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APX1 - Alfa2 - 2021.1

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Prévia do material em texto

Raquel Carolynne Dória Vieira 
 
 18116080019 Rio Bonito 
 
 
Disciplina: Alfabetização 2 
Coordenação: Prof. Marina Martins 
 
APX1 – 2021.1 
Prezados alunos: 
Esta é a sua primeira Avaliação “Presencial” de Alfabetização 2. Leia, com atenção, os itens abaixo! 
→ Responda as questões no espaço próprio para isso neste mesmo documento e envie-o de volta pela 
plataforma dentro do prazo informado em nosso cronograma. 
→ Esta avaliação poderá ser realizada por grupos de até 3 estudantes. Os dados dos membros do grupo 
devem ser apresentados no local apropriado para isso, mais abaixo, neste documento. Aproveite essa 
oportunidade para discutir e aprender com os colegas. Não separe as questões por membros do grupo. Todos devem 
participar da elaboração de todas as respostas. Essa é uma oportunidade única de aprendizado! 
→ Esta APX1 é composta por questões discursivas que exigem respostas não muito extensas. Nos últimos semestres, 
temos observado que muitos alunos apresentam respostas longas sem dominar bem o tema das questões. Para 
melhor entendermos como está o seu processo de construção dos saberes envolvidos em nossa disciplina, atente-
se ao que se pede nas questões. Procure exercitar sua capacidade de síntese. 
→ Além da avaliação do conteúdo das respostas, analisaremos também a pertinência do texto à esfera acadêmica, 
ou seja, sua coesão e coerência, a clareza na apresentação dos argumentos, a capacidade de articulação entre os 
textos lidos e suas ideias e a capacidade de síntese. Responda com atenção e não se esqueça de revisar seu texto, 
verificando se as ideias estão claras e bem apresentadas. Lembre-se que um texto acadêmico, como o que se solicita 
nessa avaliação, deve estar pautado pela articulação entre os saberes construídos por você e os materiais lidos ao 
longo do curso. 
→ Em função desse novo contexto em que nos encontramos, esta avaliação pode ser realizada com consulta. Saiba 
usar o material do curso para estudo. Não copie trechos dos materiais estudados ou de colegas. Qualquer plágio 
encontrado resultará na anulação da prova inteira. Plágio é crime e será punido com a nota ZERO. 
 
Boa prova!! 
 
Aluno 1: 
Matrícula: Polo: 
Aluno 2: 
Matrícula: Polo: 
Aluno 3: 
Matrícula: Polo: 
 
QUESTÃO 1: 4,0 pontos 
 
TEXTO 01 
 
Alfabetização não é uma questão de método. O grande equívoco na área de Alfabetização é que, historicamente, 
 
sempre se considerou que alfabetização era uma questão de método. Isso é um equívoco porque nenhuma outra 
disciplina – Geografia, História, Ciências e Matemática – trata de um só método. São campos de conhecimento que 
o professor deve conhecer bem para saber como agir para transformar esse conhecimento em um objeto do qual 
o aluno possa se apropriar. Nós temos mudado de método a todo momento ao longo das décadas e nunca 
conseguimos resolver nosso problema de alfabetizar todas as crianças ou, pelo menos, a maioria delas no tempo 
certo. Os professores alfabetizadores sempre perguntam: que método usar? E eles são tão espertos e lúcidos que 
falam “Eu uso o método eclético”. Ou seja, eles misturam vários e tiram de cada um aquilo que está dando certo 
para seus alunos. 
 
(Fragmento de entrevista realizada pela Revista Nova Escola com a professora Magda Soares. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/15004/vivi-o-estado-novo-e-passei-pela-ditadura-mas-nunca-vi-um-periodo-tao-assustador-
como-este-na-educacao. Acesso em: 30/01/2020). 
 
Considerando a leitura do capítulo “Alfabetização: o método em questão”, de Magda Soares, diferencie as 
três principais facetas de inserção no mundo da escrita e explique como elas disputam a primazia, nos 
métodos e propostas de aprendizagem inicial da língua escrita. 
 
