Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM GESTÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO MÓDULO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 3º Ano Disciplina: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS Código: ISCED1-GSI16 Total Horas/1o Semestre: 125 H Créditos (SNATCA): 7 Número de Temas: 14 i Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País. Instituto superior de Ciências e Educação a Distância (isced) Direcção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa Beira - Moçambique Telefone: +258 23 323501 Cel: +258 82 3055839 Fax: 23323501 E-mail: isced@isced.ac.mz Website: www.isced.ac.mz http://www.isced.ac.mz/ ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS ii Agradecimentos O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: Autor Msc. Damasceno Lopes Coordenação Design Financiamento e Logística Revisão Científica e Linguística Ano de Publicação Local de Publicação Direcção Académica Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância (IAPED) XXXXX 2020 ISCED – BEIRA ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS iii ÍNDICE PÁGINA Visão geral ....................................................................................................................... 1 Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Desenvolvimento de Aplicativos Web Empresariais ........ 1 Objectivos do Módulo ................................................................................................................ 1 Objectivos Específicos ................................................................................................................................. 1 Quem deveria estudar este módulo .......................................................................................... 1 Como está estruturado este módulo ......................................................................................... 1 Ícones de actividade .................................................................................................................. 3 Habilidades de estudo ............................................................................................................... 3 Precisa de apoio? ....................................................................................................................... 5 Tarefas (avaliação e auto-avaliação).......................................................................................... 5 TEMA I: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................... 8 Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação ........................................................ 8 Unidade 1.2. Definição de sistema de informação .................................................................... 8 Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização .................... 8 Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação ........................................................ 8 Unidade 1.2. Definição de sistema de informação .................................................................. 10 Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização .................. 13 1 TEMA II: DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE E RISCOS ........................................................................................................................... 27 Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos ............................................... 27 Unidade 2.2. Riscos ligados aos requisitos .............................................................................. 37 Unidade 2.3. Riscos Tecnológicos ............................................................................................ 45 Unidade 2.4. Riscos de competência ....................................................................................... 47 Unidade 2.5. Riscos políticos ................................................................................................... 47 2 TEMA III: DIFERENTES TIPOS DE MODELOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO ............... 53 Unidade 3.1. INTRODUÇÃO. Modelos de Sistemas de informação ......................................... 53 Unidade 3.2. Modelos predictivos ........................................................................................... 53 Unidade 3.3. Modelos normativos .......................................................................................... 53 Unidade 3.4. Modelos descritivos ........................................................................................... 53 2.1 Unidade 3.1. INTRODUÇÃO. Modelos de Sistemas de informação .............................. 53 2.2 Unidade 3.2. Modelos predictivos ................................................................................ 55 2.3 Unidade 3.3. Modelos normativos ............................................................................... 57 2.4 Unidade 3.4. Modelos descritivos ................................................................................ 57 TEMA IV: DIFERENTES NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................ 64 Unidade 4.1. INTRODUÇÃO. Níveis de Abstração de Sistemas de informação ....................... 64 Unidade 4.2. Nível conceptual ................................................................................................. 64 Unidade 4.3. Nível de especificação ........................................................................................ 64 Unidade 4.4. Nível de implementação .................................................................................... 64 Unidade 4.5. Nível de instalação ............................................................................................. 64 Unidade 4.1. INTRODUÇÃO. Níveis de Abstração de Sistemas de informação ....................... 64 Unidade 4.2. Nível conceptual ................................................................................................. 67 Unidade 4.3. Nível de especificação ........................................................................................ 68 Unidade 4.4. Nível de implementação .................................................................................... 69 Unidade 4.5. Nível de instalação ............................................................................................. 69 ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS iv TEMA V: O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ........................................ 74 Unidade 5.1. INTRODUÇÃO. Ciclo de vida de Desenvolvimento de Software ........................ 74 Unidade 5.2. Modelo waterfall ................................................................................................ 74 Unidade 5.3. Modelo espiral .................................................................................................... 74 Unidade 5.4. Modelo RAD .......................................................................................................74 Unidade 5.1. INTRODUÇÃO. Ciclo de vida de Desenvolvimento de Software ........................ 74 Unidade 5.2. Modelo waterfall ................................................................................................ 76 Unidade 5.3. Modelo espiral .................................................................................................... 80 Unidade 5.4. Modelo RAD ....................................................................................................... 82 TEMA VI: PROPOSTA DE UM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE.............. 89 Unidade 6.1. INTRODUÇÃO. Processo de desenvolvimento de software ............................... 89 Unidade 6.2. Desenvolvimento interactivo e incremental ...................................................... 89 Unidade 6.1. INTRODUÇÃO. Processo de desenvolvimento de software ............................... 89 Unidade 6.2. Desenvolvimento interactivo e incremental ...................................................... 