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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
DESAFIO
As crianças iniciam o ano letivo com diferentes conhecimentos, aprendizagens, capacidades e habilidades, em relação tanto ao sistema de escrita alfabética como a outros conteúdos abordados dentro e fora da sala de aula. Na perspectiva do trabalho conjunto entre alfabetização e letramento, reflita sobre o desafio e busque alternativas possíveis para sua resolução.
Você formou-se no curso de Pedagogia, porém sempre trabalhou em outras áreas. Após alguns anos, resolveu voltar à área de formação e decidiu prestar concurso público para professor de anos iniciais. Aprovado, logo foi chamada para assumir um 1º ano do Ensino Fundamental. A turma totaliza 28 alunos, com uma média de idade de 6 anos. A escola é localizada na periferia de sua cidade e a grande maioria dos alunos tem pouquíssimo contato e estímulo com a leitura e a escrita por parte das famílias.
No primeiro dia de aula, você percebeu que muitas crianças não conheciam as letras do alfabeto, nem mesmo as de seus nomes, e utilizavam, além das letras, números e outros símbolos para representar a escrita.
Diante desse contexto, você tem o grande desafio de iniciar e introduzir práticas sociais de leitura e escrita, a fim de que essas crianças se tornem indivíduos alfabetizados e letrados. De que forma você pode iniciar esse trabalho e quais atividades seriam pertinentes?
Escreva sua resposta no campo abaixo:
Primeiramente eu buscaria compreender a base que as crianças têm e em qual nível de conhecimento elas estão. A partir disto tentaria nivelar o conhecimento delas e depois disto iniciaria as atividades referentes ao 1º ano.
Caso alguma mostrasse alguma dificuldade tentaria algum material extra que pudesse ajudar e me colocaria a disposição para realizar esta atividade alguns minutos antes ou depois da aula.
Padrão de resposta esperado
As crianças são capazes de aprender, independentemente do contexto em que estão inseridas. É preciso vencer a mentalidade de que os alunos terão dificuldades porque iniciaram o ano letivo com os conhecimentos abaixo do que era esperado.
O que você precisa, em primeiro lugar, é compreender o processo e buscar soluções por meio do estudo, da reflexão e da troca com seus pares. Em segundo lugar, adotar diferentes práticas sociais, que envolvam uma proposta de trabalho em que os alunos sejam contemplados de forma diversificada, levando em consideração o contexto e as hipóteses e favorecendo o contato com a escrita nas mais variadas circunstâncias.
Por fim, deve utilizar em suas atividades diferentes portadores de textos e gêneros textuais que exemplifiquem, contemplem e aproximem as situações vivenciadas pelos alunos com as práticas de leitura e escrita.
EXERCICIOS
1. A criança precisa do convívio com a cultura da leitura e da escrita para conhecer o mundo que a rodeia. De que forma a escola e o professor podem oportunizar tais conhecimentos e mediar o processo de aprendizagem da língua escrita?
C. Promovendo atividades sistemáticas que levem os alunos a refletir e vivenciar as práticas sociais da leitura e da escrita, por meio de atividades com diferentes gêneros textuais presentes no cotidiano.
A escola e o professor assumem um papel de extrema importância no processo de alfabetização e letramento, principalmente no que tange à inserção de práticas sociais de leitura e escrita. Os alunos precisam vivenciar situações que os levem a refletir sobre essas práticas, pensando na alfabetização não como a aquisição de um código ou o treino de letras e traçados, mas por meio de atividades que contemplem os gêneros textuais e as demais vivências presentes no dia a dia da criança.
2. Por que é correto afirmar que o sistema de escrita alfabética (SEA) é um sistema notacional?
B. Porque ele é um sistema de representação, em que se reconhece a escrita alfabética como um objeto de conhecimento que auxilia os alunos a refletir conscientemente sobre as palavras.
