Buscar

Doenças do Complexo Parasitário em suínos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MEDICINA VETERINÁRIA 
PRODUÇÃO DE SUÍNOS 
 
 
 
 
AMANDA NUNES DE ARAÚJO, ANA CLARA GONÇALVES OLIVEIRA, ANA 
GABRIELLA FERREIRA ARAÚJO, BRUNA VITÓRIA GOUVEIA DOURADOS, 
MONAH BARROS PÉCLAT, PEDRO SANTIAGO AIRES XAVIER E SARAH 
KETLYN MENDES DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO COMPLEXO PARASITÁRIO EM SUÍNOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2021 
 
 
AMANDA NUNES DE ARAÚJO, ANA CLARA GONÇALVES OLIVEIRA, ANA 
GABRIELLA FERREIRA ARAÚJO, BRUNA VITÓRIA GOUVEIA, MONAH BARROS 
PÉCLAT, PEDRO SANTIAGO AIRES XAVIER E SARAH KETLYN MENDES DE 
ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO COMPLEXO PARASITÁRIO EM SUÍNOS 
 
 
 
 
 
REVISÃO LITERÁRIA APRESENTADO A 
DISCIPLINA DE PRODUÇÃO DE 
SUÍNOS TRABALHO CIENTÍFICO, DA 
PONTIFÍCIA CATÓLICA DE GOIÁS, 
COMO REQUESITO PARCIAL PARA A 
OBTENÇÃO DA NOTA AVALIATIVA. 
ORIENTADOR: PROF. BRUNO DE 
SOUZA MARIANO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2021 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 
............................................................................................ 
5 
2 REVISÃO LITERÁRIA..................................................................... 6 
2.1 TRICURÍASE.................................................................................. 6 
2.2 AGENTE CAUSADOR................................................................. 6 
2.3 CICLO EVOLUTIVO...................................................................... 6 
2.4 CONTROLE E PREVENÇÃO.......................................................... 7 
2.5 TRATAMENTO................................................................................ 7 
2.6 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA........................................................ 7 
2.3 ASCARIDÍASE................................................................................ 8 
2.3.1 AGENTE CAUSADOR..................................................................... 
8 
2.3.2 CICLO EVOLUTIVO......................................................................... 8 
2.3.3 CONTROLE E PREVENÇÃO.......................................................... 9 
2.3.4 TRATAMENTO.......................................................... 9 
2.3.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA........................................................ 
10 
2.3.6 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA........................................ 
11 
2.4 CRIPTOSPIRODIOSE............................................................ 
12 
2.4.1 AGENTE CAUSADOR................................................................. 12 
2.4.2 CICLO EVOLUTIVO......................................................................... 12 
2.4.3 CONTROLE E PREVENÇÃO.......................................................... 12 
2.4.4 TRATAMENTO.............................................................................. 13 
2.4.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA....................................................... 13 
2.4.6 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA...................................... 13 
2.5 COCCIDIOSE................................................................................. 15 
2.5.1 AGENTE CAUSADOR..................................................................... 15 
 
 
 
 
2.5.2 CICLO EVOLUTIVO......................................................................... 15 
2.5.3 CONTROLE E PREVENÇÃO.......................................................... 16 
2.5.4 TRATAMENTO................................................................................. 16 
2.5.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA.................................................... 16 
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 18 
2.7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
1 INTRODUÇÃO 
 
As doenças do complexo parasitário em suínos são de grande importância 
econômica na suinocultura, porque afeta na qualidade da produção. Por isso é 
importante conhecer a doença, o agente causador e o ciclo evolutivo para assim 
traçar um tratamento e um plano de controle e prevenção. 
 Observa-se que quando o índice de doenças é alto o impacto econômico 
consequentemente é maior, levando o país a prejuízos quando se trata do mercado 
externo e interno. De acordo com MIELE e WAQUIL (2007), o comércio internacional 
da carne suína é menor comparado às demais carnes, porém é a principal fonte de 
proteína animal do mundo. 
 Apesar de que o melhoramento genético trouxe alguns benefícios em relação 
a resistência dos suínos a esses parasitas é importante avaliar estes animais 
periodicamente para avaliar se há incidências de doenças parasitárias no rebanho. 
Além da qualidade do produto é importante que esses animais não percam o seu 
bem-estar, levando em consideração as 5 liberdades. 
 Objetiva-se nesse trabalho mostrar a caracterização e descrição de algumas 
doenças parasitárias que acometem o rebanho de suínos, sendo elas Tricuríase, 
Ascaridíase, Coccidiose e Criptosporodiose. A fim de acrescentar no acervo 
científico. 
 
