselho 
Federal de Educação, órgão do Ministério da Educação 
(CFN, 2017).
No dia 24 de abril de 1967, a Lei nº 5.276, que regulamenta 
a profissão de nutricionista, foi aprovada. Porém, com o 
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 20216
Perfil Profissional de Egressos do Curso 
de Nutrição de uma Universidade 
Comunitária de Santa Catarina
passar dos anos a lei não correspondia mais com a reali-
dade dos profissionais, e em 17 de setembro de 1991, a Lei 
nº 8234 foi sancionada pelo presidente Fernando Collor 
de Melo, revogando a Lei nº 5.276 (BRASIL, 1997; CFN, 
2017).
 Diante da trajetória da regulamentação e reco-
nhecimento do nível superior do curso, destaca-se o de-
sempenho da Associação Brasileira de Nutricionistas em 
representar e lutar pelos interesses da classe dos nutricio-
nistas (VASCONCELOS et al., 2019).
 Em função do crescimento dos cursos de nutri-
ção, houve um aumento expressivo de nutricionistas no 
país. Vasconcelos e Calado (2011) realizaram uma análi-
se histórica dos 70 anos da profissão de nutricionista no 
Brasil, analisando a expansão do número de cursos e de 
nutricionistas no país e a identidade dos profissionais 
brasileiros no contexto atual. No decorrer da análise foi 
possível observar que diante do aumento de cursos e de 
profissionais na área de nutrição, já era possível constatar 
mudanças no mercado de trabalho. Exemplo foi a área de 
nutrição clínica, na qual os profissionais começaram a se 
especializar em subáreas e categorizar seus atendimentos 
por patologias, ciclo da vida, entre outros.
 Em 25 de fevereiro de 2018 foi ratificada a Re-
solução nº 600, pelo Conselho Federal de Nutricionistas, 
dispondo uma reformulação no campo de atuação profis-
sional (CFN, 2018).
 Conforme a Portaria MEC nº 646 de 14 de maio 
de 1997, a qual regulamenta a implantação da Lei Fede-
ral nº 9.394/96 e do Decreto Federal nº 2.208/97, ambas 
as legislações estabelecem a importância de a educação 
está de acordo com as demandas do mercado de trabalho. 
Expressado no art. 9º, parágrafo único da Portaria MEC 
nº 646/97 “os mecanismos permanentes deverão incluir 
sistema de acompanhamento de egressos e de estudos de 
demanda de profissionais” (BRASIL, 1997). 
 De acordo com Soar e Silva (2017), os estudos 
com egressos, com objetivo de avaliar o perfil profissional, 
são proveitosos tanto para acadêmicos, profissionais e para 
instituições de ensino, pois é possível fazer levantamento 
da situação atual do mercado de trabalho, apontando ten-
dências e desafios da área. Para estudantes e profissionais, 
esses dados permitem conhecer as mudanças sofridas no 
mundo de trabalho, criar práticas profissionais diferencia-
das e aperfeiçoamento técnico-científico conforme as de-
mandas do mercado. Para as instituições de ensino, esses 
dados permitem oferecer um ensino adequado às necessi-
dades do mercado de trabalho.
 Com base no exposto, o presente estudo teve 
como objetivo analisar o perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição de uma universidade comunitária de 
Santa Catarina.
. . . . . . . . . . . . . . . . Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Esta pesquisa foi caracterizada como observa-
cional, descritiva, com uma abordagem quantitativa e 
temporalidade transversal. É derivada de uma pesquisa 
ampliada, intitulada “Perfil de egressos das instituições de 
ensino superior de Santa Catarina e de nutricionistas ins-
critos no Conselho Regional de Nutricionistas da décima 
região”. Foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), sob parecer 
2.098.612.
 A população envolvida no estudo abrangeu 
egressos do curso de nutrição que se formaram na UNI-
VALI entre os anos de 2000 e 2017.
 A coleta de dados se deu a partir das informa-
ções da pesquisa ampliada do Conselho Regional de Nu-
tricionistas da décima região (CRN-10), disponíveis em 
planilha do programa Microsoft Office Excel®. A partir 
dessa pesquisa ampliada, foram selecionados somente os 
egressos de Nutrição da UNIVALI. Foram então utiliza-
das informações sociodemográficas, situação profissional 
pregressa e atual, satisfação profissional, qualificação pro-
fissional e perspectivas futuras.
 Para tabulação e análise dos resultados foi utili-
zado o programa Microsoft Office Excel®. Os dados foram 
categorizados e expressos por meio de estatística descriti-
va, utilizando frequências absolutas (n) e relativas (%).
. . . . . . . . . Resultados e Discussão . . . . . . . . . .
 De acordo com a pesquisa ampliada do CRN-10, 
foi avaliada uma amostra de 184 egressos do curso de nu-
trição da UNIVALI. Destes, 95% (n=175) eram do sexo 
feminino e 5% (n=9) do sexo masculino, com faixa etária 
predominante de 30 a 39 anos (64%, n=118), seguida por 
20 a 29 anos (32%, n=59), 40 a 49 anos (3%, n=5) e 50 a 
59 anos (1%, n=2). A grande maioria (95%, n=175) resi-
dia em Santa Catarina, 4% (n=7) em outros estados e 1% 
(n=2) no exterior.
 Soar e Silva (2017) investigaram características 
profissionais de 40 egressos de Nutrição de uma instituição 
privada do estado de São Paulo, de 2008 até 2015, e tam-
bém detectaram a predominância de mulheres (97,5%), 
porém com faixa etária entre 20 e 30 anos. Segundo Cam-
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 7
matéria de capa matéria de capa 
formados entre 2008 e 2013. As áreas de maior atuação 
encontradas foram nutrição clínica (21%) e alimentação 
coletiva (13,4%). Pela característica industrial da região 
do Vale do Itajaí, é possível observar a influência na área 
de atuação dos profissionais participantes da pesquisa. 
 Segundo a pesquisa de Inserção Profissional dos 
Nutricionistas no Brasil, realizada pelo CFN(2018), as 
áreas de Nutrição Clínica, Alimentação Coletiva e Saúde 
Coletiva são responsáveis por quase 80% das atividades 
profissionais dos nutricionistas. Cerca de 88,8% dos nu-
tricionistas trabalham por 3 anos ou mais no
mesmo local, resultado semelhante encontrado na pesqui-
sa atual em que 46% (n=84) possui entre 6 meses a 5 anos 
de tempo de serviço. 
 Em relação à jornada de trabalho da principal 
área de atuação, 44% (n=81) informaram trabalhar de 21 
a 40 horas semanais, tendo como principal local de tra-
balho clínica/consultório/home care (25%, n=47), segui-
do de 21% (n=39) em órgão público municipal. Ainda, 
36% (n=66) possuem vínculo empregatício conforme a 
Consolidação das Leis do Trabalho. Souza et al., (2018) 
encontraram resultados semelhantes ao identificar o grau 
de satisfação profissional e da formação no curso de gra-
duação em nutrição de uma instituição federal do nordes-
te brasileiro. Da amostra de 129 egressos, a maior parte 
dos participantes relatou ter como vínculo empregatício o 
setor privado (29,1%), seguido do público (25,2%) e autô-
nomo (22,8%).
 No presente estudo, a faixa salarial mensal para 
77,5% (n=142) dos profissionais esteve entre um e seis sa-
lários mínimos. Quanto aos nutricionistas avaliados pela 
pesquisa promovida pelo CFN (2018), os profissionais 
que atuam na área de docência e em outras áreas, como 
nutricionistas empresários, são os mais bem remunera-
dos. Além disso, em outra variável da pesquisa foi possível 
notar que as maiores faixas salariais estiveram atreladas 
aqueles que possuem maior nível de escolarização (pós 
graduação).
 Dos egressos avaliados, 47% (n=87) não atuavam 
em outra área da nutrição a não ser o emprego principal, 
e 47% (n=86) encontravam-se satisfeitos com a profissão. 
