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Bacilos Gram-positivos

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MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
Bacilos Gram Positivos 
• Cor roxa/azul 
DIVISÃO DOS BACILOS 
Dividido em dois grupos: 
1. Bacilos grandes: esporulados e toxigênicos 
• Aeróbios: Bacillus 
• Anaeróbios: Clostridium 
2. Bacilos pequenos: não esporulados e aeróbios 
• Toxigênico: Corynebacterium 
• Não toxigênico: Listeria 
BACILLUS ANTHRACIS 
• É uma bactéria esporulada, encontrada no 
solo 
• Cutâneo, pulmonar e gastrintestinal 
• Arma biológica 
• Fator de edema: adenilato-ciclase AMP 
intracelular (extravasamento de fluidos e 
edema) 
• Fator letal: protease que inibe o 
crescimento celular 
• Antígeno protetor: forma poros na 
membrana da célula e promove a entrada 
de exotoxinas 
• É uma zoonose: um animal pode ser 
contaminado e contaminar um ser humano 
• Lesões do antraz cutâneo: pústula maligna, 
úlcera negra, edema, sem dor, podendo 
causar bacteremia e óbito 
• Antraz gastrointestinal: dor, vômito e 
diarreia sanguinolenta (consumo de carne 
mal passada de um animal doente) 
• Antraz por inalação/pulmonar ou doença 
dos tosquiadores de lã: versão mais 
agressiva da bactéria. Sintomas: febre e 
calafrios, incômodo no peito, dificuldade 
para respirar, confusão mental ou tonteira, 
tosse, náusea, vômitos ou dor de 
estômago, dor de cabeça, transpiração 
(muitas vezes excessiva), cansaço extremo 
e dores no corpo → pode evoluir para uma 
mediastinite sanguinolenta, efusões com 
sangue, sepse e óbito 
Diagnóstico 
• Crescimento em placa (até 48hrs) e depois 
corar para identificar os bacilos longos 
• Microscopia: bacilos longos, gram positivos 
• Cultura: ágar sangue, aerobiose e não 
hemolítica 
• Testes rápidos: PCR, ELISA e 
imunofluorescência 
Tratamento e prevenção 
• 1ª escolha: ciprofloxacina 
• 2ª escolha: doxicilina 
• Profilaxia: ciprofloxacina, doxicilina e vacina 
acelular 
• Caso seja identificado antraz em animais 
mortos: incinerar carcaças de animais mortos 
BACILLUS CEREUS 
• Presente no solo e água 
• Contaminação através do contato com 
alimentos (cereais e vegetais) 
• Comum em infecções alimentares 
• Se não for feito o cozimento adequado do 
alimento, o esporo sobrevive 
• Sintomas: enjoo e diarreia 
• São doenças autolimitadas, ou seja, após certo 
tempo de sintomas, elas desaparecem → 
toxinas são liberadas com o vômito ou com a 
diarreia 
• Alimento contaminado → armazenamento 
inadequado → multiplicação 
• Toxina emética: causa crise de vômito maciça, 
após 1-6 horas após o consumo do alimento; 
febre ausente 
• Toxina diarreica: causa diarreia após 8-16 
horas do consumo alimentar; febre ausente e 
diarreia aquosa 
• Tratamento é combater sintomas e promover 
reidratação 
• Não precisa de antibiótico porque os sintomas 
são devido a toxina liberada 
CLOSTRIDIUM 
• Anaeróbios restritos e esporulados 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
• Fazem parte do grupo de bacilos gram 
positivos esporulados 
• Quatro grupos se destacam: 
 
1. Clostridium tetani → causa tétano 
2. Clostridium perfringens → causa botulismo 
3. Clostridium botulinum → causa gangrena 
gasosa ou intoxicação alimentar 
4. Clostridium difficile → causa diarreia crônica 
ou megacólon (comum em quem usa 
antibiótico por muito tempo)
OBS: Morte por botulismo é mais rara que por tétano 
→ tratamento mais rápido 
OBS: Lata amassada: verniz é rompido e libera metal no 
conteúdo do alimento → interfere no pH do alimento, 
pode desesporular o Clostridium e desencadear 
botulismo 
 
 
BACILOS GRAM POSITIVOS NÃO ESPORULADOS 
CORYNEBACTERIUM DIPHTHERIAE 
• Microrganismos em forma de bacilos em 
clavas, em arranjos empaliçadas em V ou L; 
metacromáticos (azuis em grânulos 
vermelhos) e imóveis 
• Causa difteria 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
• No TRS invade células e produz toxina 
polipeptídica 
• Há exsudato fibrinoso, forma 
pseudomembrana rígida, aderente e 
acinzentada que obstrui a laringe e traqueia 
• Causa paralisia do palato mole e faringe, 
desencadeando regurgitação 
• Miocardite e colapso respiratório 
• Também desenvolve lesões cutâneas: Na pele 
invade células e produz toxina polipeptídica; 
úlceras com membranas cinzas; febre, edema 
e dor 
• Contaminação através de perdigotos, 
atacando o trato respiratório superior 
• Diagnóstico, tratamento e prevenção: 
 Coloração de gram + cultura em ágar sangue 
ou com telurito + PCR 
 Antitoxina (rápida) + penicilina G ou 
eritromicina 
 Tem vacina: DTPa (tríplice viral) 
LISTERIA MONOCYTIGENES 
• Microbiota normal de caprinos 
• Microrganismos na forma de bacilos 
pequenos, crescem sob refrigeração 
• Tropismo pela placenta 
• Causa meningite e sepse neonatal: 
 No TGU invade células e produz listeriolisina 
 Transmissão placentária ou durante o parto 
 Pode causar parto prematuro ou aborto 
séptico 
• Em alguns pacientes, há a evolução de uma 
gastroenterite febril: 
 No TGI invade células e produz listeriolisina 
 Atinge gestantes e imunovulneráveis 
 Sintomas comuns: febre, cefaleia, mialgia, 
cólicas abdominais, vômitos e diarreia aquosa 
• Diagnóstico, tratamento e prevenção: 
 Coloração gram + cultivo ágar sangue (β-
hemolítica) + aglutinação 
 Reidratação e sintomático para gastroenterite 
 Não há vacina 
 Evitar consumo de alimentos crus (lácteos)

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