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AULAS 1, 2 e 3 - BETAOXIDAÇÃO DE AG E BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL

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1 Sabrina Mataruco – Turma 85 
Beta Oxidação 
AULA 1 
 
DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS POR β – OXIDAÇÃO 
 - Degradação dos lipídeos armazenados para utilização como fonte de energia; 
 
ESTADO ALIMENTADO 
 - Quando o organismo está num estado alimentado (estado anabólico) → está num estado de 
armazenamento/síntese de substâncias → Nesse estado, o hormônio que predomina é a insulina; 
ESTADO DE JEJUM 
 - Quando o organismo está num estado de jejum fisiológico→ o glucagon é o hormônio 
predominante; 
- Num estágio de jejum/stress prolongado (crônico) → o cortisol pode atuar; 
- Num estágio de stress curto e intenso → adrenalina predomina; 
Obs: hormônios esteroidais (efeito prolongado) x hormônios peptídicos (efeito rápido) 
Quando estamos em jejum, usamos primariamente a glicose → mas a molécula que fornece 
mais energia para o organismo é o ácido graxo que está no triglicerídeo 
- Em estado de jejum, o cérebro é priorizado no consumo de glicose, enquanto que os ácidos 
graxos se tornam fontes prioritárias para os demais órgãos! 
EM RESUMO: Os ácidos graxos ficam armazenados nos triglicerídeos que, por sua vez, ficam 
armazenados nos adipócitos; 
COMO O TRIGLICERÍDEO FICA ARMAZENADO NO ADIPÓCITO? 
Fica armazenado envolto por proteínas chamadas de perilipinas que, por sua vez, fazem um 
isolamento desse triglicerídeo → isso permite que o triglicerídeo fique preso à um envoltório 
proteico e não solto pelo citoplasma do adipócito → esse é um mecanismo utilizado pela célula 
para evitar que esse triglicerídeo seja degradado em um momento em que não precisa; 
AVISO HORMONAL PARA DEGRADAÇÃO DO TRIGLICERÍDEO 
O hormônio peptídico (glucagon e adrenalina) vai ligar no receptor que vai ativar uma 
cascata sinalizadora; 
Então, o glucagon ou a adrenalina se ligam ao receptor que ativa a proteína G → A proteína 
G ativa uma enzima chamada Adenilil ciclase → E a Adenilil ciclase vai transformar o ATP em 
AMP cíclico (que é o segundo mensageiro dessa célula) → AMP cíclico ativa um PKA que 
ativam quinases → as quinases vão fosforilar as perilipinas e a lipase hormônio sensível → essas 
proteínas fosforiladas vão mudar de conformação → As perilipinas, ao mudarem de 
conformação, abrem espaço para que a lipase hormônio sensível que agora está ativa entre 
e degrade o triglicerídeo; O triglicerídeo que é degradado será separado em ácido graxo e 
glicerol; O ácido graxo e o glicerol vão para a corrente sanguínea para serem distribuídos pelo 
organismo! 
 
2 Sabrina Mataruco – Turma 85 
 
Obs: O ácido graxo (palmitato (16C)) precisa da albumina para ser transportado pela corrente 
sanguínea (por conta da sua polaridade) → A albumina consegue transportar 10 ácidos graxos 
de cada vez; 
OBS: ÁCIDO GRAXO DE CADEIA CURTA E MÉDIA PASSAM A MEMBRANA SOZINHOS, MAS ÁCIDOS 
GRAXOS DE CADEIA LONGA PRECISAM DE TRANSPORTADORES; 
Obs: O glicerol vai para o fígado para fazer gliconeogênese; MAS ISSO NEM SEMPRE OCORRE 
→ Porque, no jejum, o glicerol será transformado em glicose, mas não será armazenado como 
glicogênio, já que o consumo é grande nesse estado! 
 
DEGRADAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO 
1. O Ácido graxo sofrerá um processo de ativação ao chegar no citoplasma do miócito → 
Nesse processo de ativação, o ácido graxo será ligado à uma molécula de Coenzima A, 
formando Acil-CoA: 
REAÇÃO DE ATIVAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO: Ácido graxo + ATP + Coenzima A → Acil-CoA + AMP +PPi 
Mas por que ocorre essa ativação? O ácido graxo recebe essa CoA para não sair mais da 
célula!!! 
2. O Acil-CoA será encaminhado para a mitocôndria → porque a degradação do ácido 
graxo ocorre graças às enzimas que estão presentes nessa organela; 
Mas esse CoA impede a entrada do ácido graxo na mitocôndria também, e aí? O Acil-CoA 
passa a membrana externa que é porosa, mas fica represado no espaço entre membranas → 
Nesse espaço entre as membranas da mitocôndria e ligado à membrana externa tem uma 
enzima chamada carnitina acil transferase I (CAT I) que vai retirar o CoA do ácido graxo e no 
lugar desse CoA vai colocar a carnitina (que é um aa não essencial) → formando a Acil-
carnitina que, por sua vez, tem uma proteína transportadora na membrana interna da 
mitocôndria → Então a Acil- carnitina entra na mitocôndria; Dentro da mitocôndria, a Acil-
carnitina volta a ser Acil-CoA para poder ser degradado; 
Mas como Acil-carnitina volta a ser Acil-CoA na mitocôndria? Dentro da mitocôndria, agora 
ligada à membrana mitocondrial interna, temos a CAT II (carnitina transferase II) → Ela tira a 
carnitina do ácido graxo e devolve para ele o CoA (que é proveniente da própria 
mitocôndria); 
 
 
3 Sabrina Mataruco – Turma 85 
 
RESUMO DA BETA-OXIDAÇÃO 
 
 
- Processo inverso da síntese de ácido graxo! 
- Vai tirando 2 C de cada vez → produzindo com eles a Acetil- CoA → que vai para o ciclo de 
Krebs! 
- Fornece energia indiretamente! 
- Precisa de O2 para ocorrer! 
- Processo aeróbico, porque é dependente do ciclo de Krebs e da cadeia respiratória para a 
produção de energia! 
 
 
4 Sabrina Mataruco – Turma 85 
VAI QUEBRAR O ÁCIDO GRAXO DE 2 EM 2 CARBONOS GERANDO ACETIL-COA QUE, POR SUA 
VEZ, VAI PARA O CICLO DE KREBS PARA FORMAR NADH E FADH2 QUE, POR SUA VEZ, VÃO PARA 
A CADEIA RESPIRATÓRIA (DEPENDENTE DE O2) PARA GERAR ATP! 
COMO OCORREM AS REAÇÕES DA β – OXIDAÇÃO? 
 
- A quebra ocorre entre o carbono alfa e o beta, por isso chamamos de beta-oxidação; 
- Ocorrem 4 reações; 
- O ácido graxo perde elétrons no caminho das reações; 
- Reações altamente energéticas; 
- Formam 8 Acetil – CoA (cada ácido graxo)! 
 
 1- REAÇÃO 1 - DESIDROGENAÇÃO (retirada de hidrogênios) 
Essa retirada de hidrogênios gera uma dupla ligação; Os hidrogênios retirados vão para o 
FAD gerando FADH2; 
2- REAÇÃO 2 – HIDRATAÇÃO (colocar HOH) 
 Essa hidratação é feita para quebrar a dupla; 
 3- REAÇÃO 3 – DESIDROGENAÇÃO (retirar H); 
Essa retirada de 2 hidrogênios gera uma dupla ligação com O (gerando uma carbonila); Os 
hidrogênios retirados vão para o FAD gerando FADH2; 
 4- REAÇÃO 4 – TIÓLISE (quebra pelo grupamento tiol presente na CoA) 
 Libera Acetil- CoA e devolve a ponta do ácido graxo; 
 
Obs: 1 ÁCIDO GRAXO DE 16 C → GERA 8 ACETIL-COA (2C) → GERA 7 NADH E 7 FADH2 (7 E NÃO 
8, PORQUE O ÚLTIMO NÃO SERÁ QUEBRADO)! 
 
 
5 Sabrina Mataruco – Turma 85 
PRODUTO DA DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA ÍMPAR 
E SE FOR UM ÁCIDO GRAXO ÍMPAR? 
HÁ, NO FINAL, A GERAÇÃO DE UM PROPIONIL-COA... MAS E O QUE A CÉLULA FAZ COM ELE? 
A célula vai juntar esse Propionil- CoA com bicarbonato (gastando ATP e usando a biotina como 
coenzima) gerando D-Metilmalonil-CoA que, por sua vez, vira L-Metilmalonil-CoA que, com o 
auxílio da coenzima B12, vira o Succinil-CoA → Esse Succinil-CoA, portanto, vai para o ciclo de 
Krebs → Gerando energia igual o Acetil-CoA; 
- Processo desvantajoso, porque gasta ATP. Vantajoso porque produz glicose (no jejum)! 
- Não temos muito ácido graxo ímpar no corpo! 
 