Esse resultado corrobora com o encontrado por Costa et 
al., (2019), que avaliaram a satisfação no trabalho de 249 
nutricionistas que atuam na área de alimentação coletiva 
no estado do Paraná. Observaram que 55,41% estavam sa-
tisfeitos com o trabalho, sendo que as condições ergonô-
micas, comunicação com subordinados, limite de tempo 
para tomada de decisão, condução de funções adminis-
trativas e a renda foram fatores fortemente relacionados à 
Professional Profile of Graduates of The 
Nutrition Course of a Community University of 
Santa Catarina
pos et al., (2016) a nutrição é reconhecida no conjunto de 
profissões ditas como “femininas” no Brasil, assim como a 
enfermagem a qual é fortemente ligada a presença do sexo 
feminino pela característica do cuidado social. De acordo 
com a pesquisa Inserção Profissional dos Nutricionistas 
no Brasil, realizada pelo Conselho Federal de Nutricionis-
tas (2018), 94,1% dos profissionais nutricionistas eram do 
sexo feminino.
 A Tabela 1 demonstra os resultados do perfil pro-
fissional verificado.
 Em relação ao tempo de formatura, 35% (n=64) 
da amostra já estava formada entre 12 e 17 anos e 93% 
(n=171) já atuou como nutricionista, sendo que 84% 
(n=155) mantêm-se atualmente na profissão. Pode-se ob-
servar que a maioria dos participantes da pesquisa (97%, 
n=178) estava inscrita no CRN-10.
 No presente estudo, 68% (n=125) da amos-
tra conquistou o primeiro emprego como nutricionista 
em menos de 6 meses após a formatura. Tirloni (2017), 
com o objetivo de conhecer o perfil de 182 nutricionistas 
egressos do curso de Nutrição da Universidade Federal de 
Mato Grosso, no período de 2001 a 2014, constataram que 
72% iniciaram a atividade profissional até 6 meses após a 
conclusão do curso, resultado semelhante ao observado 
nessa pesquisa. A implementação de programas e políti-
cas públicas, as quais incluem o nutricionista, consolidou 
o mercado e a atividade profissional. A expansão de ou-
tras áreas da nutrição também favoreceu a ampliação do 
mercado de trabalho, um exemplo é o turismo no Brasil, 
o qual ampliou o campo da nutrição para as áreas de ho-
telaria e gastronomia. Além disso, a busca pela aparência 
e o condicionamento físico fez com que surgissem novos 
campos, como a nutrição estética e nutrição esportiva, 
empregando assim mais profissionais (GABRIEL et al., 
2019).
 Dos egressos participantes da pesquisa, 59% 
(n=109) atuam na mesorregião do Vale do Itajaí, região de 
destaque econômico com as indústrias têxtil, agropecuá-
ria, turismo e atividade portuária (MOREIRA; SOUZA; 
TEZZA, 2018). Segundo Mantovani, Rodrigues e Rodri-
gues (2019), a região do Vale do Itajaí é reconhecida como 
o segundo polo têxtil de todo o Brasil.
 As principais áreas de atuação profissional dos 
egressos eram nutrição clínica, com 35% (n=65) de men-
ções, alimentação coletiva (26%, n=48) e saúde coletiva 
(17%, n=32). Esses resultados encontram-se em concor-
dância com a pesquisa de Carneiro, Mendes e Gazzinelli 
(2018), na qual avaliaram o currículo do curso de gradu-
ação em nutrição a partir da perspectiva de 104 egressos, 
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 20218
satisfação em sua atuação profissional.
 No presente estudo, 60,5% (n=111) dos nutricio-
nistas buscaram especialização e cerca de 81% (n=149) 
dos egressos realizaram atualização profissional no últi-
Perfil Profissional de Egressos do Curso 
de Nutrição de uma Universidade 
Comunitária de Santa Catarina
Tabela 1 – Perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição da Universidade do Vale do 
Itajaí, Itajaí-SC, 2020.
Variáveis N %
Tempo de formatura
< 2 anos 21 11
2 a 6 anos 46 25
7 a 11 anos 53 29
12 a 17 anos 64 35
Já atuou como nutricionista
Sim 171 93
Não 13 7
Atualmente está atuando como 
nutricionista
Sim 155 84
Não 29 16
Em qual CRN está inscrito
CRN 10 178 97
Outros 06 3
Tempo entre formatura e primeiro 
emprego como nutricionista
< 6 meses 125 68
6 meses a 2 anos 39 21
> 2 anos 05 3
Não se aplica 15 8
Mesorregião de Santa Catarina onde atua
Vale do Itajaí 109 59
Norte Catarinense 23 12,5
Grande Florianópolis 12 6,5
Oeste Catarinense 11 6
Sul Catarinense 07 4
Outros estados 06 3
Não se aplica 16 9
Tabela 1 – Perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição da Universidade do Vale do 
Itajaí, Itajaí-SC, 2020.
Variáveis N %
Principal área de atuação
Nutrição Clínica 65 35
Alimentação Coletiva 48 26
Saúde Coletiva 32 17
Docência 18 10
Nutrição Esportiva 02 1
Outros 05 3
Não se aplica 14 8
Jornada trabalho na principal área de 
atuação
Até 20 horas 43 23
21 a 40 horas 81 44
> 40 horas 44 24
Sem jornada fixa 02 1
Não se aplica 14 8
Local de trabalho na principal área de 
atuação
Clínica/ Consultório/Home care 47 25
Órgão Público Municipal 39 21
Cozinha Industrial/Restaurantes 27 15
Instituição de Ensino Superior 19 10
Hospital 16 9
Escolas particulares/ Empresas privadas e de 
consultorias
12 6
Indústria de alimentos/Loja de produtos 
naturais
03 2
Academia de Ginástica/Clube esportivo 03 2
Órgão Público Estadual 03 2
Órgão Público Federal 02 1
Outros/ Não se aplica 13 7
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 9
mo ano. Porém, 22,5% (n=41) não realizaram nenhuma 
pós-graduação. Da amostra analisada, 75% (n=138) res-
pondeu que tem interesse em cursar pós-graduação, ten-
do como principais áreas de interesse: Nutrição clínica, 
Nutrição funcional, Nutrição comportamental, Nutrição 
hospitalar e Fitoterapia, abrangendo 27% (n=50) das in-
tenções. A atualização e as especializações buscadas pelos 
profissionais engrandecem o seu conhecimento teórico-
-prático, tornando-os mais qualificados e destacando-os 
no meio profissional. A formação acadêmica deve fomen-
tar profissionais aptos à entrada e permanência no mer-
cado de trabalho competitivo, por meio de uma educação 
humanizada e da construção do senso crítico e com capa-
cidade de transformação (LIMA et al., 2017).
Professional Profile of Graduates of The 
Nutrition Course of a Community University of 
Santa Catarina
matéria de capa matéria de capa 
Tabela 1 – Perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição da Universidade do Vale do 
Itajaí, Itajaí-SC, 2020.
Variáveis N %
Categoriaprofissional atual
Empregado registrado CLT – Consolidação 
das Leis do Trabalho
66 36
Profissional liberal 47 25,5
Funcionário público 44 24
Empresário 09 5
Bolsista ou residente 04 2
Prestador de serviços contratado 01 0,5
Não se aplica 13 7
Tempo de serviço na principal área de 
atuação
< 6 meses 13 7
6 meses a 5 anos 84 46
6 a 11 anos 52 28
12 a 17 anos 24 13
Não se aplica 11 6
Além do emprego principal atua em outras 
áreas da nutrição
Sim 74 40
Não 87 47
Não se aplica 23 13
Tabela 1 – Perfil profissional de egressos do 
curso de nutrição da Universidade do Vale do 
Itajaí, Itajaí-SC, 2020.
Variáveis N %
Como se sente em relação a profissão
Muito satisfeito 21 11
Satisfeito 86 47
Pouco satisfeito 46 25
Insatisfeito 27 15
Muito insatisfeito 01 0,5
Não se aplica 03 1,5
Cursou pós-graduação
Especialização 111 60,5
Mestrado 22 12
Doutorado 08 4
Pós doutorado 02 1
Não realizou 41 22,5
Possui interesse em cursar pós-graduação
Sim 138 75
Não 46 25
Atualização no último ano
Sim 149 81
Não 35 19
Área de interesse pós-graduação
Nutrição clínica/Funcional/Comportamental/
Hospitalar/Fitoterapia
50 27
Alimentação escolar/ Materno infantil 20 11
Alimentação coletiva/Gestão/Consultoria/
Gastronomia
17 9
Saúde coletiva/Vigilância sanitária/Segurança 
alimentar
10 5
Nutrição esportiva 09 5
Outras 12 7
Não tem interesse/Não informaram 66 36
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202110
. . . . . . . . . . C onsiderações Finais . . . . . . . . . . . .