 
 
 
 6 
 
2 REVISÃO LITERÁRIA 
 
2.1 TRICURÍASE 
 
2.2 AGENTE CAUSADOR 
 
 A tricuríase causada pelo parasita Trichuris trichiura, bem comum em 
países em desenvolvimento. Tem maior prevalência, em estados da região norte e 
Nordeste do Brasil. Seu contágio se dá através da ingestão de alimentos e água 
contaminada, assim sendo mais prevalente em áreas onde o saneamento básico é 
precário. (De Oliveira Pereira, 2021) 
 
2.3 CICLO EVOLUTIVO 
 
 Os humanos são os únicos hospedeiros desse verme e contrai a doença 
através da ingestão de alimentos ou água contaminada com ovos, envolvendo suas 
larvas infectantes em seu interior, assim tendo sua forma de contágio fecal-oral. 
 Os ovos da Tricuriase nas fezes depois de serem eliminados, sofrem um 
amadurecimento de 2/3 semanas sob uma condição adequadas de humidade e 
temperatura, originando as lavas dos vermes em seu interior, que se for ingerido por 
humanos, irão sofrer a ação dos líquidos gastrointestinal, assim acontecendo a 
liberação da lava, próximo a região do ceco. (Santos JP, 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
2.4 CONTROLE E PREVENÇÃO 
 
A prevenção da tricuriase é feita com medidas básicas de higiene, como lavar 
as mãos antes do preparo e do consumo das refeições, e sempre antes e depois de 
ir ao banheiro, além do recomendado de molhar-se em águas que possam estar 
contaminada para evitar o contágio. (Santiago, Leonardo Freire, 2017) 
 
2.5 TRATAMENTO 
 
 O tratamento da tricuriase é realizado com prescrição de anti-helmínticos. 
Sendo sugeridos Mebendazol tem algumas superioridades em relação ao 
Albendazol. Tem grande desempenho a Nitazoxanida que tem grande poder de 
eliminação do Trichuris trichiura. 
 A OMS recomenda a prescrição bianual da droga Albendazol e Mebendazol como 
forma de profilaxia. Sobretudo, foi observado uma resistência aos anti-helmínticos 
ao redor do mundo. (Elsevier, 2020) 
 
2.6 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
As infecções como a tricuriase em suínos tem a importância crescente e são 
muito observadas em diferentes faixas etárias, provocando um grande impacto para 
a indústria de suínos em todo mundo. (Jacobson et al., 2005). Estas infecções são 
responsáveis por aproximadamente 30% das perdas econômicas na suinocultura. 
moderna (Burch, 2000) Além de alguns hospedeiros oferecer risco para humanos e 
a saúde pública. (Weiss et al., 1999). 
 
2.7 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA 
 
O gênero trichuris tem mais de 20 espécies que geralmente infectam os 
grupos taxonômicos de hospedeiros. No entanto, ovos e larvas do trichuris trichiura 
(humanos) e trichuris suis (suínos) são morfologicamente indistinguíveis, pesquisas 
tem focado na diferenciação das duas espécies,para reconhecer a extensão da 
transmissão natural do Trichuris entre humanos e porcos. (Hawash et al., 2016;) 
 
 
 
 
 8 
2.3 ASCARIDÍASE 
 
2.3.1 AGENTE CAUSADOR 
 
 O parasita responsável por causar a ascaridíase nos suínos é um helminto da 
espécie Ascaris suum. Esta espécie é uma das mais importantes dentro da 
suinocultura devido a frequência com que é registrada e a quantidade de perdas 
econômicas que ela acarreta (ALENCAR et al., 2011). 
Os helmintos da família Ascaridae Baird, 1853, normalmente são grandes, sendo 
que, na espécie suum as fêmeas medem 41cm de comprimento por 5mm de 
diâmetro, e os machos 15-25cm por 5mm. Apresentam também três lábios bem 
desenvolvidos um dorsal com duas papilas duplas e dois ventrolaterais (AGUIAR, 
2009). 
 
