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Obstrução intestinal

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Isabela Santos – Med Resumos 
 
 
Obstrução intestinal 
➔ É uma síndrome na qual o conteúdo do intestino, tanto delgado quanto grosso, não consegue progredir 
até o reto → impossibilitando sua eliminação do organismo. 
➔ Pode ser funcional (secundária a uma fisiologia intestinal anormal) ou mecânica do interior ou exterior 
do intestino. 
➔ Pode ser completo ou parcial 
➔ Pode ser no intestino delgado ou grosso 
➔ Pode apresentar sofrimento vascular ou não 
➔ Obstrução em alça fechada é quando existem 02 níveis de obstrução, ou seja, o conteúdo entérico não 
vai para trás e nem para frente 
Obstrução mecânica 
➔ Pode ser classificada de acordo com a localização do processo oclusivo em: intraluminal, da parede 
intestinal ou extraintestinal 
➔ Intraluminal: áscaris lumbricoides, corpo estranho e neoplasias (adenocarcinoma de cólon) 
➔ Da parede intestinal: doença de Crohn, diverticulite e intussuscepção 
➔ Extraintestinal: bridas, hérnias e volvo 
Obstrução funcional 
➔ Representa o funcionamento anormal da fisiologia intestinal 
➔ Um exemplo é o íleo paralítico → ocorre parada da eliminação de gases e fezes na ausência de oclusão e 
pode associar ao quadro de náuseas, vômitos, distensão abdominal e dor imprecisa 
Fatores de risco para obstrução intestinal 
➔ Cirurgia abdominal ou pélvica prévia 
➔ Hérnia inguinal ou abdominal 
➔ Doença inflamatória intestinal 
➔ História ou risco aumentado para neoplasia 
➔ Radioterapia prévia 
➔ História de ingestão de corpo estranho 
Fisiologia obstrutiva 
➔ Ocorre distensão proximal da alça resultante do acúmulo de secreções gastrointestinais e de gás → o ar 
engolido e o gás da fermentação bacteriana acumulam e distende a alça → o intestino torna-se 
edematoso, a função de absorção é perdida e o fluído é sequestrado para dentro do lúmen intestinal. 
➔ Inicialmente a peristalse reversa é estimulada abaixo do ponto que foi ocluído, porém, vai diminuindo 
progressivamente até a estagnação total do movimento intestinal. 
➔ A distensão se torna mais grave, a pressão hidrostática interna aumenta e os ductos linfáticos e vênulas 
da mucosa são comprimidas → diminuindo a perfusão da parede intestinal levando a uma isquemia → 
podendo evoluir para necrose e perfuração. 
➔ Com a perfuração, a barreira intestinal contra a translocação bacteriana intraluminal é quebrada, 
ocorre uma isquemia progressiva + necrose da alça → gerando uma perfuração → perda de líquido → 
peritonite e morte por sepse 
Obstrução Intestinal 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Quadro clínico 
➔ Sinais cardinais incluem: dor abdominal em cólica → pode variar com o local e duração da obstrução 
(proximal ou distal) e com o grau da obstrução (completa ou parcial) 
➔ Dor em cólica está associada a obstrução de delgado, descrita como dor periumbilical com cólicas que 
ocorrem em intervalos de 4 a 5 minutos 
➔ Náuseas e vômitos são comuns em quadros de obstrução mais alta (duodeno, jejuno proximal) 
➔ Obstruções mais distais estão associadas a menor quantidade de vômito e o sintoma inicial mais 
predominante é a dor abdominal em cólica 
➔ Obstrução intestinal aguda é caracterizada por ruídos hidroaéreos de alta frequência, conhecido como 
sons metálicos. 
➔ Com a evolução da distensão as alças tornam-se hipoativas e os ruídos intestinais diminuem até a 
parada completa do peristaltismo. 
Diagnóstico 
➔ Toque retal para avaliação de massas intraluminais 
➔ Exame de fezes para avaliar presença de sangue oculto 
Exames laboratoriais 
➔ Hemograma completo 
➔ Eletrólitos (incluindo ureia e creatinina) 
➔ Observação: com a progressão da doença há hemoconcentração, leucocitose, elevação da amilase e 
anormalidades eletrolíticas → variam de acordo com o nível de obstrução e desidratação 
Exames de imagem 
1. Radiografia simples do abdome 
➔ Deve ser realizada com o paciente em pé e deitado (ortostase e decúbito dorsal) 
➔ É possível verificar alças de intestino delgado dilatadas com níveis hidroaéreos 
➔ O cólon não apresenta gás em seu interior a menos que o paciente tenha obstrução parcial 
➔ Pode ser necessário a administração de contraste por via oral em casos de obstrução proximal 
➔ Na obstrução total haverá ausência de ar no cólon e no reto 
Observação: o estudo radiológico com o uso de contraste baritado atrapalha a interpretação dos níveis 
hidroaéreos; O paciente com obstrução alta vomita o conteúdo; Na obstrução baixa de intestino delgado o 
contraste demora a chegar ao local. 
➔ Na dificuldade de localizar o processo obstrutivo, pode utilizar o exame radiológico contrastado e nos 
casos de volvo há a imagem em bico de pássaro. 
➔ Estudos com bário são usados em história de obstrução recorrente, ou obstrução mecânica de baixo grau 
para definir com precisão o segmento obstruído e o grau de obstrução. 
 
2. Estudo endoscópico 
➔ Retossigmoidoscopia pode diagnosticar tumores baixos ou presença de volvo de sigmoide 
➔ Colonoscopia na obstrução não tem sido de muita valia 
➔ A colonoscopia nos casos de volvo de ceco ou de sigmoide alto, bem como na presença de corpo estranho, 
pode permitir o diagnóstico e tratamento. 
 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
3. Estudo ultrassonográfico 
➔ É um recurso barato, seguro e eficiente na obstrução intestinal mecânica 
 
4. Tomografia computadorizada 
➔ É útil em casos que os exames radiológicos não esclarecem a origem da obstrução ou não auxiliam no 
plano de tratamento 
➔ Pode identificar massas, estadiar lesões com grande precisão e é mais eficaz que o enema opaco na 
visualização dos segmentos colônicos à montante da lesão obstrutiva 
➔ Pode determinar o nível da obstrução 
 
Tratamento da obstrução 
➔ Em sua maioria é cirúrgico 
➔ O tratamento conservador deve ser associado às medidas iniciais, que consistem em hidratação, 
sondagem vesical de demora, sonda nasogástrica e antibióticos devem ser utilizados profilaticamente 
➔ Se a obstrução não melhorar com tratamento clínico, a obstrução for completa ou se houver suspeita de 
obstrução com sofrimento vascular → o tratamento é cirúrgico 
➔ Importante que o paciente deve estar hemodinamicamente estável

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