 Com o crescente aumento de cursos de gradu-
ação em nutrição e, consequentemente, de profissionais 
da área nos últimos anos, torna-se essencial identificar os 
principais aspectos do perfil dos egressos, para que se en-
tenda sobre as tendências e situação mercadológica, ser-
vindo de orientação tanto para os nutricionistas, no senti-
do de nortear a construção de suas carreiras, como para as 
Instituições de Ensino Superior, a fim de adequarem suas 
matrizes curriculares de acordo com as necessidades do 
mercado. 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre os autores
 Adrieli Gonzaga Katzwinkel - Acadêmica do 
Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí – 
UNIVALI.
 Profa. Dra. Rosana Henn – Nutricionista. Mes-
tre em Ciência dos Alimentos. Docente e Pesquisadora do 
Curso de Nutrição da UNIVALI.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PALAVRAS-CHAVE: Mercado de trabalho. Nutricionis-
tas. Área de atuação profissional.
KEYWORDS: Job market. Nutritionists. Professional prac-
tice location.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
RECEBIDO: 18/9/21 – APROVADO: 8/10/21
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Perfil Profissional de Egressos do Curso 
de Nutrição de uma Universidade 
Comunitária de Santa Catarina
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 11
RESUMO: Introdução: A qualidade de vida de pacientes 
com DRC em hemodiálise pode se comprometer devido 
as mudanças que ocorrem após o diagnóstico. O objetivo 
do estudo foi analisar a relação entre a qualidade de vida e 
o estado nutricional de pacientes em hemodiálise. Méto-
dos: Foram coletados dados clínicos, de ingestão alimen-
tar e de qualidade de vida de pacientes em hemodiálise de 
Blumenau. Resultados: A amostra foi composta por 60 in-
divíduos, sendo 47% (n=28) eutróficos e 53% (n=32) com 
excesso de peso. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos 
pacientes em hemodiálise possuem excesso de peso, baixa 
ingestão de vitamina D entre os pacientes com excesso de 
peso e maiores incômodos relacionados a presença de cãi-
bras também nesse grupo. 
ABSTRACT: Introduction: The quality of life of patients 
with CKD undergoing hemodialysis can be compromised 
due to the changes that occur after diagnosis. The aim of 
the study was to analyze the relationship between quali-
ty of life and nutritional status of hemodialysis patients. 
Methods: Clinical data, food intake and quality of life data 
from hemodialysis patients in Blumenau were collected. Re-
sults: The sample consisted of 60 individuals, 47% (n=28) 
of whom were eutrophic and 53% (n=32) were overweight. 
Conclusion: It is concluded that most hemodialysis patients 
are overweight, have low vitamin D intake among over-
weight patients and morediscomfort related to the presence 
of cramps in this group as well. 
. . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Os rins são órgãos que constituem o sistema uri-
nário. Sua função principal é a manutenção da homeosta-
se corporal a fim de manter os níveis de água e sais mine-
rais em concentrações ideais. Através dos rins, as toxinas e 
substâncias que estejam em excesso no organismo, são eli-
minadas por meio da urina (TORTORA; DERRICKSON, 
2017). Quando a doença renal crônica (DRC) se instala, a 
perda das funções renais se torna irreversível (RIBEIRO et 
al., 2008).
 Segundo as diretrizes clínicas dos cuidados da 
DRC, é indicado nas fases iniciais da doença, o tratamento 
conservador, caracterizado pela abordagem clínica, medi-
camentosa e dietética (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
O início do programa dialítico se dá quando o tratamen-
to conservador não é suficientemente capaz de manter a 
estabilidade do paciente. Sendo assim, a literatura aponta 
que a qualidade de vida desses indivíduos pode ser afetada 
(RIBEIRO et al., 2008).
 Embora a hemodiálise seja o tipo de procedimen-
Qualidade de Vida de 
Pacientes em Hemodiálise: 
Há Relação com o Estado 
Nutricional?
clínica clínica Quality of Life of Patients in Hemodialysis: Is There a Relationship with the Nutritional State?
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202112
to dialítico mais indicado e utilizado, esta pode acarretar 
limitações. Pacientes em hemodiálise, comparados aos 
pacientes em diálise peritoneal ou que se submeteram ao 
transplante renal, apresentam menores índices positivos 
relacionados à qualidade de vida (MACHADO; PINHA-
TI, 2014).
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de 
sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de 
valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, 
expectativas, padrões e preocupações” (WORLD HEAL-
TH ORGANIZATION QUALITY OF LIFE 1995). A qua-
lidade de vida não envolve apenas o bem-estar físico, mas 
também o bem-estar espiritual, mental e emocional. Além 
disso, os relacionamentos sociais com a família e amigos 
assim como a saúde, educação, habitação e saneamento 
básico também fazem parte do contexto da qualidade de 
vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION QUALITY 
OF LIFE, 1995).
 A nutrição exerce papel importante no trata-
mento da DRC com o intuito de auxiliar no tratamen-
to medicamentoso, seja na fase não dialítica ou dialítica 
(BOUSQUET-SANTOS; COSTA; ANDRADE, 2019). A 
dieta para pacientes com DRC possui limitações, uma vez 
que a função renal está prejudicada. Logo, faz-se necessá-
rio o acompanhamento nutricional individualizado para 
adequações na rotina alimentar, do qual estas adaptações 
possibilitem melhora na qualidade de vida desses indiví-
duos (SANTOS et al., 2013). Um estudo desenvolvido por 
Santos et al. (2013), que avaliou dados antropométricos, 
bioquímicos, alimentares e de qualidade de vida, apontou 
que os pacientes desta amostra, apresentaram limitações 
na qualidade de vida relacionada a ingestão alimentar. 
Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a relação 
entre a qualidade de vida e o estado nutricional de pacien-
tes com DRC em hemodiálise.
. . . . . . . . . . . . . . . Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
 Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e 
quantitativa, aplicada na área das Ciências da Saúde, com 
utilização de levantamento de dados primários e secundá-
rios de qualidade de vida e estado nutricional de pacientes 
renais crônicos de ambos os sexos e que realizam hemodi-
álise na Associação Renal Vida em Blumenau (SC). 
 Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comi-
tê de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (CEPH) da 
FURB, de acordo com os aspectos éticos definidos na Re-
solução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2012). A coleta de dados foi realizada entre 
os meses de março a abril de 2021 na cidade de Blumenau 
(SC). O estudo apresentou como limitações, a veracidade 
das informações coletadas no questionário e a não adesão 
dos entrevistados à pesquisa.
 Como critérios de inclusão, foram considerados 
o paciente estar em hemodiálise por pelo menos seis me-
ses, ter idade superior a 18 anos e realizar no mínimo 3 
sessões de hemodiálise por semana. Como critérios de ex-
clusão, foram considerados a incapacidade do paciente de 
responder aos questionários e a recusa em participar da 
pesquisa.
 Os pacientes foram convidados a participar da 
pesquisa através da assinatura do Termo de Consenti-
mento Livre e Esclarecido (TCLE) e após a assinatura do 
TCLE, os dados foram coletados.
 Foram coletados dados antropométricos, clíni-
cos além de dados de ingestão alimentar (R24 horas) e 
qualidade de vida (Doença Renal e Qualidade de Vida 
(KDQOL-SF™ 1.3). Por fim, os dados bioquímicos foram 
extraídos dos prontuários dos pacientes. Para a análi-
se estatística, foi utilizado o software Jamovi®. Os dados 
foram distribuídos em médias, medianas, desvio padrão, 
mínimo, máximo e percentis. Por fim, os resultados fo-
ram considerados estatisticamente significativos quando 
p <0,05.
. . . . . . . . . . . . . . . Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 
 O presente estudo teve como objetivo, avaliar a 
qualidade de vida e o estado nutricional de pacientes em 
hemodiálise da Associação Renal Vida de Blumenau (SC).