2.3.2 CICLO EVOLUTIVO 
 
 Tendo um ciclo de vida direto e infecção via oral-fecal, os adultos do A.suum 
se encontram no intestino delgado dos suínos onde se instalam de forma definitiva. 
A fêmea, neste local, é capaz de produzir cerca de dois milhões de ovos por dia, 
estes são liberados no ambiente de forma primitiva (não larvados) junto as fezes do 
animal (FAUSTO, 2015). 
É durante seu desenvolvimento que a larva, dentro do ovo, torna-se L3 que é 
a forma infectante, isto só irá ocorrer em condições ideais de temperatura e 
umidade. Após serem ingeridos haverá a eclosão dos ovos dentro do intestino 
delgado do animal, liberando a L3, esta irá penetrar na mucosa do ceco e cólon 
migrando para o fígado, lá ela irá causar lesões no parênquima do órgão as 
chamadas milk spots, manchas de leite ou manchas brancas. Em seguida (entre 6 e 
8 dias depois da infecção) as larvas são levadas as artérias pulmonares chegando 
assim aos pulmões. Logo após, elas irão penetrar capilares e alvéolos, atingindo o 
trato respiratório. Através do estímulo da tosse elas chegam à faringe onde são 
deglutidas alcançando assim o intestino delgado. Nesse órgão elas realizam a última 
muda (L5) atingindo a maturidade sexual por volta do 42° dia pós-infecção. O 
período pré-patente é de 6-9 semanas (BARCELOS et al., 2012; DIAS et al., 2011; 
NEJSUM et al., 2009a; ROEPSTORFF et al., 1997). 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
A schematic representation of the life cycle of 
A. suum in the pig (illustration by William P. 
Hamilton CMI) 
 
 
 
 
2.3.3 CONTROLE E PREVENÇÃO 
 
 As infecções por helmintos estão diretamente relacionadas com higiene e tipo 
de manejo sanitário adotados na produção visto que tais fatores influenciam de 
forma direta no ciclo de vida do parasita e na transmissão da doença (LAI et al., 201; 
KAGIRA et al., 2008). Em criações extensivas, tem-se maiores porcentagens de 
parasitismo. Por isso os animais criados dessa forma necessitam de medidas de 
controle de parasitose bem formuladas. Tais como a transferência de animais para 
pastagens livres dos helmintos, rotação de pastagens e uso integrado de anti-
helmínticos (MURREL, 1986). 
Os criatórios que têm manejo sanitário de forma irregular devem ter um 
programa de controle parasitário mais intensivo (CORWIN, 1996; JESUS & 
MÜLLER, 2000). O tratamento das fêmeas duas semanas antes da parição e 
novamente depois de paridas e também o tratamento de leitões em crescimento são 
uma das formas mais convencionais de controle que encontramos nas produções. 
 
2.3.4 TRATAMENTO 
 
 Os Ascaris suam são sensíveis aos benzimidazóis e pirantel administrados na 
ração, tiebendazol, levamisol, piperazina, parbendazol e ivermectina injetável 
(FREITAS, 1976; URQUHART et al., 1998). Além da realização do tratamento com 
 
 
 10 
 
fármacos anti-helmínticos, é necessário utilizar outras medidas que visam limitar a 
infecção dos animais, como limpar as fêmeas próximas ao parto com água e sabão 
para remoção dos ovos que estiverem aderidos a pele; manter a higiene correta das 
instalações; não expor os leitões jovens aos solos contaminados (FREITAS, 1976; 
URQUHART et al., 1998; SANAVARIA, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Animais infectados por Ascaris suum de fazenda experimental. Verificar a diferença 
de tamanho entre os animais: tratado (fundo) e não tratado (frente) (fonte: 
http://www.jircas.affrc.go.jp/english/public) 
 