REGULAÇÃO DA BETA-OXIDAÇÃO 
Se eu não quero que a beta-oxidação ocorra, quem vai regular é a enzima CAT I (que vai barrar 
a entrada ácido graxo na mitocôndria)! 
Como regulamos a CAT I? Através do Malonil-CoA na síntese de ácido graxo (INIBE CAT I) → Então, 
a própria síntese de ácido graxo inibe a degradação do ácido graxo (para evitar ciclo fútil); 
 Regulação no fígado: Se desviarmos o Oxalacetato para virar glicose pela gliconeogênese (no 
jejum), isso gerará um acúmulo de Acetil- CoA → Esse Acetil-CoA em excesso associado à uma 
baixa taxa energética (baixa disponibilidade de glicose) produz os corpos cetônicos! 
“ENTÃO: A DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS (BETA-OXIDAÇÃO) NÃO GERA CORPOS 
CETÔNICOS, ISSO OCORRE EM ESTADO DE BAIXA TAXA ENERGÉTICA.” 
- Devemos nos preocupar com 2 coisas: local em que ocorrem as reações, qual tecido (ONDE) e 
em qual momento metabólico essas reações estão ocorrendo – jejum/estado alimentado/jejum 
curto/jejum longo? (QUANDO);PRODUÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS 
- Ocorre nos hepatócitos (exclusivamente); 
Se o fígado estiver fazendo gliconeogênese, é porque o organismo está num período metabólico 
de jejum prolongado; 
Quando não temos mais glicogênio disponível (jejum prolongado), o organismo começa a realizar 
gliconeogênese → E é nesse momento de aumento da gliconeogênese que o corpo começa a 
produzir os corpos cetônicos → Isso porque, quando ocorre a beta oxidação, um dos produtos 
formados é o Acetil- CoA → E para esse Acetil-CoA entrar no Ciclo de Krebs, ele precisa do 
Oxalacetato; No entanto, para fazer gliconeogênese, esse Oxalacetato é desviado do Ciclo de 
Krebs → Diminuindo a concentração de oxalacetato que foi desviado do Ciclo de Krebs → O 
Acetil- CoA produzido pela beta oxidação passa a acumular → Esse Acetil-CoA que acumulou 
(sobrou) será transformado em corpos cetônicos; 
 
- MAS por que o Acetil-CoA vira corpos cetônicos? 
Isso ocorre porque o CoA não consegue ultrapassar membranas (ele é impermeável). E para 
poder mandar o Acetil- CoA para outros tecidos para ele servir de energia, ocorre essa conversão 
de Acetil-CoA para corpos cetônicos; 
 
6 Sabrina Mataruco – Turma 85 
COMO OCORRE A CONVERSÃO DO ACETIL-COA PARA CORPOS CETÔNICOS? 
 
- A produção dos corpos cetônicos ocorre na mitocôndria, parecido com a rota do colesterol que 
é produzido no citoplasma em outro momento metabólico (diferente do jejum); 
RESUMO DAS REAÇÕES: Duas moléculas de Acetil-CoA se condensam formando Acetoacetil-CoA 
que, por sua vez, ganha mais um Acetil-CoA formando a HMG – CoA que, por sua vez, perde um 
Acetil-CoA formando Acetoacetato (primeira molécula a ser chamada de corpo cetônico na 
reação) → Esse Acetoacetato pode ser transformado em acetona ou β-hidroxibutirato; 
LOGO, quais são as moléculas que são chamadas de corpos cetônicos? 
- Acetona; 
- Acetoacetato; 
- β– hidroxibutirato; 
O QUE VAI ACONTECER COM ESSES CORPOS CETÔNICOS? 
- Serão encaminhados para tecidos periféricos que possam utilizá-los como energia; 
- Esses tecidos são: coração, musculo esquelético, rins e principalmente o cérebro (ele só utiliza em 
último caso – casos de jejum prolongados – ocorre uma substituição gradativa da glicose pelos 
corpos cetônicos); 
O QUE OCORRE COM OS CORPOS CETÔNICOS NOS TECIDOS PERIFÉRICOS? 
- Os que são utilizados pelo organismo são: Acetoacetato e o β– hidroxibutirato; 
O que o organismo faz com esses dois? 
→ A REAÇÃO CONTRÁRIA DAQUELA REALIZADA PARA A FORMAÇÃO DOS CORPOS CETÔNICOS → 
O β– hidroxibutirato volta a ser Acetoacetato → o Acetoacetato vira Acetoacetil-CoA que, por 
sua vez, forma 2 Acetil- CoA → Daí os tecidos periféricos vão utilizar esse Acetil- CoA como fonte 
energética; 
 
