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SEMINÁRIO DE FISIOLOGIA - Digestão e metabolismo DOS RUMINANTES -

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1 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em Zootecnia - Turma 2143 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO DE FISIOLOGIA DOS RUMINANTES 
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS, CARBOIDRATOS, E LIPÍDIOS. 
 
 
 
 
DISCENTE: HALANNA DENISE SOUZA SANTANA 
 
ORIENTADOR: RODOLFO DE MORAES PEIXOTO 
 
 
 
 
 
 
 
Petrolina-Pe, 
2021 
 
2 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em Zootecnia - Turma 2143 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO DE FISIOLOGIA DOS RUMINANTES 
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS, CARBOIDRATOS, E LIPÍDIOS. 
 
 
 
DISCENTE: HALANNA DENISE SOUZA SANTANA 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
Petrolina-Pe, 
2021 
 
SUMÁRIO 
 
 
Trabalho apresentado á turma técnica de 
Zootecnia do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, 
como requisito á conclusão da matéria de 
Fisiologia e Anatomia Animal, sob a orientação do 
Professor Rodolfo de Moraes Peixoto. 
3 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO................................................................................ 3 
2. DIGESTÃO DOS RUMINANTES.................................................... 4 
2.1. PRINCIPAIS FATORES DA DIGESTÃO............................. 5 
2.2. REPRESENTAÇÃO DE IMAGENS...................................... 6 
2.3. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA.................................. 7 
3. DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS....................................................... 8 
3.1. PRINCIPAIS FUNÇÕES...................................................... 9 
3.2. DIGESTÃO E ABSORÇÃO................................................ 10 
3.3. COMO OCORREM............................................................. 11 
4. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS............................................ 12 
4.1. PRINCIPAIS FUNÇÕES..................................................... 13 
4.2. DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
 COMO ACORREM................................................................ 14 
5. DIGESTÃO DOS LIPIDIOS.............................................................. 15 
5.1. DIGESTÃO E ABSORÇÃO................................................... 16 
5.2. COMO ACORREM................................................................. 17 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................. 18 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................. 19 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
O Presente Trabalho faz parte do seminário de Fisiologia do curso técnico em Zootecnia, e 
tem como objetivo falar sobre o processo de digestão dos animais ruminantes, ressaltando 
precisamente as incríveis atividades bioquímicas que ocorrem em cada fase, assim as etapas 
foram divididas da seguinte forma; Digestão das Proteínas, Digestão dos Carboidratos, e 
Digestão dos Lipídios. 
 São objetivos deste trabalho, especificar as funções e interações dos agentes responsáveis 
por esse processo de digestão e absorção dos nutrientes, e direcionar quanto aos fatores 
positivos resultantes da eficiência dos mesmos, assim como, os fatores negativos resultantes 
da negligencia no manejo durante esse processo. 
Foi organizado em 4 partes fundamentais; Principais Fatores da Digestão/ Principais 
Funções/ Como Ocorre/ e Considerações Finais, sobre cada uma das etapas já citadas. 
Afim de, discorrer sobre esse tema tão extenso de forma abrangente e mais clara possível, 
foi utilizado um padrão de informação esquemática. No segundo capitulo Principais Fatores 
da Digestão, contém imagens ilustrativas representando o processo. No terceiro capitulo 
Digestão das Proteínas, representa-se por nome os agentes responsáveis pela absorção das 
proteínas. 
No quarto capitulo Digestão dos Carboidratos, mostra os agentes responsáveis pela absorção 
das proteínas e suas atividades, com ajuda de imagens. No quinto capitulo Digestão dos 
Lipídios, fala sobre todos agentes responsáveis pela absorção dos Lipídios, e com auxilio de 
imagens representa-se suas ações. 
No sexto capitulo consta impressões pessoais, que ressaltam á importância do conhecimento 
sobre esse processo. 
A metodologia utilizada foram pesquisas bibliográficas, enriquecido com algumas palestras 
e vídeo aulas de professores do ensino de pós-graduação em Zootecnia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
DIGESTÃO DOS RUMINATES 
 
