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RELATO DE ENFERMAGEM SOBRE UM CASO DE TRAQUEOPLASTIA

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RELATO DE ENFERMAGEM SOBRE UM CASO DE TRAQUEOPLASTIA
Kamilla Geovana Vieira Garces1 Mateus Jefferson Pires Maia2 Isabelle Martins Mesquita3 Kassia Cristhine Nogueira Gusmão4
1Acadêmica do Curso de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior Franciscano 
2Acadêmico do Curso de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior Franciscano
3Acadêmica do Curso de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior Franciscano
4 Docente de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior Franciscano 
INTRODUÇÃO
Esse artigo configura um estudo de caso baseado na implementação do Processo de Enfermagem (PE) no ambiente hospitalar da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital De Alta Complexidade Do Maranhão - Dr. Carlos Macieira. O PE é compreendido dentro da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como uma forma de organizar e direcionar sistematicamente o trabalho do enfermeiro, de maneira a prezar pelos cuidados de enfermagem prestados aos clientes. Durante a elaboração da SAE, o profissional de enfermagem poderá dispor de meios para aplicar seus conhecimentos humanos e técnico-científicos na sua assistência prestada ao cliente e dessa forma caracterizar e destacar sua prática profissional, colaborando na definição de seu papel (SPERANDIO, 2005).
 De acordo com a resolução COFEN 358/2009 Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: 
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); 
II – Diagnóstico de Enfermagem; 
III – Planejamento de Enfermagem; 
IV – Implementação; 
V- Avaliação de Enfermagem
O estudo de caso aqui relatado será embasado nas três primeiras etapas do PE, voltado á um cliente submetido á uma cirurgia na traqueia, a traqueoplastia, neste procedimento é necessário se fazer um estudo da traqueia e sua estenose (estreitamento da traqueia), geralmente por via tomográfica, pois a estenose pode vir a causar a passagem inadequada de ar para os pulmões. A estenose traqueal congênita é uma malformação rara e potencialmente letal, que inclui uma variedade de entidades patogenicamente distintas, em virtude da sua raridade e diversidade de manifestações o diagnóstico se torna de difícil identificação, pois pode se apresentar desde um leve estridor até um quadro grave de insuficiência respiratória (SCIELO, 2009). 
O procedimento da traqueoplastia se trata basicamente de retirar a parte doente e suturar (juntar) as partes sadias que estavam acima e abaixo da estenose. Tem por finalidade contornar um obstáculo mecânico das vias aéreas superiores, diminuindo a resistência respiratória, possibilitando a ventilação pulmonar por meio dessa via e, também, facilitando a remoção de secreções em excesso, provenientes da traquéia e dos brônquios (CASTRO et al., 2014). Ele é realizado no centro cirúrgico sob anestesia geral. Após abertura da pele e dissecção até a traqueia, esta é dissecada na região da estenose. Sua maior vantagem é o restabelecimento do fluxo normal de ar, sem necessidade de orifícios externos. Trata-se de um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos (VIANNA; PALAZZO ARAGON, 2011).
OBJETIVO
Descrever os pontos importantes da análise do caso do cliente após a realização de uma traqueoplastia, utilizando o Processo de Enfermagem como um instrumento metodológico para a realização de um bom cuidado de enfermagem, além de utilizar uma abordagem funcional e centrada no cliente.