89 TEMA VII: MODELAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM UML ................................... 99 Unidade 7.1. INTRODUÇÃO. UML ............................................................................................ 99 Unidade 7.2. Modelação Orientada aos Objectos ................................................................... 99 Unidade 7.3. Modelação Estrutural ......................................................................................... 99 Unidade 7.4. Modelação Comportamental ............................................................................. 99 Unidade 7.1. INTRODUÇÃO. UML ............................................................................................ 99 Unidade 7.2. Modelação Orientada aos Objectos ................................................................. 101 Unidade 7.3. Modelação Estrutural ....................................................................................... 101 Unidade 7.4. Modelação Comportamental ........................................................................... 102 TEMA VIII: MODELAÇÃO ESTRUTURAL CLASSES E RELACIONAMENTOS ......................... 109 Unidade 8.1. INTRODUÇÃO. Diagrama de classes e relacionamentos .................................. 109 Unidade 8.1. INTRODUÇÃO. Diagrama de classes e relacionamentos .................................. 109 TEMA IX: MODELAÇÃO COMPORTAMENTAL ................................................................. 123 Unidade 9.1. INTRODUÇÃO. Modelação Comportamental ................................................... 123 Unidade 9.2. Diagramas de Use Case .................................................................................... 123 Unidade 9.3. Diagramas de Interacção (sequência e colaboração) ...................................... 123 Unidade 9.4. Diagramas de Transição de Estado .................................................................. 123 Unidade 9.5. Diagramas de Actividade .................................................................................. 123 Unidade 9.1. INTRODUÇÃO. Modelação Comportamental ................................................... 123 Unidade 9.2. Diagramas de Use Case .................................................................................... 124 Unidade 9.3. Diagramas de Interacção (sequência e colaboração) ...................................... 129 Unidade 9.4. Diagramas de Transição de Estado .................................................................. 133 Unidade 9.5. Diagramas de Actividade .................................................................................. 134 TEMA X: MODELAÇÃO ARQUITECTURAL ....................................................................... 140 Unidade 10.1. INTRODUÇÃO. Deployment (Instalação) ........................................................ 140 TEMA XI: GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE MODELOS (DIAGRAMAS DE PACKAGE).............. 152 Unidade 11.1. INTRODUÇÃO. Modelos ................................................................................. 152 Unidade 11.2. Diagrama de pacotes ...................................................................................... 152 Unidade 11.1. INTRODUÇÃO. Modelos ................................................................................. 152 Unidade 11.2. Diagrama de pacotes ...................................................................................... 154 TEMA XII: ESTUDO DE CASOS ........................................................................................ 159 Unidade 12.1. INTRODUÇÃO. Estudo de casos ...................................................................... 159 Introdução .............................................................................................................................. 159 ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS v Unidade 12.1. INTRODUÇÃO. Estudo de casos ...................................................................... 159 TEMA XIII: ESTUDO DE UM AMBIENTE DE SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MODELADOS EM UML ...................................................................... 167 Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 167 Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 167 Unidade 13.3. Mini-projecto – Desenvolvimento de um aplicativo ...................................... 167 Unidade 13.1. INTRODUÇÃO. Ambiente ................................................................................ 167 Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 171 Unidade 13.3. Mini-projecto – Desenvolvimento de um aplicativo ...................................... 175 Criando packages .................................................................................................................. 181 Criando uma Java Class ......................................................................................................... 182 Console .................................................................................................................................. 184 Teclas de atalhos do Eclipse .................................................................................................. 188 Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 195 EXERCÍCIOS DO MÓDULO ....................................................... Error! Bookmark not defined. ANEXOS.................................................................................. Error! Bookmark not defined. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 1 Visão geral Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Desenvolvimento de Aplicativos Web Empresariais Objectivos do Módulo Seguir o processo de desenvolvimento de software como um conjunto de atividades, parcialmente ordenadas, com a finalidade de obter um produto de software. É estudado dentro da área de Engenharia de Software, sendo considerado um dos principais mecanismos para se obter software de qualidade e cumprir corretamente os contratos de desenvolvimento, sendo uma das respostas técnicas adequadas para resolver a Crise do software web. No fim do módulo o estudante deve ser capaz de: Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de Gestão de Sistema de Informação do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. Como está estruturado este módulo Este módulo de Desenvolvimento de Aplicações Web Empresariais, para estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Gestão de Sistemade Informação, à semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue: Páginas introdutórias Um índice completo. Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, Objectivos Específicos Entender a arquetectura de um computador Analizar diferente software incluindo comerciais e open source Selecionar um hardware de computador e software adequados para um contexto determinado ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 2 resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como componente de habilidades de estudos. Conteúdo desta Disciplina / módulo Este módulo está estruturado em Temas contendo em cada, uma Introdução, objectivos e conteúdos. Cada tema, por sua vez comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades. No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são incorporados antes o sumário, os exercícios de auto-avaliação e de avaliação e só depois é que aparecem as referências bibliográficas e/ literatura adicional recomendada. Outros recursos A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos. Auto-avaliação e Tarefas de avaliação Tarefas de auto-avaliação e de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada tema. As tarefas dos exercícios de auto-avaliação são compostas de perguntas abertas, sendo que apresentam duas características: primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes e segundo, exercícios de resposta livre sendo puros exercícios teóricos/práticos, problemas não resolvidos e actividades práticas, incluído estudo de caso. Enquanto que as Tarefas de avaliação são compostas de perguntas fechadas nas modalidades de escolha da opção correcta, verdadeiro ou falso e de correspondência. Parte das tarefas serão objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande vantagem. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 3 Comentários e sugestões Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Habilidades de estudo O principal objectivo deste campo é o de ensinar a aprender. Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo de caso se existirem. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço- tempo, respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 4 melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo. Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 5 sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; Precisa de apoio? Caro estudante temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumasdúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E- mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se tornam incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa. O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que lhe permite situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no módulo. Tarefas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 6 de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). Avaliação Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor! Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de avaliação. Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou módulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame). Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas 1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 7 utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 8 TEMA I: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação Unidade 1.2. Definição de sistema de informação Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização Exercícios Introdução Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter- relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e informação, proporcionando um mecanismo de realimentação (feedback) para atender a um objetivo determinado. Os sistemas de informação estão difundidos por todas as funções organizacionais. Eles são usados por áreas como contabilidade, finanças, vendas, produção e assim por diante. Em conseqüência, esse uso generalizado aumenta a necessidade por novos sistemas cada vez mais complexos e por profissionais com conhecimento no seu desenvolvimento e gerenciamento. Saber o que são sistemas de informações; Conhecer os diferentes tipos de sistemas de informação numa organização. Objectivos Específicos Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação O Século XX é considerado aquele do advento da Era da Informação. A partir de então, a informação começou a fluir com velocidade maior que a dos corpos físicos. Desde a invenção do telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais recentemente, o surgimento da grande rede de comunicação de ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 9 dados que é a Internet, o ser humano tem de conviver e lidar com um crescimento exponencial do volume de dados disponíveis. O domínio da informação disponível é uma fonte de poder, uma vez que permite analisar fatores do passado, compreender o presente, e principalmente, antever o futuro. Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática. Antes da popularização dos computadores, os sistemas de informação nas organizações se baseavam basicamente em técnicas de arquivamento e recuperação de informações de grandes arquivos. Geralmente existia a figura do "arquivador", que era a pessoa responsável em organizar os dados, registrá-los, catalogá-los e recuperá-los quando necessário. Esse método, apesar de simples, exigia um grande esforço para manter os dados atualizados bem como para recuperá-los. As informações em papéis também não possibilitavam a facilidade de cruzamento e análise dos dados. Por exemplo, o inventário de estoque de uma empresa não era uma tarefa trivial nessa época, pois a atualização dos dados não era uma tarefa prática e quase sempre envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem erros. Com isso, podemos concluir que a pré-história dos Sistemas de Informação foi marcada pela simplicidade dos dados, informações, métodos e técnicas, assim como pela limitação do sistema e pela sua ineficiência. Conceito de Tecnologia da Informação a Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, e a maneira como esses recursos estão organizados numsistema capaz de executar um conjunto de tarefas". A TI não se restringe a equipamentos (hardware), programas (software) e comunicação de dados. Existem ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 10 tecnologias relativas ao planejamento de informática, ao desenvolvimento de sistemas, ao suporte ao software, aos processos de produção e operação, ao suporte de hardware. A primeira geração é caracterizada pelo surgimento dos Sistemas Operacionais ou Orientados à Operação, automatizados através de grandes computadores (em seu início) e mais à frente migrado para microcomputadores. Nas organizações foram surgindo sistemas especialistas, aqueles destinados a executarem uma determinada tarefa, como, por exemplo, um sistema de folha de pagamento. Esses sistemas forneciam informações para um determinado setor da empresa e isso era um grande avanço até então. Unidade 1.2. Definição de sistema de informação Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter- relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e informação, proporcionando um mecanismo de realimentação (feedback) para atender a um objetivo determinado. Os sistemas de informação estão difundidos por todas as funções organizacionais. Eles são usados por áreas como contabilidade, finanças, vendas, produção e assim por diante. Em conseqüência, esse uso generalizado aumenta a necessidade por novos sistemas cada vez mais complexos e por profissionais com conhecimento no seu desenvolvimento e gerenciamento. Conceitos gerais Sistema de informação pode ser definido comoqualquer sistema utilizado para prover informações qualquer que seja sua utilização ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 11 (Polloni, 2000). Todo sistema de informação pode ser visto, do ponto de vista mais técnico, como um conjunto de programas e de estruturas de dados. Os métodos de análise e projeto de sistemas historicamente enfocaram dados e processos. Mas de uma ênfase inicial em algoritmos, programas e processos, as metodologias de desenvolvimento migraram para uma abordagem centrada nos dados. A partir dai, as preocupações dos desenvolvedores e dos usuários foram passando dos dados operacionais para as informações agregadas envolvidas no processo de tomada de decisão. Os sistemas evoluíram para acompanhar a gerência de negócios. Apesar da importância dos sistemas de informação no apoio a decisões estratégicas, os resultados obtidos pelo uso da informação nos processos decisórios não têm sido satisfatórios. Uma das prováveis causas das limitações dos sistemas de informação pode ser creditada à visão unilateral da informação por parte dos responsáveis pelo desenvolvimento de metodologias de análise estruturada de sistemas. Esta diferença explica as limitações dos sistemas de informação para uso em decisões estratégicas. É possível classificar os sistemas de informações em sistemas de processamento de transações e sistemas de suporte à decisão. "Os sistemas de processamento de transações têm como principal objetivo o registro acurado das operações e fatos relevantes das áreas de negócio. A ênfase nesses sistemas é com a validação dos dados, visando maior qualidade e depuração das bases de dados. Já os sistemas de suporte à decisão são projetados para apoiar os gestores de negócio no processo de tomada de decisão numa perspectiva de mais longo prazo, no trato da informação, do que os