Os animais Ruminantes são os Mamíferos Herbívoros, eles possuem estomago poligástrico 
que se divide em; Rúmen, Omaso, Abomaso e Retículo, por essa razão, eles conseguem fazer 
o processo de remastigação dos alimentos, a Ruminação. Essa característica é extremamente 
importante para que eles consigam comer o suficiente, e criar a energia necessária que 
mantem a grande massa corpórea que tem. 
Aparentemente esse processo acontece de maneira simples, mas não é. O processo ocorre da 
seguinte maneira; Começa pela mastigação do alimento, após a mastigação acontece a 1º 
deglutição, quando o alimento mastigado é enviado para o Rúmen. 
 No Rúmen, microrganismos que vivem dentro do próprio órgão farão a fermentação desse 
alimento degradando-os, logo esse alimento vai para o Retículo para continuar a degradação 
que não pode ser feita na cavidade anterior, afim, de extrair e distribuir os nutrientes. 
Em seguida, o alimento que não pôde ser degradado nessas duas etapas, é regurgitado, volta 
para a boca, assim será remastigado, depois disso acontece a 2º deglutição e o alimento é 
enviado para o Omaso, que fará a seleção do alimento para que seja direcionado ao Abomaso. 
 Esse, considerado o estomago verdadeiro, onde há ácido clorídrico e pepsinogênio e tem o 
pH fisiológico de 3, fazendo a digestão do substrato que já foi anteriormente degrado nos 
outros compartimentos, para que chegue até o intestino. 
 Nesse processo de ruminação, a grande câmara de fermentação, o estomago poligástrico, 
conta com a ajuda de uma grande população de microbiana, que ajuda na produção de três 
nutrientes primordiais para a saúde do animal; Proteínas, Carboidratos, e Lipídios. Vamos 
falar sobre como tudo isso acontece. 
 
6 
 
PRINCIPAIS FATORES RESPONSÁVEIS PELA DIGESTÃO 
 
 
 
• Fatores mecânicos - mastigação, deglutição, regurgitação, motilidade gástrica e 
intestinal e defecação. 
 
• Fatores secretórios - atividades das glândulas digestivas. 
 
 
• Fatores químicos - enzimas, e substâncias químicas (ex: HCl), produzida pela mucosa 
gástrica. 
 
• Fatores microbianos - atividades secretoras dos microorganismos (bactérias, 
protozoários, fungos) presentes no estômago e intestino. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
BOCA
APREENSÃO MASTIGAÇÃO
FATORES MECÂNICOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES SECRETÓRIOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUIMÍCOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES MICROBIANOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEGLUTIÇÃO
FARINGE ESOFÂGO
DIGESTÃO
ESTOMÂGO INTESTINO
INSTESTINO
ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS
INSTESTINO (porcção final: ânus)
EXPULSÃO DOS ALIMENTOS
9 
 
 PROTEÍNAS 
 
 As proteínas são substâncias complexas, de natureza coloidal e peso molecular elevado, elas 
são constituídas por aminoácidos. Muitas encerram enxofre, algumas, ferro e fósforo, estes 
são produtos finais da hidrolise, quando as proteínas são fervidas durante muitas horas com 
ácidos fortes ou quando atuadas por enzimas próprias. 
 Por tanto na digestão dá-se também o seu desdobramento até os aminoácidos, que são as 
unidades de absorção. A proteína forma o principal constituinte do organismo do animal, 
sendo, pois, indispensável para o crescimento, reprodução e a produção. 
A Degradação Ruminal da Proteína Fornece substrato para as bactérias fibrolíticas (NH3 e 
AGCR), bem como 1/3 dos compostos nitrogenados necessário às bactérias fermentadoras de 
CHO não estruturais, e Síntese de proteína microbiana (principal fonte de aminoácidos 
essenciais absorvido no ID para ruminantes). 
 Entretanto os ruminantes apresentam exigências protéicas mais simples que os suínos e 
aves, isto se verifica porque as bactérias e outros microorganismos existentesno rúmen, no 
ceco e intestino grosso elaboram, a partir das formas mais simples de nitrogênio, as proteínas 
que constituem suas células. 
 Posteriormente esses microorganismos morrem e são digeridos, sendo suas proteínas 
aproveitadas pelo organismo do animal, as quais proporcionam todos os aminoácidos 
essenciais. É por este motivo que para os ruminantes, a qualidade das proteínas de seus 
alimentos é considerada de menos importância; mesmo a uréia, que é um composto 
nitrogenado simples, poderá substituir parte das proteínas doa alimentos para bovinos. 
 Os bezerros, contudo, durante as primeiras semanas de vida, em virtude de não apresentarem 
o rúmen ainda desenvolvido, necessitam receber proteínas de alta qualidade. Uma outra razão 
pela qual, para os ruminantes a qualidade da proteínas não tem muita importância, reside no 
fato deles se alimentarem principalmente de forragem volumosa (pastagem, fenos, silagens e 
verde), que apresentam proteínas de qualidade superior à dos cereais e subprodutos, que 
constituem a base da alimentação de suínos e aves. 
 
