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Manual de Desenvolvimento de Aplicativos Web Empresariais

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Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM GESTÃO DE SISTEMA 
DE INFORMAÇÃO 
 
MÓDULO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB 
EMPRESARIAIS 
 
 
3º Ano 
Disciplina: DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS WEB 
EMPRESARIAIS 
Código: ISCED1-GSI16 
Total Horas/1o Semestre: 125 H 
Créditos (SNATCA): 7 
Número de Temas: 14 
 
 
 
 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto superior de Ciências e Educação a Distância (isced) 
Direcção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
 
 
http://www.isced.ac.mz/
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
ii 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Autor Msc. Damasceno Lopes 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica e 
Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
Direcção Académica 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância 
(IAPED) 
XXXXX 
2020 
ISCED – BEIRA 
 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
iii 
 
ÍNDICE PÁGINA 
Visão geral ....................................................................................................................... 1 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Desenvolvimento de Aplicativos Web Empresariais ........ 1 
Objectivos do Módulo ................................................................................................................ 1 
Objectivos Específicos ................................................................................................................................. 1 
Quem deveria estudar este módulo .......................................................................................... 1 
Como está estruturado este módulo ......................................................................................... 1 
Ícones de actividade .................................................................................................................. 3 
Habilidades de estudo ............................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? ....................................................................................................................... 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação).......................................................................................... 5 
TEMA I: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................... 8 
Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação ........................................................ 8 
Unidade 1.2. Definição de sistema de informação .................................................................... 8 
Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização .................... 8 
Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação ........................................................ 8 
Unidade 1.2. Definição de sistema de informação .................................................................. 10 
Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização .................. 13 
1 TEMA II: DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE E 
RISCOS ........................................................................................................................... 27 
Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos ............................................... 27 
Unidade 2.2. Riscos ligados aos requisitos .............................................................................. 37 
Unidade 2.3. Riscos Tecnológicos ............................................................................................ 45 
Unidade 2.4. Riscos de competência ....................................................................................... 47 
Unidade 2.5. Riscos políticos ................................................................................................... 47 
2 TEMA III: DIFERENTES TIPOS DE MODELOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO ............... 53 
Unidade 3.1. INTRODUÇÃO. Modelos de Sistemas de informação ......................................... 53 
Unidade 3.2. Modelos predictivos ........................................................................................... 53 
Unidade 3.3. Modelos normativos .......................................................................................... 53 
Unidade 3.4. Modelos descritivos ........................................................................................... 53 
2.1 Unidade 3.1. INTRODUÇÃO. Modelos de Sistemas de informação .............................. 53 
2.2 Unidade 3.2. Modelos predictivos ................................................................................ 55 
2.3 Unidade 3.3. Modelos normativos ............................................................................... 57 
2.4 Unidade 3.4. Modelos descritivos ................................................................................ 57 
TEMA IV: DIFERENTES NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................ 64 
Unidade 4.1. INTRODUÇÃO. Níveis de Abstração de Sistemas de informação ....................... 64 
Unidade 4.2. Nível conceptual ................................................................................................. 64 
Unidade 4.3. Nível de especificação ........................................................................................ 64 
Unidade 4.4. Nível de implementação .................................................................................... 64 
Unidade 4.5. Nível de instalação ............................................................................................. 64 
Unidade 4.1. INTRODUÇÃO. Níveis de Abstração de Sistemas de informação ....................... 64 
Unidade 4.2. Nível conceptual ................................................................................................. 67 
Unidade 4.3. Nível de especificação ........................................................................................ 68 
Unidade 4.4. Nível de implementação .................................................................................... 69 
Unidade 4.5. Nível de instalação ............................................................................................. 69 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
iv 
 
TEMA V: O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ........................................ 74 
Unidade 5.1. INTRODUÇÃO. Ciclo de vida de Desenvolvimento de Software ........................ 74 
Unidade 5.2. Modelo waterfall ................................................................................................ 74 
Unidade 5.3. Modelo espiral .................................................................................................... 74 
Unidade 5.4. Modelo RAD .......................................................................................................74 
Unidade 5.1. INTRODUÇÃO. Ciclo de vida de Desenvolvimento de Software ........................ 74 
Unidade 5.2. Modelo waterfall ................................................................................................ 76 
Unidade 5.3. Modelo espiral .................................................................................................... 80 
Unidade 5.4. Modelo RAD ....................................................................................................... 82 
TEMA VI: PROPOSTA DE UM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE.............. 89 
Unidade 6.1. INTRODUÇÃO. Processo de desenvolvimento de software ............................... 89 
Unidade 6.2. Desenvolvimento interactivo e incremental ...................................................... 89 
Unidade 6.1. INTRODUÇÃO. Processo de desenvolvimento de software ............................... 89 
Unidade 6.2. Desenvolvimento interactivo e incremental ...................................................... 89 
TEMA VII: MODELAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM UML ................................... 99 
Unidade 7.1. INTRODUÇÃO. UML ............................................................................................ 99 
Unidade 7.2. Modelação Orientada aos Objectos ................................................................... 99 
Unidade 7.3. Modelação Estrutural ......................................................................................... 99 
Unidade 7.4. Modelação Comportamental ............................................................................. 99 
Unidade 7.1. INTRODUÇÃO. UML ............................................................................................ 99 
Unidade 7.2. Modelação Orientada aos Objectos ................................................................. 101 
Unidade 7.3. Modelação Estrutural ....................................................................................... 101 
Unidade 7.4. Modelação Comportamental ........................................................................... 102 
TEMA VIII: MODELAÇÃO ESTRUTURAL CLASSES E RELACIONAMENTOS ......................... 109 
Unidade 8.1. INTRODUÇÃO. Diagrama de classes e relacionamentos .................................. 109 
Unidade 8.1. INTRODUÇÃO. Diagrama de classes e relacionamentos .................................. 109 
TEMA IX: MODELAÇÃO COMPORTAMENTAL ................................................................. 123 
Unidade 9.1. INTRODUÇÃO. Modelação Comportamental ................................................... 123 
Unidade 9.2. Diagramas de Use Case .................................................................................... 123 
Unidade 9.3. Diagramas de Interacção (sequência e colaboração) ...................................... 123 
Unidade 9.4. Diagramas de Transição de Estado .................................................................. 123 
Unidade 9.5. Diagramas de Actividade .................................................................................. 123 
Unidade 9.1. INTRODUÇÃO. Modelação Comportamental ................................................... 123 
Unidade 9.2. Diagramas de Use Case .................................................................................... 124 
Unidade 9.3. Diagramas de Interacção (sequência e colaboração) ...................................... 129 
Unidade 9.4. Diagramas de Transição de Estado .................................................................. 133 
Unidade 9.5. Diagramas de Actividade .................................................................................. 134 
TEMA X: MODELAÇÃO ARQUITECTURAL ....................................................................... 140 
Unidade 10.1. INTRODUÇÃO. Deployment (Instalação) ........................................................ 140 
TEMA XI: GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE MODELOS (DIAGRAMAS DE PACKAGE).............. 152 
Unidade 11.1. INTRODUÇÃO. Modelos ................................................................................. 152 
Unidade 11.2. Diagrama de pacotes ...................................................................................... 152 
Unidade 11.1. INTRODUÇÃO. Modelos ................................................................................. 152 
Unidade 11.2. Diagrama de pacotes ...................................................................................... 154 
TEMA XII: ESTUDO DE CASOS ........................................................................................ 159 
Unidade 12.1. INTRODUÇÃO. Estudo de casos ...................................................................... 159 
Introdução .............................................................................................................................. 159 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
v 
 
