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REVISÃO SAUDE COLETIVA

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ENFERMAGEM NA SAÚDE COLETIVA
1 – A saúde coletiva enquanto disciplina para o profissional de Enfermagem a observação do aluno na coletividade e como parte integrante da comunidade onde vive.
Compreende-se que os serviços de saúde são espaços privilegiados para o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de enfermagem, pois permite o contato com os usuários e profissionais de saúde em situações bastante diversificadas. Por outro lado, esta relação com os estudantes permite aos profissionais refletir sua prática, atualizar e trocar conhecimentos (CREVELIM, 2014).
Ao se contextualizar o estágio supervisionado em Saúde Coletiva à formação em Enfermagem, observa-se uma ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS). A APS, como nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), tem a Estratégia Saúde da Família (ESF) como eixo estruturante. Apesar das dificuldades em sua implementação e consolidação, a ESF tem contribuído para a (re)organização dos serviços, qualificação e humanização do atendimento, buscando assegurar a integralidade da atenção aos indivíduos, famílias e coletividades.
2 – Saúde Coletiva
- Definição 
A Saúde Coletiva é uma área de conhecimento multidisciplinar construída na interface dos conhecimentos produzidos pelas ciências biomédicas e pelas ciências sociais. Dentre outros, tem por objetivo investigar os determinantes da produção social das doenças com o fito de planejar a organização dos serviços de saúde (FIOCRUZ, 2014).
- Comunidade 
A saúde coletiva analisa o processo saúde-doença vigente em uma comunidade segundo o contexto social em que ela está inserida. Desse modo, seu intento não é tratar um indivíduo doente, mas prevenir e evitar que doenças sejam disseminadas no ambiente da comunidade em que vive (GALAN, 2021).
3 – Historia da Saúde
- Breve histórico da Saúde Publica no Brasil
A saúde no Brasil deu início no período colonial, a partir do século XIX, entretanto a assistência à saúde trouxe maior influência com a instrução da prática médica e com a criação de hospitais públicos para acolher doentes que necessitaria de maiores cuidados (RIBEIRO et al., 2010).
- VIII Conferência Nacional de Saúde
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde (SUS) e debateu três temas principais: ‘A saúde como dever do Estado e direito do cidadão’, ‘A reformulação do Sistema Nacional de Saúde’ e ‘O financiamento setorial’ (BRASIL, 2019).
A 8ª foi a primeira conferência que contou com a participação de usuários. Antes dela, os debates se restringiam à presença de deputados, senadores e autoridades do setor. As conferências eram “intraministério”. O Ministério da Saúde convidava pessoas das secretarias e intelectuais, mas os eventos não tinham a dimensão atual.  Arouca, que estava no núcleo do movimento sanitário e na época era presidente da Fiocruz, foi convidado a presidir a 8ª Conferência (BRASIL, 2019).
- Constituição de 1988
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico. Ficou conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida no processo de redemocratização, iniciado com o encerramento da ditadura militar no Brasil (1964–1985). É composta por 250 artigos, sendo a segunda maior constituição do mundo, depois da constituição da Índia. Não é permitido propor emendas que venham a suprimir as Cláusulas Pétreas da Constituição.
- Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990
A Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Esta Lei regula em todo o território nacional as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente, eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado (NOVO, 2019).
A Lei 8.080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. A iniciativa privada participa do Sistema Único de Saúde em caráter complementar (NOVO, 2019).
- Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
A Lei 8.142/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. A referida lei foi promulgada em 28 de dezembro de 1990, abordando parte dos temas vetados na Lei 8.080/90 pelo presidente da época, Fernando Collor de Mello. Regulamentando elementos indispensáveis para a gestão e funcionamento do SUS, junto com a Lei 8.080/90, compõe o bloco das Leis Orgânicas da Saúde.
4 Sistema Único de Saúde
- Definição
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
- Princípios e diretrizes 
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida.
Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função.
Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
- Competência de cada Esfera de Governo Federal, Estadual e Municipal
A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde. Historicamente, o Ministério da Saúde aplica metade de todos os recursos gastos no país em saúde pública em todo o Brasil, e estados e municípios, em geral, contribuem com a outra metade dos recursos. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações.