7 Sabrina Mataruco – Turma 85 
- Acetona, por ser muito volátil, nem é utilizada. É eliminada pelo suor ou pela respiração; 
- A Acetona funciona como um “sensor” para indicar a produção de corpos cetônicos → Porque 
o indivíduo que está produzindo corpos cetônicos, vai exalar um hálito cetônico característico 
(parecido com o hálito de uma pessoa que ingeriu álcool – É o hálito que surge logo pela manhã 
após um período de jejum prolongado); 
 
 
Biossíntese e Metabolização do Colesterol 
AULAS 2 e 3 
 
 
- O colesterol pode ser obtido de duas maneiras: 
1) SÍNTESE ENDÓGENA: produção maior pelo fígado (mas todas as células podem sintetizar 
colesterol); 
2) EXÓGENA: obtido pela alimentação; 
- Quando o colesterol é obtido pela dieta, ele será absorvido para a célula intestinal por um 
transportador chamado de NPC1L1 (TEM MEDICAMENTOS QUE INIBEM A AÇÃO DESSE 
TRANSPORTADOR); Mas nem todo esse colesterol que ingerimos será absorvido, boa parte é 
excretada pelo transportador ABCG5/8 para ser eliminado pelas fezes; 
- Apenas 30% do colesterol absorvido vai para a corrente sanguínea; 
- Esse colesterol absorvido vai para a corrente sanguínea através do quilomícron; 
- Quando a gente absorve o ácido graxo e sintetiza o triglicerídeo, esse triglicerídeo é 
incorporado no quilomícron através da MTP (proteína microssomal de transferência de 
triglicerídeo); Já o colesterol precisa ser esterificado antes de ser incorporado ao quilomícron; 
COMO OCORRE A ESTERIFICAÇÃO DO COLESTEROL PARA ELE SER INCORPORADO AO 
QUILOMÍCRON? 
- Quando o colesterol é absorvido, ele é absorvido em sua forma livre (com uma hidroxila livre), 
mas para ser transportado ou armazenado, ele precisa ser esterificado com um ácido graxo; 
- Essa esterificação é feita através de uma enzima chamada de Acil-CoA-colesterol acil 
transferase (ACAT); 
 
8 Sabrina Mataruco – Turma 85 
- Então essa enzima ACAT pega um ácido graxo e incorpora na hidroxila livre do colesterol; 
 
OBS: O COLESTEROL LIVRE É AQUELE QUE PODE SER METABOLIZADO, ENQUANTO O COLESTEROL 
ESTERIFICADO SERVE APENAS PARA SER TRANSPORTADO OU ARMAZENADO. 
 
COLESTEROL OBTIDO PELA SÍNTESE ENDÓGENA 
 
- O organismo utiliza o Acetil-CoA que está sobrando no organismo para essa síntese; 
- Para que precisamos produzir esse colesterol? 
R: Para a síntese de hormônios esteroidais, vitamina D, sais biliares, membranas biológicas (ex: 
células do tecido epitelial que estão sendo renovadas constantemente, precisam de 
bastante colesterol para síntese de suas membranas); 
 
 
 
 
9 Sabrina Mataruco – Turma 85 
Obs: A mulher, no período da menopausa, tem um acúmulo de colesterol, porque o colesterol 
produzido pelo corpo dela não é mais utilizado da mesma maneira. Isso leva à maiores 
chances de hipercolesterolemia. 
- Os principais tecidos que fazem a síntese do colesterol são: fígado, intestino, córtex da 
adrenal e as gônadas (por conta dos hormônios); 
 
RESUMO DA VIA METABÓLICA DO COLESTEROL 
 
- Localização: citosol da célula; 
- Dividida em 3 etapas que veremos a seguir: 
 
