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QUEIMADOS

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1 
 
NEMOEL ARAUJO NUTRIÇÃO CLINÍCA 
 
 
Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos decorren-
tes de um trauma de origem térmica, química, radioa-
tiva ou elétrica, capazes de destruir diversas camadas da 
pele, além de, na medida de sua gravidade, causar lesões 
em músculos, tendões, vasos, nervos, inclusive os-
sos. 
Pele normal: 
 
Gravidade: 
Idade 
Extensão e local da área corporal afetada 
Tempo de exposição ao agente agressor 
Presença de lesão em outros componentes corporais 
Acometimento da via respiratória 
Comorbidades preexistentes 
Consequências: 
- Alterações metabólicas - cicatrização 
- Alterações hemodinâmicas 
- Alterações funcionais 
- Alterações emocionais/psicológicas 
Tipos: 
- Térmicas: 
Escaldaduras 
Por exposição a chamas 
Por explosões 
Por contato 
- Químicas 
- Elétricas 
SINAIS E SINTOMAS DAS QUEIMADURAS: 
 
 
QUEIMADURA DE 1º GRAU 
Lesões que atingem apenas a superfície da pele, ou seja, 
apenas a epiderme. 
Eritema, eventualmente edema superficial 
Ex: exposição solar 
 
QUEIMADURA DE 2º GRAU 
2 
 
Queimaduras com maior grau de gravidade . Atingem epi-
derme e derme 
Presença de bolhas e causam dor grave 
 
QUEIMADURA DE 3º GRAU 
Destroem a epiderme e toda a derme e às vezes são 
ainda mais profundas, comprometendo estruturas muscu-
lares e ossos. 
Área afetada apresentando um aspecto seco, semelhante 
ao do couro, ou carbonizado, ou ainda um aspecto mar-
móreo. 
Destruição dos nervos  ausência de dor 
 
 
 
QUEIMADURA DE 4º GRAU 
Alguns autores classificam as queimaduras causadas por 
eletricidade como de 4º grau 
 
 
RESPOSTA AO TRAUMA 
• Adaptação metabólica do organismo (res-
posta sistêmica) 
 ↑ Perda de proteínas 
 ↑ Metabolismo energético 
FASES DA RESPOSTA SISTÊMICA 
• Refluxo (EBB Phase) 
 
 ↓ Metabolismo 
 ↓ Débito Cardíaco 
 ↓ Consumo de O2 
 ↓ Taxa metabólica basal 
 
 Fluxo ou Hipermetabólica (FLOW Phase) 
• Catabolismo acentuado 
• Maior consumo energético 
• Aumento do consumo de O2 
• Aumento do débito cardíaco 
 
 O hipercatabolismo será proporcional à intensi-
dade da lesão. 
Fisiopatologia: 
 
 
3 
 
Extravasamento de Plasma (Eletrólitos , Proteínas e 
etc): 
 
Os pacientes queimados apresentam algumas carac-
terísticas específicas: 
- Perdas cutâneas de líquidos por exsudação, que 
contêm grandes quantidades de proteínas, mine-
rais e micronutrientes 
- Acesso venoso mais difícil devido à destruição da 
pele 
- A superfície que precisa de reparo é extensa e ex-
plica a necessidade de terapia nutricional prolon-
gada 
Resposta metabólica: 
- Imediatamente após o traumatismo, há um perí-
odo de instabilidade hemodinâmica com redução 
da perfusão do tecido cutâneo e a liberação de 
altos níveis de catecolaminas  fase ebb  con-
sumo menor de oxigênio e uma menor taxa meta-
bólica 
- Fase de fluxo  alto consumo de oxigênio, gasto 
energético elevado, fluxo de substratos elevado e 
perdas aceleradas de nitrogênio 
- Fase de recuperação  começa quando a fase 
aguda declina. Exige altos níveis de energia/nu-
trientes para enfrentar a reabilitação física e a 
cura completa da ferida 
Causas do hipermetabolismo nas queimaduras exten-
sas: 
- Perda significativa da barreira cutânea com extra-
vasamento de fluidos, proteínas e eletrólitos 
- Catabolismo proteico grave 
- Consumo elevado de nutrientes, face ao hiperme-
tabolismo 
- Hipertermia, taquicardia, taquipneia 
- Aumento das catecolaminas 
- SIRS 
- Infecções 
Repercussões catabólicas em uma pessoa com quei-
madura extensa: 
- Retardo da cicatrização 
- Retardo da resposta imunológica 
- Diminuição das taxas de albumina 
- Aumento na síntese de proteínas de fase aguda 
- Comprometimento da coagulação sanguínea 
- Diminuição da função intestinal 
- Favorecimento da instalação de translocação 
bacteriana 
- Diminuição da massa ponderal 
- Diminuição funcional dos músculos da respiração 
Superfície corporal queimada (SCQ) – extensão: 
 