- Estadual - Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dosparceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território.
- Municipal - São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território.  O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal. Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer.
- Financiamento
O financiamento do SUS é oriundo de recursos financeiros do Orçamento da Seguridade Social, além de recursos da União, dos Estados, dos Municípios e de outras fontes. Esses recursos são administrados em contas bancárias específicas que constituem os Fundos de Saúde e estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos de Saúde e dos Órgãos de Controle.
Em cada esfera de governo existe um Fundo de Saúde, que é o gestor financeiro dos recursos: Na esfera federal, o Ministério da Saúde administra os recursos, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS); Na esfera estadual, os Fundos Estaduais de Saúde (FES) gerenciam os recursos, através das Secretarias Estaduais de Saúde; Na esfera municipal, os Fundos Municipais de Saúde (FMS) são os gestores financeiros, através das Secretarias Municipais de Saúde.
- Organização do SUS a nível loco-regional
Para um Plano de Desenvolvimento Regional torna-se fundamental o desenvolvimento de estratégias para a construção de bases sólidas de governança loco-regional, capazes de fornecer suporte técnico, gerencial e político às políticas de saúde.
- Visão Geral da Rede de Saúde
A Rede de Atenção à Saúde, como o conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde, mediante referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, conforme pactuado nas Comissões Intergestores. São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.
5 – O Processo Saúde Doença
- Conceito de Saúde e Doença
O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores. De acordo com esse conceito, a determinação do estado de saúde de uma pessoa é um processo complexo que envolve diversos fatores.
O processo saúde-doença se configura como um processo dinâmico, complexo e multidimensional por englobar dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais, políticas, enfim, pode-se identificar uma complexa inter-relação quando se trata de saúde e doença de uma pessoa, de um grupo social ou de sociedades.
- Epidemiologia 
No âmbito da promoção da saúde, uma epidemiologia exerce importante papel ao se preocupar não apenas com o controle de doenças e de seus vetores, mas, sobretudo, com a melhoria da saúde da população.
- Objetivos da Epidemiologia
De acordo com a IEA, são três os principais objetivos da epidemiologia: I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas. II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades. III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
6 – Historia Natural da Doença
- A Historia Natural da Doença segundo Leavel e Clarck
História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alteração que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
- Níveis de Atenção à Saúde: Primário, Secundário e Terciário
- Primário - Esse nível é o contato inicial para prevenção e redução de risco de doenças. Neste nível, não há tratamentos complexos ou combate a doenças. Ele trata do contato inicial para promoção de saúde. Para isso, há realização de exames e consultas de rotina, que são importantes para manter uma vida saudável. 
- Secundário - A complexidade do atendimento neste nível é maior e o paciente já entra em contato com profissionais da saúde mais especializados, como cardiologista e oftalmologista. São realizados também exames mais detalhados para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
- Terciário - Geralmente, o paciente foi encaminhado para este nível após passar pelo primário ou secundário. É um atendimento altamente especializado para pacientes que podem estar internados e precisam de cirurgias e exames mais invasivos.
7 – Vigilância em Saúde
Na legislação brasileira vigente, vigilância em saúde (VS) é definida como um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de políticas públicas para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde (BRASIL, 2013).
- Objetivo da Vigilância 
A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde (BRASIL, 2010). 
8 – Definição de Vigilância Epidemiológica
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (BRASIL, 2018). 
- Terminologia Epidemiológica
Ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saúde em populações.
- Doenças de Notificação Compulsória
Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal.
Algumas doenças de notificação compulsória são: Acidentes por animais peçonhentos; Atendimento antirrábico; Cólera; Coqueluche; Dengue; Difteria; Doença Meningocócica e outras Meningites; Doenças de Chagas Aguda; Esquistossomose; Eventos Adversos Pós-Vacinação; Febre Amarela; Hanseníase; Hepatites Virais; Leishmaniose Tegumentar Americana; Leishmaniose Visceral; Leptospirose;Malária; Poliomielite; Raiva Humana; Rubéola; Sarampo; Sífilis Adquirida; Sífilis Congênita; Sífilis em Gestante; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS;Síndrome da Rubéola Congênita; Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); Tétano; Tuberculose; Tularemia; Varíola; e Violência doméstica, sexual e/ou outras violências.