MÉTODOS
Refere-se a uma pesquisa descritiva, qualitativa do tipo relato de caso. O relato exposto tem como base a aplicação das etapas do Processo de Enfermagem em um cliente internado na Unidade de Terapia Intensiva durante uma visita técnica desenvolvida na matéria de Sistematização do Processo de Enfermagem. A visita ocorre em um hospital estadual do Maranhão com inicio em 04 de novembro de 2021. A coleta de dados foi realizada no dia 05 de novembro de 2021 seguindo as seguintes fases: 
1- Coleta de dados utilizando fontes secundárias, a saber : exame físico e anotações dos dados do prontuário do cliente;
2- Associação dos dados e construção do Diagnostico de Enfermagem (DE), de acordo com o NANDA;
3- Prescrição de ações/intervenções de enfermagem afim de alcançar resultados esperados;
4- Elaboração da evolução mostrada pelo cliente nas ultimas 24 horas; 
No cumprimento do PE adotou-se o modelo teórico de Wanda Horta cuja defendia que a atenção do enfermeiro deveria estar direcionada á aplicação da SAE.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 
O resultado será exposto através da sequencia de etapas da aplicação do PE.
Coleta de dados: cliente de 52 anos, do sexo masculino, residente de São Luis. Paciente deu entrada em 28/10/2021 no Hospital de Alta Complexidade do Maranhão-Dr. Carlos Macieira devido a quadro de SRAG por covid-19, fora identificado em exames de imagem estenose traqueal ( >40% ). Foi internado desde o dia 04/11/2021, na UTI do hospital em questão após um procedimento cirúrgico denominado de traqueoplastia.
No dia da coleta de dados: 8° dia após a cirurgia. Ao exame físico: apresentava-se sedado, acamado, capaz de localizar dor após estimulo, normotenso 119/80 mmHg, afebril 36,5°C, eupneico 18 irpm, , mantendo FiO2 de 21% e SpO2 de 98% normocárdico 72 bpm, glicemia com média 119-99 mg/dl, normocorado, com ausência de lesão por pressão. Pupilas encontravam-se mióticas sem fotoreatividade ao estimulo luminoso apresentando abertura somente com estimulo a dor, cavidade oral integra com a presença de sonda nasogástrica entérica, cavidade nasal integra com o auxilio de ventilação mecânica sob traqueostomia, eliminações vesicais e intestinais com diurese mantida 800ml/24 e intestinais com frequência de 0x/24. 
MMSS: pulsos palpáveis, ausência de mobilidade, pele integra sem sinais flogísticos. Toráx simétrico, mamas sem alteração e abdômen plano. Contém a presença de uma sonda vesical de demora e sonda nasogástrica entérica. Apresenta acesso venoso periférico em D recebendo midazolam + fentanil. 
MMSI: pulsos palpáveis, mobilidade apenas com estímulos a dor e simétricos. No quadro 1 será mostrado de forma didática o exame físico realizado.
	EXAME FÍSICO
	SINAIS VITAIS: P.A.:119/80 MMhG PAM:93 MMhG F.C: 72 BPM F.R: 18 IRPM SAT: 98% TAX: 36,5° 
	PESO ATUAL: ---- ALTURA: ------
	
	NIVEL DE CONSCIENCIA: ( ) ORIENTADO ( ) CONFUSO ( ) ALERTA ( ) SONOLENTO ( ) AGITADO ( ) CALMO ( ) TORPOROSO ( ) COMATOSO ( X ) SEDADO ( ) OUTROS: __________
	MOVIMENTAÇÃO: ( ) DEAMBULA ( X ) ACAMADO ( ) RESTRITO AO LEITO ( ) DEAMBULA COM AJUDA
	PELE/TECIDO: ( ) ANICTERICO ( x ) CORADO ( ) ICTERICO ( ) HIPOCORADO ( ) CIANOTICO ( x ) HIDRATADO ( ) DESIDRATADO