10 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES: 
 
• ESTRUTURAL; 
 
 Formação dos tecidos: Os órgãos e a maioria dos tecidos são formados 
principalmente por substâncias protéicas, cuja função nenhuma outra substancia pode 
exercer. Além disso, pele, pêlos, penas, unhas, chifres e músculos são constituídos quase que 
exclusivamente de proteínas. 
 
 Manutenção e reparo: As proteínas são necessárias, não somente para a construção 
dos tecidos novos, mas também para renovação dos mesmos, com necessidades que variam 
segundo o estagio de desenvolvimento e a categoria do animal dentro da espécie. 
 
• FONTE DE ENERGIA: As proteínas atuam como fonte de energia quando em excesso, 
ou quando faltam os carboidratos e gordura, que representam o material combustível do 
organismo. 
 
 
• REGULAÇÃO DO METABOLISMO; 
 
 Secreções Glandulares: Muitos hormônios e enzimas são materiais protéicos ou 
contem resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura. É o caso da pepsina 
e tripsina. A insulina possui, pelo menos, nove (9) aminoácidos. A tiroxina nada mais é do que 
um aminoácido iodado. A adrenalina tem como substância fundamental a tirosina. 
 
 Desintoxicação do organismo: Durante o metabolismo há produção de ácido 
benzóico, que seria bastante tóxico para o próprio organismo se não houvesse uma 
combinação sua com a glicina produzindo o ácido hipurico, que não é tóxico. 
 
• MECÂNISMO DE DEFESA: A proteína desempenha uma importante função no 
mecanismo de defesa pela formação de anticorpos imunoglobulinas. 
 
• BALANÇO DE FLUÍDOS: A manutenção do equilíbrio ácido-base tem a participação 
das proteínas. A albumina sérica tem poder tamponante neste sistema. 
 
• GENÉTICA: Formação de nucleoproteínas. 
 
• TRANSPORTE: Hemoglobina, mioglobina e globulinas. 
 
11 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO; 
 
Existem duas formas de digestão; 
 
➢ MICOBRIANA NO RÚMEN 
 
 
 
 
 
➢ ENZIMÁTICA NO ABOMASO 
 
 NO INTESTINO 
 
 
MICROORGANISMOS QUE PARTICIPAM; 
 
BACTÉRIAS 
 
• Bacteroídes Amylophilus 
• Bacteroídes rumínicola 
• Selemona ruminatum 
• Butyribrio fibrisolvens 
• Succinovibrio sp 
• Borelia sp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COMO OCORREM; 
• BACTÉRIAS; 50% atividade proteolíticas 
 