1) Várias reações → Produção do Mevalonato; 
2) O Mevalonato gera as unidades Isoprenoides ativadas (unidades de 5 carbonos que vão 
ser usadas repetidamente para a síntese do colesterol); 
3) Produção do Esqualeno que, por sua vez, será transformado em Colesterol; 
 
VAMOS ANALISAR MELHOR ESSAS REAÇÕES ETAPA POR ETAPA: 
1) PRODUÇÃO DO MEVALONATO: 
 
 
 
 
- Nessa etapa, temos 2 moléculas de Acetil-CoA sendo condensadas pela tiolase gerando 
Acetoacetil-CoA; A enzima HMG-CoA-sintase vai pegar esse Acetoacetil-CoA e juntar mais um 
Acetil-CoA, gerando o HMG-CoA que, por sua vez, vai gastar 2 moléculas de NADPH para gerar o 
 
10 Sabrina Mataruco – Turma 85 
Mevalonato pela ação da enzima HMG-CoA-redutase (enzima alostérica que regula a biossíntese 
do colesterol); 
- É sobre a enzima HMG-CoA-redutase que os medicamentos hipocolesterolêmicos atuam; 
- E de onde vem os NAPH? Vem da via das pentoses (porque para a biossíntese do colesterol, o 
corpo precisa estar num estado metabólico alimentado); 
 
 
2) FORMAÇÃO DAS ISOPRENOIDES ATIVADAS: 
 
 
- As unidades Isoprenoides ativadas vão fornecer os 5 carbonos para a síntese do colesterol na 
próxima etapa; 
 
3) PRODUÇÃO DE ESQUALENO: 
 
 
 
11 Sabrina Mataruco – Turma 85 
- Para gerar as 2 moléculas de Farnesil pirofosfato é preciso gastar 18 ATP! 
- GASTO ENERGÉTICO TOTAL = 18 ATP; 
 
Obs: Quando ingerimos plantas, não absorvemos o colesterol (porque as plantas não produzem). 
No nosso organismo, o colesterol é uma molécula exclusivamente animal; 
- QUANDO INGERIMOS O STIGMASTEROL - que é um fitosterol- (proveniente das plantas), ele irá 
competir no intestino pelo transportador de colesterol, impedindo a absorção desse colesterol! 
 
 
REGULAÇÃO DA BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL 
(regulação da enzima alostérica HMG-CoA-redutase) 
 
12 Sabrina Mataruco – Turma 85 
3 NÍVEIS: 
- Degradação proteolítica da HMG-CoA-redutase: 
Ocorre quando temos bastante colesterol produzindo Oxiesterol (colesterol oxidado) que 
estimula a degradação dessa enzima 
- Regulação por modificação covalente (insulina, glucagon e [ATP]): 
▪ Ocorre quando a insulinaativa a síntese da enzima HMG-CoA-redutase, enquanto o 
glucagon vai inibir; 
▪ Ocorre quando a insulina induz a desfosforilação da HMG-CoA-redutase, ativando-a; 
▪ Ocorre quando o glucagon associado à uma baixa quantidade de ATP induz a 
fosforilação da enzima, desativando-a; 
- Controle transcricional: SREBP; 
Ocorre quando, em uma situação de grande concentração de Colesterol e Oxiesterol, um trio 
de proteínas se unem ficando presos à membrana do retículo endoplasmático; 
Trio composto por: Proteína Insig (proteína induzida pela insulina) + Proteína SCAP (proteína 
ativadora da clivagem de SREBP) + Proteína SREBP (proteína ligante do elemento regulatório de 
esterol); 
Obs: Quando os níveis de colesterol caem → PRECISAMOS AUMENTAR A SÍNTESE DE HMG-CoA 
redutase → Para isso, a proteína Insig será ubiquitinada (é encaminhada pelo proteassomo para 
degradação) → Isso faz com que a Insig se separe da SCAP e SREBP → Daí o complexo SCAP + 
SREBP será encaminhado para o Complexo de Golgi para que possam ser clivadas → Liberando 
um domínio regulatório da SREBP que, por sua vez, vai no gene para ativar a transcrição das 
enzimas que fazem a síntese do colesterol (principalmente HMG-CoA-redutase); 
Obs: SE HOUVER UM DESCONTROLE DESSES 3 NÍVEIS REGULATÓRIOS, A PESSOA PASSA A 
APRESENTAR HIPERCOLESTEROLEMIA → DAÍ, ENTRAMOS COM ESTATINA PARA CONTROLAR ESSE 
PROBLEMA! 
- O nosso corpo não tem uma via eficiente para eliminação do colesterol, a única forma de 
eliminar colesterol numa quantidade substancial é através da secreção de bile → Então, quando 
há secreção de bile no intestino, uma parte dos sais biliares são reabsorvidos, mas a outra parte é 
jogada fora → Então quando esses sais biliares são jogados fora através das fezes → O corpo vai 
precisar gastar mais colesterol para ressintetizar esses sais biliares; 
- A insulina é um ativador da HMG-CoA-redutase. Portanto, o consumo alto de carboidratos, 
estimula a produção de insulina que, por sua vez, ativa a HMG-CoA-redutase para a produção 
de colesterol → Indivíduos portadores de hipercolesterolemia devem diminuir, portanto, o 
consumo de carboidratos; 
 