A escrita alfabética é um sistema notacional porque proporciona que a criança perceba a escrita como um objeto de conhecimento, que a auxiliará na compreensão, na reflexão consciente da palavra e, consequentemente, na apropriação do SEA.
3. Assinale a alternativa correta que explica o que consiste a consciência fonológica.
A. Trabalhar com a criança atividades em que ela possa refletir e observar a dimensão sonora das palavras.
Trabalhar com a consciência fonológica é proporcionar à criança a percepção dos sons da fala, assim como a compreensão e a reflexão sobre as palavras partindo da exploração da sonoridade de diferentes formas e contextos.
4. 
Na concepção da alfabetização e do letramento, por que é importante que a criança inicie desde a primeira infância o contato com a cultura escrita?
C. Porque ela está inserida em um contexto letrado e cabe às pessoas que convivem com a criança proporcionar situações práticas que façam parte do seu cotidiano e que envolvam a leitura e a escrita.
Quando a criança chega à escola, ela já traz consigo experiências práticas de convívio com a linguagem oral e escrita. Diante desse contexto em que a criança faz parte, cabe aos adultos que com ela convivem proporcionar situações de inserção à cultura letrada que tenham relevância e significado.
5. A proposta da alfabetização consiste no desenvolvimento de práticas de leitura e escrita como forma de significar os conhecimentos. No que diz respeito à interação do sujeito com os materiais escritos, é correto afirmar que:
E. a interação com diversos textos possibilita à criança se envolver em situações reais que a incentive ao aprendizado da escrita.
Quando a criança interage com o material escrito, ela se envolve nas situações reais que as rodeiam e refletem sobre o aprendizado e as práticas da leitura e escrita, de forma a oportunizar a aprendizagem de novos conhecimentos. Essa interação pode acontecer com ou sem a mediação do professor, de forma individual ou no convívio com os colegas.
LETRAMENTO COMO PRÁTICA SOCIAL
DESAFIO
As práticas de letramento são práticas sociais e, portanto, dependem do contexto social e histórico. Em contextos de periferia, muitas crianças alfabetizadas participam de práticas de letramento institucionais para auxiliar os familiares não alfabetizados. Lília, uma menina de 10 anos, moradora de um bairro de periferia na cidade de Porto Alegre/RS, não está mais frequentando a escola pois se sente desmotivada com as notas baixas e os comentários dos professores sobre sua falta de higiene e cuidados com os materiais escolares. Quando questionados, os professores afirmam que Lília vem de um contexto "iletrado", pois a família não estimula práticas de letramento escolares.
Contudo, ao observar a rotina de Lília, percebemos que ela tem um grande prestígio dentro da sua comunidade. Por saber ler, escrever e fazer contas, Lília é responsável pelo controle da "caderneta" no mercado, por acompanhar os familiares mais velhos no posto de saúde e conversar com o médico, participar das reuniões pedagógicas na creche dos irmãos e primos mais novos e fazer a leitura das correspondências para os familiares e vizinhos analfabetos.
Por que, apesar de participar ativamente de tantas práticas de letramento, Lília fracassa na escola e é considerada iletrada pelos professores?
Para ser considerada letrada, Lilia deveria ter a leitura plena, ou seja, a compreensão de tudo que está a sua volta, no caso dela para os professores é considerada apenas alfabetizada.
Padrão de resposta esperado
Algumas práticas de letramento são mais valorizadas pela escola enquanto outras são desconsideradas, tornando-se invisíveis. Por não conhecer as práticas de letramento de seus alunos fora do ambiente escolar, a escola fracassa em fazer uso desses conhecimentos na construção de novos conhecimentos que possam alargar ainda mais seu repertório de práticas letradas.
As crianças de contextos mais privilegiados economicamente são geralmente "treinadas" para as práticas esperadas/valorizadas pela escola. 