 
2.3.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
 Ocorrem diversos prejuízos dentro da produção devido a diminuição no ganho 
de peso dos animais parasitados, além do aumento na taxa de conversão alimentar 
(consequentemente o produtor irá gastar mais com ração), condenação hepática, 
perdas reprodutivas e diminuição da rentabilidade da carcaça ao abate (KNECHT et 
al., 2011). As perdas econômicas causadas pela condenação parcial ou total dessas 
carcaças recaem tanto sobre os produtores quanto para a indústria frigorífica 
(FERREIRA et al., 2012). 
O parasita também é capaz baixar a imunidade do animal visto que ele é 
bastante imunogênico (STEENHARD et al., 2009). Dentro da imunologia as 
infecções helmínticas podem regular de forma negativa as respostas Th1 contra 
vírus e bactérias com isso há uma redução na eficácia das vacinas, prejudicando a 
imunidade pós-vacinal. (VAZQUEZ et al., 2012; STEENHARD et al., 2009; URBAN 
 
 
 
 11 
 
et al., 2007). Esse estresse imunológico também diminui a taxa de crescimento dos 
suínos. 
Segundo Mello, 2018 nem sempre as infecções provocam alterações visíveis 
nos animais (reforçando a importância de se verificar o status sanitário do rebanho) 
embora possam afetar o desenvolvimento e até mesmo a mortalidade como já dito 
anteriormente, fora isso ainda se tem os gastos oriundos do diagnóstico e 
tratamento dos animais. 
 
 
2.3.6 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA 
 
 Este parasito tem uma alta persistência entre os suínos devido a resistência 
físico-química e longevidade dos ovos, favorecendo a reinfecção dos animais 
(LIGNON et al. 1985). A maior parte das infecções se dão em leitões após o 
nascimento quando ainda estão na creche. Em estudo realizado por COSTA et al. 
(1994), leitões inoculados aos 45 dias de idade com Isospora suis e Ascaris suum 
infectaram-se somente com o último. 
Em países endêmicos como Índia e China que utilizam fezes de suínos como 
adubos, mantendo as criações próximas a humanos com condições inadequadas de 
higiene, temos um risco de infecções cruzadas muito alto, podendo representar um 
potencial zoonótico. (COLES et al. 2006, MENSAGEIRO et al. 2014). 
Para diagnosticar a ascaridíase temos como base a sintomatologia clínica, 
identificação dos vermes adultos em fezes ou nas necropsias e realização de 
exames fecais em laboratório para identificar os ovos (URQUHART et al., 1998). 
Ainda durante a necropsia pode-se evidenciar a presença do A. suum nos animais 
com as marcas brancas que sua migração deixa no fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
2.4 CRIPTOSPORIDIOSE 
 
2.4.1 AGENTE CAUSADOR 
 
 O agente etiológico da criptosporodiose é um protozoário do filo Apicomplexa, 
do genêro Cryptosporidium. (Barbosa 2015). 
Se trata de um parasita intracelular e capazes de se desenvolver nas 
microvilosidades das células epiteliais do trato gastrintestinal de hospedeiros 
vertebrados (Xiao et al., 2004; Karanis., Aldeyarbi, 2011; Chalmers; Katzer, 2013). 
 
 
2.4.2 CICLO EVOLUTIVO 
 
 Esse parasita necessita apenas de um hospedeiro. É formado dois tipos de 
oocistos: uns de paredes espessas já eliminados infectantes nas fezes, e outros 
envolvidos por uma fina membrana que se rompem na luz intestinal iniciando um 
novo ciclo no hospedeiro. (D’Alencar et al. 2011). 
O oocistos eliminados nas fezes são uma fonte direta de infecção, sendo 
muito resistente a maioria dos desinfetantes como: álcool, hipoclorito de sódio , 
fenóis , entre outros. (Toma et al. 2003). Oocistos mantêm sua infectividade no 
ambiente externo por vários meses, principalmente em águas e ambientes com 
elevado grau de umidade. (Sunnotel et al., 2006).13 
2.4.3 CONTROLE E PREVENÇÃO 
 
 Uma das fontes de contaminação da doença é a água, alimentos, presença 
de ratos e frangos na granja foi reconhecido como uma potencial causa de 
enfermidades (Caccio et al., 2005). 
Ou seja, a principal forma de controle e prevenção envolve boas condições 
sanitárias e fiscalização do estado dos animais. (Aguiar 2009, Loddi et al. 2015) 
 
2.4.4 TRATAMENTO 
 
Em animais o tratamento é sintomático, já foram usadas drogas 
anticoccídicas, porém de modo geral não se obteve resposta satisfatória apesar de 
diversos esquemas testados. (Campos et al. 2012). 
Quando ocorre de forma natural, a infecção geralmente se apresenta de 
maneira assintomática ou com poucas alterações clínicas no animal (Quilez et al., 
1996; Vitovec et al., 2006). 
 