9 – Saneamento Ambiental
O saneamento ambiental é definido como o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar níveis de salubridade ambiental, por meiodo abastecimento de água potável; coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos; promoção da disciplina sanitária do uso do solo; drenagem urbana; controle de doenças transmissíveis e demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de proteger e melhorar as condições de vida urbana e rural. (NUGEM et al. 2016).
- Abastecimento de Água 
O abastecimento de água é o fornecimento de água pelos serviços públicos, organizações comerciais, empreendimentos comunitários ou por indivíduos, geralmente por meio de um sistema de bombas e encanamentos.
- Fontes de Água
As fontes de água potável estão espalhadas pelo mundo e podem ser encontradas na água da chuva, no subsolo, na superfície, em bicas, em reservatórios e em outros lugares. Elas constituem uma unidade fundamental para o sistema ecológico e para o desenvolvimento econômico.
-Doenças Transmitidas pela Água
- Hepatite A - É uma infecção viral transmitida pela via fecal-oral, ou seja, a pessoa precisa ter contato com fezes humanas contaminadas para se contaminar.
- Cólera - É uma infecção causada pela bactéria Vibrio cholerae e se caracteriza por um severo quadro de diarreia aquosa, que pode levar rapidamente à grave desidratação.
- Diarreia infecciosa - Além da cólera e da hepatite A, vários outros germes, incluindo bactérias, vírus e parasitas, podem contaminar águas e os seres humanos que entram em contato com as mesmas. Só para citar alguns: a) Bactérias: Escherichia coli; Salmonella. b) Vírus: Rotavírus. c) Parasitas: Giardia lamblia; Entameba histolytica; Trichuris trichiura.
- Leptospirose - A principal fonte de transmissão da leptospirose são os ratos de esgoto. A infecção pode ocorrer após o consumo de líquidos e alimentos, mas a via principal é pelo contato direto da pele com água contaminados pela urina destes roedores.
- Esquistossomose - A esquistossomose, também conhecida por barriga d’água ou doença do caramujo, é uma infecção causada pelo parasita Schistosoma, que vive em águas contaminadas por fezes e povoadas pelo caramujo.
- Sistemas de Abastecimento de Água
Um sistema de abastecimento de água (SAA) é a infraestrutura responsável pela extração de água ao meio natural, pela adequação da sua qualidade, pelo seu transporte até aos aglomerados urbanos e pela sua distribuição aos consumidores em níveis qualitativos e quantitativos admissíveis (Soares, 2010).
- Sistema de Esgoto
Esgoto é um sistema destinado a escoar e tratar os dejetos dos diversos aglomerados populacionais. O sistema de coleta e tratamento do esgoto são importantes para a saúde da pública, pois evita a contaminação das pessoas e a transmissão de doenças, além de preservar a natureza. O esgoto não tratado contém micro-organismos, resíduos tóxicos, bactérias e fungos.
- Tipos de Esgoto
O esgoto doméstico, que vêm das residências, é destinado para escoamento da água do banho, da lavagem de roupas, de louças e da descarga do vaso sanitário. O esgoto industrial é formado pelos resíduos das indústrias. O esgoto doméstico, assim como o esgoto industrial, necessitam de tratamento em estações próprias, para no fim do processo a água apresentar condições de voltar à natureza. O esgoto pluvial, que coleta a água da chuva é direcionado para as galerias pluviais, que são os sistemas de dutos subterrâneos destinados à captação e escoamento das águas pluviais coletadas pelas bocas coletoras ou sarjetas.
- Limpeza Urbana
A limpeza urbana é considerada um serviço essencial à população, pois está diretamente ligada à saúde pública e ambiental, além de fazer parte dos serviços inseridos no saneamento básico. Ela envolve os serviços de varrição, capina e roçada, poda, coleta de resíduos sólidos, limpeza após feiras livres, bem como a limpeza de bocas de lobo, praias, cemitérios e demais logradouros.