Resposta: 
 
A “faceta linguística” é a interpretação visual dos sons da fala, onde possui como objeto de 
conhecimento inicial da língua escrita o sistema alfabético ortográfico, assim adotando estratégias 
singulares de ensino-aprendizagem. Os métodos principais dessa faceta, são os sintéticos e 
analíticos, no qual, a codificação e decodificação da escrita também são um objeto de 
conhecimento inicial. 
A “faceta interativa” (construtivismo) utiliza a língua escrita como como meio de interação 
entre os indivíduos, onde seu objeto de conhecimento inicial são as capacidades de entendimento 
e a elaboração de textos, utilizando métodos específicos no processo de ensino-aprendizagem, 
como as estratégias cognitivas e linguísticas. 
A “faceta sociocultural” tem como seu objeto inicial de conhecimento da língua escrita os 
acontecimentos culturais e sociais do cotidiano que circulam a escrita, que tem como estratégias 
singulares o uso da habilidade e do conhecimento em busca da integração em distintos momentos 
da utilização da escrita. 
Podemos perceber, que as três facetas possuem diferentes objetos para se trabalhar o 
processo de ensino-aprendizagem, com isso elas disputam a primazia, de acordo com Magda 
Soares, a partir da elaboração de 
“[...] estudos e investigações sobre objetos diferentes, a partir de quadros teóricos 
específicos; multiplicam-se e diversificam-se, assim, resultados de pesquisa e quadros 
teóricos, e, consequentemente, multiplicam-se e diversificam-se também as implicações para 
os métodos de introdução da criança à língua escrita.” (SOARES, 2016, p.30). 
 
 
QUESTÃO 2: 3,0 pontos 
 
TEXTO 02 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/15004/vivi-o-estado-novo-e-passei-pela-ditadura-mas-nunca-vi-um-periodo-tao-assustador-como-este-na-educacao
https://novaescola.org.br/conteudo/15004/vivi-o-estado-novo-e-passei-pela-ditadura-mas-nunca-vi-um-periodo-tao-assustador-como-este-na-educacao
 
O termo “ambiente alfabetizador”... introduziu muitos mal entendidos... segundo os quais o professor apaga-se, 
some, desvanece-se, transforma-se em mobiliário... O professor olha e participa dessa maravilha que é o 
desenvolvimento da criança que cresce sozinha. 
 
(Fragmento de FERREIRO, Emília. Cultura, escrita e educação: conversa de Emília Ferreiro com José Antonio Castorina, 
Daniel Goldin e Rosa Maria Torres. Tradução por Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001). 
 
Partindo do material estudado em nossa disciplina, defina o conceito de “ambientes alfabetizadores” e 
aponte sua importância no processo de alfabetização, trazendo exemplos concretos para isso. 
 
Resposta: 
 
Os “ambientes alfabetizadores” possuem como conceito a preparação de uma sala de aula 
em um espaço que se assemelhe as vivencias dos discentes, a partir dos momentos de leitura e 
escrita propostos pelo(a) professor(a), onde sua importância para o processo de alfabetização é 
colaborar para que os estudantes, principalmente os menos favorecidos pela/na educação (alunos 
da zona rural), possuam a chance de adquirir e desenvolver um maior entendimento da linguagem 
escrita, por meio de assuntos/discussões que estão inseridos em seus cotidianos. A autora Emília 
Ferreiro nos traz como exemplo de um ambiente alfabetizador, citado no material didático, um 
“canto ou área de leitura” dentro da sala de aula, 
“[...] onde se encontrem não só livros bem editados e ilustrados, como qualquer tipo 
de material que contenha a escrita (jornais, revistas, dicionários, folhetos, embalagens e 
rótulos comerciais, receitas, embalagens de medicamentos etc.) Quanto mais variado esse 
material, mais adequado para realizar diversas atividades de exploração, classificação, busca 
de semelhanças e diferenças e para que o professor, ao lê-los em voz alta, dê informações 
sobre “o que se pode esperar de um texto” em função da categorização do objeto que veicula. 
Insisto: a variedade de materiais não é só recomendável (melhor dizendo, indispensável) no 
meio rural, mas em qualquer lugar onde se realize uma ação alfabetizadora (1993, p. 33).” 
(CECIERJ, Alfabetização 2, aula 1, p.11). 
Dessa forma, as crianças de forma espontânea e independente vão se transformandoem 
usuárias da língua escrita, no qual, de acordo com a citação do “TEXTO 2” (nessa questão), o(a) 
docente(a) possui o papel apenas de acompanhar esse desenvolvimento. 
 