2.4.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
 Em suínos é uma doença de principal fator de risco para leitões 
imunodeprimidos, com baixa resistência e neonatos onde a doença pode vir a ser 
fatal causando perda no rebanho e prejudicando o esquema de produção na granja, 
consequentemente perda de animais não planejados sempre gera prejuízos 
econômicos, consequentemente comprometimento na produtividade animal 
(Decubellis; Graham, 2013). 
 
2.4.6 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA 
 
 Vale ressaltar que o atual contexto da criptosporidiose em suínos se dá a 
infecção pelo circo vírus suíno tipo 2, que dá brecha para o Cryptosporidium se 
oportunar da situação da imunossupressão causada pelo vírus. (Nishi et al. 2000, 
Hoff et al. 2005). 
O diagnóstico da doença é feito através do exame histopatológico de 
fragmentos de intestino, por exames de esfregaço das fezes submetidos a coloração 
 
 
 14 
 
especial ou pesquisa de oocistos nessas fezes que devem ser coletadas 
preferencialmente direto do ânus do animal. (Formiga et al. 1980). 
A contaminação pelo consumo de água contaminada é comum devido a 
resistência dos oocistos aos métodos de tratamento da água como cloração, 
ozonização ou filtração. (Stewart et al. 1991). 
A infecção por Cryptosporidium spp. causa inflamação e atrofia das 
vilosidades intestinais resultando em perda da superfície de absorção, desequilíbrio 
no transporte de nutrientes (Thompson; Palmer; O´Handley, 2008). 
A água pode ser contaminada através de cruzamento de águas de poço ou 
encanada por água de esgoto, falha nos procedimentos operacionais durante o 
tratamento da água, desvios de filtro de areia, contaminação de águas superficiais 
por esterco bovino e influências de efluentes industriais e agrícolas nas águas de 
recreação. (Nishi et al. 2000, Hoff et al. 2005). 
Outro ponto a ressaltar é os sintomas que são relacionados a doença, em 
suínos ocorre diarreia não hemorrágica, falta de apetite consequentemente 
emagrecimento e desidratação. (Pinto et al. 2007, Aguiar 2009, Brito et al. 2012, 
Loddi et al. 2015). 
 A patogenia e o quadro clínico da doença são influenciados por vários fatores que 
incluem entre eles idade, competência imunológica do indivíduo infectado e a 
associação com outros patógenos (Radostits et al., 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
2.5 COCCIDIOSE 
 
2.5.1 AGENTE CAUSADOR 
 
 A coccidiose suína, tem sido causada por várias espécies do gênero Eimeria 
Spp e Isospora Suis, porém somente a Isospora Suis tem importância como agente 
causador de perda econômica na suinocultura. É uma das doenças mais 
importantes que acometem leitões lactantes no Brasil devido à má higienização das 
instalações. O contágio pode acontecer nos primeiros dias de vida do leitão, sendo 
os oocistos esporulados ingeridos pelos leitões através de fezes infectadas, 
instalações e alimentos contaminados (TCC, Fernanda Campos de Oliveira Souza). 
 