sistemas de processamento de transações e envolvendo um maior julgamento humano (Dhar e Stein, 1997). Outras definições ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 12 Sistema de Informação (em inglês, Information System) é a expressão utilizada para descrever um sistema automatizado (que pode ser denominado como Sistema de Informação Computadorizado), ou mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar, processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para o usuário. Além disso, o termo também é utilizado para descrever a área de conhecimento encarregada do estudo de Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação e suas relações com as organizações. Neste contexto, esta disciplina é comumente classificada como uma Ciência Social Aplicada, ao contrário de sua disciplina correlata Ciência da Computação, considerada uma Ciência Exata. A área de conhecimento Sistemas de Informação é considerada pelos pesquisadores como uma área multi ou trans-disciplinar, devido às inter-relações com outras área de conhecimento, tais como Ciência da Computação, Administração, Economia, Sociologia, Direito, Engenharia de Produção, Ciência da Informação e outras. Um terceiro uso para a expressão Sistemas de Informação refere-se a um curso de graduação cujo foco é o desenvolvimento e aplicação de Sistemas de Informação Computadorizados nas organizações. O conteúdo deste curso abrange aspectos técnicos, gerenciais e sociológicos, abrangendo, em linhas gerais, os conteúdos relevantes estudados na área de conhecimento Sistemas de Informação. As concepções mais modernas de Sistemas de Informação contemplam também os Sistemas de telecomunicações e/ou equipamentos relacionados; sistemas ou subsistemas interconectados que utilizam equipamentos na aquisição, armazenamento, manipulação, gestão, movimento, no controle, na exposição, na troca, no intercâmbio, na transmissão, ou na recepção da voz e/ou dos dados, e inclui o software e hardware utilizados. Em relação a esta ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 13 última definição, é comum nos meios acadêmicos a utilização do termo Tecnologias da Informação e Comunicação (ICT - Information and Communication Technologies). Um Sistema de Informações pode ser então definido como todo sistema usado para prover informação (incluindo o seu processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação. Um sistema de informação possui vários elementos inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback. Segundo a definição adotada pelo Ministério da Educação e Cultura brasileiro, o curso de Sistemas de Informação estuda a computação como atividade-meio, ou seja, estuda a aplicação da computação nas organizações. Esta definição é oposta à definição do MEC para os cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação, que estudam a computação como atividade-fim. Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização Não é necessário dizer que ter um bom sistema de informações à disposição dos gerentes das organizações no momento da tomada de decisões é fundamental em um ambiente competitivo. Isso pressupõe a existência de uma estrutura informacional que atue agilmente e com segurança, pois isso fortalece a atuação da organização. A competição acirrada, actualmente, permeia qualquer atividade empresarial, acentuada nos negócios, exige uma gestão eficiente, bom visão estratégica e baseada na utilização de tecnologia de informação. Esta fornece recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações e os sistemas de informação, cada vez mais sofisticados, alterando a forma e o processo de fazer-se negócios. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 14 Gerar relatórios que consolidem as informações para a tomada de decisões é apenas uma das tarefas de um sistema de informação gerencial. Ele deve ir além. Deve fornecer informações estruturadas e diversificadas que sejam relevantes parao processo decisório. Uma organização exige dois tipos de informação que se complementam, mas de natureza distinta: as operacionais e as gerenciais. Para Mülbert e Ayres (2007) as informações operacionais são utilizadas no momento de se processar as atividades rotineiras ou mesmo cada transação, o que gera um volume enorme de dados. Já, as informações gerenciais contemplam o resumo das informações operacionais, e possibilita ao decisor estar a par dos fatos e eventos tendo assim, melhores condições para decidir diante de uma situação. A perspectiva mais abrangente que impera nas organizações na atualidade é de que um sistema de informação é composto por tecnologia, organizações e pessoas. Chamada de abordagem sociotécnica (Mülbert e Ayres, 2007). ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 15 Ao analisarmos a Figura, acima, percebemos que as organizações são vistas como locais de procedimentos operacionais e administrativos, que podem estar formalizados, escritos ou registrados, ou serem originários de práticas informais. Esses procedimentos normalmente são passados para um sistema de informação. As pessoas são vistas como os usuários que se aproveitam das informações de um sistema para executar o seu trabalho. São elas que inserem entradas no sistema, utilizam suas saídas e tornam o sistema todo produtivo. Eles devem estar preparados para realizar as suas tarefas e usar eficientemente os sistemas de informação, pois a sua atitude afeta profundamente o desempenho organizacional. A desmotivação e um ambiente de trabalho não adequado contribuem para uma atitude negativa perante o uso da informação disponível. Portanto, os sistemas devem ser construídos às necessidades daqueles que os utilizam, e não o contrário (Mülbert e Ayres, 2007). Podemos afirmar, então, que se a organização tiver as melhores condições em termos de procedimentos, pessoas e tecnologia a possibilidade de ter um excelente sistema de informações é grande e isso é de extrema importância em um cenário tão competitivo que se vive actualmente no mundo. Esses sistemas devem proporcionar ganhos ou no mínimo equivaler ao investimento realizado neles. Os sistemas de informação desempenham 3 papéis vitais em qualquer tipo de organização: ● Suporte de seus processos e operações; ● Suporte nas tomadas de decisões de seus funcionários e gerentes; ● Suporte em suas estratégias em busca de vantagem competitive. Para classificarmos os vários modos de sistemas de informação usaremos a fornecida por Mülbert e Ayres (2007) mas diversas ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 16 classificações com nomenclaturas diferentes podem ser encontradas, sem, contudo uma invalidar a outra, pois na essência todas convergem. Elas podem ser categorizadas por abrangência organizacional, áreas funcionais principais, e tipo de suporte que proporcionam (Mülbert e Ayres, 2007): Classificação por abrangência organizacional: ênfase na abrangência que o sistema de informação tem em relação à estrutura organizacional. São sistemas construídos para pessoas específicas da empresa, ou para atender grupos específicos como divisões e departamentos, ou para dar suporte à empresa como um todo, e até mesmo sistemas envolvendo várias empresas. Operam isoladamente ou interligados. Sistemas de informação pessoal: são aplicações que os profissionais usam para melhorar sua produtividade que dão suporte às comunicações, análise e tomada de decisão, e registro e monitoramento das atividades. Sistemas de informação de grupo ou departamental: facilitam o processo e o fluxo de informação de um grupo de trabalho. É construído, normalmente, para atender a uma função específica. Podem ser aplicativos para determinadas áreas funcionais da organização. Sistemas de informação empresarial ou corporativo: dão suporte a todas as divisões e outras unidades de uma organização, integrando as ações desenvolvidas pelas diversas unidades empresariais, de modo a facilitar o fluxo de informação entre elas. Para viabilizar esta integração, tais sistemas de informação envolvem bancos de dados