• PROTOZOÁRIOS 
Suco Gástrico 
Suco Pancreático / Enzimas Intestino 
 
12 
 
 
As proteínas oriundas da dieta são degradadas pelos microorganismos do rúmen até 
aminoácidos, que posteriormente serão reutilizados pelas bactérias para sintetizar suas 
próprias proteínas. A concentração e degradação ruminal das proteínas variam amplamente de 
acordo com o tipo de alimento ingerido; Plantas leguminosas apresentam maior teor protéico 
do que gramíneas, e proteínas de alimentos de origem vegetal são amplamente degradadas 
quando comparadas as de origem animal (McDonald, 1995). 
A ureia endógena e exógena é rapidamente hidrolisada no rúmen à amônia e dióxido de 
carbono através da ação de enzimas que são secretadas pelos microrganismos ruminais. 
Segundo Santos e Pedroso (2011) a amônia liberada é absorvida pelos microrganismos para 
síntese de aminoácidos e proteínas, necessários para seu crescimento e multiplicação. 
 Entretanto, a velocidade de hidrolise da ureia excede à taxa de utilização de amônia para a 
síntese microbiana, devido à menor taxa de digestão e fermentação dos carboidratos pela 
microbiota em relação a hidrolise de ureia. De acordo com Santos (2006), nesse processo, a 
disponibilidade de energia, deve estar em proporção adequada, necessitando ser fornecida na 
ração uma fonte de carboidrato não fibroso (CNF), para que seja degradado em sincronização 
com a proteína e/ou ureia. 
Por consequência, a velocidade de degradação dos CNFs e das proteínas e/ou ureia tem 
impacto sobre a eficiência de fixação do nitrogênio pelos microrganismos. Portanto, quando 
ocorre excesso de amônia no rúmen, esta é levada ao fígado, onde é convertida em ureia na 
mitocôndria dos hepatócitos, através do “ciclo da ureia”, vai para a circulação sanguínea, uma 
parte é eliminada na urina e outra parte retorna ao rúmen através da saliva e principalmente 
via difusão pela parede ruminal. 
Esse constante processo é conhecido como reciclagem da ureia e garante um aporte de 
nitrogênio no rúmen para síntese de proteína microbiana, importante em rações deficientes em 
N ou em rações desbalanceadas em proteínas e carboidratos (VALADARES FILHO; 
OLIVEIRA, 2010). 
 
13 
 
CARBOIDRATOS 
A maior fonte de energia para os ruminantes são os carboidratos contidos nas pastagens, 
sendo os mais importantes a celulose, hemicelulose e frutose. O rúmen é responsável por 90 a 
100% da digestão dos carboidratos solúveis e ácidos orgânicos, entre 60 e 90% da digestão da 
celulose e hemicelulose, dependendo do grau de lignificação da forragem. 
Dietas ricas em carboidratos estruturais, como as consumidas por ruminantes em pastejo, 
tendem a apresentar uma fermentação na qual a relação acético:propiônico é maior do que a 
observada com dietas ricas em amido e açúcares simples, como as utilizadas para animais em 
confinamento. 
 As alterações na proporção molar dos AGV no líquido ruminal, decorrentes de práticas de 
manejo alimentar tais como a suplementação, tem sérias implicações sobre o ambiente 
ruminal (pH e amônia) e conseqüentemente sobre as bactérias que digerem a fibra contida nas 
forragens. 
 
Os carboidratos presentes nas plantas podem se dividir nos seguintes componentes: 
 
Carboidratos pertencentes ao conteúdo celular: 
• Ácidos orgânicos • Monossacarídios e oligossacarídios • Polímeros de natureza amilácea 
• Frutanos (polímeros de frutose) – Inulina 
 
 Carboidratos estruturais, ou pertencente à parede celular: 
• Substâncias pécticas (polímeros de ác. galacturônico, arabinose e galactose) 
• Galactanos • Β-Glicanos • Hemicelulose • Celulose 
 
Bactérias fermentadoras de carboidratos estruturais (celulolíticas ou fibrolíticas): 
Principais espécies celulolíticas: 
• Ruminococcus flavefaciens 
• Ruminococcus albus 
• Fibrobacter succinógenes 
 
 Principais produtos produzidos: 
• Acetato, propionato, butirato, succinato, formato, CO2 e H2. Também são liberados etanol e 
lactato. 
• Butyrivibrio fibisolvens – Fermenta tanto celulose quanto hemicelulose. 
 
Bactérias fermentadoras de carboidratos não estruturais (amilolíticas e pectinolíticas): 
• O amido é fermentado por espécies do gênero Bacteroides. 
• Bacteróides amylophilus; Utiliza amido/ Incapaz de utilizar glicose ou outros 
monossacarídeos 
• Streptococcus bovis 
• Selenomonas ruminantium 
• Microorganismos fermentadores de pectina 
• Lacnospira multiparus 
Streptococcus bovis e outras espécies celulolíticas 
14DIGESTÃO E ABSORÇÃO, COMO OCORREM; 
 