2.5.2 CICLO EVOLUTIVO 
 
 Apresenta estágios de desenvolvimento tanto no hospedeiro quanto no 
ambiente. No hospedeiro, o órgão mais afetado é o intestino delgado. Os estágios 
de desenvolvimento são: produzem um ovo microscópico, denominado oocisto que é 
eliminado nas fezes e sob condições adequadas de desenvolvimento e depois de 
aproximadamente três dias se tornam esporulados, e esses são responsáveis por 
acometer os animais. No estágio endógeno, caracterizada pela rápida multiplicação, 
o esporozoíto entra nas células do intestino do hospedeiro, produzindo vários 
descendentes. O período pré-patente depende de fatores ambientais como umidade, 
temperatura e oxigênio, e dura em média 12h e acontece entre o 3-5 dia. 
(SOBESTIANSKY et al., 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
2.5.3 CONTROLE E PREVENÇÃO 
 
 Limpeza das instalações com água quente, detergentes a base de amônia 
queternária ou cresol, e fogo são formas de controle e prevenção também, além de 
controle de roedores também. O tipo de piso das granjas pode afetar a incidência de 
coccidiose, por exemplo pisos sólidos de madeira ou concreto, devido à dificuldade 
de manter limpos. (SOBESTIANSKY et al., 2012). 
 
2.5.4 TRATAMENTO 
 
 O tratamento de leitões que estejam apresentando sinais clínicos não é muito 
eficiente, pois nesses casos os ciclos de vida do parasita estão avançados e as 
lesões na mucosa intestinal já ocorreram. O que se pode fazer é o tratamento 
preventivo no segundo ou terceiro dia de vida por via oral com o Toltrazuril, que é m 
coccidicida de excelente ação e ampla utilização na suinocultura. Essa droga atua 
interrompendo completamente o ciclo dos coccídeos inibindo az enzimas da cadeia 
respiratória, impedindo a divisão nuclear de todas as formas endógenas e 
eliminando a reprodução do parasito, reduzindo também a quantidade de oocistos 
no ambiente. (CAMPOS, T.M. et. al 2012) 
 
2.5.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
A importância econômica da coccidiose se deve não só à morte de leitões, 
mas principalmente aos impactos negativos sobre o desenvolvimento, com o 
surgimento de refugos e aos gastos com medicamentos para seu controle. A 
imunodepressão causada por esta doença abre portas para outros agentes, 
agravando ainda mais o quadro clínico. (SOBESTIANSKY et al. 2012). 
 
2.5.6 OUTRAS INFORMAÇÕES DA DOENÇA 
 
O exame de fezes para a detecção de oocistos constitui o exame mais utilizado para 
o diagnóstico das endoparasitoses. Hamadejova e Vitovec (2005), afirmaram que a 
 
 
 
 17 
 
flutuação é o método coprológico mais utilizado para exames parasitológicos de 
fezes para a parasitose de protozoários e helmintos. 
Pelo fato de a fase assexuada do parasita ser a mais patogênica, nem sempre o 
diagnóstico pela detecção do oocisto do protozoário nas fezes de leitões com 
infecções maciças oferece resultados positivos, pois a diarreia pode se desenvolver 
antes dos oocistos serem excretados e até mesmo fezes normais podem conter 
grande número de oocistos. Assim, os animais podem morrer antes mesmo 
do aparecimento de oocistos nas fezes, principalmente se ocorrer infecção 
secundária (REBOUÇAS et al., 1992). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Comparando as 4 doenças citadas neste trabalho, observa-se que há um 
meio de infecção comum, sendo ela através da ingestão de água e alimentos 
contaminados. Portanto a profilaxia também é semelhante, visando sempre o 
controle sanitário na granja. O manejo inadequado dos suínos e a má higiene do 
local, são os principais contribuintes na introdução dessas doenças, visto que, há um 
maior risco de infecção nesses locais insalubres. 
 As parasitoses gastrointestinais são prejudiciais a saúde única e também 
afetam diretamente o mercado de suínos. Há riscos de contaminação cruzada entre 
os suínos e os seres humanos, sendo os que trabalham diretamente na granja os 
mais acometidos. A condenação de carcaça é uma ameaça tanto ao produtor quanto 
a indústria, levando a grandes perdas econômicas. 
 Neste trabalho concluímosque as doenças do complexo parasitário 
abordados são frequentes nas granjas de suínos, principalmente as que afetam o 
trato gastrointestinal. Portanto é importante conhecer a doença, o agente causador, 
ciclo evolutivo e sinais clínicos para chegarmos ao diagnóstico e assim traçar um 
plano de tratamento, controle e prevenção assertivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
2.7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
AGUIAR, Patrícia Coutinho. Aspectos epidemiológicos das parasitoses 
gastrintestinais de suínos naturalizados de criações familiares do Distrito Federal. 
2009. 
 