Desde muito pequenas, aprendem a manusear cadernos, livros,canetas, etc. Até mesmo o tipo de interação que os familiares têm com essas crianças é uma maneira de prepará-las para a vida escolar - muitos pais fazem perguntas, cujas respostas são conhecidas, para testar o conhecimento dos filhos: "Que horas são?" "Dez horas". "Muito bem!". 
A escola é desenhada para esse perfil de criança e tem dificuldade de se redesenhar para receber crianças com perfis diferentes, que é o caso da maior parte das crianças no Brasil. Formar professores atentos à realidade dos alunos e abertos a conhecer suas práticas de letramento é um início importante na reformulação do ensino.
EXERCICIOS
1. Qual o principal argumento da grande divisão?
C. Oralidade e letramento são fundamentalmente distintos.
Sim. A grande divisão propõe essa diferenciação entre oralidade e letramento, tratando o letramento como sinal de progresso e modernidade.
2. Conforme o modelo autônomo de letramento, podemos afirmar que:
B. Letramento é algo que alguém tem ou não tem.
Sim. Segundo esse modelo, letramento não é uma prática social, mas algo que você tem ou não tem.
3. Conforme o modelo ideológico de letramento, podemos afirmar que:
A. Existem diferentes letramentos associados com diferentes domínios da vida.
Sim! As práticas de letramento variam de acordo com o contexto de uso.
4. O que são eventos de letramento?
E. Qualquer ocasião em que algo escrito é constitutivo da interação e dos processos interpretativos.
Sim, esse é o entendimento dos Novos Estudos sobre o Letramento em definição apresentada por Shirley Brice Heath (1982).
5. O que são os Novos Estudos sobre Letramento?
A. Perspectiva que surge contrária à grande divisão e propõe um conceito de letramento como prática social.
Sim. Os Novos Estudos sobre Letramento surgiram para repensar a ideia de letramento na oposição com a oralidade.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: A QUESTÃO DOS MÉTODOS
Para efetivar o processo de alfabetização, é possível utilizar diferentes atividades em sala de aula. Podem ser utilizadas brincadeiras, atividades em grupo, desafios individuais, etc.
Considerando essa situação, reflita e elabore brevemente algumas  alternativas de trabalho com os nomes próprios, de forma a praticar, no ensino, alfabetização e letramento.
Estimulando sua aprendizagem de maneira natural e lúdica, a partir da curiosidade. Assim, relacionando o seu próprio nome, de membros da família e de amigos, Como por exemplo, o alfabeto a letra L é do Luís, M é da Mamãe, P é do Pedro, S é da irmã Sofia, B é da amiguinha Beatriz e assim por diante.
Montar crachás para cada aluno, e pedir para identificar a primeira letra do nome de cada coleguinha.
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Para trabalhar com os nomes próprios, considerando uma aprendizagem ativa – ou seja, em que a criança opera com o conhecimento proposto de forma a elaborar as suas próprias reflexões e, então, apropriar-se das letras e dos sons –, é possível propor diferentes atividades.
Por exemplo:
a) O professor pode registrar o nome da criança em todos os espaços possíveis para que ela visualize e mantenha contato com as letras;
b) Produzir crachás com foto e nome do aluno – assim a criança observa o seu nome e os dos colegas;
c) Comparar os nomes nos crachás para que as letras comecem a ser diferenciadas;
d) Formação dos nomes com letras grandes e móveis;
e) Apresentar textos, para que as letras dos nomes sejam reconhecidas neles;
f) Caça-palavras com os nomes da turma. Essa atividade pode ser apresentada em um cartaz grande, e toda a turma trabalha livremente, e em conjunto (trabalho cooperativo), para encontrar os nomes;
g) Jogo das pistas: adivinhar os nomes por meio da apresentação de pistas;
h) Apresentar em cartazes (ou no quadro) nomes parecidos, para que os alunos identifiquem as semelhanças e as diferenças nos nomes.
É importante domínio dos conceitos, das teorias e dos métodos, mas é fundamental pensar de que forma é possível praticá-los.