 A amostra foi composta por 60 indivíduos, 58% 
adultos (n=35) e 42% idosos (n=25). A maioria dos parti-
cipantes do estudo são do sexo masculino, 52% (n=31) e 
48% (n=29) do sexo feminino. 
 Em relação ao estado nutricional com base no ín-
dice de massa corporal (IMC), 47% (n=28) dos pacientes 
são eutróficos e 53% (n=32) estão com excesso de peso A 
média de tempo em anos em hemodiálise foi de 4,4±3,2 
anos para os pacientes eutróficos e de 3,8±4,1 anos para os 
pacientes com excesso de peso.
 Os pacientes em hemodiálise, quando compa-
rados entre eutróficos e com excesso de peso em relação 
as variáveis clínicas, apresentaram diferença significativa 
Qualidade de Vida de Pacientes em 
Hemodiálise: Há Relação com o Estado 
Nutricional?
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 13
Quality of Life of Patients in Hemodialysis: Is 
There a Relationship with the Nutritional State? clínica clínica 
Tabela 1. Comparação entre pacientes eutróficos e com excesso de peso em relação às variáveis 
clínicas e de ingestão alimentar dos pacientes em hemodiálise da 
Associação Renal Vida de Blumenau (SC). 
Eutrofia Excesso de Pêso
Variável Média±DP Mín-Máx Média±DP Mín-Máx p
Peso corporal
Peso (kg) 57,3±8,9 41,0-73,5 81,3±10,7 64-108 <,001
Bioquímica
Kt/V1 (mg/dl) 1,4±0,2 0,9-1,8 1,42±0,3 1,0-2,7 0,534
Fósforo (mg/dl) 4,5±1,9 1,1-9,0 5,1±2,1 1,9-10,8 0,377
Potássio (mEq) 5,8±0,7 4,4-7,2 5,8±0,8 4,2-7,6 1,000
Sódio (mEq) 132±2,9 127-137 133±2,3 129-139 0,170
Ureia (µg/dl) 134±21,4 81-170 140±21,1 97-176 0,293
Albumina (g/dl) 3,9±0,2 3,4-4,3 3,9±0,2 3,0-4,4 0,786
Hematócrito (%) 32,8±5,5 19,2-42,0 33,1±5,0 23,8-40,2 0,777
Hemoglobina (g/dl) 10,7±1,84 6,7-13,4 10,7±1,5 7,7-12,7 1,000
Cálcio (mg/dL) 8,4±0,8 7,4-11,7 8,3±0,9 5,9-10,0 0,690
Paratormônio (pg/ml) 585±784 4,6-3598 544±595 7,9-2790 0,972
Quelantes de P2
Carbonato de cálcio 1,8±0,3 1-2 1,7±0,4 1-2 0,748
Sevelamer 1,5±0,5 1-2 1,5±0,5 1-2 0,798
IA3
Calorias (kcal) 1259±553 710-3318 1155±417 695-2465 0,852
Carboidrato (g) 159±86,6 36,0-503 151±54,3 70,5-332 0,916
Proteína (g) 55,3±25,1 15,5-144 54,3±21,9 16,0-125 0,987
Lipídios (g) 42,7±21,5 17,0-108 41,8±18,7 11,0-84,8 0,883
Fibra (g) 12,7±5,9 4,3-28,0 11,8±6,0 2,7-31,0 0,394
Fósforo (mg) 641±308 262-1710 648±206 258-1127 0,349
Potássio (mg) 1315±628 268-3007 1676±2262 558-13013 0,916
Ferro (mg) 7,9±3,9 2,9-18,6 7,7±3,5 1,9-19,3 0,889
Cálcio (mg) 375±259 99,4-1183 401±181 82,7-809 0,316
Vitamina C (mg) 37,0±56,7 0,1-217 28,2±36,7 0,0-176 0,864
Vitamina D (mcg)4,5±15,2 0,0-80 3,5±5,2 0,0-28,9 0,037
Legenda: 1Kt/V: índice de eficiência dialítica; 2P: fósforo; 3IA: ingestão alimentar.
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202114
Qualidade de Vida de Pacientes em 
Hemodiálise: Há Relação com o Estado 
Nutricional?
Tabela 2. Comparação entre pacientes em hemodiálise da Associação Renal Vida de Blumenau (SC) 
em relação ao seu nível de eutrofia e de excesso de peso quanto à qualidade de vida.
Eutrofia Excesso de Pêso
Variável Mediana±DP 25th-75th Mediana±DP 25th-75th p
Saúde em geral 3,0±0,9 3,0-4,0 3,0±0,8 3,0-4,0 0,221
Atividades que exigem esforço 2,0±0,8 1,0-3,0 2,0±0,7 1,0-2,0 0,327
Levantar compras mercado 3,0±0,7 2,0-3,0 2,0±0,7 2,0-3,0 0,694
Subir escadas 2,0±0,8 1,0-3,0 2,0±0,8 1,0-3,0 0,286
Inclinar-se 2,0±0,8 1,0-3,0 2,0±0,8 1,0-3,0 0,986
Caminhar mais de 1 km 2,0±0,9 1,0-3,0 2,0±0,7 1,0-3,0 0,844
Tomar banho e vestir-se 3,0±0,5 3,0-3,0 3,0±0,6 2,7-3,0 0,398
Faz menos coisas 1,0±0,5 1,0-2,0 1,5±0,5 1,0-2,0 0,501
Faz mais esforço 2,0±0,4 2,0-2,0 2,0±0,4 2,0-2,0 0,953
Possui menos atenção 2,0±0,4 2,0-2,0 2,0±0,4 2,0-2,0 0,953
Interferência nas atividades sociais 1,0±1,2 1,0-2,0 2,0±1,0 1,0-2,0 0,405
Dores no corpo 3,0±1,7 1,0-5,0 3,5±1,7 1,0-4,0 0,911
Desanimado e deprimido 5,0±1,4 4,0-6,0 4,0±1,6 3,0-6,0 0,359
Esgotado 5,0±1,6 3,0-6,0 6,0±1,7 3,0-6,0 0,757
Pessoa feliz 1,0±1,4 1,0-2,0 2,0±1,4 1,0-3,0 0,170
Cansado 5,0±1,5 3,0-6,0 5,5±1,7 3,0-6,0 0,745
Doente com mais facilidade 5,0±1,8 2,0-5,0 5,0±1,4 4,0-5,0 0,266
Saudável quanto a outra pessoa 2,0±1,7 1,0-5,0 2,0±1,7 1,0-4,2 0,459
Saúde vai piorar 5,0±1,5 2,5-5,0 5,0±1,7 2,7-5,0 0,891
DRC interfere vida 1,0±1,8 1,0-5,0 2,0±1,8 1,0-5,0 0,341
Tempo gasto com a DRC 4,0±1,8 1,0-5,0 2,0±1,8 1,0-5,0 0,568
Decepcionado com a DRC 5,0±1,5 4,0-5,0 5,0±1,6 3,5-5,0 0,844
Peso para família 5,0±1,7 2,0-5,0 5,0±1,7 1,7-5,0 0,691
Isolou-se das pessoas 2,0±2,0 1,0-4,5 3,0±1,9 1,0-5,2 0,218
Demorou para reagir 1,0±2,3 1,0-6,0 2,0±2,2 1,0-6,0 0,906
Irritou pessoas próximas 2,0±2,1 1,0-5,0 2,0±2,0 1,0-5,0 1,000
Dificuldades em concentrar-se e pensar 2,0±2,2 1,0-6,0 1,5±2,1 1,0-5,2 0,581
Relacionou-se com outras pessoas 4,0±2,3 1,0-6,0 5,0±2,1 1,0-6,0 0,544
Sentiu-se confuso 3,0±2,3 1,0-6,0 1,5±2,1 1,0-5,2 0,359
Dores musculares 3,0±1,5 1,0-4,0 2,0±1,4 1,0-4,0 0,742
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 15
Tabela 2. Comparação entre pacientes em hemodiálise da Associação Renal Vida de Blumenau (SC) 
em relação ao seu nível de eutrofia e de excesso de peso quanto à qualidade de vida.