- Remoção do Lixo
O principal objetivo da remoção regular do lixo gerado pela comunidade é evitar a proliferação de vetores causadores de doenças. Ratos, baratas, moscas encontram nos restos do que consumimos as condições ideais para se desenvolverem.
- Poluição Ambiental
Poluição ambiental é o resultado de qualquer tipo de ação ou obra humana capaz de provocar danos ao meio ambiente. É a introdução na natureza de substâncias nocivas à saúde humana, aos outros animais e ao próprio ambiente, que altera de forma significativa o equilíbrio dos ecossistemas.
- Poluição do Solo
A poluição do solo, ou seja, a camada superficial da crosta terrestre ocorre devido os malefícios diretos e indiretos causados pela desordenada exploração e ocupação do meio ambiente, depositando no solo elementos químicos estranhos, prejudiciais às formas de vida microbiológica e sua colaboração em relação às interações ecológicas regulares. As principais causas da poluição do solo são: o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas.
- Poluição da Água 
A poluição da água é a contaminação dos corpos d’água por elementos físicos, químicos e biológicos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana. É uma questão muito séria, já que a água é essencial para a vida humana. Ela representa cerca de 70% da massa do corpo humano e seu consumo é fundamental para a nossa sobrevivência. Podemos sobreviver se ficarmos períodos de até 50 dias sem nos alimentar, porém, não é possível ficar mais de quatro dias sem o consumo de água.
- Poluição do Ar
Poluição do ar é a introdução de qualquer substância que, devido à sua concentração, possa se tornar nociva à saúde e ao meio ambiente. Conhecida também como poluição atmosférica refere-se à contaminação do ar por gases, líquidos e partículas sólidas em suspensão, material biológico e até mesmo energia.
- Poluição Acústica
Poluição sonora é o excesso de ruídos que afeta a saúde física e mental da população. É o alto nível de decibéis provocado pelo barulho constante proveniente de atividades que perturbam o silêncio ambiental. A poluição sonora é considerada crime ambiental, podendo resultar em multa e reclusão de 1 a 4 anos.
- Ações de Enfermagem no Saneamento Ambiental
O Enfermeiro de Saneamento está linha de frente dos profissionais prontos para encarar este combate. A ele cabe a tarefa de educar e orientar a população acerca das regras básicas para prevenção das enfermidades provocadas pela falta de saneamento básico.
10 – Imunização
- Definição
A vacinação é uma das intervenções mais custo-efetivas e seguras, fatores que propiciam tanto a proteção individual como a imunidade coletiva e constitui-se como componente obrigatório dos programas de saúde.
A imunização deve ser entendida como um modificador no curso das doenças, já que apresentam acentuado decréscimo da morbidade e da mortalidade causada pelas doenças infecciosas evitáveis por vacinação. Ela representa o procedimento de menor custo e maior efetividade, que garante a promoção e a proteção da saúde em indivíduos vacinados.
- Representação das Respostas da Imunidade Humoral
Imunidade humoral é uma subdivisão da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por anticorpos. Estes anticorpos são secretados por plasmócitos (células derivadas dos linfócitos B) após detectarem a presença de antígenos, ou após serem estimulados por meio de citosinas liberadas pelos linfócitos T.
- Agentes Imunizantes: Natureza, Composição, Conservação
- Natureza - A vacina é o imunobiológico que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou combinada) sob diversas formas: bactérias ou vírus vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes de agentes infecciosos purificados e/ou modificados quimicamente ou geneticamente.
- Composição - O produto em que a vacina é apresentada contém, além do agente imunizante, os componentes a seguir especificados: a) líquido de suspensão: constituído geralmente por água destilada ou solução salina fisiológica, podendo conter proteínas e outros componentes originários dos meios de cultura ou das células utilizadas no processode produção das vacinas; b) conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substâncias antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento de contaminantes (bactérias e fungos); estabilizadores (nutrientes) são adicionados a vacinas constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes; c) adjuvantes: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar o poder imunogênico de algumas vacinas, amplificando o estímulo provocado por esses agentes imunizantes (toxóide tetânico e toxóide diftérico, por exemplo).
