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Descrever os órgãos genitais masculinos internos e externos (características anatômicas e funções). Órgãos: - Testículos (produzem esperma, secretam hormônios) Ductos: (Transporta, armazena espermatozóides, auxilia maturação, libera para o meio externo) - Epidídimo, ducto deferente, ejaculatório e uretra Glândulas sexuais acessórias: (lubrificação) - Seminais, próstata, bulbouretrais Estruturas de apoio: Pênis, escroto Contém os testículos, pele solta e tela subcutânea. Pendurado na raiz do pênis, bolsa de pele única separada em porções laterais pela rafe do escroto (divisão externa) e pelo septo do escroto (divisão interna). →Septo do escroto: Constituído por uma tela subcutânea e tecido muscular (músculo dartos – fibras de músculo liso) esse músculo também se encontra na tela subcutânea. →Músculo cremaster: Fibras de extensão do músculo oblíquo interno abdominal, passa por meio do funículo espermático, circunda os testículos. - A junção dos músculos controla a temperatura dos testículos. - temperatura para produzir espermatozóides: 2 a 3° abaixo da T corporal. (Escroto está fora da cavidade pélvica) - a contração do músculo dartos reduz enrugamento do escroto → reduz perda de calor. Glândulas ovais (2), 5cm (comprimento) 2,5 cm (diâmetro) 10 a 15g (massa). Desenvolvem perto dos rins, parte posterior do abdome, desce para o escroto por canais inguinais (7º mês) Gônadas masculinas, glândulas reprodutivas, produzem espermatozóides e hormônios masculinos (principalmente testosterona) - Suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, esquerdo mais baixo que o direito. → túnica vaginal: Saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo - Lâmina visceral da túnica vaginal: cobre a superfície dos testículos, exceto onde testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático. - Lamina visceral cobre o testículo, epidídimo e parte inferior do ducto deferente. - Lâmina parietal da túnica vaginal: Mais extensa que a visceral, se extende até a parte distal do funículo espermático. - Existe líquido entre as duas laminas, permite mobilidade dos testículos no escroto. → Túnica albugínea: Face externa, fibrosa e resistente, que se estende internamente separando o testículo em lóbulos de túbulos seminíferos contorcidos (local de produção dos espermatozóides). Túbulos seminíferos retos: união dos contorcidos Estrutura alongada na face posterior do testículo Dúctulos eferentes: transportam espermatozóides recém-desenvolvidos da rede de testículos para o epidídimo. - formado por alças do ducto do epidídimo. O ducto diminui progressivamente enquanto segue da cabeça do epidídimo na parte superior do testículo até a cauda. → cauda do epidídimo: - início do ducto deferente, que armazena espermatozóides para amadurecerem. Epidídimo: formado por: Cabeça: expandida, composta de lóbulos formada por extremidades de 12 a 14 dúctulos diferentes. Corpo do epidídimo: maior parte formada pelo ducto contorcido do epidídimo. Cauda do epidídimo: contínuo com ducto deferente, transportando espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, expulso pela uretra durante a ejaculação. - Continuação do ducto do epidídimo - Tem paredes musculares espessas e lúmen pequeno, dando firmeza como um cordão. - Começo: cauda do epidídimo (polo inferior do testículo) - principal componente do funículo espermático Penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal - cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve, segue ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa o peritônio parietal. - termina unindo-se a glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Estrutura alongada (5 cm) situada entre o fundo da bexiga e o reto. Estão em posição oblíqua superiormente a próstata, não armazenam espermatozóides. Secreta líquido alcalino espesso com frutose (energia para os espermatozóides), agente coagulante. As extremidades das glândulas são recobertas por peritônio. - Estão posteriores aos ureteres, separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical. As extremidades inferiores estão relacionadas ao reto e são separadas dele pelo septo retovesical. O ducto da glândula seminal se une ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. Tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. 