Eutrofia Excesso de Pêso
Variável Mediana±DP 25th-75th Mediana±DP 25th-75th p
Dores peito 1,0±0,6 1,0-1,0 1,0±1,5 1,0-1,5 0,351
Cãibras 1,0±1,2 1,0-1,5 2,50±1,4 1,0-3,2 0,008
Coceira na pele 1,0±1,4 1,0-2,5 1,0±1,3 1,0-3,0 0,938
Falta ar 1,0±1,0 1,0-2,0 1,0±1,4 1,0-3,0 0,483
Fraqueza ou tontura 2,0±1,0 1,0-3,0 2,0±1,1 1,0-3,0 0,873
Falta de apetite 2,0±1,1 1,0-2,5 1,0±1,2 1,0-2,0 0,187
Dormência nas mãos ou pés 1,0±1,0 1,0-2,0 2,0±1,2 1,0-3,0 0,117
Episódios frequentes de vômito 1,0±1,1 1,0-2,0 1,0±1,4 1,0-3,0 0,176
Problemas na fístula 1,0±1,0 1,0-1,0 1,0±0,8 1,0-1,0 0,392
Limitação de líquido 5,0±1,7 1,5-5,0 4,0±1,8 1,0-5,0 0,462
Limitação alimentar 1,0±1,5 1,0-3,0 1,5±1,5 1,0-3,0 0,433
Dificuldades em viajar 1,0±1,2 1,0-3,0 1,0±1,3 1,0-2,2 0,576
Depender de profissionais da saúde 1,0±0,8 1,0-1,0 1,0±1,2 1,0-1,0 0,157
Estresse e preocupação com a DRC 1,0±1,2 1,0-2,0 1,0±1,5 1,0-3,0 0,387
Vida sexual 1,0±0,7 1,0-1,0 1,0±0,9 1,0-1,0 0,972
Aparência pessoal 1,0±0,8 1,0-2,0 1,0±1,0 1,0-1,2 0,591
Dificuldade para dormir 2,0±2,2 1,0-6,0 3,0±1,9 1,0-5,0 0,781
Tempo com a família e amigos 4,0±1,1 3,0-4,0 4,0±1,2 2,0-4,0 0,302
Apoio familiar e de amigos 4,0±1,1 3,0-4,0 4,0±1,1 2,7-4,0 0,774
Saúde impossibilita o trabalho 1,0±0,4 1,0-1,0 1,0±0,6 1,0-2,0 0,168
Satisfação com a diálise 6,0±1,3 4,0-7,0 5,0±1,1 4,7-6,0 0,413
Encorajam a ser independentes 1,0±1,6 1,0-3,5 1,0±1,4 1,0-2,0 0,474
entre o nível de peso corporal. Quanto a ingestão alimen-
tar, Quando questionados quanto a sua qualidade de vida, 
pode-se perceber que os pacientes que estão com excesso 
de peso possuem maior incômodo quanto a presença de 
cãibras quando comparados ao grupo eutróficos (Tabela 
2).
. . . . . . . . . . . . . . . . Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Este estudo mostrou que a maioria dos pacientes 
em hemodiálise possuem excesso de peso. Além disso, os 
pacientes que possuem excesso de peso, possuem menor 
ingestão de vitamina D e nesse mesmo grupo, o incômodo 
com a presença de cãibras foi maior.
 O excesso de peso é uma situação considerada 
comum entre os pacientes em hemodiálise nos tempos 
atuais (PAULETTO et al., 2011). Nos últimos anos, um 
fenômeno denominado “paradoxo da obesidade” foi des-
crito em alguns estudos com pacientes renais crônicos 
em hemodiálise. Os dados desse paradoxo mostram que 
pacientes com IMC diminuído, estão associados a maior 
taxa de mortalidade. Por outro lado, pacientes em hemo-
Quality of Life of Patients in Hemodialysis: Is 
There a Relationship with the Nutritional State? clínica clínica 
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202116
diálise com excesso de peso, estão associados a sobrevida 
maior (KITTISKULNAM; JOHANSEN, 2020). 
 A deficiência de vitamina D também é uma situa-
ção clínica considerada comum em pacientes com DRC. A 
baixa ingestão alimentar, falta de exposição solar e o con-
texto da própria doença, são fatores que contribuem para 
a deficiência dessa vitamina (JEAN et al., 2017). A vitami-
na D é um micronutriente essencial devido as funções que 
exerce no organismo, como por exemplo, a regulação da 
pressão arterial, redução de biomarcadores inflamatórios, 
melhora da sensibilidade à insulina e melhora da função 
imunológica. Segundo Lee et al. (2015), níveis séricos de 
vitamina D em maiores proporções, estão associados a 
menores riscos de mortalidade em pacientes com DRC. 
Para corroborar, um estudo de Gonzalez e colaboradores 
(2014), relatou que 97% dos pacientes em hemodiálise 
apresentaram níveis inadequados de vitamina D. Outro 
estudo demonstrou que as restrições alimentares impos-
tas aos pacientes em hemodiálise para reduzir a ingestão 
de fósforo, podem contribuir para o desenvolvimento de 
hipovitaminose D nos pacientes com doença renal em 
estágio terminal (LEE et al., 2015). Além disso, um estu-
do desenvolvido com 171 pacientes em hemodiálise para 
avaliar os níveis séricos de vitamina D relacionados com 
distúrbios do sono, verificou que a ingestão dos alimentos 
e a obesidade são fatores importantes para a deficiência de 
vitamina D (HAN et al., 2017).
 Cãibras musculares são um dos principais sin-
tomas físicos relatados pelos pacientes em hemodiálise 
(VARGHESE et al., 2020). Cãibras são contrações mus-
culares involuntárias dolorosas, que podem durar segun-
dos ou minutos e são motivos de desistência precoce das 
sessões de hemodiálise pelos pacientes. Isso afeta negati-
vamente a qualidade de vida, visto que muitas vezes eles 
desenvolvem quadros de depressão e insônia, pois as cãi-
bras podem surgir em momentos dos quais, os pacientes 
não estão realizando hemodiálise. A fisiopatologia da cãi-
bra não é bem esclarecida e não há estratégias de preven-
ção ou cura que sejam comprovadas. Nos pacientes em 
hemodiálise, vários fatores podem desencadear cãibras, 
incluindo a rápida remoção de fluídos durante a hemo-
diálise, hipotensão intradialítica e hipomagnesemia. Para 
corroborar, um estudo realizado com 50 pacientes em he-
modiálise nos Estados Unidos, apontou que quase todos 
os participantes relataram sofrer com cãibras (COX et al., 
2017).
 A qualidade de vida do paciente em hemodiálise 
é afetada devido às mudanças psicossociais e biológicas 
relacionadas ao tratamento. Os sintomas comuns relacio-
nados a hemodiálise são relevantes para os pacientes, pois 
causam angústia e preocupação e interferem na atividade 
física e social dos indivíduos (COX et al., 2017). Segundo 
um estudorecente, estima-se que essa população, apre-
senta taxas de depressão de duas a três vezes maiores do 
que em indivíduos que possuem outras doenças crônicas. 
A depressão pode favorecer a progressão da doença renal, 
piores desfechos clínicos e risco aumentado de mortalida-
de (PRETTO et al., 2020).
 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . C onclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Este trabalho mostrou que a maioria dos pacien-
tes em hemodiálise avaliados, possuem excesso de peso, 
baixa ingestão de vitamina D entre os pacientes que estão 
acima do peso e maiores incômodos relacionados a pre-
sença de cãibras também nesse grupo. A baixa ingestão 
de vitamina D pode causar malefícios para os pacientes 
renais com excesso de peso e a presença de cãibras pode 
prejudicar a qualidade de vida dos pacientes. A realização 
do diagnóstico nutricional e a avaliação da qualidade de 
vida relacionada à saúde, pode beneficiar às equipes mul-
tidisciplinares tanto nas avaliações dos prognósticos como 
também no planejamento das intervenções com objetivo 
minimizar as comorbidades e alterações psicossociais dos 
pacientes com DRC.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre os autores
 Dra. Susane Fanton - Nutricionista na Associação 
Renal Vida. Doutoranda em Ciências Cardiovasculares na 
Universidade Federal Fluminense (UFF), Blumenau (SC) 
– Brasil.