centralizados, compartilhados pelas várias unidades usuárias. Sistemas de informação Interorganizacional: sistemas que conectam duas ou mais empresas. Estes sistemas são comuns entre parceiros de negócios e usados extensivamente no comércio eletrônico, ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 17 frequentemente via extranet. Sistemas de informação interorganizacionais que interligam uma corporação internacional ou multinacional, cujas instalações estão localizadas em dois ou mais países, são chamados de Sistemas de informações globais. Classificação por área funcional: os sistemas de informação podem, também, ser classificados pela especialidade funcional a que servem. São sistemas voltados a atender as principais macroatividades das empresas: operações e produção, vendas e marketing, finanças e contabilidade, e recursos humanos. Sistemas de informação industrial: tratam do planejamento, desenvolvimento e manutenção das instalações de produção; do estabelecimento dos objetivos de produção; da aquisição, armazenamento e disponibilidade dos materiais de produção; e do planejamento do equipamento, instalações, materiais e mão-de-obra necessários a produção. Sistemas de vendas e marketing: acompanham as tendências de vendas, monitoram o desempenho dos concorrentes; dão suporte a pesquisas de mercado, campanhas promocionais e de propaganda e decisões quanto a preços; permitem análises de desempenho das vendas e do pessoal de vendas; ajudam na localização e contato de clientes em potencial, no acompanhamento das vendas, no processamento dos pedidos e no fornecimento do serviço de suporte ao cliente. Sistemas de finanças e contabilidade: estabelecem objetivos de investimentos em longo prazo e fornecem previsões do desempenho financeiro da empresa; ajudam a visualizar e controlar os recursos financeiros; monitoram o fluxo de caixa, contas a receber e a pagar, e emitem relatórios de balanço e livros fiscais. Sistemas de recursos humanos: identificam requisitos da força de trabalho em termos de habilidades, nível de instrução, tipos e ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 18 números de posições; também ajudam a acompanhar e analisar o recrutamento, o direcionamento e o desligamento de empregados; e, registram a seleção e a colocação dos empregados. Luppin (2012) descreve os tipos de sistemas de informação que podem ser utilizados pelos diversos níveis hierárquicos e de decisão em uma organização da seguinte forma: Sistemas de Processamento de Transações (SPTs): sistemas integrados que atendem o nível operacional são computadorizados, realizando transações rotineiras como folha de pagamento, pedidos etc. Os recursos são predefinidos e estruturados, e é por meio deles que os gerentes monitoram operações internas e externas a empresa. São fundamentais e críticos, pois se deixarem de funcionar podem causar danos às atividades rotineiras do negócio. Sistemas de Trabalhadores de Conhecimento (STCs) e Sistemas de Automação de Escritório (SAEs): atendem necessidades do nível de conhecimento envolvendo trabalhadores de conhecimento, pessoas com formação universitária como engenheiros e cientistas e trabalhadores de dados, como secretárias, contadores, arquivistas etc.. Diferenciam-se, pois trabalhadores de conhecimento criam informações e trabalhadores de dados usam informações prontas. A produtividade destes é aumentada com o uso dos sistemas de automação de escritório que coordenam e comunicam diversasunidades, trabalhadores, e fontes externas como clientes e fornecedores. Eles manipulam e gerenciam documentos, programação e comunicação, envolvendo além de textos, gráficos etc., hoje publicados digitalmente em forma de portais na internet e intranet para facilitar o acesso e distribuição de informações. Sistemas de Informação Gerenciais (SIGs): dão suporte ao nível gerencial através de relatórios, processos correntes, histórico através de acessos online, orientados a eventos internos, apoiando o ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 19 planejamento controle e decisão, dependem dos SPTs para aquisição de dados, resumindo e apresentando operações e dados básicos periodicamente. Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): atendem também o nível de gerência ajudando a tomar decisões não usuais com rapidez e antecedência a fim de solucionar problemas não predefinidos, usam informações internas obtidas dos SPTs e SIGs e também externas, como preços de produtos concorrentes etc.. Têm maior poder analítico que os outros sistemas sendo construídos em diversos modelos para analisar e armazenar dados, tomar decisões diárias. Por isso, possuem uma interface de fácil acesso e atendimento ao usuário, são interativos, podendo-se alterar e incluir dados através de menus que facilitam a entrada deles e obtenção de informações processadas. Sistemas de Apoio ao Executivo (SAEs): atendem ao nível gerencial, os gerentes seniores que tem pouca ou nenhuma experiência com computadores, servem para tomar decisões não rotineiras que exigem bom senso avaliação e percepção. Criam um ambiente generalizado de computação e comunicação em vez de aplicações fixas e capacidades específicas. Projetados para incorporar dados externos como leis e novos concorrentes, também adquirem informações dos SIGs e SADs a fim de obter informações resumidas e úteis aos executivos, não só sob a forma de textos, mas também gráficos projetados para solucionar problemas específicos que se alteram seguidamente, através de modelos menos analíticos. Ele é formado por estações de trabalho, menus gráficos, dados históricos e de concorrentes, bancos de dados externos, e possuem fácil comunicação e interface. Ainda, segundo Luppin (2012) os Sistemas de Informação relacionam- se uns com os outros a fim de atender os diversos níveis organizacionais. E isto sendo os SPTs a fonte de dados mais importante para os outros sistemas, os SAEs são os recebedores de ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 20 dados de sistemas de níveis inferiores, os outros trocam dados entre si. Também atendem diferentes áreas funcionais, por isso é importante e vantajoso a integração entre eles para a informação chegar às diferentes partes de uma organização. Mas, isto tem um alto custo de implantação e de manutenção, é demorado e complexo, por isso cada organização deve interligar os setores que acha necessário para atender suas necessidades e dentro das suas possibilidades. Sistemas de Informação de Marketing (SIMs): responsáveis pela venda e comunicação do produto ou serviço. Procuram identificar o que os consumidores ou usuários querem consumir ou utilizar e também os melhores compradores, criando e mostrando novos produtos ou serviços por meio de propagandas e promoções. Além disso, auxiliam no contato aos clientes, oferecem novos produtos e serviços, fecham pedidos, acompanham a transação. No nível estratégico, eles monitoram e apoiam novos produtos e oportunidades e identificam o desempenho dos concorrentes. No nível tático, dão suporte a pesquisas de mercado, campanhas promocionais e determinação e preços, analisando o desempenho do pessoal de vendas dando suporte ao atendimento e localização de clientes. Sistemas de Informação de Fabricação e Produção (SIFPs): responsáveis pela produção de bens e serviços tratam do planejamento, desenvolvimento, manutenção e estabelecimento de metas de produção aquisição e armazenagem de equipamentos, matérias primas para fabricar produtos acabados. Ajudam a localizar novas fábricas e investir em novas de tecnologias de fabricação, analisam e monitoram custos, recursos de fabricação e produção, criam e distribuem conhecimentos especializados orientando o processo de produção, e também monitoram e controlam a produção. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 21 Sistemas de Informação Financeira e Contábil (SIFCs): responsáveis pela administração de ativos financeiros visando o retorno ao investimento. A função Finanças encarrega-se de identificar novos ativos financeiros (ações títulos e dividas) através de informações externas. Já, a função Contabilidade é responsável pela manutenção e gerenciamento de registros financeiros (recibos folha de pagamento etc). Sistemas de Recursos Humanos (SRHs): responsáveis por atrair, aperfeiçoar e manter a força de trabalho da empresa esses sistemas ajudam a identificar funcionários potenciais e selecionar novos, desenvolver talentos e potencialidades. Identificam habilidades, escolaridade e tipos de cargos que atendem os planos de negócio. Monitoram o recrutamento, alocação e remuneração de funcionários, descrevem funções relacionadas ao treinamento, elaboração de planos de carreira, relacionamentos hierárquicos entre funcionários, registram o recrutamento e colocação de funcionários da empresa. Para Luppi (2012) além de SIs para coordenar atividades e decisões da empresa, por meio de Sistemas Integrados e Processos de Negócios automatizando, assim, o fluxo de informações, também necessitam de Sistemas para Gerenciamento de Relações com Clientes (CRM) e da cadeia de suprimento (SCM) para coordenação de processos que abrangem diferentes funções empresariais, inclusive compartilhadas com clientes e outros parceiros da cadeia de suprimento. O uso de diversos SIs não integrados em uma organização pode dificultar o acesso e compreensão de informações por parte da gerência e outros níveis organizacionais ou até mesmo apresentar a informação de forma errada e incompreensível causando grandes danos. Por isso, muitas empresas estão montando ERPs – Enterprise Resource Program (Sistemas de Informação de Planejamento Empresarial) que modelam e automatizam os processos de negócio atendendo todos os níveis da empresa, coletando e armazenando, em ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 22 um único arquivo, os principais dados dos processos de negócio. Estes podem ser acessados por todos os setores da empresa proporcionando aos gerentes informações precisas para coordenação das informações diárias da empresa com ampla visão dos processos de negócio e fluxo de informações (Luppi, 2012). Tipos de Sistemas de Informação Em termos conceituais, os sistemas de informação podem ser classificados de maneiras diferentes. Algumas delas veremos a seguir. Sistema de Apoio a Operações: existem 3 tipos principais de sistemas de apoio a decisões. São eles: Sistema de Processamento de Transações: o objetivo deste tipo de sistema é reduzir custos através de automatização de rotina. Um dos primeiros sistemas empresariais a ser computadorizado foi o sistema de folha de pagamento.Como estess sistemas tratavam e processavam transações, foram chamados de sistemas de processamento de transações. Sistema de Controle de Processos: monitoram e controlam processos físicos. Sistemas Colaborativos: aumentam as comunicações e produtividade das equipes e grupos de trabalho. Sistema de Apoio Gerencial: existem 3 tipos principais de sistema de apoio gerencial. São eles: Sistema de informação gerencial: foram criados a partirda decada de 60 e são caracterizados pelo uso do sistema de informação para produzir relatórios gerenciais. Sistema de apoio a decisão: nas decadas de 70 e 80, grandes aperfeicoamentos da tecnologia resultaram em sistemas de informação que custavam menos e eram muito mais poderosos.Pessoas de todas as áreas da empresa passaram a usar ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 23 microcomputadores para fazer um variedade de tarefas e não dependiam mais de um setor específico para realizar as suas atividades.Neste período foi constatado que um sistema de informação baseado em computador poderia dar apoio adicional a tomade de decisão. Sistema de Informação Executiva: fornecem informações críticas em quadros de fácil visualização para uma multiplicidade de gerentes. Sumário Não é necessário dizer que ter um bom sistema de informações à disposição dos gerentes das organizações no momento da tomada de decisões é fundamental em um ambiente competitivo. Isso pressupõe a existência de uma estrutura informacional que actue agilmente e com segurança, pois isso fortalece a actuação da organização. Exercícios do TEMA Exercícios de AVALIAÇÃO 1. A pré-história dos Sistemas de Informação foi marcada pela simplicidade dos dados, informações, métodos e técnicas, assim como pela limitação do sistema e pela sua ineficiência. a. Verdaderio b. Falso 2. Tecnologia da Informação a Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, e a maneira como esses recursos estão organizados num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas. a. Verdaderio b. Falso ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 24 3. Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter- relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e informação, proporcionando um mecanismo de realimentação (feedback) para atender a um objetivo determinado. a. Verdaderio b. Falso 4. Os sistemas de processamento de transações têm como principal objetivo o registro acurado das operações e fatos relevantes das áreas de negócio. a. Verdaderio b. Falso 5. Um sistema de informação não possui vários elementos inter- relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback. a. Verdaderio b. Falso 6. Os sistemas devem ser construídos às necessidades daqueles que os utilizam, e não o contrário. a. Verdaderio b. Falso 7. Sistemas de informação pessoal são aplicações que os profissionais usam para melhorar sua produtividade que dão suporte às comunicações, análise e tomada de decisão, e registro e monitoramento das atividades. a. Verdaderio b. Falso 8. Sistemas de informação de grupo ou departamental facilitam o processo e o fluxo de informação de um grupo de trabalho. É construído, normalmente, para atender a uma função específica. a. Verdaderio b. Falso ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 25 9. Sistemas de informação empresarial ou corporativo dão suporte a todas as divisões e outras unidades de uma organização, integrando as ações desenvolvidas pelas diversas unidades empresariais, de modo a facilitar o fluxo de informação entre elas. a. Verdaderio b. Falso 10. Sistemas de informação Interorganizacional são sistemas que conectam duas ou mais empresas. Estes sistemas são comuns entre parceiros de negócios e usados extensivamente no comércio eletrônico, frequentemente via extranet. a. Verdaderio b. Falso Respostas: 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A, 8A, 9A, 10A. Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 1. Defina Sistemas de informação. 2. O que entende por Sistemas de informação industrial? 3. Explique a funcionalidade de Sistemas de finanças e contabilidade. 4. O que entende por Sistemas de Processamento de Transações (SPTs)? 5. Quais são os tipos de Sistemas de informação que conheces? Respostas: 1.R: Livre 2.R: São sistemas que tratam do planejamento, desenvolvimento e manutenção das instalações de produção; do estabelecimento dos objetivos de produção; da aquisição, armazenamento e disponibilidade dos materiais de produção; e do planejamento do equipamento, instalações, materiais e mão-de-obra necessários a produção. 