 Dentro do rúmen, os carboidratos são fragmentados em açúcares simples (hexoses) 
mediante a atividade das enzimas secretadas pelas bactérias celulolíticas (celulases). Estes 
açúcares resultantes são utilizados intracelularmente pelos microrganismos para produzir 
energia e outros substratos necessários a sua mantença e crescimento. 
 Como resultado desta atividade metabólica, são geradas grandes quantidades de CO2, CH4 
e AGV. Em ruminantes consumindo apenas volumoso, a fermentação ruminal origina 
misturas de AGV que molarmente apresentam as seguintes proporções: 60 a 72% de ácido 
acético, 15 a 23% de ácido propiônico e 12 a18% de ácido butírico, sendo que as variações 
observadas nestas proporções são decorrentes do tipo e qualidade de dieta. 
 Aproximadamente 90% dos AGV produzidos são absorvidos por difusão através do rúmen-
retículo e os 10% restantes são produzidos e absorvidos no ceco e intestinogrosso. Dos AGV, 
acético e propiônico são absorvidos sem sofrem 2 modificações e metabolizados no fígado. O 
ácido butírico quando absorvido na parede ruminal é transformado em β-hidroxibutirato, 
forma na qual é metabolizado pelo fígado. 
 Os substratos alimentícios são submetidos à fermentação bacteriana. 
• Polissacarídeos são convertidos à suas subunidades básicas (monossacarídeos). 
• Glicose é convertida em ácidos graxos voláteis (ácido graxos com menos de 5 carbonos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
LIPÍDIOS 
 Os lipídeos são compostos solúveis em solventes orgânicos como éter e clorofórmio e 
insolúveis em água, sua estrutura básica é um grupo glicerol (um açúcar de 3 carbonos) e três 
ácidos graxos. 
 Na natureza são encontrados principalmente nas folhas e sementes dos vegetais, eles 
aumentam a capacidade de absorção de vitaminas lipossolúveis, desempenham o papel de 
fornecer energia as vacas e também atuam com 50% da gordura presente no leite. 
 Os lipídeos, ao contrário dos carboidratos, não são fermentados no rúmen e, portanto, não 
produzem calor. Dessa forma podem ser adicionados à dieta como estratégia na redução do 
estresse térmico, principalmente no verão. 
 Com isso se evitam problemas de acidose ruminal e balanço energético negativo 
principalmente no pós-parto e em casos de calor muito intenso. Mesmo com o baixo teor de 
gordura que os vegetais apresentam em uma dieta exclusiva a pasto, os ruminantes são 
capazes de suprir sua demanda por ácidos graxos essenciais. 
 Os ácidos graxos presentes nas plantas contêm de 14 a 18 carbonos, no caso dos ruminantes 
os dois ácidos graxos que não são sintetizados no organismo e que precisam estar nos 
alimentos são: 18:2 n-6 (ácido linoleico) e 18:3 n-3 (ácido linolênico), pois não são 
sintetizados no organismo. 
16 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO; 
A digestão e absorção dos lipídios são divididos em 4 fases: 
 
• Emulsificação 
• Hidrólise 
• Formação de micelas 
• Absorção de micelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
COMO OCORREM; 
 