2,5 cm, se originam próximo a ao colo da bexiga e seguem juntos atravessando a parte posterior da próstata. Os ductos ejaculatórios de cada lado convergem para abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas no utrículo prostático. - secreções prostáticas só se juntam a líquido seminal quando os ductos jaculatórios chegam na parte prostática da uretra. Aproximadamente 3 cm de comprimento, 2cm de profundidade (AP – anteroposterior) - Maior glândula acessória do sistema genital masculino - Consistência firme, circunda parte prostática da uretra. A parte glandular representa 2/3 da próstata: o outro terço é fibromuscular. → cápsula fibrosa da próstata: Densa e neurovascular Todas as estruturas são circundadas pela fáscia visceral da pelve, que forma bainha prostática fibrosa fina anteriormente. Continua com os ligamentos puboprostáticos, e se funde posteriormente ao septo retovesical. Base intimamente relacionada ao colo da bexiga Seu ápice está em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra, e transverso profundo do períneo. Face anterior é muscular, maioria das fibras é transversal e formam hemiesfíncter vertical (radbdoesfincter) que é parte do músculo esfíncter da uretra. Face anterior separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico. Face posterior relacionada com a ampola do reto Faces inferolaterais relacionadas com o músculo elevador de ânus. → Istimo da próstata: Anterior a uretra, é fribromuscular, continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga. - Lobos direito e esquerdo da próstata, separados pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central. 4 lobos distintos: 1- Lobulo inferoposterior: Posterior a uretra, constinui face palpável para o exame retal digital. 2- Lóbulo inferolateral Maior parte do lobo direito e esquerdo 3- Superomedial Circunda o ducto ejaculatório ipsilateral 4- Anteromedial Diretamente lateral a parte prostática da uretra. Ductos prostáticos: 20 a 30 Se abrem nos seios prostáticos, de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. - líquido prostático: fino, leitoso, 20% do semen, participa da ativação dos espermatozóides. Glândulas de Cowper Próximas a parte membranácea da uretra, inserida no músculo esfíncter externo da uretra. Ductos das glândulas bulbouretrais: Atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra, no bulbo do pênis. - secreção entra na uretra durante excitação sexual. Uretra subdividida em 4 partes: Intramural (pré-prostática) Prostática Membranácea Esponjosa → parte membranácea da uretra: Começa no ápice da próstata, e atravessa o espaço profundo do períneo, circundada pelo músculo esfíncter externo da uretra. Penetra a membrana no períneo, termina quando entra no bulbo do pênis. - próxima a esta parte estão as glândulas bulbouretrais e seus ductos, se abrem na região esponjosa na uretra. → parte esponjosa: Inicia no fim da membranácea e termina no óstio externo da uretra masculina - lúmen (5mm de diâmetro), expandido no bulbo (dilatação intrabulbar) e na glande do pênis (fossa navicular) - tem abertura das glândulas bulbouretrais Órgão masculino da cópula, oferece saída comum paraa urina e o sêmen. Partes: Raiz Corpo Glande - Formado de 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: 2 corpos cavernosos (dorsais) 1 corpo esponjoso (ventral) Cada corpo cavernoso tem um revestimento externo (fáscia do pênis – de Buck- continuação da fáscia profunda do períneo) forma revestimento membranáceo forte dos corpos cavernosos e esponjoso. → corpo esponjoso: Contém a parte cavernosa da uretra → corpos cavernosos: - estão fundidos no plano mediano, menos posteriormente (ramos do pênis) - o tecido cavernoso dos corpos é separado pelo septo do pênis. → corpo do pênis: - parte pendular livre suspensa na sínfise púbica - não possui músculos - formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fascia, corpos cavernosos e esponjoso, e parte esponjosa da uretra. Glande do pênis: Parte distal, cônica, expandida Coroa da glande: parte da glande que se projeta além dos corpos carvernosos. → óstio externo da uretra: abertura presente na extremidade do pênis. A pele do pênis é fina, pigmentação escura em relação a pele adjacente. - unida a túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. Prepúcio do pênis: Dupla camada de pele no colo da glande, formada pela fáscia e a pele. → frênulo do prepúcio: Prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até face uretral da glande do pênis. → Ligamento suspensor do pênis: Condensação de