Unidade 12.1. INTRODUÇÃO. Estudo de casos ...................................................................... 159 
TEMA XIII: ESTUDO DE UM AMBIENTE DE SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS 
DE INFORMAÇÃO MODELADOS EM UML ...................................................................... 167 
Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 167 
Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 167 
Unidade 13.3. Mini-projecto – Desenvolvimento de um aplicativo ...................................... 167 
Unidade 13.1. INTRODUÇÃO. Ambiente ................................................................................ 167 
Unidade 13.2. Geração de código a partir do ambiente e diagramas UML: Java, JDBC ....... 171 
Unidade 13.3. Mini-projecto – Desenvolvimento de um aplicativo ...................................... 175 
Criando packages .................................................................................................................. 181 
Criando uma Java Class ......................................................................................................... 182 
Console .................................................................................................................................. 184 
Teclas de atalhos do Eclipse .................................................................................................. 188 
Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 195 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO ....................................................... Error! Bookmark not defined. 
ANEXOS.................................................................................. Error! Bookmark not defined. 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
1 
 
Visão geral 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Desenvolvimento de Aplicativos Web Empresariais 
Objectivos do Módulo 
Seguir o processo de desenvolvimento de software como um conjunto 
de atividades, parcialmente ordenadas, com a finalidade de obter um 
produto de software. É estudado dentro da área de Engenharia de 
Software, sendo considerado um dos principais mecanismos para se 
obter software de qualidade e cumprir corretamente os contratos de 
desenvolvimento, sendo uma das respostas técnicas adequadas para 
resolver a Crise do software web. 
 
 No fim do módulo o estudante deve ser capaz de: 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso 
de Gestão de Sistema de Informação do ISCED. Poderá 
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e 
consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão 
bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas 
poderá adquirir o manual. 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Desenvolvimento de Aplicações Web 
Empresariais, para estudantes do 3º ano do curso de 
licenciatura em Gestão de Sistemade Informação, à 
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se 
segue: 
 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
 
Objectivos 
Específicos 
 Entender a arquetectura de um computador 
 Analizar diferente software incluindo comerciais e open 
source 
 Selecionar um hardware de computador e software 
adequados para um contexto determinado 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
2 
 
resumindo os aspectos-chave que você precisa 
conhecer para melhor estudar. Recomendamos 
vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
 
Este módulo está estruturado em Temas contendo em cada, 
uma Introdução, objectivos e conteúdos. Cada tema, por sua 
vez comporta certo número de unidades temáticas ou 
simplesmente unidades. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, os exercícios de auto-avaliação 
e de avaliação e só depois é que aparecem as referências 
bibliográficas e/ literatura adicional recomendada. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em 
si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e 
cheio de dúvidas e limitações no seu processo de 
aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos 
adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED 
disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais 
material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros 
e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material 
físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a 
Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação e de avaliação para este módulo 
encontram-se no final de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação são compostas de perguntas abertas, sendo 
que apresentam duas características: primeiro apresentam 
exercícios resolvidos com detalhes e segundo, exercícios de 
resposta livre sendo puros exercícios teóricos/práticos, 
problemas não resolvidos e actividades práticas, incluído 
estudo de caso. 
Enquanto que as Tarefas de avaliação são compostas de 
perguntas fechadas nas modalidades de escolha da opção 
correcta, verdadeiro ou falso e de correspondência. Parte das 
tarefas serão objecto dos trabalhos de campo a serem 
entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e 
subsequentemente nota. Também constará do exame do fim 
do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios 
de avaliação é uma grande vantagem. 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
3 
 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre 
determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de 
natureza didáctico-Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser 
ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas 
observações que, em gozo de confiança, classificamo-las de 
úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem 
indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade 
ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar a aprender. 
Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento 
de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar 
melhores resultados, implicará empenho, dedicação e 
disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se 
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é 
importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos 
algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante 
possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo 
como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a 
sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o 
padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas 
ou as de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-
tempo, respectivamente como, onde e quando...estudar, como 
foi referido no início deste item, antes de organizar os seus 
momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que 
seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de 
manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
4 
 
melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder 
ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor 
opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade 
todos conteúdos de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente 
por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma 
hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de 
descanso (chama-se descanso à mudança de actividades). Ou 
seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar dos 
mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o 
rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula 
um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em 
pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, 
perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, 
mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, 
por se achar injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a 
questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, 
sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro 
profissional, na área em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e 
que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo 
livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, 
decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras 
actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois 
será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode 
ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil 
identificar as partes que está a estudar e Pode escrever 
conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, 
pode também utilizar a margem para colocar comentários seus 
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para 
sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e 
não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
5 
 
sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou 
não lhe é familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante temos a certeza que por uma ou por outra 
razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar 
algumasdúvidas como falta de clareza, alguns erros de 
concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, 
fraca visibilidade, página trocada ou invertidas, etc). Nestes 
casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao 
estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-
mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a 
preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a 
sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC 
se tornam incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com 
staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do 
ISCED indigitada para acompanhar as suas sessões presenciais. 
Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de 
natureza pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 
30% do tempo de estudos a distância, é muita importância, na 
medida em que lhe permite situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira 
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos 
colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados 
com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes 
temas e unidade temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, 
actividades e autoavaliação), contudo nem todas deverão ser 
entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas 
devem ser entregues duas semanas antes das sessões 
presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação 
do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
6 
 
de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final 
da disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e 
os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor(es). 
Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de 
um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem 
caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante 
do ISCED). 
 
 
Avaliação 
 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à 
distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes 
do docente/tutor! Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez 
seja uma avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam 
com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de 
estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de 
contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de 
tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada 
do regulamentado de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou 
módulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames 
pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de 
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante 
conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão 
utilizados como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter 
em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, 
sem prévia autorização. 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
7 
 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento 
de Avaliação. 
 
 
 
 
 
 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
APLICATIVOS WEB EMPRESARIAIS 
8 
 
TEMA I: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação 
Unidade 1.2. Definição de sistema de informação 
Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa 
organização 
Exercícios 
 
Introdução 
Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter-
relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e 
informação, proporcionando um mecanismo de realimentação 
(feedback) para atender a um objetivo determinado. Os sistemas de 
informação estão difundidos por todas as funções organizacionais. 
Eles são usados por áreas como contabilidade, finanças, vendas, 
produção e assim por diante. Em conseqüência, esse uso generalizado 
aumenta a necessidade por novos sistemas cada vez mais complexos 
e por profissionais com conhecimento no seu desenvolvimento e 
gerenciamento. 
 