EXERCÍCIOS
1. Sobre o conceito de alfabetização, sendo entendido de forma mais ampla, Ferreiro (1996) destaca que: “o desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em ___________________. Mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, _______________________________________ pelas crianças”. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto:
B. um contexto social - práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente
Conforme explica Ferreiro (1996, p. 24), “o desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social, para além da sala de aula. Mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças”. A criança não é passiva no processo de aprendizagem. Ela, na verdade, observa, questiona, aplica o seu conhecimento simbólico de mundo e, neste movimento, vai construindo o seu mundo e a sua forma de aprender – inclusive, desenvolvendo a linguagem.
2. A prática de levar para a sala de aula diferentes gêneros textuais e expor a criança ao contato com esses gêneros, mesmo antes do domínio do código da língua, é uma forma de efetivar qual(is) conceito(s)?
Assinale a alternativa correta:
D. Letramento em conjunto com alfabetização.
Letramento é um conceito que opera junto ao processo de alfabetização. Mesmo antes da criança dominar o código de deteterminada língua e estar habilitada para decodificar e codificar os sinais da língua escrita, ela pode ser apresentada aos diferentes gêneros textuais, para perceber a língua em ação. Neste movimento, entende de que forma podemos utiizar o código para entender e se fazer entender a partir do uso da língua.
3. Com relação aos métodos de alfabetização que podem ser uitlizados no espaço da sala de aula, assinale V, para afirmação verdadeiras, e F, para falsas:
(  ) método sintético; por exemplo: alfabético.
(  ) método analítico; por exemplo: silábico.
(  ) método sintético; por exemplo: fônico.
E. V - F - V.
A alfabetização significa ampliação do saber, no sentido de capacitar a criança para a leitura e para a escrita da palavra, de forma que ela possa agir no mundo. Para que isso aconteça, existem diferentes métodos de alfabetização, que podem ser divididos em sintéticos e analíticos. Como métodos sintéticos, temos: alfabético, silábico e fônico. Como métodos analíticos, temos: palavração, sentenciação e global.
4. Existem diferentes métodos de alfabetização que podem ser utilizados em sala de aula para habilitar os alunos para a leitura e para a escrita. Esses métodos podem ser divididos em sintéticos e analíticos. 
Qual é a denominação para o método que utiliza como unidade inicial de aprendizagem aquela centrada em uma unidade de significado mais completa que está além da sílaba e dos sons? Neste método, o aluno deve conhecer e reconhecer os sentidos dessas unidades mais complexas, para depois analisar as partes menores.
C. Sentenciação.
Na sentenciação, como outro método analítico, a unidade inicial de aprendizagem está centrada na apropriação das frases. Logo, depois do domínio das frases, o alfabetizando parte para análise das palavras e, destas, são extraídas as sílabas para conhecimento e formulação de novos vocábulos.
O método silábico, conforme enunciado pela sua denominação, é um método centrado na sílaba; o método global, parte do texto; o alfabético observa os sons e as letras; e o método da palavração concentra o seu processo na palavra. Ou seja, nenhum deles observa a senteça, conforme descrito no enunciado da pergunta. Logo: nesta questão, trata-se do método da sentenciação.
5. Alfabetização e letramento são conceitos que se somam; cada um deles contribui para a formação dos sujeitos, no sentido de capacitar para atividades de leitura e escrita.
Com relação à prática do letramento em sala de aula, assinale a alternativa correta:
C. Para desenvolvimento do letramento, é necessário um processo de ensino centrado no trabalho com os gêneros textuais, sejam eles orais ou escritos.
Para desenvolvimento do letramento, no sentido de capacitar os indivíduospara o uso da leitura e da escrita nos diferentes contextos, é necessário um processo de ensino centrado no trabalho com os gêneros textuais – sejam eles orais ou escritos.