fáscia, originada na face anterior da sínfise púbica. - fixa corpos eréteis à sínfise púbica. → ligamento fundiforme do pênis: - condensação de colágeno e fibras elásticas do tecido subcutâneo. - desce da linha mediana a partir da linha alba superior – se divide para circundar o pênis e depois se funde a túnica dartos, formando o septo do escroto. Diferenciar os órgãos genitais na infância e puberdade. Primeira década de vida: gônada em estado juvenil 10 anos de idade: alterações controladas por hormônios ocorrem. → puberdade: Período em que características sexuais secundárias se desenvolvem, potencial de reprodução é alcançado. - marcado por pulsos ou picos de LH e FSH, desencadeados por pulso de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) Discriminar as características histológicas do testículo, vias espermáticas, glândulas e pênis. Função dupla do testículo: Produzir espermatozóides e hormônios sexuais masculinos. Testosterona, principal hormônio produzido nos testículos - metabólito: di-hidrotestosterona. Cada testículo envolto por cápsula grossa: túnica albugínea. - espessada na superfície dorsal para formar o mediastino onde partem os septos fibrosos. - septos penetram os testículos → divide em cerca de 250 compartimentos piramidais (lóbulos testiculares) - são incompletos, há comunicação ente os lóbulos. - 4 túbulos seminíferos para cada lóbulo, enrolados como novelos, envoltos de TC, rico em vasos sanguíneos e linfáticos e células intersticiais (de Leydig) - túbulos produzem os espermatozóides. - células intersticiais: produzem hormônio testosterona. - desenvolve em posição retroperitoneal, parede dorsal da cavidade abdominal. - durante desenvolvimento fetal, migram para o escroto, suspensos pelo cordão espermático. - arrastam parte do peritônio durante a migração → túnica vaginal (2 camadas, parietal e visceral) - túnica recobre túnica albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. - A bolsa escrotal tem papel importante na manutenção da temperatura. Túbulos seminíferos 250 a 1000 túbulos por testículo - são túbulos enovelados (150 a 250µm de diâmetro e 30 a 70 cm cada um) - soma dos comprimentos do túbulos de um testículo: cerca de 250 metros → túbulos retos: Estruturas que conectam, os túbulos seminíferos a canais anastomosados, formam redes. - revestidos por epitélio simples pavimentoso ou cúbico. - constitui rede testicular no mediastino do testículo. - 10 a 20 ductos eferentes conectam rede testicular aos dúctos de epidídimo. - parede dos túbulos é formada por várias camadas de células: epitélio germinativo/ seminífero. Envolvido de lamina basal, e por bainha de TC. TC: composto por fibroblastos, e células mioides achatadas e contráteis (carcteristicas de c. musculares lisas) - c. de leydig ocupam maior espaço entre os túbulos. Epitélio seminífero: C. de Sertoli Linhagem espermatogênica → linhagem espermatogênica: 4 a 8 camadas - Produz espermatozoides - São originadas do saco vitelínico do embrião 5º mês de vida: Células germinativas primordiais: vão do saco vitelínico para a gônada em desenvolvimento. - Proliferação → Espermatogônias Espermiogênese: fase final da meiose para formar espermatozóides. Espermatogônias (12µm de diâmetro) - local: próximas a lâmina basal do epitélio germinativo Puberdade: iniciam processo contínuo de mitose - células filhas seguem por dois caminhos: Continuar se dividindo: Se manter como células tronco de outras espermatogônias (espermatogonias tipo A) Se diferenciar por divisões mitóticas: tornam-se espermatogônias tipo B → tipo B: - passam por ciclos mitóticos: células filhas não se separam completamente, forma espermatócitos I. - ficam unidas até final da espermatogênese por pontes citoplasmáticas. Espermatócitos I: maiores células da linha Se diferenciam por: - localização próxima a membrna basal - número de cromossomos nos seus núcleos. Espermatócitos I: Duplicam DNA (46 cromossomos duplicados) - Na anáfase (meiose I): cromossomos homólogos se separam → Espermatócitos II. Espermatocitos II: 23 cromossomos, duplicados) - entram em meiose II: faz duas células filhas (23 cromossomos simples) Resultado: de uma espermatogônia sai 4 células (n) simples Prófase dos espermatócitos I: 22 dias. Os espermatócitos não se separam até o fim: sincronia do processo de Espermiogênese. Ductos Genitais extratesticulares: Ducto epididimário Ducto eferente Uretra → ducto do epidídimo: 4 a 6m - junto ao TC e vasos