 Saber o que são sistemas de informações; 
 Conhecer os diferentes tipos de sistemas de informação 
numa organização. 
Objectivos 
Específicos 
 
Unidade 1.1. INTRODUÇÃO. Sistemas de Informação 
 
 
O Século XX é considerado aquele do advento da Era da Informação. A 
partir de então, a informação começou a fluir com velocidade maior 
que a dos corpos físicos. Desde a invenção do telégrafo elétrico em 
1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais 
recentemente, o surgimento da grande rede de comunicação de 
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dados que é a Internet, o ser humano tem de conviver e lidar com um 
crescimento exponencial do volume de dados disponíveis. 
O domínio da informação disponível é uma fonte de poder, uma vez 
que permite analisar fatores do passado, compreender o presente, e 
principalmente, antever o futuro. 
Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática. 
Antes da popularização dos computadores, os sistemas de informação 
nas organizações se baseavam basicamente em técnicas de 
arquivamento e recuperação de informações de grandes arquivos. 
Geralmente existia a figura do "arquivador", que era a pessoa 
responsável em organizar os dados, registrá-los, catalogá-los e 
recuperá-los quando necessário. 
Esse método, apesar de simples, exigia um grande esforço para 
manter os dados atualizados bem como para recuperá-los. As 
informações em papéis também não possibilitavam a facilidade de 
cruzamento e análise dos dados. Por exemplo, o inventário de 
estoque de uma empresa não era uma tarefa trivial nessa época, pois 
a atualização dos dados não era uma tarefa prática e quase sempre 
envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem 
erros. 
Com isso, podemos concluir que a pré-história dos Sistemas de 
Informação foi marcada pela simplicidade dos dados, informações, 
métodos e técnicas, assim como pela limitação do sistema e pela sua 
ineficiência. 
Conceito de Tecnologia da Informação a Tecnologia da Informação (TI) 
é o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, 
processamento e comunicação da informação, e a maneira como 
esses recursos estão organizados numsistema capaz de executar um 
conjunto de tarefas". A TI não se restringe a equipamentos 
(hardware), programas (software) e comunicação de dados. Existem 
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tecnologias relativas ao planejamento de informática, ao 
desenvolvimento de sistemas, ao suporte ao software, aos processos 
de produção e operação, ao suporte de hardware. 
A primeira geração é caracterizada pelo surgimento dos Sistemas 
Operacionais ou Orientados à Operação, automatizados através de 
grandes computadores (em seu início) e mais à frente migrado para 
microcomputadores. 
Nas organizações foram surgindo sistemas especialistas, aqueles 
destinados a executarem uma determinada tarefa, como, por 
exemplo, um sistema de folha de pagamento. Esses sistemas 
forneciam informações para um determinado setor da empresa e isso 
era um grande avanço até então. 
 
 
 
Unidade 1.2. Definição de sistema de informação 
 
Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter-
relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e 
informação, proporcionando um mecanismo de realimentação 
(feedback) para atender a um objetivo determinado. Os sistemas de 
informação estão difundidos por todas as funções organizacionais. 
Eles são usados por áreas como contabilidade, finanças, vendas, 
produção e assim por diante. Em conseqüência, esse uso generalizado 
aumenta a necessidade por novos sistemas cada vez mais complexos 
e por profissionais com conhecimento no seu desenvolvimento e 
gerenciamento. 
Conceitos gerais 
Sistema de informação pode ser definido comoqualquer sistema 
utilizado para prover informações qualquer que seja sua utilização 
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(Polloni, 2000). Todo sistema de informação pode ser visto, do ponto 
de vista mais técnico, como um conjunto de programas e de 
estruturas de dados. Os métodos de análise e projeto de sistemas 
historicamente enfocaram dados e processos. Mas de uma ênfase 
inicial em algoritmos, programas e processos, as metodologias de 
desenvolvimento migraram para uma abordagem centrada nos dados. 
A partir dai, as preocupações dos desenvolvedores e dos usuários 
foram passando dos dados operacionais para as informações 
agregadas envolvidas no processo de tomada de decisão. Os sistemas 
evoluíram para acompanhar a gerência de negócios. 
Apesar da importância dos sistemas de informação no apoio a 
decisões estratégicas, os resultados obtidos pelo uso da informação 
nos processos decisórios não têm sido satisfatórios. Uma das 
prováveis causas das limitações dos sistemas de informação pode ser 
creditada à visão unilateral da informação por parte dos responsáveis 
pelo desenvolvimento de metodologias de análise estruturada de 
sistemas. Esta diferença explica as limitações dos sistemas de 
informação para uso em decisões estratégicas. 
É possível classificar os sistemas de informações em sistemas de 
processamento de transações e sistemas de suporte à decisão. "Os 
sistemas de processamento de transações têm como principal 
objetivo o registro acurado das operações e fatos relevantes das áreas 
de negócio. A ênfase nesses sistemas é com a validação dos dados, 
visando maior qualidade e depuração das bases de dados. Já os 
sistemas de suporte à decisão são projetados para apoiar os gestores 
de negócio no processo de tomada de decisão numa perspectiva de 
mais longo prazo, no trato da informação, do que os sistemas de 
processamento de transações e envolvendo um maior julgamento 
humano (Dhar e Stein, 1997). 
Outras definições 
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Sistema de Informação (em inglês, Information System) é a expressão 
utilizada para descrever um sistema automatizado (que pode ser 
denominado como Sistema de Informação Computadorizado), ou 
mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos 
organizados para coletar, processar, transmitir e disseminar dados 
que representam informação para o usuário. 
Além disso, o termo também é utilizado para descrever a área de 
conhecimento encarregada do estudo de Sistemas de Informação, 
Tecnologia da Informação e suas relações com as organizações. Neste 
contexto, esta disciplina é comumente classificada como uma Ciência 
Social Aplicada, ao contrário de sua disciplina correlata Ciência da 
Computação, considerada uma Ciência Exata. 
A área de conhecimento Sistemas de Informação é considerada pelos 
pesquisadores como uma área multi ou trans-disciplinar, devido às 
inter-relações com outras área de conhecimento, tais como Ciência da 
Computação, Administração, Economia, Sociologia, Direito, 
Engenharia de Produção, Ciência da Informação e outras. 
Um terceiro uso para a expressão Sistemas de Informação refere-se a 
um curso de graduação cujo foco é o desenvolvimento e aplicação de 
Sistemas de Informação Computadorizados nas organizações. O 
conteúdo deste curso abrange aspectos técnicos, gerenciais e 
sociológicos, abrangendo, em linhas gerais, os conteúdos relevantes 
estudados na área de conhecimento Sistemas de Informação. 
As concepções mais modernas de Sistemas de Informação 
contemplam também os Sistemas de telecomunicações e/ou 
equipamentos relacionados; sistemas ou subsistemas interconectados 
que utilizam equipamentos na aquisição, armazenamento, 
manipulação, gestão, movimento, no controle, na exposição, na troca, 
no intercâmbio, na transmissão, ou na recepção da voz e/ou dos 
dados, e inclui o software e hardware utilizados. Em relação a esta 
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última definição, é comum nos meios acadêmicos a utilização do 
termo Tecnologias da Informação e Comunicação (ICT - Information 
and Communication Technologies). 
Um Sistema de Informações pode ser então definido como todo 
sistema usado para prover informação (incluindo o seu 
processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação. 
Um sistema de informação possui vários elementos inter-relacionados 
que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), 
disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um 
mecanismo de feedback. 
Segundo a definição adotada pelo Ministério da Educação e Cultura 
brasileiro, o curso de Sistemas de Informação estuda a computação 
como atividade-meio, ou seja, estuda a aplicação da computação nas 
organizações. Esta definição é oposta à definição do MEC para os 
cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação, que 
estudam a computação como atividade-fim. 
 