 Ana Paula Nahring; Mariele da Silva - Discentes 
do Curso de Nutrição da Universidade Regional de Blu-
menau - FURB, Blumenau (SC) - Brasil.
 Dra. Beatriz Germer Baptista – Nutricionista. 
Mestranda em Ciências Médicas na Universidade Federal 
Fluminense (UFF), Blumenau (SC) – Brasil.
 Ivo Rene Westphal - Acadêmico de Serviço Social 
na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR,) Blumenau 
(SC) – Brasil.
 Dra. Caroline Pozzi Vanelli; Dra. Gabriela Cado-
re; Dra. Jamile Sousa de Araújo; Dra. Liliane Sartori - Nu-
tricionistas na Associação Renal Vida Renal Vida, Blume-
nau (SC) – Brasil.
Qualidade de Vida de Pacientes em 
Hemodiálise: Há Relação com o Estado 
Nutricional?
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 17
 Ana Paula Joaquim Krieger; Camila Dalberto; 
Daniela da Trindade Cruz; Fernando Roters; Michele Si-
mon; Weltyane Cleicy da Silva Costa - Enfermeiros na As-
sociação Renal Vida Renal Vida, Blumenau (SC) – Brasil.
.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida. Estado nutricio-
nal. Diálise renal.
KEYWORDS: Quality of life. Nutritional status. Renal 
dialysis.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
RECEBIDO: 8/9/21 – APROVADO: 9/10/21
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Quality of Life of Patients in Hemodialysis: Is 
There a Relationship with the Nutritional State? clínica clínica 
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202118
A Percepção de Graduandos dos 
Cursos de Nutrição e Educação 
Física de uma Instituição 
Privada no Estado do Rio de 
Janeiro sobre Alimentação 
Saudável e o Comer Intuitivo
RESUMO: Atualmente, assuntos sobre alimentação sau-
dável e comer intuitivo são relevantes. O objetivo deste 
trabalho foi verificar a percepção de estudantes de Nutri-
ção e Educação Física com relação as escolhas alimenta-
res. Foram entrevistados 68 discentes, sendo 54 do curso 
de Nutrição e 14 do curso de Educação Física, entre se-
tembro e outubro de 2020. A coleta dos dados foi realiza-
da virtualmente e as informações tabuladas no Microsoft 
Excel 16.0. Quando questionados se confiavam no próprio 
corpo quanto ao que comer, 44,44% alunos de Nutrição 
responderam que sim, enquanto 28,57% alunos de Edu-
cação Física afirmaram confiança. Com relação se suas es-
colhas alimentares eram realizadas conforme o que consi-
deravam mais saudável, em detrimento das suas vontades, 
44,44% acadêmicos de Nutrição e 71,43% dos acadêmicos 
de Educação Física afirmaram que sim. Portanto, os alu-
nos dos cursos de Nutrição e Educação Física demonstra-
ram diferentes tendências em relação ao comer intuitivo e 
confiança sobre seus corpos. 
ABSTRACT: Currently, issues that address the theme of 
healthy eating and intuitive eating are becoming more rel-evant. This study aimed to verify the perception of under-
graduate students in Nutrition and Physical Education, 
regarding their food choices and analyze if there was recog-
nition of their physiological needs. Sixty-eight students were 
interviewed, 54 students from the Nutrition course and 14 
from the Physical Education course, between September 
and October 2020. Data collection was performed using a 
virtual form and the information tabulated with help from 
Microsoft Excel 16.0. As for the results, when asked if they 
trusted their own body, regard to how much to eat without 
the need for external rules, 44.44% of the students in the 
Nutrition course answered yes, while only 28.57% of the stu-
dents in the Physical Education course affirmed such confi-
dence. Regarding the question that addressed whether their 
food choices were made according to what they considered 
healthier, to the detriment of their eating desires, 44.44% of 
Nutrition students and 71.43% of Physical Education stu-
dents said yes. These findings showed that students from the 
Nutrition and Physical Education courses showed different 
trends in relation to intuitive eating and confidence in their 
own bodies.
. . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 A construção de bons hábitos alimentares im-
pacta positivamente na melhoria da qualidade de vida e 
na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas 
não transmissíveis como diabetes, doenças cardiovascu-
The Perception of Undergraduate Students of 
Nutrition and Physical Education Courses at a 
Private Institution in the State of Rio de Janeiro 
Regarding Healthy Eating and Mindful Eating
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 19
esporte esporte 
lares, e alguns tipos de câncer (WHO, 2003). Segundo a 
Organização Mundial da Saúde, a dieta diária de um in-
divíduo adulto deve ser composta de leguminosas; cereais 
integrais; o mínimo de 400g de frutas, verduras e legumes; 
baixos índices de gorduras saturadas e de sódio; de forma 
diversificada, saudável e equilibrada, respeitando a indivi-
dualidade humana, cultura, acesso e renda.
 Entretanto, observa-se que as regras de beleza 
impostas pela atual sociedade se referem a um estereóti-
po magro, com curvas bem delineadas e que obedeçam 
aos “padrões do corpo perfeito” e, por esse motivo, po-
dem ter um impacto negativo sobre a saúde física e mental 
das pessoas que tentam seguir esses padrões de beleza. A 
busca em conquistar a tríade juventude-saúde-beleza tem 
desencadeado mudanças no comportamento alimentar da 
população (PRIORE, 2000). 
 A mídia é um dos maiores meios de dissemina-
ção da ideia do saudável e de um modelo de qualidade de 
vida que, em sua maioria, é representado por um corpo 
magro e socialmente aceito. Essa ideia de saúde propa-
gada se reflete em inúmeras dietas restritivas e alterações 
autoimpostas em relação à determinados grupos alimen-
tares, como o carboidrato, gorduras, ou os que são consi-
derados mais calóricos (VIEIRA; BOSI, 2013).
 Em meio a essa realidade, o que chama mais a 
atenção é que mesmo com o aumento no número de die-
tas, estratégias para se obter esse corpo “saudável” e uma 
maior facilidade ao acesso às informações nutricionais e 
de saúde, o número de pessoas acometidas por transtor-
nos alimentares e obesidade vêm se expandindo cada vez 
mais no Brasil e ao redor do mundo (GORDON, 2000); 
(PIMENTA et al., 2015). Esse fato ocorre porque as mu-
danças no comportamento são pautadas em privações, e 
de forma fisiológica são interpretados como uma hostili-
dade ao corpo, e podem acarretar diversas respostas como 
um maior ganho de peso, um ato de comer descontrola-
do, o desenvolvimento de transtornos alimentares e uma 
má relação com o alimento em si (DULLOO; JACQUET; 
MONTANI, 2012); (MANN et al., 2007); (NEUMARK-S-
ZTAINER et al., 2006).
 Para contrapor as restrições alimentares, o con-
ceito do comer intuitivo está ganhando notoriedade, tan-
to entre os profissionais da área de Nutrição quanto aos 
adeptos de uma alimentação adequada, pois tem como 
premissa as pessoas confiarem na sabedoria de seu corpo 
por meio de princípios que têm como objetivo desenvol-
ver a capacidade de reconhecer saciedade e fome, que são 
perdidas ao longo da vida por conta de regras externas im-
postas que ditam o quanto, como e quando comer (TRI-
BOLE; RESCH, 2012). O comer intuitivo também rejeita a 
mentalidade de dietas e faz com que o comer deixe de ser 
algo automático e influenciado pelo ambiente em que nos 
encontramos (COHEN; FARLEY, 2008). 
 Essa abordagem reconhece o indivíduo como co-
nhecedor do seu corpo e protagonista ao se tratar de uma 
mudança comportamental e um estilo de vida saudável, é 
a descoberta de um momento de contentamento, onde o 
mesmo pode decidir o que realmente sente vontade de co-
mer, focar em suas necessidades físicas e não emocionais, 
isto é, dar atenção aos seus sentimentos e emoções para 
de fato reconhecer sua saciedade, capacitando o indivíduo 
a não se confundir por sentimentos de tédio e ansiedade, 
por exemplo, que podem camuflar essa percepção, levan-
do-o a buscar o conforto na comida e, por fim, manter o 
corpo saciado com energia e nutrientes suficientes, hon-
rar a própria saúde e entender que para a alimentação ser 
saudável não precisa ser perfeita e que os conhecimentos 
nutricionais que obtemos cada dia mais podem ser usados 
de maneira acomodatícia, garantindo bem estar e saúde 
(TRIBOLE; RESCH, 2012).