FAUSTO, Mariana Costa. Ascaris suum: diagnóstico, controle alternativo e 
levantamento na microrregião de Ponte Nova-Minas Gerais. 2015. 
 
DIAS, A.S.; TANURE, A.M.; MANHÃES, H.G.V.C. Ocorrência de Ascaris suum em 
suínos abatidos na Zona da Mata, Minas Gerais. Brazilian 90 Journal of Veterinary 
Research and 
Animal Science, v.48, n.2, p.101-106, 2011. 
 
MELLO, Jonathan et al. Estudo de ocorrência da Ascaris Suum em porcas lactantes 
na fronteira oeste gaúcha. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e 
Extensão, v. 10, n. 2, 2018. 
 
COSTA, J. O.; GUIMARÄES, M. P.; LIMA, W. S. Efeito de infecçöes experimentais 
por Ascaris suum e Isospora suis em suínos da raça Piau. Arq. bras. med. vet. 
zootec, p. 501-8, 1994. 
 
CAMPOS, T.M. et. al; Coccidiose suína; Revista eletrônica Nutritime; artigo 
157; Março/Abril 2012. 
 
SOBESTIANSKY, J. et. al; Clinica e patologia suína; 2 ed. Goiania; p. 52-55, 
2001. 
 
SOBESTIANSKY, J. et. al; Suinocultura intensiva produção, manejo e saúde 
do rebanho; Brasília: EMBRAPA, 1998. 
 
SOBESTIANSKY, J et al; Clínica e patologia suína. 2 ed. Goiânia: J. 
Sobestiansky. 464p.1999. 
 
 
 
 20 
MIELE, Marcelo; WAQUIL, Paulo D. Cadeia produtiva da carne suína no Brasil. 
Revista de Política Agrícola, v. 16, n. 1, p. 75-87, 2007. 
 
BENINCA, André Luis Vriesman et al. OCORRÊNCIA DE Cryptosporidium spp. NA 
SUINOCULTURA NO MUNICÍPIO DE PALOTINA, REGIÃO OESTE DO 
PARANÁ. Archives of Veterinary Science, v. 15, n. 5, 2020. 
 
FIUZA, VAGNER RS; COSENDEY, RACHEL IJ; DE OLIVEIRA, FRANCISCO CR. 
Criptosporidiose suína associada aos sistemas de produção no Estado do Rio de 
Janeiro. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 17, n. 1, p. 224-229, 
2008. 
 
BRESCIANI, Katia Denise Saraiva et al. Criptosporidiose em animais domésticos: 
aspectos epidemiológicos. Semina: Ciências Agrárias, v. 34, n. 5, p. 2387-2402, 
2013. 
 
DUTRA, Yara et al. ASPECTOS GERAIS SOBRE O PARASITA 
CRYPTOSPORIDIUM SP. Mostra Científica em Biomedicina, v. 1, n. 1, 2017. 
 
DE OLIVEIRA PEREIRA, Sandra et al. TRICURÍASE. Revista Científica 
UNIFAGOC-Saúde, v. 6, n. 1, p. 65-72, 2021. 
Fonte: Speich et al. (2014); Speich et al. (2015); Steinmann et al. (2011); Tavares 
(2014); Viswanath et al. (2019); Wimmersberger et al (2018). 
 
Mejia R, Weatherhead L, Hotes PJ. Intestinal nematodes (roundworms). In: Mandell, 
Douglas, and Bennett’s principles and practice of infectious diseases. Bennett JE, 
Dolin R, Blaser MJ. 8th ed. Philapelphia: Elsevier, 2020. 
 
Santos JP. Helmintos intestinais identificados em humanos, caprinos, ovinos e 
suínos: potencial interface entre o parasitismo humano e animal em área rural no 
Estado do Piauí. 
Dissertação (Mestrado) - Instituto Oswaldo Cruz, Pós-graduação em Medicina 
Tropical, 2016 
 
 
 
 21 
 
SANTIAGO, Leonardo Freire. Avaliação de novos antígenos para imunodiagnóstico 
em Esquistossomose e Tricuríase.

Continue navegando