Unidade 1.3. Contexto organizacional e tipos de informação numa organização 
 
 
Não é necessário dizer que ter um bom sistema de informações à 
disposição dos gerentes das organizações no momento da tomada de 
decisões é fundamental em um ambiente competitivo. Isso pressupõe 
a existência de uma estrutura informacional que atue agilmente e 
com segurança, pois isso fortalece a atuação da organização. 
A competição acirrada, actualmente, permeia qualquer atividade 
empresarial, acentuada nos negócios, exige uma gestão eficiente, 
bom visão estratégica e baseada na utilização de tecnologia de 
informação. Esta fornece recursos tecnológicos e computacionais para 
a geração de informações e os sistemas de informação, cada vez mais 
sofisticados, alterando a forma e o processo de fazer-se negócios. 
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Gerar relatórios que consolidem as informações para a tomada de 
decisões é apenas uma das tarefas de um sistema de informação 
gerencial. Ele deve ir além. Deve fornecer informações estruturadas e 
diversificadas que sejam relevantes parao processo decisório. 
Uma organização exige dois tipos de informação que se 
complementam, mas de natureza distinta: as operacionais e as 
gerenciais. Para Mülbert e Ayres (2007) as informações operacionais 
são utilizadas no momento de se processar as atividades rotineiras ou 
mesmo cada transação, o que gera um volume enorme de dados. Já, 
as informações gerenciais contemplam o resumo das informações 
operacionais, e possibilita ao decisor estar a par dos fatos e eventos 
tendo assim, melhores condições para decidir diante de uma situação. 
A perspectiva mais abrangente que impera nas organizações na 
atualidade é de que um sistema de informação é composto por 
tecnologia, organizações e pessoas. Chamada de abordagem 
sociotécnica (Mülbert e Ayres, 2007). 
 