 Por compreender a importância da temática da 
alimentação saudável e do comer intuitivo para os pro-
fessionais da área da saúde, realizar um estudo com gra-
duandos das áreas de Nutrição e Educação Física faz-se 
relevante e por isso este trabalho se justifica.
 O objetivo foi verificar a percepção de estudantes 
dos cursos de Nutrição e Educação Física da Universidade 
Estácio de Sá – Duque de Caxias, RJ – com relação as suas 
escolhas alimentares e analisar uma possível correlação 
das suas preferências alimentares com o reconhecimento 
ou não de suas necessidades fisiológicas. 
. . . . . . . . . . . . . . . Métodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Para a realização desta pesquisa, foi proposto um 
estudo transversal com 68 graduandos, sendo 54 do curso 
de Nutrição e 14 do curso de Educação Física entre setem-
bro e outubro de 2020. Os discentes participantes deste 
projeto estavam devidamente matriculados no semestre 
de 2020 na Universidade Estácio de Sá, na unidade de Du-
que de Caxias - Rio de Janeiro. O projeto foi submetido ao 
Comitê de Ética, em julho de 2020, e todos os participan-
tes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclare-
cido (TCLE). Foi considerado como critério de exclusão 
os alunos que não assinaram o TCLE ou que, no meio da 
pesquisa, manifestaram interesse em parar de contribuir.
A Percepção de Graduandos dos Cursos de 
Nutrição e Educação Física de uma Instituição 
Privada no Estado do Rio de Janeiro sobre 
Alimentação Saudável e o Comer Intuitivo
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202120
Tabela 1 – Faixa etária dos alunos de Nutrição da Universidade Estácio de Sá Duque de Caxias – RJ 
(n=54, sendo 46 do sexo feminino e 8 do sexo masculino)
Faixa etária (anos) Frequência observada Frequência percentual
18 a 22 23 42,6%
23 a 28 14 25,9%
23 a 33 5 9,3%
34 a 38 7 12,9%
Acima de 39 5 9,3%
 Fonte: Do instrumento do estudo.
The Perception of Undergraduate Students of 
Nutrition and Physical Education Courses at a 
Private Institution in the State of Rio de Janeiro 
Regarding Healthy Eating and Mindful Eating
Tabela 2 – Faixa etária dos alunos de Educação Física da Universidade Estácio de Sá Duque de 
Caxias – RJ (n=14, sendo 11 do sexo feminino e 3 do sexo masculino)
Faixa etária (anos) Frequência observada Frequência percentual
18 a 22 4 28,6%
23 a 28 4 28,6%
23 a 33 1 7,1%
34 a 38 3 21,4%
Acima de 39 2 14,3%
 Fonte: Do instrumento do estudo.
Tabela 3 – Respostas dos alunos de Educação Física e Nutriçãoda Universidade 
Estácio de Sá Duque de Caxias – RJ (n=68)
Variáveis Sim (n) Sim (%) Não (n) Não (%)
Alunos de Educação 
Física 
Pergunta 1* 10 71,43 4 28,57
Pergunta 2** 4 28,57 10 71,43
Alunos de Nutrição
Pergunta 1* 24 44,44 30 55,56
Pergunta 2** 24 44,44 30 55,56
Fonte: Do instrumento do estudo.
*Pergunta 1: “Você realiza suas escolhas alimentares conforme o que considera “mais saudável”, não conside-
rando o que realmente tem vontade?”
**Pergunta 2: “Você confia no seu corpo para te dizer o quanto comer e não precisa seguir regras externas?”
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 21
 Os alunos responderam a um questionário con-
tendo sete informações pessoais: nome, matrícula, curso, 
idade, sexo, telefone, e-mail; e quatro perguntas que se 
relacionam com a Nutrição Comportamental, das quais 
para este estudo utilizamos: “Você realiza suas escolhas 
alimentares conforme o que considera “mais saudável”, 
não considerando o que realmente tem vontade?” e “Você 
confia no seu corpo para te dizer o quanto comer e não 
precisa seguir regras externas?”.
 Os dados foram obtidos por meio de um formu-
lário virtual, criando na plataforma Google Forms, en-
viado aos alunos pelos meios de comunicação tais como 
e-mail pessoal, grupos de WhatsApp e mídias sociais da 
instituição, ou seja, o Instagram e Facebook. As informa-
ções obtidas foram tabuladas com auxílio do Microsoft 
Excel 16.0.
. . . . . . . Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . .
 No ato de comer intuitivo, a perda de peso não 
é o foco, mas pode sim se tratar de uma consequência 
causada pelas mudanças dos hábitos alimentares, con-
cluindo assim que regras externas não são importantes 
quando aborda-se uma terapia cognitiva-nutricional e o 
trabalho do nutricionista nesta área é ajudar o paciente 
no processo de autoconhecimento, com aconselhamentos, 
entrevista motivacionais e diversas outras estratégias que 
podem e devem ser utilizadas, assim, promovendo saú-
de, bem estar emocional, aspectos físicos e psicológicos 
(SCHAEFER; MAGNUSON, 2014); (OBARA; VIVOLO; 
ALVARENGA, 2018).
 Considerando a forte relevância do trabalho dos 
profissionais de Nutrição e Educação Física na promoção 
da saúde, este trabalho utilizou como público-alvo alunos 
de ambas as graduações. Os alunos foram divididos em 
faixas etárias, como pode-se observar nas Tabelas 1 e 2. 
Tal divisão permite a observação de um maior percentual 
do sexo feminino em ambos os cursos e uma variável mais 
incidente entre 18 a 28 anos. 
 O estudo utilizou, como fonte de análise, as res-
postas de duas perguntas, contidas no formulário, rela-
cionadas à Nutrição Comportamental: “Você realiza suas 
escolhas alimentares conforme o que considera “mais sau-
dável”, não considerando o que realmente tem vontade?” e 
“Você confia no seu corpo para te dizer o quanto comer e 
não precisa seguir regras externas?” (Tabela 3).
 Quando questionados se confiam no próprio cor-
po no que diz respeito ao quanto comer sem a necessidade 
de regras externas, 44,44% dos alunos do curso de Nutri-
ção responderam que sim, enquanto apenas 28,57% dos 
alunos do curso de Educação Física afirmaram tal con-
fiança. Com base nos resultados obtidos, é possível obser-
var que os estudantes do curso de Educação Física apre-
sentam maior dificuldade em reconhecer e confiar nos 
sinais fisiológicos do próprio corpo, optando por seguir 
regras externas, ignorando os pilares do comer intuitivo, 
que por sua vez, tem total ligação com a autonomia para 
o reconhecimento da fome, da saciedade, de vontades, en-
tre outras sensações. A dificuldade em desenvolver sua 
autonomia alimentar, baseada nos conceitos da Nutrição 
Comportamental, os alunos demonstram-se influencia-
dos pela ideia de que devam ser exemplos de corpo pa-
drão, para que, assim, sintam-se seguros e considerados 
referências em suas respectivas profissões (CLAUMANN 
et al., 2014; BOSI et al., 2006).
 Apenas 44,44% dos alunos de Nutrição afirmam 
realizar suas escolhas alimentares conforme o que con-
sidera mais saudável, não considerando o que realmente 
tem vontade; enquanto 71,43% dos alunos de Educação 
Física confirmam que realizam suas escolhas consideran-
do o que julgam mais saudável em detrimento das suas 
vontades alimentares. Este resultado está diretamente 
alinhado aos achados de Castro et al. (2004) e Frank et 
al. (2016), pois concluíram que os estudantes do curso de 
Educação Física demonstram uma maior inclinação para 
a insatisfação corporal por conta do constante trabalho 
com o físico e a imagem, tendendo, assim, seguir tendên-
cias externas e ignorar suas próprias vontades em busca 
de um corpo mais aceito, aquele mais bem definido, com 
maior percentual de massa muscular, considerando que, 
segundo a sociedade, seu corpo é fruto do seu trabalho, 
fazendo parte da sua atribuição, onde sua forma física lhe 
confere legitimidade como profissional.