 
TABELA DE LUND BROWDER 
 
 
 
 
 
4 
 
Modelo para calcular: 
 
Tratamento médico: 
Reposição de fluidos e eletrólitos 
Tratamento do ferimento 
O dispêndio de energia pode ser reduzido pela prática de 
cobrir os ferimentos para diminuir a evaporação pelo calor 
e as perdas de nitrogênio e para prevenir infecção 
Queimaduras e nutrição: 
 
 
- O SUPORTE NUTRICIONAL É RECONHECIDO 
COMO UM DOS ASPECTOS MAIS SIGNIFI-
CANTES PARA O PACIENTE QUEIMADO. 
- A CICATRIZAÇÃO OCORRE APENAS NO ES-
TADO ANABÓLICO, POR ISSO, A ALIMENTA-
ÇÃO DEVE SER INICIADA O MAIS CEDO POS-
SÍVEL DENTRO DE 4-12H DA HOSPITALIZA-
ÇÃO. 
 
As necessidades energéticas podem aumentar até 100% 
acima do gasto de energia durante o repouso, depen-
dendo da extensão e da profundidade da lesão causada 
Catabolismo exagerado de proteínas e excreção aumen-
tada de nitrogênio urinário 
Pacientes susceptíveis a infecções 
 
 
 
 
↑ necessidades de energia e proteínas 
Estimativa do gasto energético: 
- O PACIENTE QUEIMADO MANIFESTA MAIOR 
GRAU DE HIPERMETABOLISMO QUANDO 
COMPARADO COM QUALQUER OUTRA SITU-
AÇÃO DE ESTRESSE. 
- PACIENTES ADULTOS COM MAIS DE 25% DA 
SCQ 
E CRIANÇAS COM MAIS DE 15% MERECEM MAIOR 
ATENÇÃO NO ASPECTO NUTRICIONAL, UMA VEZ 
QUE RARAMENTE SÃO CAPAZES DE INGERIR QUAN-
TIDADES SUFICIENTES DE NUTRIENTES. 
 
- AS NECESSIDADES AUMENTADAS VARIAM 
DE ACORDO COM O TAMANHO DA QUEIMA-
DURA. VÁRIAS FÓRMULAS TÊM SIDO PRO-
POSTAS: 
- CURRERI: MAIS UTILIZADA PELA PRATICI-
DADE 
- IRETON-JONES: TEM SIDO RECENTEMENTE 
MUITO UTILIZADA 
- CURRIERI E HB: NÃO SÃO PRECISAS 
QUANDO SCQ > 40% 
- - PADRÃO OURO: CALORIMETRIA INDIRETA 
CUIDADO PARA NÃO ULTRAPASSAR 2 X GER 
Energia: 30 a 35Kcal/Kg/dia para queimaduras < 40% 
SCQ 
35 a 50Kcal/Kg/dia para queimaduras > 40% SCQ 
NE PRECOCE
RESPOSTA 
HIPERCATABÓ
LICA
 LIBERAÇÃO 
DE 
CATECOLAMIN
AS

GLUCAGON
 PERDA DE 
PESO E 
TEMPO DE 
PERMANÊNCIA 
HOSPITALAR
5 
 
Proteínas: 1,2 a 2,0 g/Kg/dia para queimaduras < 40% 
SCQ 
Até 3,0 g/Kg/dia para queimaduras > 40% SCQ 
 
Fontes de energia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUTELA EM PACIENTES SÉPTICOS 
 
 
Via de administração: 
- Via oral  pacientes com SCQ < 20% x Área queimada 
- Enteral  pacientes com SCQ > 20% e compro-
metimento do estado nutricional 
De preferência pós pilórica devido ao risco de broncoas-
piração 
Sempre que possível com bomba de infusão 
- Parenteral  reservada para casos muito especiais de-
vido ao elevado risco de mortalidade

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