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Ao analisarmos a Figura, acima, percebemos que as organizações são 
vistas como locais de procedimentos operacionais e administrativos, 
que podem estar formalizados, escritos ou registrados, ou serem 
originários de práticas informais. Esses procedimentos normalmente 
são passados para um sistema de informação. As pessoas são vistas 
como os usuários que se aproveitam das informações de um sistema 
para executar o seu trabalho. São elas que inserem entradas no 
sistema, utilizam suas saídas e tornam o sistema todo produtivo. Eles 
devem estar preparados para realizar as suas tarefas e usar 
eficientemente os sistemas de informação, pois a sua atitude afeta 
profundamente o desempenho organizacional. A desmotivação e um 
ambiente de trabalho não adequado contribuem para uma atitude 
negativa perante o uso da informação disponível. Portanto, os 
sistemas devem ser construídos às necessidades daqueles que os 
utilizam, e não o contrário (Mülbert e Ayres, 2007). 
Podemos afirmar, então, que se a organização tiver as melhores 
condições em termos de procedimentos, pessoas e tecnologia a 
possibilidade de ter um excelente sistema de informações é grande e 
isso é de extrema importância em um cenário tão competitivo que se 
vive actualmente no mundo. Esses sistemas devem proporcionar 
ganhos ou no mínimo equivaler ao investimento realizado neles. 
Os sistemas de informação desempenham 3 papéis vitais em qualquer 
tipo de organização: 
● Suporte de seus processos e operações; 
● Suporte nas tomadas de decisões de seus funcionários e 
gerentes; 
● Suporte em suas estratégias em busca de vantagem 
competitive. 
Para classificarmos os vários modos de sistemas de informação 
usaremos a fornecida por Mülbert e Ayres (2007) mas diversas 
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classificações com nomenclaturas diferentes podem ser encontradas, 
sem, contudo uma invalidar a outra, pois na essência todas 
convergem. Elas podem ser categorizadas por abrangência 
organizacional, áreas funcionais principais, e tipo de suporte que 
proporcionam (Mülbert e Ayres, 2007): 
Classificação por abrangência organizacional: ênfase na abrangência 
que o sistema de informação tem em relação à estrutura 
organizacional. São sistemas construídos para pessoas específicas da 
empresa, ou para atender grupos específicos como divisões e 
departamentos, ou para dar suporte à empresa como um todo, e até 
mesmo sistemas envolvendo várias empresas. Operam isoladamente 
ou interligados. 
Sistemas de informação pessoal: são aplicações que os profissionais 
usam para melhorar sua produtividade que dão suporte às 
comunicações, análise e tomada de decisão, e registro e 
monitoramento das atividades. 
Sistemas de informação de grupo ou departamental: facilitam o 
processo e o fluxo de informação de um grupo de trabalho. É 
construído, normalmente, para atender a uma função específica. 
Podem ser aplicativos para determinadas áreas funcionais da 
organização. 
Sistemas de informação empresarial ou corporativo: dão suporte a 
todas as divisões e outras unidades de uma organização, integrando 
as ações desenvolvidas pelas diversas unidades empresariais, de 
modo a facilitar o fluxo de informação entre elas. Para viabilizar esta 
integração, tais sistemas de informação envolvem bancos de dados 
centralizados, compartilhados pelas várias unidades usuárias. 
Sistemas de informação Interorganizacional: sistemas que conectam 
duas ou mais empresas. Estes sistemas são comuns entre parceiros de 
negócios e usados extensivamente no comércio eletrônico, 
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frequentemente via extranet. Sistemas de informação 
interorganizacionais que interligam uma corporação internacional ou 
multinacional, cujas instalações estão localizadas em dois ou mais 
países, são chamados de Sistemas de informações globais. 
Classificação por área funcional: os sistemas de informação podem, 
também, ser classificados pela especialidade funcional a que servem. 
São sistemas voltados a atender as principais macroatividades das 
empresas: operações e produção, vendas e marketing, finanças e 
contabilidade, e recursos humanos. 
Sistemas de informação industrial: tratam do planejamento, 
desenvolvimento e manutenção das instalações de produção; do 
estabelecimento dos objetivos de produção; da aquisição, 
armazenamento e disponibilidade dos materiais de produção; e do 
planejamento do equipamento, instalações, materiais e mão-de-obra 
necessários a produção. 
Sistemas de vendas e marketing: acompanham as tendências de 
vendas, monitoram o desempenho dos concorrentes; dão suporte a 
pesquisas de mercado, campanhas promocionais e de propaganda e 
decisões quanto a preços; permitem análises de desempenho das 
vendas e do pessoal de vendas; ajudam na localização e contato de 
clientes em potencial, no acompanhamento das vendas, no 
processamento dos pedidos e no fornecimento do serviço de suporte 
ao cliente. 
Sistemas de finanças e contabilidade: estabelecem objetivos de 
investimentos em longo prazo e fornecem previsões do desempenho 
financeiro da empresa; ajudam a visualizar e controlar os recursos 
financeiros; monitoram o fluxo de caixa, contas a receber e a pagar, e 
emitem relatórios de balanço e livros fiscais. 
Sistemas de recursos humanos: identificam requisitos da força de 
trabalho em termos de habilidades, nível de instrução, tipos e 
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números de posições; também ajudam a acompanhar e analisar o 
recrutamento, o direcionamento e o desligamento de empregados; e, 
registram a seleção e a colocação dos empregados. 
Luppin (2012) descreve os tipos de sistemas de informação que 
podem ser utilizados pelos diversos níveis hierárquicos e de decisão 
em uma organização da seguinte forma: 
Sistemas de Processamento de Transações (SPTs): sistemas integrados 
que atendem o nível operacional são computadorizados, realizando 
transações rotineiras como folha de pagamento, pedidos etc. Os 
recursos são predefinidos e estruturados, e é por meio deles que os 
gerentes monitoram operações internas e externas a empresa. São 
fundamentais e críticos, pois se deixarem de funcionar podem causar 
danos às atividades rotineiras do negócio. 
Sistemas de Trabalhadores de Conhecimento (STCs) e Sistemas de 
Automação de Escritório (SAEs): atendem necessidades do nível de 
conhecimento envolvendo trabalhadores de conhecimento, pessoas 
com formação universitária como engenheiros e cientistas e 
trabalhadores de dados, como secretárias, contadores, arquivistas 
etc.. Diferenciam-se, pois trabalhadores de conhecimento criam 
informações e trabalhadores de dados usam informações prontas. A 
produtividade destes é aumentada com o uso dos sistemas de 
automação de escritório que coordenam e comunicam diversasunidades, trabalhadores, e fontes externas como clientes e 
fornecedores. Eles manipulam e gerenciam documentos, 
programação e comunicação, envolvendo além de textos, gráficos 
etc., hoje publicados digitalmente em forma de portais na internet e 
intranet para facilitar o acesso e distribuição de informações. 
Sistemas de Informação Gerenciais (SIGs): dão suporte ao nível 
gerencial através de relatórios, processos correntes, histórico através 
de acessos online, orientados a eventos internos, apoiando o 
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planejamento controle e decisão, dependem dos SPTs para aquisição 
de dados, resumindo e apresentando operações e dados básicos 
periodicamente. 
Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): atendem também o nível de 
gerência ajudando a tomar decisões não usuais com rapidez e 
antecedência a fim de solucionar problemas não predefinidos, usam 
informações internas obtidas dos SPTs e SIGs e também externas, 
como preços de produtos concorrentes etc.. Têm maior poder 
analítico que os outros sistemas sendo construídos em diversos 
modelos para analisar e armazenar dados, tomar decisões diárias. Por 
isso, possuem uma interface de fácil acesso e atendimento ao usuário, 
são interativos, podendo-se alterar e incluir dados através de menus 
que facilitam a entrada deles e obtenção de informações processadas. 
Sistemas de Apoio ao Executivo (SAEs): atendem ao nível gerencial, os 
gerentes seniores que tem pouca ou nenhuma experiência com 
computadores, servem para tomar decisões não rotineiras que 
exigem bom senso avaliação e percepção. Criam um ambiente 
generalizado de computação e comunicação em vez de aplicações 
fixas e capacidades específicas. Projetados para incorporar dados 
externos como leis e novos concorrentes, também adquirem 
informações dos SIGs e SADs a fim de obter informações resumidas e 
úteis aos executivos, não só sob a forma de textos, mas também 
gráficos projetados para solucionar problemas específicos que se 
alteram seguidamente, através de modelos menos analíticos. Ele é 
formado por estações de trabalho, menus gráficos, dados históricos e 
de concorrentes, bancos de dados externos, e possuem fácil 
comunicação e interface. 
Ainda, segundo Luppin (2012) os Sistemas de Informação relacionam-
se uns com os outros a fim de atender os diversos níveis 
organizacionais. E isto sendo os SPTs a fonte de dados mais 
importante para os outros sistemas, os SAEs são os recebedores de 
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dados de sistemas de níveis inferiores, os outros trocam dados entre 
si. Também atendem diferentes áreas funcionais, por isso é 
importante e vantajoso a integração entre eles para a informação 
chegar às diferentes partes de uma organização. Mas, isto tem um 
alto custo de implantação e de manutenção, é demorado e complexo, 
por isso cada organização deve interligar os setores que acha 
necessário para atender suas necessidades e dentro das suas 
possibilidades. 
Sistemas de Informação de Marketing (SIMs): responsáveis pela venda 
e comunicação do produto ou serviço. Procuram identificar o que os 
consumidores ou usuários querem consumir ou utilizar e também os 
melhores compradores, criando e mostrando novos produtos ou 
serviços por meio de propagandas e promoções. Além disso, auxiliam 
no contato aos clientes, oferecem novos produtos e serviços, fecham 
pedidos, acompanham a transação. No nível estratégico, eles 
monitoram e apoiam novos produtos e oportunidades e identificam o 
desempenho dos concorrentes. No nível tático, dão suporte a 
pesquisas de mercado, campanhas promocionais e determinação e 
preços, analisando o desempenho do pessoal de vendas dando 
suporte ao atendimento e localização de clientes. 
Sistemas de Informação de Fabricação e Produção (SIFPs): 
responsáveis pela produção de bens e serviços tratam do 
planejamento, desenvolvimento, manutenção e estabelecimento de 
metas de produção aquisição e armazenagem de equipamentos, 
matérias primas para fabricar produtos acabados. Ajudam a localizar 
novas fábricas e investir em novas de tecnologias de fabricação, 
analisam e monitoram custos, recursos de fabricação e produção, 
criam e distribuem conhecimentos especializados orientando o 
processo de produção, e também monitoram e controlam a 
produção. 
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Sistemas de Informação Financeira e Contábil (SIFCs): responsáveis 
pela administração de ativos financeiros visando o retorno ao 
investimento. A função Finanças encarrega-se de identificar novos 
ativos financeiros (ações títulos e dividas) através de informações 
externas. Já, a função Contabilidade é responsável pela manutenção e 
gerenciamento de registros financeiros (recibos folha de pagamento 
etc). 
Sistemas de Recursos Humanos (SRHs): responsáveis por atrair, 
aperfeiçoar e manter a força de trabalho da empresa esses sistemas 
ajudam a identificar funcionários potenciais e selecionar novos, 
desenvolver talentos e potencialidades. Identificam habilidades, 
escolaridade e tipos de cargos que atendem os planos de negócio. 
Monitoram o recrutamento, alocação e remuneração de funcionários, 
descrevem funções relacionadas ao treinamento, elaboração de 
planos de carreira, relacionamentos hierárquicos entre funcionários, 
registram o recrutamento e colocação de funcionários da empresa. 
Para Luppi (2012) além de SIs para coordenar atividades e decisões da 
empresa, por meio de Sistemas Integrados e Processos de Negócios 
automatizando, assim, o fluxo de informações, também necessitam 
de Sistemas para Gerenciamento de Relações com Clientes (CRM) e 
da cadeia de suprimento (SCM) para coordenação de processos que 
abrangem diferentes funções empresariais, inclusive compartilhadas 
com clientes e outros parceiros da cadeia de suprimento. 
O uso de diversos SIs não integrados em uma organização pode 
dificultar o acesso e compreensão de informações por parte da 
gerência e outros níveis organizacionais ou até mesmo apresentar a 
informação de forma errada e incompreensível causando grandes 
danos. Por isso, muitas empresas estão montando ERPs – Enterprise 
Resource Program (Sistemas de Informação de Planejamento 
Empresarial) que modelam e automatizam os processos de negócio 
atendendo todos os níveis da empresa, coletando e armazenando, em 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
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um único arquivo, os principais dados dos processos de negócio. Estes 
podem ser acessados por todos os setores da empresa 
proporcionando aos gerentes informações precisas para coordenação 
das informações diárias da empresa com ampla visão dos processos 
de negócio e fluxo de informações (Luppi, 2012). 
Tipos de Sistemas de Informação 
Em termos conceituais, os sistemas de informação podem ser 
classificados de maneiras diferentes. Algumas delas veremos a seguir. 
Sistema de Apoio a Operações: existem 3 tipos principais de sistemas 
de apoio a decisões. São eles: 
Sistema de Processamento de Transações: o objetivo deste tipo de 
sistema é reduzir custos através de automatização de rotina. Um dos 
primeiros sistemas empresariais a ser computadorizado foi o sistema 
de folha de pagamento.Como estess sistemas tratavam e 
processavam transações, foram chamados de sistemas de 
processamento de transações. 
Sistema de Controle de Processos: monitoram e controlam processos 
físicos. 
Sistemas Colaborativos: aumentam as comunicações e produtividade 
das equipes e grupos de trabalho. 
Sistema de Apoio Gerencial: existem 3 tipos principais de sistema de 
apoio gerencial. São eles: 
Sistema de informação gerencial: foram criados a partirda decada de 
60 e são caracterizados pelo uso do sistema de informação para 
produzir relatórios gerenciais. 
Sistema de apoio a decisão: nas decadas de 70 e 80, grandes 
aperfeicoamentos da tecnologia resultaram em sistemas de 
informação que custavam menos e eram muito mais 
poderosos.Pessoas de todas as áreas da empresa passaram a usar 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
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microcomputadores para fazer um variedade de tarefas e não 
dependiam mais de um setor específico para realizar as suas 
atividades.Neste período foi constatado que um sistema de 
informação baseado em computador poderia dar apoio adicional a 
tomade de decisão. 
Sistema de Informação Executiva: fornecem informações críticas em 
quadros de fácil visualização para uma multiplicidade de gerentes. 
 