sanguíneos, formam corpo e cauda do epidídimo (possui cápsula própria) - formado de epitélio colunar pseudoestratificado, células basais arredondadas e células colunares cobertas por microvilos irregulares (estereocílios) - epitélio participa da absorção e digestão de corpos residuais das espermátides, eliminadas durante a espermatogênese. - células de apoiam sobre lâmina basal que é envolvida por células musculares lisas e por TC frouxo. - contrações peristálticas ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. Extremidade do ducto do epidídimo origina o ducto deferente (termina na uretra prostática, esvazia seu conteúdo) → ducto deferente: Lúmen estreito, espessa camada de músculo liso - mucosa forma dobras longitudinais - é coberta por epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios (maior parte) - lamina própria da mucosa: Camada de tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas Camada muscular: camadas internas e externas longitudinais separadas por camada circular. Músculo sofre contrações peristálticas: expulsam sêmen (ejaculação) Ducto deferente: Parte do cordão espermático: conjunto de estruturas incluindo artéria testicular, plexo pampiniforme (pequenas veias) e nervos. → ampola: Dilatação do ducto deferente na porção terminal. - se une com vesícula seminal, penetra a próstata se abre na uretra prostática. Ducto ejaculatório: Segmento do ducto que passa pela próstata, tem mucosa semelhante a do deferente, mas não envolvida de musculo liso. Vesículas seminais Próstata Glândulas bulbouretrais → vesículas seminais: 2 tubos tortuosos, medem cerca de 5 a 10cm. - mucosa pregueada e forrada de epitélio cuboide, ou pseudoestratificado colunar - células epiteliais ricas em grânulos de secreção (semelhante a célula produtora de proteína) - lâmina própriarica em fibras elásticas, envolvida por camada espessa de músculo liso. - produzem secreção amarelada, com frutose (mais abundante), citrato, inositol, prostaglandinas, proteínas. (fonte energética para espermatozóides) - faz 70% do volume ejaculado - o grau de atividade secretora dessa glândula depende dos níveis circulantes de testosterona. → próstata: Conjunto de 30 a 50 glândulas tubo alveolares ramificadas, envolvem porção da uretra (prostática) 3 zonas distintas: Central (25% do volume) Zona de transição Zona periférica (cerca de 70% da glândula) Ductos desembocam na uretra prostática. - glândulas túbulo aoveolares da próstata: Formadas de epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. - estroma fibromuscular cerca as glândulas - próstata é envolvida por cápsula fibroelástica rica em músculo liso, se expande em septos, divide a próstata em lóbulos. - glândulas produzem secreção e a armazenam para liberar na ejaculação. - suas funções são reguladas pela testosterona. Hipertrofia prostática benigna: - HPB - aumento de volume na próstata - zona de transição é mais acometida, pode causar obstrução da uretra. Tumores prostáticos benignos: - ocorre principalmente na zona periférica, alto nível de PSA no sangue (antígeno específico da próstata) quando há tumor maligno (método diagnóstico) → Concreções prostáticas: corpora amylacea Esferas de glicoproteína (0,2 a 2mm de diâmetro), calcificados, visto no lumen da glândula da próstata adulta. Aumenta com a idade. → glândulas bulbouretrais: de Cowper 3 a 5 mm diâmetro, porção membranosa da uretra. - são glândulas tuboaoveolares, revestida de epitélio cubico simples, secretor de muco. Células musculares esqueléticas e lisas presentes no septo que divide os lóbulo . - muco secretado é claro, age como lubrificante. Componentes principais: Uretra, 3 corpos cilíndricos de tecido erétil, pele. corpos cavernosos: parte dorsal envolvidos por camada resistente de TC denso (túnica albugínea) - tecido tem grande espaço venoso separado por trabéculas de fibras de TC e células musculares lisas. Ereção: controle hemodinâmico, nervoso, sobre músculo liso das artérias e das trabéculas que cercam os espaços vasculares dos corpos cavernosos. Corpo esponjoso: Ventral, envolve a uretra, se dilata da extremidade (glande) Uretra: Revestida por epitélio pseudoestratificado colunas, na glande é pavimentoso. → Prepúcio: Dobra retrátil de pele, TC com músculo liso, glândulas sebáceas na dobra interna e na pele que cobra a glande. Pênis flácido: Fluxo de sangue pequeno, mantido pelos tônus intrínsecos (musculatura lisa) e por impulsos nervosos (SNA