- Conservação - As vacinas precisam ser armazenadas e transportadas de acordo com as normas de manutenção da rede de frio (v. Manual de Rede de Frio, do Ministério da Saúde), as quais deverão ser seguidas rigorosamente. Nenhuma das vacinas deve ser exposta à luz solar direta.
- A pessoa a ser Imunizada
O Programa Nacional de Imunizações tem como objetivo, em primeira instância, o controle de doenças imunopreveníveis através de amplas coberturas vacinais, para que a população possa ser provida de adequada proteção imunitária contra as doenças abrangidas pelo programa. Entretanto, continua sendo comum em nosso país a adoção de falsas contra-indicações à vacinação, apoiadas em conceitos desatualizados, com perda de oportunidade de vacinação durante os encontros da criança ou da família com o serviço de saúde e o conseqüente prejuízo da cobertura vacinal.
- Contra Indicações Gerais
As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não devem ser administradas, a princípio, em pessoas: a) com imunodeficiência congênita ou adquirida; b) acometidas por neoplasia maligna; c) em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores (por exemplo, 2mg/kg/dia de prednisona durante duas semanas ou mais em crianças ou doses correspondentes de outros glicocorticóides) ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc).
- Adiamento da Vacinação
Deve ser adiada a aplicação de qualquer tipo de vacina em pessoas com doenças agudas febris graves, sobretudo para que seus sintomas e sinais, assim como eventuais complicações, não sejam atribuídos à vacina administrada. Também deve ser adiada a aplicação de vacinas em pessoas submetidas a tratamento com medicamentos em doses imunodepressoras, por causa do maior risco de complicações ou da possibilidade de resposta imune inadequada. Como regra geral, a aplicação de vacinas deve ser adiada por um mês após o término de corticoterapia em dose imunodepressora ou por três meses após a suspensão de outros medicamentos ou tipos de tratamento que provoquem imunodepressão. Após transplante de medula óssea, o adiamento deve ser por um ano (vacinas não-vivas) ou por dois anos (vacinas vivas).
- Falsas contra-indicações
Não constituem contra-indicação à vacinação: a) doenças benignas comuns, tais como afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada, doenças da pele (impetigo, escabiose etc); b) desnutrição; c) aplicação de vacina contra a raiva em andamento; d) doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou pregressa, com seqüela presente; e) antecedente familiar de convulsão; f) tratamento sistêmico com corticosteróide durante curto período (inferior a duas semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas ou moderadas; g) alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a componentes de determinadas vacinas; h) prematuridade ou baixo peso no nascimento. As vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, não se justificando adiar o início da vacinação. (Excetuam-se o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com >2kg). i) internação hospitalar - crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta e, em alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para prevenir a infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de permanência no hospital.
- Associação de Vacinas 
A administração de vários agentes imunizantes num mesmo atendimento é conduta indicada e econômica que, além de facilitar a efetivação do esquema, permite, em reduzido número de contatos da pessoa com o serviço de saúde, vacinar contra o maior número possível de doenças. Devem ser consideradas diferentemente a vacinação combinada, a vacinação associada e a vacinação simultânea.
- Eventos Adversos Pós-Imunização
A ocorrência de algum evento adverso após a vacinação (por exemplo, doenças ou sintomas leves ou graves) pode ser causada pela vacina, pois nenhuma delas é totalmente isenta de riscos; com grande freqüência, entretanto, o que ocorre é uma associação temporal entre o sintoma ou a doença e a aplicação da vacina, sem relação de causa e efeito. Por essa razão, prefere-se falar em evento adverso, termo genérico, em vez de efeito ou reação adversa, já que estes últimos termos culpam automaticamente a vacina por tudo o que aconteça após a sua aplicação.