Sumário 
Não é necessário dizer que ter um bom sistema de informações à 
disposição dos gerentes das organizações no momento da tomada de 
decisões é fundamental em um ambiente competitivo. Isso pressupõe 
a existência de uma estrutura informacional que actue agilmente e 
com segurança, pois isso fortalece a actuação da organização. 
 
Exercícios do TEMA 
Exercícios de AVALIAÇÃO 
 
1. A pré-história dos Sistemas de Informação foi marcada pela 
simplicidade dos dados, informações, métodos e técnicas, assim 
como pela limitação do sistema e pela sua ineficiência. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
2. Tecnologia da Informação a Tecnologia da Informação (TI) é o 
conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, 
processamento e comunicação da informação, e a maneira como 
esses recursos estão organizados num sistema capaz de executar um 
conjunto de tarefas. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
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24 
 
3. Sistema de Informação (SI) é um conjunto de componentes inter-
relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e 
informação, proporcionando um mecanismo de realimentação 
(feedback) para atender a um objetivo determinado. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
4. Os sistemas de processamento de transações têm como principal 
objetivo o registro acurado das operações e fatos relevantes das 
áreas de negócio. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
5. Um sistema de informação não possui vários elementos inter-
relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam 
(processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem 
um mecanismo de feedback. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
 
6. Os sistemas devem ser construídos às necessidades daqueles que 
os utilizam, e não o contrário. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
7. Sistemas de informação pessoal são aplicações que os 
profissionais usam para melhorar sua produtividade que dão suporte 
às comunicações, análise e tomada de decisão, e registro e 
monitoramento das atividades. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
8. Sistemas de informação de grupo ou departamental facilitam o 
processo e o fluxo de informação de um grupo de trabalho. É 
construído, normalmente, para atender a uma função específica. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
ISCED; CURSO: GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. MÓDULO: DESENVOLVIMENTO DE 
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9. Sistemas de informação empresarial ou corporativo dão suporte a 
todas as divisões e outras unidades de uma organização, integrando 
as ações desenvolvidas pelas diversas unidades empresariais, de 
modo a facilitar o fluxo de informação entre elas. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
10. Sistemas de informação Interorganizacional são sistemas que 
conectam duas ou mais empresas. Estes sistemas são comuns entre 
parceiros de negócios e usados extensivamente no comércio 
eletrônico, frequentemente via extranet. 
a. Verdaderio 
b. Falso 
Respostas: 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A, 8A, 9A, 10A. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Defina Sistemas de informação. 
2. O que entende por Sistemas de informação industrial? 
3. Explique a funcionalidade de Sistemas de finanças e contabilidade. 
4. O que entende por Sistemas de Processamento de Transações 
(SPTs)? 
5. Quais são os tipos de Sistemas de informação que conheces? 
 
Respostas: 
 
1.R: Livre 
2.R: São sistemas que tratam do planejamento, desenvolvimento e 
manutenção das instalações de produção; do estabelecimento dos 
objetivos de produção; da aquisição, armazenamento e 
disponibilidade dos materiais de produção; e do planejamento do 
equipamento, instalações, materiais e mão-de-obra necessários a 
produção. 
3.R: Livre 
4.R: São sistemas integrados que atendem o nível operacional são 
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Comentários 
e sugestões 
computadorizados, realizando transações rotineiras como folha de 
pagamento, pedidos etc. 
5.R: Livre 
 
 
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TEMA II: DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE E RISCOS 
Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos 
Unidade 2.2. Riscos ligados aos requisitos 
Unidade 2.3. Riscos Tecnológicos 
Unidade 2.4. Riscos de competência 
Unidade 2.5. Riscos políticos 
Exercícios 
 
 
Introdução 
As organizações vivem actualmente grande competitividade 
comercial, demandando rápidas decisões, melhor alocação de 
recursos e uma clara definição de foco. Em um ambiente de 
desenvolvimento de software típico não é diferente. Vários tipos de 
projectos são propostos, com diferentes objectivos, em que é preciso 
gerenciar estrategicamente de acordo com as metas organizacionais. 
Em gerenciamento de projectos, para garantir o sucesso das metas 
organizacionais e dos objectivos definidos do projecto, é preciso 
identificar fatores positivos e adversos, considerados críticos. Os 
factores positivos, também chamados oportunidades, são diferenciais 
em um ambiente mercado-lógico e tecnológico competitivo, e o 
tratamento dos factores adversos, tidos como riscos, favorecem o 
alcance das oportunidades identificadas. 
 