QUESTÃO 3: 3,0 pontos 
 
TEXTO 03 
 
Numa sociedade onde ler e escrever representa poder, aqueles que não sabem interpretar um texto ou registrar 
por escrito suas próprias palavras acabam por ser subalternizados (Cf. LANDER, 2005). Falar de analfabetismo, 
portanto, seja ele produzido no interior das escolas ou fora delas, é falar de uma injustiça social. Falar de 
analfabetismo é denunciar as injustiças que produzem a desigualdade, pois ʺnão cabe fatalisticamente cruzar os 
braçosʺ (FREIRE, 2001, p. 98). 
 
(Fragmento de MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos & ARAÚJO, Mairce da Silva. Alfabetização e analfabetismo no 
Brasil: algumas reflexões. Revista ACOALFAplp: Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua portuguesa, São Paulo, ano 
5, n. 9, 2010/ 2011. Disponível em: . Publicado em: setembro de 2010 – março de 2011). 
 
 
A partir de sua leitura do material da disciplina, explique como os conceitos de “letramento” e de “palavra 
mundo” podem se relacionar à discussão trazida no texto acima. 
 
Resposta: 
 
Como citado no texto acima, saber ler e escrever é sinônimo de poder em uma sociedade, 
onde quem detém o conhecimento são as classes favorecidas (ricos), pois possuem acesso fácil 
a informações, a livros, a meios de comunicações, etc., ou seja, a uma “melhor” educação (a 
maioria é privada), no qual, são formados para “pensar” (letramento/ palavra de mundo), 
diferentemente dos indivíduos pertencentes das classes desfavorecidas (pobres/educação 
pública), que são educados “mecanicamente”, onde o suficiente é saber “decifrar códigos” 
(ler/escrever) e em sua maioria são excluídos do processo de ensino-aprendizagem (por 
problemas sociais, políticos, econômicos, culturais, etc.), assim favorecendo ainda mais, em 
diversos aspectos, a classe oposta (desigualdade). 
A situação descrita anteriormente, tem como consequência o analfabetismo (presente com 
maior índice nas classes baixas/pobres), fruto de uma “injustiça social”, citada no “TEXTO 3”, 
porém, um analfabetismo da falta de “saber” interpretar, pensar, discutir, etc., ou seja, a 
alfabetização é usada como um meio de ensinar/aprender a decodificar códigos, quando na 
verdade, a alfabetização deveria ensinar os indivíduos a pensarem sobre o que leem e escrevem, 
utilizando dos conceitos do “Letramento” e da “Palavra de mundo”, que defendem o ensino da 
língua e da escrita como prática social, formando cidadãos críticos, ou seja, 
“[...] que expressa a articulação entre os conhecimentos e saberes cotidianos do 
educando e a aprendizagem da leitura e da escrita. Não se refere à memorização mecânica e 
à descrição de objetos e situações como interpretação; pelo contrário, refere-se a uma prática 
alfabetizadora fundada no exercício da curiosidade e na apreensão do significado e do sentido 
existencial da palavra, no mundo e na vida cotidiana de cada educando.” (CECIERJ, 
Alfabetização 2, aula 7, p.90).

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