3.R: Livre 4.R: São sistemas integrados que atendem o nível operacional são ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 26 Comentários e sugestões computadorizados, realizando transações rotineiras como folha de pagamento, pedidos etc. 5.R: Livre ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ___________ ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 27 TEMA II: DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE E RISCOS Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos Unidade 2.2. Riscos ligados aos requisitos Unidade 2.3. Riscos Tecnológicos Unidade 2.4. Riscos de competência Unidade 2.5. Riscos políticos Exercícios Introdução As organizações vivem actualmente grande competitividade comercial, demandando rápidas decisões, melhor alocação de recursos e uma clara definição de foco. Em um ambiente de desenvolvimento de software típico não é diferente. Vários tipos de projectos são propostos, com diferentes objectivos, em que é preciso gerenciar estrategicamente de acordo com as metas organizacionais. Em gerenciamento de projectos, para garantir o sucesso das metas organizacionais e dos objectivos definidos do projecto, é preciso identificar fatores positivos e adversos, considerados críticos. Os factores positivos, também chamados oportunidades, são diferenciais em um ambiente mercado-lógico e tecnológico competitivo, e o tratamento dos factores adversos, tidos como riscos, favorecem o alcance das oportunidades identificadas. Conhecer a Engenharia de Software; Conhecer os diferentes tipos de riscos existentes em implementação de projectos de software. Objectivos Específicos Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 28 As organizações vivem atualmente grande competitividade comercial, demandando rápidas decisões, melhor alocação de recursos e uma clara definição de foco. Emum ambiente de desenvolvimento de software típico não é diferente. Vários tipos de projetos são propostos, com diferentes objetivos, em que é preciso gerenciar estrategicamente de acordo com as metas organizacionais. Em gerenciamento de projetos, para garantir o sucesso das metas organizacionais e dos objetivos definidos do projeto, é preciso identificar fatores positivos e adversos, considerados críticos. Os fatores positivos, também chamados oportunidades, são diferenciais em um ambiente mercadológico e tecnológico competitivo, e o tratamento dos fatores adversos, tidos como riscos, favorecem o alcance das oportunidades identificadas. Os riscos possuem diferentes significados, como os de ordem física, estrutural, econômica, social e ambiental. Podendo ainda se desdobrar em diversos componentes e sucessivos níveis de detalhamento. As incertezas fazem parte do cotidiano humano. Desde os primórdios o homem procura defender- se dos riscos que o cercam, galgando níveis de satisfação das necessidades básicas, de segurança e culminando nas necessidades de cunho puramente profissional. As pessoas, em sua grande maioria, diariamente fazem escolhas, com graus diferenciados de riscos, mas também com um alto grau de oportunidade e benefícios associados. Atualmente todos os ramos da atividade humana dependem de alguma forma da utilização de software para operar, dar suporte, controlar equipamentos e fluxos de informações, gravar ou processar atividades. A área de Engenharia de Software tem promovido vários estudos com a finalidade de produzir modelos de melhoria, processos, métodos e ferramentas para aumentar a probabilidade de sucesso na execução de projetos de software, garantindo a qualidade de seus produtos e minimizando possíveis problemas associados (SEI, 2001; PMI, 2004). Portanto, na capacidade de prevenir e controlar essas variáveis pode estar o diferencial para gerir os riscos de projetos na ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 29 indústria de software. Todo projeto de software enfrenta problemas de qualidade, de cronograma, e de custo que estão sendo afetados por riscos que são inesperados, não planejados ou ignorados simplesmente pela falta de conhecimento. Através de perspectivas globais de negócios muitas organizações estão tornando-se cada vez mais dependentes do sucesso ou do fracasso dos softwares que desenvolvem. Neste contexto, a Gerência de Riscos não é apenas baseada em boas práticas para o desenvolvimento de software, mas sim, boas práticas para gerir negócios. Riscos em Engenharia de Software Ainda que o conceito de risco esteja bastante associado a perigos e impactos negativos, já vem sendo utilizado como "exposição a conseqüências da incerteza", sendo cada vez mais aplicado tanto no gerenciamento de perdas como no de ganhos potenciais. Nas próximas seções serão tratados os conceitos relativos à incerteza, oportunidade e riscos. Incerteza, Oportunidade e Risco Um fator comum que provoca preocupação na análise de projetos e no seu investimento é a incerteza. Surge como uma das conseqüências da falta de controle absoluto dos eventos que acontecerão num futuro próximo. Pode-se fazer a previsão sobre o comportamento de determinados eventos, mas não se pode determinar exatamente quando e em que intensidade eles deverão ocorrer. Exemplos desses eventos são os comportamentos futuros da economia de um país, as vendas futuras de determinados produtos e sua aceitação no mercado, o desgaste e custos de manutenção de equipamentos, entre outros. Considerando que a noção de risco associada à possibilidade de dano, perda ou estrago é de conhecimento claro e direto, alguns autores ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 30 fazem uma distinção teórica entre o risco e incerteza. Diferenciam risco – resultados que, embora não certos possuem probabilidades quantificáveis pela experiência ou dados estatísticos e para a qual é possível fazer uma estimativa – de incerteza, quando a ausência de experiências ou ocorrências anteriores impossibilita quantificar adequadamente o resultado (Marshall, 2002; Knight, 1921). No entanto, conforme Simonsem (1994) risco é quando a variável aleatória tem uma distribuição de probabilidades conhecida e, Incerteza, quando essa distribuição é desconhecida. No contexto da Gerência de Projetos, o risco de projeto pode ser definido comoo efeito cumulativo das incertezas que adversamente afetam os objetivos do projeto. Em outras palavras, é o grau de exposição a eventos negativos e a probabilidade de ocorrência e seu impacto nos objetivos do projeto, expressos em termos de escopo, custo, prazo e qualidade. A meta principal do gerenciamento de riscos de projeto é afastar as incertezas relacionadas aos riscos e direcionar os projetos para oportunidades. Outra forma de tratar os riscos é listar fatores de riscos que são variáveis que podem tornar-se riscos em um baixo, médio ou alto grau de incidência no ambiente. Categorias e Tipos de Riscos Risco na área de software foi representado de forma sistemática através do Modelo Espiral (Boehm et al., 2004), que tem como princípio ser incremental e dirigido à análise de riscos. O desenvolvimento incremental é uma estratégia para a obtenção de progresso em pequenos passos, pela divisão de um problema em subproblemas e a posterior combinação das soluções encontradas (alternativas definidas). ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 31 Atualmente, a área que trata riscos na Engenharia de Software evoluiu, passando de uma análise dentro das fases do modelo de desenvolvimento de software para se tornar uma gerência que permeia todos os processos do ciclo de vida do software (o ciclo de vida do software vai desde a concepção de idéias até a descontinuidade do produto de software). Risco de software pode ser caracterizado como (PMI, 2004): Riscos de Projeto de Software. Define os parâmetros operacionais, organizacionais e contratuais do desenvolvimento de software. Inclui limites de recursos, interfaces, relacionamentos com fornecedores ou restrições de contratos. Riscos de Processo de Software. Relacionam-se os problemas técnicos e de gerenciamento. Nos procedimentos de gerência podem-se encontrar riscos em atividades como: planejamento, definição e contratação de equipe de trabalho, garantia de segurança e configuração de gerência. Nos procedimentos técnicos, podem-se encontrar riscos nas atividades: análise de requisitos, projeto, codificação e testes, por exemplo. Riscos de Produto de Software. Contém as características intermediárias e finais do produto. Estes tipos de riscos têm origens nos requisitos de estabilidade do produto, desempenho, complexidade de codificação e especificação de testes. Muitas classificações são encontradas na literatura relacionada à Gerência de Projetos (Gustafson, 2002; PMI, 2004) uma delas é o uso de taxonomia de riscos (Taxonomy-Based Risk Identification) como a apresentada pelo Instituto de Engenharia de Software (SEI - Software Engineering Institute), onde os riscos são classificados dentro de categorias para melhor