 Conhecer a Engenharia de Software; 
 Conhecer os diferentes tipos de riscos existentes em 
implementação de projectos de software. 
Objectivos 
Específicos 
 
 
Unidade 2.1. INTRODUÇÃO. Engenharia de Software e Riscos 
 
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As organizações vivem atualmente grande competitividade comercial, 
demandando rápidas decisões, melhor alocação de recursos e uma 
clara definição de foco. Emum ambiente de desenvolvimento de 
software típico não é diferente. Vários tipos de projetos são 
propostos, com diferentes objetivos, em que é preciso gerenciar 
estrategicamente de acordo com as metas organizacionais. Em 
gerenciamento de projetos, para garantir o sucesso das metas 
organizacionais e dos objetivos definidos do projeto, é preciso 
identificar fatores positivos e adversos, considerados críticos. Os 
fatores positivos, também chamados oportunidades, são diferenciais 
em um ambiente mercadológico e tecnológico competitivo, e o 
tratamento dos fatores adversos, tidos como riscos, favorecem o 
alcance das oportunidades identificadas. Os riscos possuem diferentes 
significados, como os de ordem física, estrutural, econômica, social e 
ambiental. Podendo ainda se desdobrar em diversos componentes e 
sucessivos níveis de detalhamento. As incertezas fazem parte do 
cotidiano humano. Desde os primórdios o homem procura defender-
se dos riscos que o cercam, galgando níveis de satisfação das 
necessidades básicas, de segurança e culminando nas necessidades de 
cunho puramente profissional. As pessoas, em sua grande maioria, 
diariamente fazem escolhas, com graus diferenciados de riscos, mas 
também com um alto grau de oportunidade e benefícios associados. 
Atualmente todos os ramos da atividade humana dependem de 
alguma forma da utilização de software para operar, dar suporte, 
controlar equipamentos e fluxos de informações, gravar ou processar 
atividades. A área de Engenharia de Software tem promovido vários 
estudos com a finalidade de produzir modelos de melhoria, processos, 
métodos e ferramentas para aumentar a probabilidade de sucesso na 
execução de projetos de software, garantindo a qualidade de seus 
produtos e minimizando possíveis problemas associados (SEI, 2001; 
PMI, 2004). Portanto, na capacidade de prevenir e controlar essas 
variáveis pode estar o diferencial para gerir os riscos de projetos na 
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indústria de software. Todo projeto de software enfrenta problemas 
de qualidade, de cronograma, e de custo que estão sendo afetados 
por riscos que são inesperados, não planejados ou ignorados 
simplesmente pela falta de conhecimento. Através de perspectivas 
globais de negócios muitas organizações estão tornando-se cada vez 
mais dependentes do sucesso ou do fracasso dos softwares que 
desenvolvem. Neste contexto, a Gerência de Riscos não é apenas 
baseada em boas práticas para o desenvolvimento de software, mas 
sim, boas práticas para gerir negócios. 
Riscos em Engenharia de Software 
Ainda que o conceito de risco esteja bastante associado a perigos e 
impactos negativos, já vem sendo utilizado como "exposição a 
conseqüências da incerteza", sendo cada vez mais aplicado tanto no 
gerenciamento de perdas como no de ganhos potenciais. Nas 
próximas seções serão tratados os conceitos relativos à incerteza, 
oportunidade e riscos. 
Incerteza, Oportunidade e Risco 
Um fator comum que provoca preocupação na análise de projetos e 
no seu investimento é a incerteza. Surge como uma das 
conseqüências da falta de controle absoluto dos eventos que 
acontecerão num futuro próximo. Pode-se fazer a previsão sobre o 
comportamento de determinados eventos, mas não se pode 
determinar exatamente quando e em que intensidade eles deverão 
ocorrer. Exemplos desses eventos são os comportamentos futuros da 
economia de um país, as vendas futuras de determinados produtos e 
sua aceitação no mercado, o desgaste e custos de manutenção de 
equipamentos, entre outros. 
Considerando que a noção de risco associada à possibilidade de dano, 
perda ou estrago é de conhecimento claro e direto, alguns autores 
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fazem uma distinção teórica entre o risco e incerteza. Diferenciam 
risco – resultados que, embora não certos possuem probabilidades 
quantificáveis pela experiência ou dados estatísticos e para a qual é 
possível fazer uma estimativa – de incerteza, quando a ausência de 
experiências ou ocorrências anteriores impossibilita quantificar 
adequadamente o resultado (Marshall, 2002; Knight, 1921). No 
entanto, conforme Simonsem (1994) risco é quando a variável 
aleatória tem uma distribuição de probabilidades conhecida e, 
Incerteza, quando essa distribuição é desconhecida. 
 No contexto da Gerência de Projetos, o risco de projeto pode ser 
definido comoo efeito cumulativo das incertezas que adversamente 
afetam os objetivos do projeto. Em outras palavras, é o grau de 
exposição a eventos negativos e a probabilidade de ocorrência e seu 
impacto nos objetivos do projeto, expressos em termos de escopo, 
custo, prazo e qualidade. 
A meta principal do gerenciamento de riscos de projeto é afastar as 
incertezas relacionadas aos riscos e direcionar os projetos para 
oportunidades. Outra forma de tratar os riscos é listar fatores de 
riscos que são variáveis que podem tornar-se riscos em um baixo, 
médio ou alto grau de incidência no ambiente. 
 