Quanto mais contato com os diferentes gêneros, mais habilitado estará o indivíduo para atuar no contexto social. Primeiro, porque ele saberá ler e interpretar a informação que está sendo compartilhada. Segundo, porque ele vai reconhecer as exigências para apresentação de determinado gênero, de forma a ser capaz de produzir os seus próprios textos de acordo com essas exigências.
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
DESAFIO
A ludicidade é um elemento fundamental na vida das pessoas. Ela permite imaginar, criar, sorrir e viver cada momento intensamente, desde os primeiros anos de vida até a terceira idade. E é por isso que se torna fundamental também no ambiente escolar.
Portanto, suponha que você é professor substituto de uma turma do 1º ano do ensino fundamental e a turma encontra-se com grandes dificuldades no processo de alfabetização. No seu segundo dia de aula, você percebeu que as crianças gostam muito de histórias lúdicas, inclusive fantasiando situações no bairro em que moram.
Descreva uma atividade a ser desenvolvida por você que poderia unir o lúdico com a alfabetização
Escreva sua resposta no campo abaixo:
Eu proporia as crianças construirmos o bairro delas, em um cartaz, ali colocaríamos os estabelecimentos e as casas das crianças, cada deveria por seu nome em suas casas e nos comércios que estivessem desenhados.
Assim trabalhariam o reconhecimento das letras de uma forma que seria divertido.
Padrão de resposta esperado
Como professor substituto de uma turma do 1º ano do ensino fundamental, seria possível trabalhar a temática "espaço geográfico", de maneira que na proposta os alunos construam, por meio de jogos de montar, massinhas, desenhos e até mesmo maquetes, um determinado espaço, podendo ser a sala de aula, a escola ou o bairro.
Nesse aspecto, por meio de brinquedos e materiais lúdicos, a criança irá usar o alcance de sua imagianação para elaborar seu espaço. Assim vão surgindo noções de tempo e espaço, de pertencimento e responsabilidade, reconhecimento de pessoas e objetos, além da possibilidade de se trabalharem características do bairro, os nomes dos estabelecimentos existentes ali e outros fatores importantes.
Portanto, é possível explorar diversos aspectos relacionados à alfabetização e ao letramento a partir de tal proposta. De maneira lúdica, os alunos vão conseguindo associar letras, palavras e números a objetos, lugares e situações.
Em continuidade, as demais propostas em sala de aula devem ser diversificadas, com atividades que contemplem coordenação motora, lateralidade e esquema corporal, princípios básicos para leitura e escrita, como questões lógico-matemáticas, com jogos de bingo, construção e compreensão do processo das leis matemáticas, a leitura como uma viagem ao mundo da imaginação, fantasia, escrita e interpretação textual, observação e, principalmente, a atenção e a concentração.
Exercícios
1. 
Pensando sobre as situações lúdicas no cotidiano escolar, é importante evidenciar que, por meio das manifestações lúdicas, o corpo se movimenta, transita, age, reage, sente, emociona-se, e tudo isso reflete nos processos de alfabetização e letramento. Nessa perspectiva, Damásio (2000) propõe que:
D. a consciência depende do corpo.
Damásio (2000) afirma que a consciência depende do corpo; do corpo que interage e se transforma com o mundo. A maneira como a criança interage com o mundo ao seu redor acontece mediante os movimentos; e esses, por sua vez, se dão por causa das brincadeiras, dos jogos, dos esportes e das atividades lúdicas. Portanto, à criança deve ser dada a oportunidade de movimentar-se e, neste percurso, construir suas aprendizagens.  
2. De acordo com Boruchovitch (2009), como é chamado o processo que desencadeia e dirige o comportamento do sujeito, principalmente no que se refere à alfabetização e ao letramento?
