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Gravidez Ectópica

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Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Habilidades Médicas – Abdômen agudo) 
1 
 
 
 
 
NOVA SÍNTESE DE ABDÔMEN AGUDO – 26/11 
❖ Conhecer o protocolo de manejo da Gravidez Ectópica - Gravidez Ectópica Rota 
e não rota; 
- A gravidez ectópica está dentro das síndromes hemorrágicas dentro da primeira metade da 
gestação. Gestação ectópica é qualquer gestação fora da cavidade uterina, sendo 98% 
dentro das tubas uterinas na região da ampola. 
- Caso de US TV indefinido devemos fazer a curva de beta-HCG 48 horas para confirmar a 
gravidez ectópica. A culdocentese é a aspiração do líquido no fundo do saco de Douglas a 
fim de verificar se é sangramento. Hoje não fazemos mais esse procedimento, pois corre o risco 
de alcançar uma alça intestinal. 
- O manejo da paciente pode ser subdivido em instável e estável. Uma paciente instável, com 
dor em fossa ilíaca, atraso menstrual, sangramento vaginal, presença de sinais de irritação 
peritoneal, hipotensão, taquicardia. Os sinais são clássicos de um choque hipovolêmico, logo 
devemos sempre encaminhar para uma laparotomia. Em uma paciente estável podemos 
realizar uma laparoscopia. 
- Outra modalidade de tratamento é o clínico com o uso de metotrexato, pois age na 
produção do DNA. Para que possamos indicar tal modalidade a massa anexial deve está 
abaixo de 3,5 cm; beta-HCG menor que 5000, embrião sem batimento cardiofetal; gestação 
ectópica deve está íntegra; devemos solicitar a função hepática e renal. 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Habilidades Médicas – Abdômen agudo) 
2 
 
 
- Com o aumento dos casos de gravidez assistidas, temos um aumento das gestações 
gemelares. Com isso, podemos nos deparar com uma gestação heterotópica em que um 
embrião se encontra no útero e o outro fora dele. Desse modo, devemos encaminhar para 
cirurgia a fim de retirara apenas a gestação ectópica e lembrar de não poder utilizar o 
metotrexato. 
❖ Diferenciar a Gravidez Ectópica e seus diagnósticos diferenciais (DIP, Aborto) - 
Elucidar os achados semiológicos que levam a pensar no diagnóstico de Gravidez 
Ectópica e seus diagnósticos diferenciais; 
- O quadro clínico que permite a suspeita de gravidez ectópica temos a dor em fossa ilíaca 
que pode varia de acordo com o acometimento da tuba (direita ou esquerda), geralmente 
há uma obstrução e aumento de tamanho, fazendo com que a paciente sinta dor; atraso 
menstrual (qualquer tipo de gravidez temos o atraso); sangramento vaginal em borra de café 
(síndrome hemorrágico após queda da produção basal de progesterona pelo 
sinciciotrofoblasto que de frente a um ambiente hostil, tuba uterina, não tem espaço suficiente 
para se desenvolver e realizar suas atividades. Desse modo, a paciente vai descamar o 
endométrio e sangrar.). 
- O exame físico dessa paciente deve seguir na avaliação dos sinais vitais (verificar se há sinais 
de choque hipovolêmico a partir da quantidade de sangue perdida) e no exame físico 
abdominal (dor em fossa ilíaca sem sinais de irritação peritoneal). Além desses mais clássicos, 
como estamos diante de uma paciente, devemos sempre realizar um exame ginecológico a 
fim de visualizar o colón do útero. Podemos observar um cólon mais arroxeado (normal para 
qualquer gravidez), dor à mobilização e presença de abaulamento doloroso em fundo do saco 
de Douglas (grito de Douglas – Sinal de Proust). 
 
- Os sinais do exame físico dito acima são de gravidez ectópica íntegra. Quando nos 
deparamos com uma gravidez ectópica rota os sinais que prevalecem são de irritação 
peritoneal, pois estamos diante de um quadro de abdômen agudo hemorrágico – presença 
de sinais de choque hipovolêmico (palidez, hipotensão, taquicardia). 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Habilidades Médicas – Abdômen agudo) 
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- O diagnóstico da gravidez ectópica deve ser feito com US transvaginal (identificação do saco 
gestacional) e Beta-HCG (confirmação da gravidez). Em casos duvidosos temos a presença de 
massa anexial indefinida- corpo lúteo hemorrágico ou abscesso ovariano, (não conseguiu 
visualizar o saco gestacional), devemos sempre nos guiar pelo nível de Beta-HCG. Devemos 
então solicitar o Beta-HCG quantitativo, valores acima de 1500 somados com útero vazio, 
conseguimos fechar o diagnóstico de gravidez ectópica. Por outro lado, quando o quantitativo 
de Beta-HCG está menor que 1500 e o útero está vazio podemos está diante ou de uma 
gravidez ectópica ou de uma gravidez tópica. Isso porque não há uma obrigatoriedade de 
visualizar o saco gestacional com esse valor. Desse modo, faremos a curva do Beta-HCG 
repetido em 48 horas. Em uma gravidez normal o Beta-HCG a cada 48 horas dobra de valor. 
Desse modo, um aumento menor que o dobro é sugestivo de gestação ectópica 
- O diagnóstico diferencial temos: (1) aborto; (2) doença trofoblástica gestacional; (3) corpo 
lúteo hemorrágico; (4) torção ovariana – dor aguda; (5) abscesso tubo-ovariana; (6) demais 
causas de abdômen agudo. 
❖ Reconhecer os fatores de risco da gravidez Ectópica. 
- Os fatores de risco temos a DIP prévia (alteração da anatomia tubária); tabagismo (redução 
do movimento ciliar das tubas); procedimento tubário prévio; DIU e laqueadura tubária (se há 
falha nesses métodos contraceptivos a probabilidade de ter uma gestação ectópica é maior); 
falha anticoncepção de emergência (alteração do ambiente hormonal – pílula do dia 
seguinte); procedimento de reprodução assistida; gestação ectópica prévia.

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