Categorias e Tipos de Riscos 
Risco na área de software foi representado de forma sistemática 
através do Modelo Espiral (Boehm et al., 2004), que tem como 
princípio ser incremental e dirigido à análise de riscos. O 
desenvolvimento incremental é uma estratégia para a obtenção de 
progresso em pequenos passos, pela divisão de um problema em 
subproblemas e a posterior combinação das soluções encontradas 
(alternativas definidas). 
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 Atualmente, a área que trata riscos na Engenharia de Software 
evoluiu, passando de uma análise dentro das fases do modelo de 
desenvolvimento de software para se tornar uma gerência que 
permeia todos os processos do ciclo de vida do software (o ciclo de 
vida do software vai desde a concepção de idéias até a 
descontinuidade do produto de software). 
Risco de software pode ser caracterizado como (PMI, 2004): 
Riscos de Projeto de Software. Define os parâmetros operacionais, 
organizacionais e contratuais do desenvolvimento de software. Inclui 
limites de recursos, interfaces, relacionamentos com fornecedores ou 
restrições de contratos. 
Riscos de Processo de Software. Relacionam-se os problemas técnicos 
e de gerenciamento. Nos procedimentos de gerência podem-se 
encontrar riscos em atividades como: planejamento, definição e 
contratação de equipe de trabalho, garantia de segurança e 
configuração de gerência. Nos procedimentos técnicos, podem-se 
encontrar riscos nas atividades: análise de requisitos, projeto, 
codificação e testes, por exemplo. 
Riscos de Produto de Software. Contém as características 
intermediárias e finais do produto. Estes tipos de riscos têm origens 
nos requisitos de estabilidade do produto, desempenho, 
complexidade de codificação e especificação de testes. 
Muitas classificações são encontradas na literatura relacionada à 
Gerência de Projetos (Gustafson, 2002; PMI, 2004) uma delas é o uso 
de taxonomia de riscos (Taxonomy-Based Risk Identification) como a 
apresentada pelo Instituto de Engenharia de Software (SEI - Software 
Engineering Institute), onde os riscos são classificados dentro de 
categorias para melhor entendimento de sua natureza. Alguns 
estudos e abordagens na literatura, que tratam a área de Gerência de 
Riscos, evoluíram, ou mesmo adaptaram, as categorias de riscos 
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inicialmente apresentadas na taxonomia proposta pelo SEI (Costa et 
al., 2005; Gusmão et al., 2005; Webster et al., 2005). 
As categorias de riscos favorecem a identificação dos riscos em um 
ambiente, promovendo uma classificação e organização dos riscosidentificados em grupos lógicos. Alguns exemplos de categorias de 
riscos e suas abrangências estão relacionados na Tabela 1. 
Não existe uma diferenciação clara entre os termos “classificação e 
categorização de riscos” na literatura de Engenharia de Software. Em 
muitas abordagens são utilizados como sinônimos. O próprio Guia 
PMBOK (Project Management Body of Knowledge), tanto na sua 
segunda quanto terceira edições, além de sub-classificar os riscos, os 
organiza em categorias (PMI, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
G
Gerência de Riscos e Tomada de Decisão 
A incerteza é um fator que pode dificultar a tomada de decisão 
racional. A maioria das decisões, sobretudo aquelas importantes, está 
baseada em algum tipo de estimativa, colocando a incerteza como 
elemento do processo decisório. E mesmo que a situação não exija 
estimativa, deve-se considerar a insuficiência das informações para a 
tomada de decisão. 
Categoria Descrição 
Técnico e 
Desempe
nho 
Riscos associados a aspectos técnicos do projeto. Pode estar 
relacionado ao grau de inovação tecnológica do projeto em 
questão. 
Negócio Risco associado ao marketing ou ao tempo de lançamento de 
releases dos produtos ou novas versões. Também pode estar 
associado às informações dos competidores. 
Gerência 
de Projeto 
Riscos associados com o processo de gerenciamento de projeto, 
maturidade organizacional e habilidade. 
Processo Riscos associados ao processo de negócio ou outro processo que 
possa impactar a organização, o usuário (cliente) ou o projeto. 
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Um risco só deveria ser tratado quando o seu benefício potencial 
(oportunidade) para a organização e as chances de ganhos excedesse 
o valor do custo reparador de uma decisão mal sucedida e as chances 
de perdas dentro de uma margem satisfatória. Para que isso possa 
acontecer é preciso que o gerente de projeto, ou o profissional 
responsável pelo risco, encontre as respostas para algumas questões, 
tais como o motivo pelo qual o risco deve ser tratado; quais são os 
ganhos associados ou o que poderá ser perdido; as reais chances de 
sucesso (ou fracasso); o que poderá ser feito se os objetivos definidos 
não forem alcançados; se o custo de estratégias de tratamento vale o 
esforço para um risco em específico. 
Dessa forma, torna-se importante fazer uma análise do grau de 
incerteza existente no processo de decisão, ou seja, procurar uma 
estimativa dos riscos envolvidos. Deve-se ressaltar a importância do 
uso de abordagens qualitativa e quantitativa na análise e 
desenvolvimento dos investimentos, de uma empresa, seja ela de 
pequeno, médio ou grande porte (Moura et al., 2004). 
A evolução das organizações, a complexidade das demandas dos 
mercados e o processo de globalização tornaram a utilização das 
práticas das finanças, as estratégias e o marketing cada vez mais 
desafiantes. Dominar e compreender a aplicação de técnicas de 
análise de oportunidade e incerteza, quantitativamente ou 
qualitativamente, é imposição real para a sobrevivência 
organizacional, quer pelas implicações do trabalho assalariado, quer 
pelas operações de compra e venda, quer pelos investimentos e 
decisões associadas. 
Geralmente, quando se fala em correr riscos, pensa-se logo em 
perdas ou sacrifícios financeiros. Muitos riscos fazem parte de nosso 
dia a dia de tal forma, que mal os levamos em consideração, ao invés 
disso, as reações muitas vezes são subconscientes. 
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Ao atravessar uma rua, o pedestre deve olhar para ambos os lados e 
quando não houver tráfego, atravessará. Caso esteja com pressa, 
pode assumir riscos e atravessar entre os veículos, quando aparecer 
uma chance. Se o trânsito estiver pesado, prudentemente, deve se 
dirigir às áreas de cruzamento de pedestre, garantindo sua passagem 
com segurança. 
Caberá à gerência optar por assumir estes riscos e enfrentar o desafio. 
Tudo vai depender do contexto não significando que outros riscos não 
serão visualizados ou percebidos. 
Gerência de Riscos versus Gerência de Projetos 
A Gerência de Riscos tem uma aplicabilidade bastante ampla em 
ambientes organizacionais. Quando se fala em gerir projetos, é 
inevitável que se fale em gerir riscos. Por este motivo, muitas vezes, é 
difícil definir limites entre as duas gerências. 
Ainda não existe um consenso sobre o relacionamento entre a 
gerência de projetos e a gerência de riscos. Normas, padrões e 
modelos são apresentados, na área de Engenharia de Software, mas 
não tratam esse relacionamento de forma explícita. Não existe um 
padrão que descreva o elo existente entre a Gerência de Riscos e a 
Gerência de Projeto, nem tão pouco apresente o objetivo do processo 
e das atividades da Gerência de Riscos. Isto evidencia a imaturidade 
da comunidade de Engenharia de Software, onde as normas e 
modelos deveriam consolidar este conhecimento já existente. 
Uma das áreas de aperfeiçoamento futuro da Gerência de Projetos, 
segundo Hillson (2005) é a integração da Gerência de Riscos e a 
cultura organizacional. Esta visão enfoca o uso da Gerência de Riscos 
como parte integral do negócio organizacional sendo um processo 
construtivo e não repreensivo. 
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A falta de padronização dificulta o entendimento, a definição de 
processos e papéis em relação à Gerência de Riscos, o cumprimento 
dos objetivos organizacionais, pois não se tem uma visão integrada. A 
Tabela 2 apresenta uma coletânea de visões, capturadas na literatura 
da área de Engenharia de Software, sobre os possíveis 
relacionamentos existentes entre a Gerência de Projetos e a Gerência 
de Riscos de Software. 
De acordo com Stephen Grey existem três visões, de uma forma geral, 
para o relacionamento entre a Gerência de Riscos e a Gerência de 
Projeto (Grey, 1995): 
● Dependência – A Gerência de Riscos é vista como parte da 
gerência de projeto. A execução é de responsabilidade do 
gerente de projeto ou é delegada a outro membro da equipe 
de projeto. Desta forma, as atividades de gestão de riscos são 
realizadas em nível de projeto na organização (nível 
operacional); 
● Existência – A motivação para a execução de um projeto é a 
gerência de seus riscos. A existência da gerência de projetos 
está condicionada à Gerência de Riscos. Se não existe risco, 
não existe necessidade da gerência de projeto. Neste caso 
tornar-se-ia uma mera atividade administrativa. Este tipo de 
abordagem é comumente conhecido como “gerência de 
projetos dirigida a riscos”; 
● Independência – através desta visão, a Gerência de Riscos é 
um processo distinto e de apoio para todos os projetos da 
organização, desde o nível estratégico até o operacional. 
Nos dias atuais, os ambientes organizacionais demandam uma 
crescente dinamicidade e proatividade nas respostas aos problemas e 
fatores de riscos associados, isso devido à grande influência exercida 
pela globalização, pelas inovações e mudanças não só internamente, 
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mas também externamente. Decorrentes dessa nova realidade, 
funções relacionadas à gestão de riscos estão sendo incorporadas nas 
organizações traduzindo um empenho em manter boas práticas nos 
ambientes corporativos. 
Atualmente, gerir riscos envolve o estabelecimento de uma cultura e 
infra-estrutura adequadas, bem como a aplicação de uma 
metodologia lógica e sistemática para administrar os riscos associados 
a qualquer atividade, função, processo ou projeto. 
Uma limitação atual da Gerência de Riscos é a quantidade pequena de 
estudos práticos divulgados, apresentando indicadores de sucesso dos

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