A. Motivação.
Boruchovitch (2009) reforça que a motivação é um processo que desencadeia e dirige o comportamento do sujeito, principalmente no que se refere à alfabetização e ao letramento. Se o indivíduo não estiver motivado, isto é, interessado, ele se nega a aprender. No entanto, a motivação nem sempre está presente no sujeito; muitas vezes ela é motivada pelo outro (pais, professores, amigos, demais profissionais) ou por algo (assunto, desejo, recompensa). ​​​​​​​
3. De acordo com Duarte (2013), sob que ponto de vista a criança se organiza e organiza seu contexto, sua realidade e suas relações?
B. Sob o ponto de vista imaginário, cultural e do brincar. 
Duarte (2013) aponta que a brincadeira, a imaginação e a cultura sempre estarão em situações combinadas transformadas pela criança que brinca. Sob essa perspectiva, a criança se organiza e organiza a atividade lúdica por meio de sua relação com o mundo circundante, dos seus movimentos, dos seus contatos, da sua interação.
4. É por meio do brincar que a criança experimenta diversas possibilidades de ser. A criança passa a se conhecer melhor, passa a conhecer suas dimensões, seu corpo, seus limites, faz descobertas brilhantes, passa a dominar suas angústias e a representar o mundo exterior, usando para isso o brinquedo, os jogos e suas construções. Tais ações se fundamentam e se constroem através da:
C. ludicidade. 
A criança cria seus mecanismos para compreender o seu entorno e, nesta perspectiva, a criatividade alimenta a vida. Os recursos, por vezes, podem ser simples: histórias, contos, parlendas, brinquedos adaptados, jogos, brincadeiras, rimas, ou seja, um universo de possibilidades e um caminho de infinitas aprendizagens construídas e fundamentadas por meio da ludicidade. 
5. Na primeira infância, a imaginação é muito forte e peculiar da faixa etária. A criança, nessa fase, encontra-se no período das representações mentais. As atividades lúdicas podem favorecer o símbolo e auxiliar a criança no seu desenvolvimento. Nessa perspectiva, a ação imaginária favorece:
E. o pensamento abstrato e o amadurecimento das regras sociais.
Na dimensão escolar, ao criar e recriar uma atividade lúdica, a criança desempenha papéis e comportamentos dos adultos, quando experimenta valores, hábitos, atitudes e situações para as quais não está preparada na vida real , dando-lhes significados imaginários. Dessa forma, consoante a percepção que a criança tem do objeto, atribui-lhe um significado. A ação imaginária criada pelo jogo na dimensão lúdica favorece o desenvolvimento do pensamento abstrato e o amadurecimento das regras sociais e, portanto, favorece a dimensão educativa.
AVALIAÇÃO NA ALFABETIZAÇÃO: O CONTEXTO DO LETRAMENTO
O período de alfabetização é fundamental para que os estudantes possam ter um bom início em sua escolarização, adquirindo as habilidades de escrita e leitura da Língua Portuguesa e compreendendo que o sistema de escrita já estava presente em suas vidas cotidianas mesmo antes da escola.
Tatiane, licenciada em Pedagogia e especialista em Educação Infantil, assumiu neste ano letivo uma turma de alfabetização, no segundo ano do Ensino Fundamental, pela primeira vez em sua carreira docente. Essa mudança a deixou feliz e, ao mesmo tempo, preocupada com as possibilidades de falhar em sua ação docente. 
Considerando o conceito de alfabetização na educação, você agora deve se colocar no lugar da coordenadora pedagógica de Tatiane, mostrando como agiria junto à professora perante essa frustração.
Como coordenadora acredito que primeiro deveria faze-la desistir de abandonar a turma, afinal contratempos acontecem e isso a tornaria uma profissional ainda melhor quando conseguisse superar.
Lembraria a ela, que as crianças tem ritmos diferentes de aprendizagem, e que ao tempo certo todos chegariam no nível desejado.
Proporia algumas alterações de didáticas e justes que colaborassem para a melhora da sala.