entendimento de sua natureza. Alguns estudos e abordagens na literatura, que tratam a área de Gerência de Riscos, evoluíram, ou mesmo adaptaram, as categorias de riscos ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 32 inicialmente apresentadas na taxonomia proposta pelo SEI (Costa et al., 2005; Gusmão et al., 2005; Webster et al., 2005). As categorias de riscos favorecem a identificação dos riscos em um ambiente, promovendo uma classificação e organização dos riscosidentificados em grupos lógicos. Alguns exemplos de categorias de riscos e suas abrangências estão relacionados na Tabela 1. Não existe uma diferenciação clara entre os termos “classificação e categorização de riscos” na literatura de Engenharia de Software. Em muitas abordagens são utilizados como sinônimos. O próprio Guia PMBOK (Project Management Body of Knowledge), tanto na sua segunda quanto terceira edições, além de sub-classificar os riscos, os organiza em categorias (PMI, 2004). G Gerência de Riscos e Tomada de Decisão A incerteza é um fator que pode dificultar a tomada de decisão racional. A maioria das decisões, sobretudo aquelas importantes, está baseada em algum tipo de estimativa, colocando a incerteza como elemento do processo decisório. E mesmo que a situação não exija estimativa, deve-se considerar a insuficiência das informações para a tomada de decisão. Categoria Descrição Técnico e Desempe nho Riscos associados a aspectos técnicos do projeto. Pode estar relacionado ao grau de inovação tecnológica do projeto em questão. Negócio Risco associado ao marketing ou ao tempo de lançamento de releases dos produtos ou novas versões. Também pode estar associado às informações dos competidores. Gerência de Projeto Riscos associados com o processo de gerenciamento de projeto, maturidade organizacional e habilidade. Processo Riscos associados ao processo de negócio ou outro processo que possa impactar a organização, o usuário (cliente) ou o projeto. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 33 Um risco só deveria ser tratado quando o seu benefício potencial (oportunidade) para a organização e as chances de ganhos excedesse o valor do custo reparador de uma decisão mal sucedida e as chances de perdas dentro de uma margem satisfatória. Para que isso possa acontecer é preciso que o gerente de projeto, ou o profissional responsável pelo risco, encontre as respostas para algumas questões, tais como o motivo pelo qual o risco deve ser tratado; quais são os ganhos associados ou o que poderá ser perdido; as reais chances de sucesso (ou fracasso); o que poderá ser feito se os objetivos definidos não forem alcançados; se o custo de estratégias de tratamento vale o esforço para um risco em específico. Dessa forma, torna-se importante fazer uma análise do grau de incerteza existente no processo de decisão, ou seja, procurar uma estimativa dos riscos envolvidos. Deve-se ressaltar a importância do uso de abordagens qualitativa e quantitativa na análise e desenvolvimento dos investimentos, de uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte (Moura et al., 2004). A evolução das organizações, a complexidade das demandas dos mercados e o processo de globalização tornaram a utilização das práticas das finanças, as estratégias e o marketing cada vez mais desafiantes. Dominar e compreender a aplicação de técnicas de análise de oportunidade e incerteza, quantitativamente ou qualitativamente, é imposição real para a sobrevivência organizacional, quer pelas implicações do trabalho assalariado, quer pelas operações de compra e venda, quer pelos investimentos e decisões associadas. Geralmente, quando se fala em correr riscos, pensa-se logo em perdas ou sacrifícios financeiros. Muitos riscos fazem parte de nosso dia a dia de tal forma, que mal os levamos em consideração, ao invés disso, as reações muitas vezes são subconscientes. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 34 Ao atravessar uma rua, o pedestre deve olhar para ambos os lados e quando não houver tráfego, atravessará. Caso esteja com pressa, pode assumir riscos e atravessar entre os veículos, quando aparecer uma chance. Se o trânsito estiver pesado, prudentemente, deve se dirigir às áreas de cruzamento de pedestre, garantindo sua passagem com segurança. Caberá à gerência optar por assumir estes riscos e enfrentar o desafio. Tudo vai depender do contexto não significando que outros riscos não serão visualizados ou percebidos. Gerência de Riscos versus Gerência de Projetos A Gerência de Riscos tem uma aplicabilidade bastante ampla em ambientes organizacionais. Quando se fala em gerir projetos, é inevitável que se fale em gerir riscos. Por este motivo, muitas vezes, é difícil definir limites entre as duas gerências. Ainda não existe um consenso sobre o relacionamento entre a gerência de projetos e a gerência de riscos. Normas, padrões e modelos são apresentados, na área de Engenharia de Software, mas não tratam esse relacionamento de forma explícita. Não existe um padrão que descreva o elo existente entre a Gerência de Riscos e a Gerência de Projeto, nem tão pouco apresente o objetivo do processo e das atividades da Gerência de Riscos. Isto evidencia a imaturidade da comunidade de Engenharia de Software, onde as normas e modelos deveriam consolidar este conhecimento já existente. Uma das áreas de aperfeiçoamento futuro da Gerência de Projetos, segundo Hillson (2005) é a integração da Gerência de Riscos e a cultura organizacional. Esta visão enfoca o uso da Gerência de Riscos como parte integral do negócio organizacional sendo um processo construtivo e não repreensivo. ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 35 A falta de padronização dificulta o entendimento, a definição de processos e papéis em relação à Gerência de Riscos, o cumprimento dos objetivos organizacionais, pois não se tem uma visão integrada. A Tabela 2 apresenta uma coletânea de visões, capturadas na literatura da área de Engenharia de Software, sobre os possíveis relacionamentos existentes entre a Gerência de Projetos e a Gerência de Riscos de Software. De acordo com Stephen Grey existem três visões, de uma forma geral, para o relacionamento entre a Gerência de Riscos e a Gerência de Projeto (Grey, 1995): ● Dependência – A Gerência de Riscos é vista como parte da gerência de projeto. A execução é de responsabilidade do gerente de projeto ou é delegada a outro membro da equipe de projeto. Desta forma, as atividades de gestão de riscos são realizadas em nível de projeto na organização (nível operacional); ● Existência – A motivação para a execução de um projeto é a gerência de seus riscos. A existência da gerência de projetos está condicionada à Gerência de Riscos. Se não existe risco, não existe necessidade da gerência de projeto. Neste caso tornar-se-ia uma mera atividade administrativa. Este tipo de abordagem é comumente conhecido como “gerência de projetos dirigida a riscos”; ● Independência – através desta visão, a Gerência de Riscos é um processo distinto e de apoio para todos os projetos da organização, desde o nível estratégico até o operacional. Nos dias atuais, os ambientes organizacionais demandam uma crescente dinamicidade e proatividade nas respostas aos problemas e fatores de riscos associados, isso devido à grande influência exercida pela globalização, pelas inovações e mudanças não só internamente, ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 36 mas também externamente. Decorrentes dessa nova realidade, funções relacionadas à gestão de riscos estão sendo incorporadas nas organizações traduzindo um empenho em manter boas práticas nos ambientes corporativos. Atualmente, gerir riscos envolve o estabelecimento de uma cultura e infra-estrutura adequadas, bem como a aplicação de uma metodologia lógica e sistemática para administrar os riscos associados a qualquer atividade, função, processo ou projeto. Uma limitação atual da Gerência de Riscos é a quantidade pequena de estudos práticos divulgados, apresentando indicadores de sucesso dos
Compartilhar