CRUZES: ____++______/4+
	CRÂNIO: ( x ) NORMAL ( ) ABAULAMENTO ( ) INCISÃO ( ) LESÃO 
	PUPILAS: ( ) ISOCÓRICAS ( ) ANISÓCORICAS ( ) D › E ( ) E › D
 ( )DISCÓRICAS ( x) MIÓTICAS ( ) MIDRIÁTICAS ( ) FOTOREAGENTES ( x ) NÃO REAGENTES ( ) PUNTIFORME 
	 VISÃO: ( ) ACUIDADE PRESERVADA ( ) ACUIDADE DIMINUIDA ( ) USO DE OCULOS/LENTES
	TORAX: ( x ) SIMETRICO ( ) EXPANSIBILIDADE DIMINUIDA ( ) ASSIMÉTRICO 
	OUVIDO: ( x ) NORMAL ( ) ACUIDADE DIMINUIDA ( ) LADO: ________
	MAMAS: ( x ) SEM ALTERAÇÃO ( ) MASTECTOMIA ( ) SIMETRICA ( ) ASSIMETRICA 
	NARIZ: ( ) NORMAL ( x ) SONDAS 
	SONS PULMONARES: (x ) NORMAL ( ) DIMINUIDOS ( ) ABOLIDOS ( ) ESTERTORES ( ) RONCOS ( ) SIBILOS ( ) CREPTOS 
	CORAÇÃO: ( x ) RITMO ( ) ARRITMO ( ) SOPROS 
	OXIGENAÇÃO: ( ) AR AMBIENTE ( ) CATETER O2 ( ) VM ( ) TOT ( ) MACRO ( )TQT
	BOCA E MUCOSA: presença de SNE
	ABDOMEN: (x ) PLANO ( ) GLOBOSO ( ) ASCITICO 
( )DOLOROSO A PALPAÇÃO ( ) TIMPANICO
	GENITOURINÁRIO: ( ) MICCÇÃO ESPONTANEA (x ) SVD
( ) CISTOSTOMIA ( ) IRRIGAÇAO VESICALELIMINAÇÃO INTESTINAL: ( ) NORMAL ( x ) COSNTIPAÇÃO
( ) DIARREIA ( ) COLOSTOMIA 
	MMSS: (x ) PULSO PALPÁVEL
( ) PARESIA ( ) D ( ) E
( ) EDEMA ( ) D ( ) E
( ) PLEGIA ( ) D ( ) E
	MMII: ( x ) PULSO PALPÁVEL
( ) PARESIA ( ) D ( ) E
( ) EDEMA ( ) D ( ) E
( ) PLEGIA ( ) D ( ) E
 
DIAGNÓSTICO
Deglutinação prejudicada relacionada a problema de comportamento alimentar caracterizado por asfixia. 
Risco de integridade da pele prejudicada relacionada a pressão sobre saliência óssea
Risco de sangramento relacionado à conhecimento insuficiente sobre precauções de sangramento associado a regime de tratamento
Conclusão
Os avanços dos cuidados Intensivos de enfermagem têm possibilitado aumento da sobrevivência dos pacientes com mau prognóstico. Muitos deles exigem ventilação mecânica invasiva prolongada que foi o caso do nosso paciente. Logo atuamos diretamente o P.E no hospital em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: Coleta de dados de enfermagem, diagnóstico de enfermagem; planejamento de Enfermagem; implementação e Avaliação de Enfermagem. Sendo que a presença do tubo traqueal desencadeia todos os fenômenos histológicos de agressão e defesa da mucosa traqueal e de acordo com o tempo de intubação. Lembrando que o tempo de intubação parece favorecer o predomínio de lesões destrutivas e que com certeza na maior parte dos casos sim.	. 
Sendo assim, o tratamento dependerá da extensão e da localização da estenose. É importante destacar em consideração também a causa da estenose e as doenças ligadas que o paciente apresenta. Por muitas das vezes a estenose é passível de resolução cirúrgica, mas as condições clínicas do paciente não permitem. 
O nosso papel como acadêmicos de enfermagem na UTI consiste em obter a história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e medidas, que foi totalmente indispensável para nossa experiência e aprendizado, ressaltando o processo de enfermagem dentro de um hospital, a importância de ter a sistematização e linguagem clara e objetiva e a importância de saber montar e executar uma evolução e diagnósticos 
REFERÊNCIAS 
https://cirurgiatorax.med.br/estenose-de-traqueia/
https://www.scielo.br/

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