Padrão de resposta esperado
Tatiane está agindo de forma equivocada junto a seus alunos, que,durante o segundo ano do Ensino Fundamental, ainda estão completando seu ciclo de alfabetização. Dessa forma, nem todos devem estar no nível alfabético. 
Devo deixar claro para Tatiane que a avaliação durante a alfabetização não é um fim em si mesma e sim atividade diagnóstica e formativa, que fornece ao professor formas de ajustar seu planejamento pedagógico, e que os estudantes têm ritmos diversos e desenvolvem suas habilidades e progridem também de forma diferente.
Contudo, pelo resultado das sondagens, todos já haviam progredido durante o ano letivo. Cabe à coordenação pedagógica instruir Tatiane quanto aos objetivos de avaliar nesse período e como converter essas práticas avaliativas em intervenções que ajudem a melhorar o processo de desenvolvimento das habilidades requeridas para a escrita e leitura.
Exercícios
1. Para que as práticas avaliativas realizadas durante o período de alfabetização de fato contemplem suas principais finalidades, os professores alfabetizadores devem ter claro entendimento dos conceitos de alfabetização e letramento. Sobre a avaliação durante o período de alfabetização, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I – A alfabetização é um processo que exige o desenvolvimento de capacidades motoras e cognitivas dos estudantes, que precisam ser diagnosticadas ao longo deste para que os professores intervenham quando necessário. Além dessas habilidades a desenvolver, deve-se considerar o letramento.
PORQUE
II – As crianças, antes de entrarem na escola, já se encontram vivenciando ambientes sociais onde percebem a escrita e seu impacto na vida cotidiana. Além disso, o letramento contribui para a construção de significados sobre as palavras e os textos produzidos ou lidos pelos estudantes.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
D. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
O professor alfabetizador deve entender que a alfabetização e o letramento devem andar juntos, uma vez que, muito antes de entrarem na Educação Infantil, os estudantes já estão imersos em práticas sociais que evidenciam a importância do uso da escrita em suas vidas. Dessa forma, avaliar deve considerar o conjunto de conhecimentos e procedimentos adotados nesse período pelo professor para mapear os níveis de evolução tanto da alfabetização quanto do letramento que esses alunos estão apresentando ao longo desse ciclo.
2. Para que possa ser desenvolvida a alfabetização com os estudantes no primeiro e segundo anos do Ensino Fundamental, os professores optam por métodos sintéticos ou analíticos. Para avaliar os níveis de alfabetização em que os estudantes se encontram nesses métodos, os professores desenvolvem as tarefas de observação, registro e documentação.
Analise as afirmativas abaixo e marque aquela que apresenta uma correta relação entre uma dessas ações e sua descrição.
B. Observar é fundamental para o professor alfabetizador, pois assim consegue verificar o nível em que o aluno se encontra para poder intervir.
Independente do método escolhido para a alfabetização, seja ele analítico ou sintético, o professor precisa realizar seus diagnósticos; para isso, utiliza ações de observação, registro e documentação. A observação é o ato de visualizar como cada aluno se encontra progredindo nos níveis esperados para alfabetizar-se. Após observar, o professor deve registrar os detalhes que coletou, o que pode fazer em seu plano de aula, ou mesmo no diário de classe. O documentar exige a utilização de um portfólio, dossiê ou arquivo biográfico do aluno, onde serão colecionadas algumas de suas produções, sondagens e diagnósticos realizados, entre outros itens que contribuam para uma visão processual de sua alfabetização.
3. Lopes, Abreu e Mattos (2010) definiram alguns fatores que contribuem para a alfabetização e o letramento dos estudantes; entre eles, o diagnóstico.
Sobre o diagnóstico, podemos afirmar que:
B. é uma prática avaliativa importante para que o professor possa perceber em qual nível de alfabetização o estudante se encontra e, então, intervir.
Lopes, Abreu e Mattos (2010) apontaram fatores que contribuem para a alfabetização e o letramento dos alunos. São eles:
Diagnóstico – quando o professor verifica de forma individual o nível de alfabetização em que o aluno se encontra.