- Calendário Vacinal Infantil 
 
- Calendário Vacinal do Adolescente
 
- Calendario Vacinal do Adulto
 
- Calendário Vacinal do Idoso
 
- Sala de Vacinação
A sala de vacinação é destinada para atividades de imunização, conforme prerrogativas do Programa Nacional de Imunização. Neste ambiente de cuidados primários à saúde, os procedimentos de vacinação devem ser realizados com segurança, visando prevenir infecções relacionadas a assistência a saúde, portanto deve mantê-la sempre organizada e em ordem nas práticas rotineiras de vacinação.
- A equipe de Imunização e funções
A equipe é formada pelo Enfermeiro e Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, sendo fundamental a presença de dois vacinadores por turno de trabalho.
Responsabilidades do Enfermeiro da sala de vacinação - Treinar e supervisionar a equipe do setor; Prover e prever insumos, materiais e impressos necessários ao trabalho diário; Conhecer, controlar e garantir a reposição semanal do estoque de vacinas do setor; Fazer o gerenciamento da Rede de Frio; Realizar notificação e investigação de casos de Eventos Adversos possivelmente relacionados à vacinação; Verificar o prazo de validade dos imunobiológicos e identificação dos frascos; Solicitar mudanças e adaptações para que o ambiente da sala de vacinas tenha adequadas condições de trabalho; Conhecer, avaliar e acompanhar as coberturas vacinais de sua área de atuação; Estar apto (a) a tomar decisões a nível local, na liderança da equipe de enfermagem; Fazer a revisão no arquivo de cartões de controle (cartões espelho) para convocação e busca de faltosos.
Funções da equipe que trabalha na sala de vacinação - Manter a ordem e a limpeza da sala; Prover, periodicamente o estoque regular de material e de imunobiológicos; Manter as condições ideais de conservação dos imunobiológicos; Manter os equipamentos em boas condições de funcionamento; Encaminhar adequadamente os imunobiológicos inutilizados e os resíduos da sala de vacinação; Orientar e prestar assistência à clientela, com segurança, responsabilidade e respeito; Registrar a assistência prestada nos impressos adequados; Manter o arquivo em ordem; Avaliar, sistematicamente, as atividades desenvolvidas.
- Procedimentos na sala de Vacinas
Ao iniciar as ações específicas de vacinação atentar para os seguintes quesitos: Verificar se a sala está limpa e em ordem; Ligar o aparelho de ar condicionado; Verificar a temperatura dos equipamentos de refrigeração e anotar no mapa temperatura; Separar os cartões controle das pessoas com vacinação aprazada ou consultar o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização – SI-PNIWEB; Higienizar as mãos; Organizar a caixa térmica, certificando se está limpo, avaliar se o termômetro está em condições funcionais adequadas; Retirar do equipamento de refrigeração as vacinas junto aosseus diluentes, caso tenha, conforme demanda da unidade de saúde, considerando também os aprazados para o dia; Organizar as vacinas com os seus respectivos diluentes na caixa térmica, cuja temperatura interior deverá ser mantida entre +2ºC e +8ºC. Rotular as vacinas com data de abertura e horário. Respeitar o prazo de validade após aberto, segundo recomendações do laboratório produtor; Organizar a mesa de trabalho com os impressos necessários.
- Cuidados com os Imunobiológicos
Os imunobiológicos para conferirem proteção necessitam estar em condições adequadas de armazenamento e conservação, para tanto, faz-se necessário que sejam conservados em equipamentos de refrigeração exclusivo com temperatura entre +2ºC e +8ºC, preferencialmente +5ºC. Estudos evidenciam que vacinas que tenham em sua composição hidróxido de alumínio, em hipótese alguma podem sofrer temperaturas negativas, pois terá prejuízos na imunogenicidade da mesma e perda de potência. A conservação dos imunobiológicos, conforme recomendações do PNI é um cuidado imprescindível que os profissionais da sala de vacinação devem ter e, requisito importante para vacinação segura.