 Os lipídeos quando entram no rúmen fazendo parte dos constituintes vegetais terão sua 
liberação conforme vai ocorrendo o processo fermentativo dos demais componentes como 
carboidratos, proteínas e fibra. Como não sofrem processo de fermentação, poderá em 
algumas situações passarem sem grandes alterações pelo rúmen, mas grande parte destes 
sofrerá ação por parte das bactérias ruminais num processo chamado de hidrólise e outro 3 
denominando biohidrogenação. 
 Esses eventos ocorrem em sequência sendo primeiro a hidrólise e posteriormente a 
biohidrogenação. 
 Os lipídeos que são liberados no rúmen a partir dos alimentos, estão na forma esterificados 
(ligações éster) tais como: triglicerídeos das sementes, fosfolipídeos e galactolipídeos das 
folhas vegetais. A partir dessa exposição ao meio eles são rapidamente hidrolisados por ação 
das enzimas lipases bacterianas e com pouca contribuição por parte dos protozoários do 
rúmen, fungos ou saliva e lipases das plantas. 
 A hidrólise dos lipídeos é extracelular, e o glicerol e os açúcares que são liberados são 
rapidamente fermentados a ácidos graxos voláteis (AGV). Embora a extensão da hidrólise 
seja geralmente alta (>85%), um número de fatores que afetam a taxa e a extensão desse 
processo tem sido identificado. 
 Como exemplo tem que a extensão da hidrólise é reduzida quando o nível dietético da 
gordura é aumentado, ou quando outros fatores como baixo pH ruminal e o uso de ionóforos 
inibem a atividade e o crescimento bacteriano. Portanto, a partir da liberação do glicerol 
estarão no líquido ruminal ácidos graxos de cadeia longatais como os ácidos graxos oléico, 
linoléico e linolênico 
 A formação de micelas é essencial para a absorção dos lipídeos pelas células intestinais, 
para o qual é necessária a mistura de bile, secretada pelo fígado e pâncreas, com enzimas e 
bicarbonato. Assim, os fosfolipídeos são absorvidos e digeridos no intestino delgado. 
 Os ácidos graxos presentes no intestino são provenientes na maioria da glicose sanguínea, se 
encontrando ligados ao glicerol para a formação de triglicerídeos. Tanto os triglicerídeos 
como o colesterol, alguns ácidos graxos livres e outras substancias lipídicas são recobertas por 
proteínas para a formação de lipoproteínas, também conhecidas por quilomicrons ou 
lipoproteínas de baixa densidade. 
 Dentre as lipoproteínas estão os quilomícrons (QM) que transportam triglicerídeos do 
intestino para o fígado, lipoproteínas de muito baixa densidade conhecidas por VLDL que 
efetuam o transporte dos triglicerídeos do fígado para o tecido adiposo, lipoproteínas de baixa 
densidade (LDL) que levam o colesterol do fígado para as células do corpo, lipoproteínas de 
alta densidade (HDL) que recolhem o colesterol dos tecidos do corpo, e transportam de volta 
para o fígado e lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) que atuam como 
intermediários entre VLDL e LDL. 
 Para adentrar a corrente sanguínea as lipoproteínas entram nos vasos linfáticos seguindo 
para o ducto torácico onde se encontra a junção do sistema linfático e circulatório. Os lipídeos 
que são absorvidos entram na circulação sem uma prévia metabolização hepática, diferente do 
que ocorre na maioria dos outros nutrientes. 
 
18 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS; 
 
 Compreende-se que o tema em discussão no presente trabalho, é extremamente complexo, e 
de difícil aprendizagem. O conteúdo é extenso, uma vez que falamos sobre a Digestão de 
Ruminantes, dentro dos passos da bioquímica, temos diversos componentes químicos e 
biológicos responsáveis por um processo que parece tão curto, visto superficialmente. 
 Com tudo, toda a pesquisa sobre o tema, para trazer detalhes e exemplificações visuais desse 
processo, nos mostrou a dimensão do sistema fisiológico desses animais, e a importância 
desse tamanho conhecimento para o nosso trabalho dentro da Zootecnia. 
 Todo o conhecimento adquirido durante o presente trabalho, nos faz entender que, a digestão 
e absorção desses nutrientes, são bases para se desenvolver de forma eficiente o manejo e 
projeto de nutrição dos animais. 
 Desse modo, fica claro que, ainda se tem muito para ser pesquisado e estudado, afim de criar 
melhorias na produção e reprodução desses animais. 
 
19 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
Sistema Digestório dos Ruminantes; Acessado em 04/11/21. Disponível em: 
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_
Bio/seminarios/seminario_ruminantes.pdf 
 
LOUREDO, Paula. Mundo dos Ruminantes: Acessado em 03/11/21. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/digestao-dos-ruminantes.htm 
 
Metabolismo Nitrogenado: Diferenças entre Ruminantes e Monogástricos. Acessado em 
04/11/21. Disponível em: https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-
content/uploads/2015/07/nitrogenado_rumin_mono.pdf 
 
OIVEIRA, E. R. Digestão de lipídeos em ruminantes:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011. 
Disponível em: http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/elio_lipid_rumin.pdf .Acesso em 21/04/14. 
 
ALVES, J. P. Digestão em ruminantes: Agrônomo: USP São Paulo, 2014. Disponível em: 
https://www.slideplayer.com.br/slide/1222866/. 
 
Nutrição de Ruminantes, Principios gerais. Acessado dia 02 /11/21. 
Disponivel em: http://professor.pucgoias.edu.br 
 
 
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/elio_lipid_rumin.pdf%20.Acesso%20em%2021/04/14
Nutrição%20de%20Ruminantes,%20Principios%20gerais.%20%20Acessado%20dia%2002%20/11/21.Disponivel%20em:%20http:/professor.pucgoias.edu.br 
Nutrição%20de%20Ruminantes,%20Principios%20gerais.%20%20Acessado%20dia%2002%20/11/21.Disponivel%20em:%20http:/professor.pucgoias.edu.br 
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