Intervenções – atos realizados pelo professor junto ao aluno, após constatar no diagnóstico o nível em que este se encontra, visando ao seu progresso.
Ambiente alfabetizador – caracterizado pela oferta de múltiplas formas de materiais escritos e estímulos para a aquisição da escrita e leitura.
Autoestima – ações do professor para que o aluno perceba que está avançando em seu processo e adquira mais confiança.
Atividades significativas – atividades em que o estudante percebe a relação da escrita em sua vida social (letramento).
4. “A avaliação é sempre uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que informa o quanto cada estudante está conseguindo alcançar ou mesmo qual a situação em que estamos vivendo, também reflete se o que estamos planejando ou executando (modo ou conteúdo da ação profissional) alcança os objetivos pretendidos ou definidos. Por isso a avaliação é a guardiã dos objetivos; um processo e nunca uma atividade isolada.” (DIAS, 2016, p. 285)
A partir da citação do autor e de seus estudos da unidade de aprendizagem sobre as avaliações da alfabetização realizadas pelo SAEB, pode-se afirmar que:
A. as avaliações da alfabetização do SAEB servem para a construção de indicadores e políticas públicas para a alfabetização no sistema educacional brasileiro. 
Fazendo uma relação entre a citação e as avaliações do SAEB para a alfabetização, podemos entender que essas provas têm como finalidade medir como os estudantes estão progredindo em relação aos objetivos traçados para o sistema educacional brasileiro, podendo, a partir da construção de seus indicadores, monitorar as existentes e propor novas políticas públicas educacionais para essa área.Também possuem implicação pedagógica, servindo de meio para que os professores ajustem suas práticas em busca da melhoria das habilidades cognitivas requeridas aos seus alunos. Embora possam apresentar aspectos classificatórios e medição de desempenho, também são diagnósticas e se alinham com a BNCC, constituindo modelos e referências para os professores alfabetizadores.
5. Ferreiro (2001) analisou aspectos psicolinguísticos relacionados durante a aquisição da língua escrita, desenvolvendo quatro níveis de evolução da escrita apresentados pelos estudantes: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. O professor deve conhecer bem esses níveis para que possa realizar suas atividades diagnósticas. Analise os níveis de evolução da escrita apresentados e associe a primeira e a segunda colunas, de forma a estabelecer a correta relação entre elas:
I – pré-silábico;
II – silábico;
III – silábico-alfabético;
IV – alfabético.
(   ) A criança ainda se vale do desenho para representar as palavras, pois não diferencia letras e números.
(   ) É o momento em que o estudante já consegue realizar plenamente a correspondência entre os fonemas e grafemas.
(   ) O aluno compreende que, ao escrever, está representando os pares sonoros da fala, normalmente utilizando uma letra para cada par.
(   ) Fase de transição em que o estudante percebe que precisa adicionar mais letras às sílabas que representou ao escrever.
A alternativa que responde adequadamente a sequência correta é:
D. I; IV; II; III.
A pesquisadora Emilia Ferreiro desenvolveu quatro níveis apresentados pelos alunos para a apropriação do sistema de escrita. São eles:
Pré-silábico – inicial, em que o estudante ainda não diferencia letras, números e símbolos e costuma desenhar ao representar a palavra.
Silábico – é uma evolução do primeiro, em que as crianças se valem de letras para representar as sílabas que compõem as palavras.
Silábico-alfabético –os estudantes entendem que somente uma letra por sílaba não é suficiente para escreveras palavras e começam a acrescentar mais letras, sendo uma transição importante para a fase final.
Alfabético –conclui o processo de alfabetização, sendo que os estudantes se apropriaram do sistema de escrita, conseguindo realizar a correspondência dos fonemas a partir dos grafemas que produzem. Claro que ainda com questões de ortografia a serem trabalhadas pelos professores.

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