- Rede de Frios
A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de recebimento, armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
- Organização de Refrigerador tipo Domestico 
Acondicionar no refrigerador apenas imunobiológicos do PNI; Instalar em ambiente climatizado, distantes de fontes de calor, sem incidência da luz solar direta, nivelado e afastado 15 cm da parede; Usar tomada exclusiva e a 1,30 m de altura do piso para cada equipamento (NBR 5410 – instalações prediais elétricas de baixa tensão); Colocar o equipamento sobre suporte com rodinhas para evitar a oxidação das chapas da caixa em contato direto com o piso úmido e facilitar sua limpeza e movimentação; Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no início da jornada de trabalho, no início da tarde e no final do dia e anotar no mapa de registro diário de temperatura; Abrir a porta somente para acondicionamento e retirada de imunobiológicos ou bobinas de gelo reutilizável; Fazer degelo a cada 15 dias ou quando a camada de gelo atingir 0,5 cm e limpar o equipamento conforme os procedimentos recomendados.
- Caixa Termica
Na sala de vacinação, recomenda-se o uso de caixa térmica de poliuretano com capacidade mínima de 12 litros. Colocar as bobinas reutilizáveis ambientadas (0ºC) no fundo e nas laterais internas da caixa; Posicionar o sensor do termômetro no centro da caixa, monitorando a temperatura até atingir o mínimo de + 1ºC; Acomodar os imunobiológicos no centro da caixa em recipiente plástico para melhor organização e identificação; IMPRESCINDÍVEL O MONITORAMENTO CONTÍNUO DA TEMPERATURA; – Trocar as bobinas reutilizáveis sempre que necessário; Manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distantes das fontes de calor; Retornar as bobinas para congelamento; Lavar e secar cuidadosamente as caixas, mantendo-as abertas até que estejam completamente secas; Guardá-las abertas e em local ventilado.
- Limpeza do Refrigerador 
Realizar a limpeza da superfície interna das câmaras a cada 30 dias (mensalmente) ou conforme o uso, segundo orientação do fabricante; Transferir os imunobiológicos para outro refrigerador ou caixa térmica em temperatura +2º C a +8º C; Após desligado, realizar a limpeza utilizando pano umedecido com sabão neutro, depois pano umedecido com água e pano seco. Lembrando que a limpeza com o pano deve ser feito em sentido único; Ligar o refrigerador, recolocar o termômetro. Aguardar estabilizar a temperatura e colocar os imunobiológicos; NÃO REALIZAR LIMPEZA PRÓXIMO AOS FINAIS DE SEMANA E FERIADOS.
- Controle de Temperatura 
O controle da temperatura nas câmaras refrigeradas ocorre por meio de termômetro específico. A temperatura dos refrigeradores domésticos requer ser monitorada diariamente e anotado no mapa de temperatura.
- Situações de Emergência
Regiões Frias (Risco de congelamento): Armazenamento incorreto, bobinas de gelo em excesso ou ausência de climatização; 
Regiões Quentes (Elevação de temperatura): Inexistência do gerador, bobinas de gelo insuficientes. Os equipamentos de refrigeração podem não funcionar por vários motivos. Para evitar a perda dos imunobiológicos é necessário adotar algumas providências. 
Falta de Energia Elétrica: Manter o equipamento fechado e monitorar rigorosamente a temperatura interna com termômetro de cabo extensor, no prazo máximo de 8 h (se o refrigerador estiver em boas condições) ou monitorar no máximo por 2 h se a temperatura estiver próxima de +8º C; Se a energia não se restabelecer ou se a falha não for corrigida, transferir os imunobiológicos para outro equipamento com temperatura adequada (refrigerador ou caixa térmica). O serviço de saúde deve dispor de bobinas de gelo reutilizável congeladas para uso no acondicionamento de emergência dos imunobiológicos em caixas térmicas;
O que fazer quando acontecem falhas na Central Municipal de Rede de Frio (CMRF): Preencher o formulário padronizado “Relatório de Desvio da Qualidade com Alteração de Temperatura”, com os dados obtidos anteriormente; Enviar o relatório para a Gerência de Imunizações e Rede de Frio/coordenação Gerencial de Imunobiológicos/SUVISA/SES, para avaliação.
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