parassimpático) Ereção: impulsos vasodilatadores do parassimpático → relaxamento da musculatura dos vasos e musculo liso do corpo cavernoso. - Também ocorre por inibição de impulsos parassimpáticos. - Abertura das artérias e e. cavernosos aumenta fluxo, preenche espaços → rigidez. - contração E relaxamento dos corpos cavernosos dependem da taxa de cálcio intracelular, modulada por GMP. - Após ejaculação atividade parassimpática reduz, pênis fica flácido. Compreender o processo de síntese da testosterona e suas ações no organismo masculino. Os seres humanos produzem todos os seus hormônios esteroides a partir do colesterol, sendo a testosterona um deles. Hormônios esteroides são sintetizados em quantidades pequenas. Sua síntese requer remoção de alguns ou de todos os carbonos na cadeia lateral do C-17 do anel D do colesterol. A remoção da cadeia lateral ocorre na mitocôndria dos tecidos esteroidogênicos. A remoção envolve a hidroxilação de dois carbonos na cadeia lateral (C-20 e C-22), seguindo-se a clivagem da ligação entre eles. O processo também envolve a introdução de átomos de oxigênio. Reações de hidroxilação e oxigenação são catalisadas por oxigenases que utilizam NADPH2O2 e citocromo p-450 mitocondrial. Secreção, Metabolismo e Química dos Hormônios Sexuais Masculinos Secreção de Testosterona pelas Células Intersticiais de Leydig nos Testículos. Testículos: secreção de hormônio (androgênios) Testosterona - mais abundante, mais importante, maioria convertida pelos tecidos-alvo em di- hidrotestosterona. - formada por células de Leydig (interstício dos túbulos seminíferos) - 20% da massa do testículo. Di-hidrotestosterona Androstenediona →células de Leydig: Quase inexistente na infância (sem secreção de testosterona) - numerosa no recém-nascido (primeiros meses), e homem adulto depois da puberdade (↑ secreção testosterona) - tumores na células de Leydig: ↑ secreção - epitélio germinativo, difícil destruição: - Raios-x, calor excessivo - continuam a produzir testosterona. Funções da Testosterona - responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino. → vida fetal: Testículos estimulados pelo HCG (hormônio gonadotrófico coriônico – placenta) induz produção moderada de testosterona (todo o período fetal + 10 semanas pós-natal) - sem produção de testosterona na infância → 10 – 13 anos: ↑ produção de testosterona, estímulos gonadotrópicos (adeno-hipófise) puberdade - Diminuição após 50 anos 20% a 50% do valor normal aos 80 anos. → desenvolvimento fetal: Testosterona elaborada a partir da 7º semana de vida embrionária. - cromossomo Y: tem gene SRY (região determinante do sexo no Y) para a proteína SRY (fator de determinação testicular) inicia cascata de ativações genéticas. - células da crista genital: diferencia em células que produzem testosterona - cromossomo feminino: diferencia em células que produzam estrogênio. Curiosidade: Injeção de hormônio sexual masculino em animal gestante provoca crescimento de órgãos sexuais masculinos em seres femininos. Remoção de testículos de feto masculino provoca crescimento de órgãos femininos. Efeito Da Testosterona Na Descida Dos Testículos Testosterona é o hormônio que estimula a descida dos testículos para o saco escrotal. - Caso menino nasça com testículos normais, mas não desceram ao saco escrotal, aplica testosterona, indução de descida. (Canais inguinais precisam estar largos suficientemente) - Administração de hormônios gonadotrópicos → estímulo de produção de testosterona, também induz descida. Efeito da Testosterona sobre o Desenvolvimento das Características Sexuais Adultas Primárias e Secundárias → puberdade: ↑ secreção de testosterona: pênis, saco escrotal e testículos aumentam 8X até os 20 anos. - desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas: diferenciação de macho e fêmea. → distribuição de pelos: Induz crescimento dos pelos pubianos, linha alba, umbigo ou acima, face, tórax, costas (menos frequente) → calvície: Testosterona reduz crescimento de pelo no topo da cabeça. - homens sem testículo funcional fica calvo - calvície para ocorrer precisa de herança genética e grande quantidade de hormônios androgênicos. - mulher com a herança genética, e tumor androgênico de longa duração, fica calva → voz: Testosterona causa hipertrofia da mucosa da laringe, e seu alargamento: reprodução da voz típica masculina. → Pele: - Aumenta espessura da pele de todo o corpo Aumenta a rigidez de tecidos