 Os resultados encontrados podem trazer o ques-
tionamento sobre o afastamento dos meios utilizados para 
alcançar o corpo perfeito da real proposta do comer in-
tuitivo, como por exemplo, os praticantes de atividades 
físicas intensas. Estes esportistas costumam seguir ten-
dências baseadas em uma alimentação regrada, geralmen-
te priorizando o consumo de proteínas e com o ideal em 
atingir uma determinada quantidade de macronutrientes, 
e para isso são utilizados métodos distantes da proposta 
do comer intuitivo. O hábito de pesar os alimentos antes 
de seres consumidos e possuir uma alimentação monó-
A Percepção de Graduandos dos Cursos de 
Nutrição e Educação Física de uma Instituição 
Privada no Estado do Rio de Janeiro sobre 
Alimentação Saudável e o Comer Intuitivo
esporte esporte 
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 202122
tona, baseada em alimentos como frango, ovo e batata 
doce, difundidos na sociedade como as melhores opções 
para aqueles que buscam emagrecimento e hipertrofia, 
são exemplos de métodos que constroem a ideia de que 
o importante é manter uma dieta eleita como a ideal, não 
considerando suas reais necessidades fisiológicas e vonta-
des pessoais. Essas tendências também não indicam uma 
dieta com boa qualidade nutricional, sabendo que dietas 
com privação de nutrientes e restrições impactantes, po-
dem acarretar baixa do rendimento do treino e ainda in-
duzir constipação intestinal, dores de cabeça, problemas 
psicológicos, entre outros prejuízos na saúde do esportista 
(BOTH, 2011).
 O total de 55,56% dos estudantes de nutrição afir-
mou escolher alimentos que satisfazem a própria vontade, 
não levando em consideração apenas a ideia do que real-
mente seja saudável. Dessa forma, podemos observar uma 
crescente inclinação para a ideia da nutrição comporta-
mental, que, apesar de ser uma abordagem recente, está 
em constante expansão e a cada dia mais conquistando 
novas adeptos, que buscam por uma nutrição mais gentil 
e humanizada, considerando suas vontades. Essa inclina-
ção pode ser o resultado de um maior conhecimento em 
relação à alimentação, atrelando-se ao saber que a restri-
ção gera a compulsão, e que se abster de comer algo que 
o indivíduo sente vontade ou substituir por uma versão 
considerada mais saudável, não fará a vontade passar e 
continuará a persistir, abrindo precedentes para busca do 
alimento desejado posteriormente, podendo levar a im-
pulsos de exageros. A principal proposta é identificar o 
motivo que está causando tal vontade e se questionar se 
é simplesmente uma fome genuína ou se é impulsionada 
por alguma resposta emocional. 
 Ao serem questionadas se confiam próprio cor-
po para sinalizar o quanto comer sem precisar seguir re-
gras externas, 52,17% das alunas do curso de Nutrição e 
81,81% das alunas do curso de Educação Física respon-
deram que não. Estes resultados, unidos às exposições de 
Bohm (2004) e Vianna (2005), demostram que as mulhe-
res são mais propícias aos distúrbios ligados a imagem 
devido a pressão estética que sofrem para se encaixar nos 
padrões do corpo perfeito, impostospela sociedade, o que 
acarreta maiores problemas em relação ao comportamen-
to alimentar. 
 De acordo com Castro et al. (2004), fica claro que 
os estudantes da Educação Física e do campo alimentar-
-nutricional são mais culpabilizados, uma vez que são co-
nhecedores das práticas determinadas como corretas e se 
sentem na obrigação de viver conforme as normas, além 
de estarem sempre sendo vistos como exemplos pelas ou-
tras pessoas, caso contrário, perdem o status de profissio-
nal da área. No entanto, se tratando de futuros profissio-
nais de nutrição, a preocupação em atender às normas se 
torna mais significativa visto que, futuramente poderão 
tratar de pessoas com comportamentos alimentares de 
risco (BOSI et al., 2006).
Os resultados da presente pesquisa, atrelados aos padrões 
de saúde e beleza impostos pela sociedade, é possível 
vislumbrar o impacto negativo na saúde dos alunos dos 
cursos de Nutrição e Educação Física. Padrões rígidos de 
beleza e saúde podem contribuir para a construção de in-
divíduos insatisfeitos e inseguros com o próprio corpo, le-
vando-os a buscarem estratégias para transformarem suas 
estruturas corporais sem considerar suas especificidades, 
sensações, necessidades fisiológicas, suas vontades e até 
mesmo o que sentem em uma tentativa de serem aceitas 
na sociedade (ANDRADE; BOSI, 2003).
. . . . . . . . . . . . . . . . . C onclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 Analisando as respostas aos questionários e a dis-
cussão atrelado aos achados da literatura, conclui-se que 
os graduandos dos cursos de Nutrição e Educação Física 
demonstraram diferentes tendências em relação ao comer 
intuitivo e confiança sobre seus próprios corpos. Ainda 
que, o profissional de nutrição também esteja fortemente 
exposto a pressões para se enquadrar nos padrões, foram 
os estudantes de educação física que revelaram maiores 
preocupações e tendências em seguir a ideia do saudá-
vel, pregada pela mídia, e maior dificuldade ao se tratar 
do comer intuitivo. Importante é o papel do estímulo à 
autonomia alimentar através de comportamentos mais 
adaptativos e a necessidade de determinados conceitos 
padronizados sobre beleza, corpo e a real proposta do sau-
dável serem trabalhados ao longo da graduação, tendo em 
mente que a atuação desses profissionais está inserida na 
formação e reforço desses padrões. 
 Por fim, pode-se perceber a necessidade de mais 
estudos relacionados à Nutrição Comportamental e a in-
serção deste tema ao longo da graduação do curso de Edu-
cação Física e, mais profundamente, no curso de Nutrição, 
para que sejam formados profissionais atentos ao compor-
tamento alimentar de seus pacientes/clientes. 
The Perception of Undergraduate Students of 
Nutrition and Physical Education Courses at a 
Private Institution in the State of Rio de Janeiro 
Regarding Healthy Eating and Mindful Eating
NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2021 23
 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre os autores
 Profa. Dra. Anete Souza Mecenas – Nutricionis-
ta. Mestra e Doutora. Docente, pesquisadora e coordena-
dora do curso de graduação em nutrição e pós-graduação, 
além de atendimento em consultório.
 Ariane Alves Santos – Acadêmica do curso de 
nutrição. Participou como monitora da disciplina Farma-
cologia Aplicada à Saúde. 
 Evelyn Xavier Dias Pereira – Acadêmica do curso 
de nutrição.
 Renata dos Santos Guarnieri – Graduanda em 
nutrição. Atuou como monitora de diversas disciplinas. 
Integrante de projetos científicos e de extensão na UNESA 
e no Laboratório de Morfometria, Metabolismo e Doen-
ças Cardiovasculares (LMMC/UERJ).
 Samara Barreto Dutra – Acadêmica de nutrição. 
Colaboradora em projeto de iniciação cientifica.
 Profa. Dra. Zoraia Moura da Silva – Nutricionista 
e Mestra formada pela Universidade de São Paulo (FSP/
USP). Consultora na área de alimentos, atuando em even-
tos e estabelecimentos comerciais. Docente em institui-
ções privadas.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PALAVRAS-CHAVE: Padrões Alimentares. Dieta Cons-
ciente. Preferências Alimentares. 
KEYWORDS: Feeding Behavior. Diet, Healthy. Food Pre-
ferences.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
RECEBIDO: 10/8/21 – APROVADO: 20/9/21
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
REFERÊNCIAS
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Report Series, No. 916. Geneva: World Health Organization. 2003.
Agradecimentos
As autoras agradecem a participação de todos os discentes que res-
ponderam ao questionário bem como os gestores da Universidade 
Estácio de Sá (UNESA)de Duque de Caxias por terem permitido 
a realização deste projeto e a Reitoria, a Vice-Reitoria de Pós-gra-

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