subcutâneos. - aumento de secreção pelas glândulas sebáceas (acne) - primeira exposição a testosterona, com os anos a pele se adapta (supera a acne) → músculos: - aumento de massa muscular (↑50% da massa em relação as meninas) - aumento da quantidade de proteína em regiões musculares do corpo. (Deposição de proteína → alterações de voz e pele) Curiosidade: androgênios sintéticos usados para melhorar desempenho muscular - Idosos usam para melhorar tônus, força e vigor → Matriz óssea: - com testosterona, ossos crescem mais espessos, maiores depósitos e retenção de sais de cálcio. - aumento de matriz óssea - efeitos derivadosdo ↑anabolismo proteico (dependente de cálcio) - efeitos maiores nos ossos pélvicos: estreitar, alongar e afunilar a passagem pélvica (oposto da feminina) → sustentação de peso. - usada em idosos para tratamento de osteoporose. - em crianças em desenvolvimento: se ↑secreção de testosterona: crescimento abrupto, porém não cresce como deveria (união de epífises as diáfises rapidamente) → Metabolismo basal: Testosterona injetada: ↑metabolismo basal em até 15% Quantidade normal fisiológica: ↑ 5 a 10 % - Efeito do anabolismo proteico aumentado → maior produção enzimática, ↑atividade das células. → Hemácias: - homens tem mais hemácias que mulheres. Injeção de testosterona aumenta 15 a 20% das hemácias. - testosterona não eleva diretamente os níveis de eritropoetina. - efeito se dá pelo aumento do metabolismo geral causado por ela. → Balanço eletrolítico: - aumento do volume sanguíneo e líquidos extracelulares devido a maior retenção de sódio nos túbulos contorcidos distais renais. - ↑5 a 10% em relação ao peso corporal. Explicar o mecanismo de ação dos fármacos que agem sobre a produção hormonal e função sexual masculina. Andrógenos Efeitos andrógenos exógenos, mesmos da testosterona, depende da idade. →Pré púberes: fechamento prematuro das epífises dos ossos longos. →Na puberdade: desenvolvimento rápido de características secundárias, crescimento de pelos faciais, axilares e púbicos, espessamento da voz, maturação de órgãos reprodutores, aumento da força muscular. → Adulto: Retenção de sal e égua, pele escurece e fica espessa, glândulas sebáceas mais ativas, aumento de peso e massa muscular (retenção hídrica), Bem estar, ↑vigor físico e libido. Comportamento sexual e agressivo. → Mulheres: Doses altas: masculinização Doses fisiológica: melhoram disfunção sexual, pós- ovariectomia. → Mecanismo de ação: Trabalha através de um metabólito ativo, a di- hidotestosterona, convertida localmente pela enzima 5α-redutase. - testosterona E di-hidrotestosterona modificam a transcrição gênica por interagirem com receptores nucleares. Antiandrógenos Estrógenos e progestágenos: possuem atividade antiandrogênica - inibem secreção se gonadotrofina (estrógenos) - competem por receptores de andrógenos em órgãos- alvo (progestágenos) → ciproterona: derivado de progesterona, agonista parcial de receptores de andrógenos, compete com a di-hidrotestosterona em receptores de tecidos-alvo sensíveis a andrógenos. - atua no hipotálamo (deprime síntese de gonadotrofina) - usada no tratamento de câncer prostático, em terapia de puberdade precoce em homens e masculinização e acne em mulheres. - atua no SNC: diminui libido, - usada para tratar hipersexualidade em delinquentes sexuais masculinos. → flutamida: Antiandrógeno não esteroidal, usado com GnRh no tratamento de câncer de próstata. → Finasterina: Inibe enzima 5α-redutase (que converte testosterona em di-hidrotestosterona), tem maior afinidade que a testosterona para receptores de andrógenos na próstata. - usada para tratar hiperplasia prostática benigna. Agonistas e antagonistas de GnRH → danazol: Esteroide sintético que inibe a liberação de GnRH, consequentemente, gonadotrofinas (LH e FSH) → Clomifeno: Antagonista de estrógenos que estimula a liberação de gonadrotrofinas pela inibição dos efeitos de retroalimentação negativa de estrógenos endógenos, usado para tratar infertilidade. → Gonadorrelina: GnRH sintético Busserrelina, leuprorrelina, goserrelina e nafarrelina Medicamentos para disfunção erétil → Inibidores da fosfodiesterase tipo V Sildenafila: Inibidor de fosfodiesterase, aumentam a resposta erétil pelo estímulo sexual. Mecanismo: Fosfodiesterase V é um isoforma que inativa o GMPc. Os nervos nitréticos liberam NO que se difunde nas células musculares lisas, onde ativa guanilil ciclase. Aumento do GMPc citoplasmático medeia a vasodilatação via ação da proteína quinase G. Consequentemente, a inibição da fosfodiesterase V potencializa o efeito sobre o músculo liso vascular peniano do NO, derivado do endotélio dos nervos nitréticos, ativados pelo estímulo sexual. Descrever os componentes do sêmen e suas principais funções baseado na interpretação do espermograma. Composição: Líquido, espermatozóides do canal deferente (10% do total), líquido seminal (60%, último a ser ejaculado, serve para arrastar Espermatozóide ao longo do ducto ejaculatório e uretra), prostático (30% - aparência leitosa, enzima coaguladora, forma coagulo em contato com fibrinogênio da vesícula seminal, forma coágulo de fibrina, mantem sêmen no fundo da vagina, colo. Coágulo é dissolvido nos próximos 15-30 min, fibrinolisina prostática), pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas (bulbouretrais). Primeiros minutos após ejaculação, esperma fica imóvel, coágulo dissolve, aumenta motilidade. Expectativa de vida fora do homem: 48h a temperatura corporal. - Podem ser preservados em temperaturas abaixo de – 100ºC Espermograma ou análise seminal Exame complementar inicial na avaliação do homem infértil. Recomenda-se um período de abstinência sexual entre 48 e 72 horas, pois as ejaculações frequentes causam alterações de volume ejaculado e abstinência prolongada causa alteração de motilidade e vitalidade dos espermatozoides, induzindo a erro na interpretação final do exame. - frasco feito em material não tóxico aos espermatozoides ( não alterar a motilidade e vitalidade) - avaliação deve ser feita com pelo menos duas amostras de sêmen, com período de 15 dias entre as duas coletas. - pH do esperma deve ser maior que 7,2 (disfunções de vesículas seminais, obstrução de ductos ejaculatórios, deixam o sêmen mais ácido. Hipospermia: diminuição do volume ejaculado, indica ejaculação retrógrada, obstrução de ductos ejaculatórios, agenesia de vesículas seminais. Aumento de volume (hiperespermia) ocorre devido a infecção ou inflamação das glândulas acessórias. Alterações de concentração espermática são chamadas de azoospermia, quando não há espermatozoide no líquido seminal, oligospermia quando o númeor de espermatozóides é menor que 20 milhoes/ml. Astenozoospermia é quando encontram menos de 50% dos espermatozóides móveis. Concentrações abaixo de 5 milhões/ml podem ser sinal de altera ções endócrinas ou genéticas. Explicar a fisiologia do ato sexual masculino: ereção/lubrificação, emissão e ejaculação. Estímulo Neuronal para o Desempenho do Ato Sexual Masculino Glande: fonte de sinais sensoriais neurais para iniciar o ato. - Possui sistema de órgãos terminais sensoriais sensíveis, transmite a sensação sexual para o SNA. O estímulo da glande provoca a criação de impulsos que cursam pelo nervo pudendo, plexo sacral, região sacral da medula espinhal, ascende para áreas não definidas no cérebro. - estimulação de epitélio anal, sacro escrotal e estruturas perineais aumentam a sensação sexual. - a sensação pode ser originada em estruturas internas: Uretra, bexiga, próstata e vesículas seminais, testículos e canal deferente. - inflamações suave desses órgãos sexuais, provocam desejo sexual contínuo, assim como drogas “afrodisíacas” (ex: cantaridina) - irrita bexiga e mucosa uretral → induz inflamação e congestão vascular. Elemento Psíquico Do Estímulo Sexual Masculino - Pensamento sobre sexo, ou sonhar que participa de uma relação sexual, inicia o ato sexual → ejaculação. Emissões noturnas: ocorrem principalmente na adolescência. Integração do Ato Sexual Masculino na Medula Espinal Em humanos mesmo após a medula ter sido seccionada acima da lombar, houve ejaculação. - A função cerebral não é necessária. Ato sexual: reflexo inerente, integrado na medula espinhal sacral e lombar. - Iniciado por estimulação psíquica, ou estimulação dos órgãos (geralmente por ambos) Estágios do Ato Sexual Masculino Ereção peniana – o papel dos nervos parassimpáticos:O grau de ereção é proporcional ao grau de estimulação (psíquico ou físico). - Causada por impulsos parassimpáticos da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para pênis. Fibras nervosas parassimpáticas: liberam NO, ou peptídeo instestinal vasoativo, acetilcolina. NO: ativa enzima guanilil ciclase, maior formação de monofosfato cíclico de guanosina (GMP) GMP cíclico → relaxa artérias penianas, malhas trabeculares das fibras musculares lisas do tecido erétil, corpos cavernosos e corpos esponjosos na haste do pênis. - músculos lisos vasculares relaxados: ↑ fluxo sanguíneo, liberação de NO, vasodilatação. → Tecido erétil: Grandes sinusoidais cavernosos, normalmente não contém sangue, dilata com fluxo sanguíneo aumentado, saída venosa parcialmente ocluída, envolvidos por camada fibrosa espessa (principalmente corpos cavernosos), com pressão elevada pênis fica duro e alongado. Lubrificação é função parassimpática: Estímulo parassimpático: Promove ereção e induz secreção mucosa (glândulas uretrais e bulbouretrais) - muco flui pela uretra, lubrificando na relação sexual. Obs: maior lubrificação é da mulher - sem lubrificação: sensação irritativa, inibição da sensação sexual. Emissão e Ejaculação são funções dos nervos simpáticos Emissão e ejaculação (clímax) Estímulo sexual intenso: reflexos medular → impulsos simpáticos. (níveis de T12 a L2) - passam para o s órgãos genitais (plexos nervosos simpáticos hipogátrico e pélvico) → inicia e emissão, precursor da ejaculação. → Emissão: Contração do canal deferente e ampola (expulso espematozoide → uretra interna) Contração da camada muscular prostática, vesículas seminais, liberam seus líquidos na uretra, junto ao muco da bulbouretral → forma sêmen → Ejaculação: - Enchimento da uretra (sinais sensoriais) → nervos pudendos → região sacral da medula espinal - (contração rítmica) sensação de plenitude súbita nos órgãos genitais internos. - Contração de músculo isquiocavernoso e bulbocavernoso → compressão da base do tecido erétil → aumento de movimentos ondulatórios da pressão do tecido erétil → contrações de músculos pélvicos e do tronco (auxílio) → ejaculação de sêmen da uretra → Orgasmo: Emissão + ejaculação → Resolução: Final: acaba excitação, 1 a 2 minutos ereção cessa Compreender o processo de regulação por feedback do eixo hipotálamo – hipófise – testículo. Controle das Funções Sexuais Masculinas pelos Hormônios Hipotalâmicos e da Hipófise Anterior Maior parte do controle das funções sexuais: Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) – Hipotálamo. - GnRH: Estímulo a hipófise anterior: secreção de hormônios → FSH (folículo estimulante) e LH (hormônio Luteinizante) LH: estímulo primário a secreção de testosterona (testículos – células de Leydig) FSH: estímulo a espermatogênese GnRH: peptídeo: 10 aminoácidos, secretado por neurônios (núcleo arqueado do hipotálamo) - terminações (eminencia mediana do hipotálamo) liberam GnRH para o sangue (sistema porta hipotalâmico hipofisário) → Hipófise anterior → estimula liberação de LH e FSH. GnRH secretado poucos minutos, intermitentemente, a cada 1 a 3 horas. Intensidade do estímulo hormonal: regulada por: Frequência dos ciclos de secreção Quantidade de GnRH secretado em cada ciclo Secreção de: LH: cíclica: segue padrão pulsátil de GnRH FSH: aumenta e diminui ligeiramente a cada flutuação, muda mais lentamente em período de muitas horas. →Hormônios gonadotróficos: Glicoproteínas, Secretados pela mesma célula, gonadotropos (hipófise anterior) - Age apenas quando estimuladas por GnRH. - tem efeito sobre os testículos, age por ativação do sistema de segundo mensageiro do AMPc, que ativa sistemas enzimáticos específicos nas respectivas células alvo. → controle por feedback negativo (inibição de secreção do LH e FSH pela adenohipófise) Testosterona tem efeito inibidor sobre a produção de LH pela adenohipófise - ocorre devido a efeito direto da testosterona sobre hipotálamo (reduz secreção de GnRH) Redução de LH → redução da secreção de testosterona Testosterona elevada → Redução de GnRH → Redução de LH e FSH → redução de testosterona a níveis desejáveis. →Inverso: Pouca testosterona → estímulo a muita secreção de GnRH (hipotálamo) → ↑secreção de LH e FSH → ↑ produção de testosterona. Regulação de FSH pela testosterona FSH: liga-se a receptores específicos (Sertoli) Sertoli: crescem e secretam substancias espermatogênicas. - Testosterona e di-hidrotestosterona tem efeito trófico sobre espermatogênese. - início da espermatogênese requer tanto FSH quanto testosterona. Inibina: controle de atividade dos túbulos seminíferos (feedback negativo) - sem espermatogenese: ↑ secreção de FSH (inverso é verdadeiro) causa: feedback negativo a adenohipófise, devido secreção de Inibina (Sertoli) Inibina: inibe diretamente adenohipófise (↓secreção de FSH) e hipotálamo (↓secreção de GnRH)
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