MEDICAMENTOS INIBIDORES DA BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL (família das Estatinas) 
 
 
13 Sabrina Mataruco – Turma 85 
- O que varia de um medicamento para o outro é a conformação das moléculas pela alteração 
dos ligantes (R1 e R2); 
- Obs: Modificações genéticas podem ocasionar perda de resposta aos medicamentos pelo mal 
acoplamento desses fármacos à enzima HMG-CoA-redutase; Além disso, podem ocorrer ligações 
inespecíficas desses fármacos em outras regiões, causando efeitos colaterais; 
 
→ CUIDADOS COM O USO DAS ESTATINAS: Como elas reduzem o colesterol (pela redução da 
atividade da HMG-CoA-redutase), isso pode ocasionar alterações hormonais, de vitamina D, 
alterações na quantidade de ubiquinona (molécula importante da cadeia respiratória – 
problemas ); 
“Problema com a ubiquinona pode levar o paciente a apresentar queixas de cansaço, falta de 
energia. Para resolver isso, pode-se indicar o uso da Coenzima Q” 
 
COMPARAÇÃO ENTRE AS LIPOPROTEÍNAS 
- Quanto menos densa a lipoproteína (mais leve) mais triglicerídeo ela tem dentro dela. Isso 
porque o triglicerídeo é uma molécula apolar; 
- Quanto mais proteína a lipoproteína tiver (mais pesada); 
 
- VLDL (lipoproteína de MUITA baixa densidade, porque é rica em triglicerídeo); 
- LDL (lipoproteína de baixa densidade que transporta colesterol na circulação); 
- QUILOMÍCRON (são as maiores lipoproteínas e transporta basicamente triglicerídeos e colesterol 
que vieram da dieta); 
- HDL (lipoproteína de MAIS alta densidade, porque é rica em proteínas – “reservatório de 
apoproteínas); 
 
- Dizemos que QUILOMÍCRONS e VLDL transportam triglicerídeos; LDL transporta colesterol; e HDL 
transporta colesterol e é um reservatório de apoproteínas; 
 
PARA QUE SERVEM AS APOPROTEÍNAS DE CADA LIPOPROTEÍNA? 
 
14 Sabrina Mataruco – Turma 85 
 
 
 
 
 
APOA- I: PRESENTE NO HDL, PRINCIPAL PORQUE FAZ INTERAÇÃO COM O TRANSPORTADOR ABC; 
APOB-100: PRESENTE NO LDL - LIGA NO RECEPTOR DA SUPERFÍCIE DAS CÉLULAS; 
APOC-II: PRESENTE NO QUILOMÍCRON E NA VLDL – ATIVA A LIPOPROTEÍNA LIPASE (LPL); 
APOE: PRESENTE NO QUILIMÍCRON E NA VLDL – RETIRA VLDL E QUILOMÍCRON DA CIRCULAÇÃO; 
 
 
DE MANEIRA GERAL: 
Temos: 
 
15 Sabrina Mataruco – Turma 85 
 
1) METABOLISMO EXÓGENO 
Envolve o QUILOMÍCRON (produzido no intestino), porque carrega os lipídeos obtidos da dieta 
→ Esse quilomícron carrega colesterol e TG para a corrente sanguínea → Na corrente 
sanguínea a APOC-II ativa a LPL → os TG são retirados do quilomícron para serem armazenados 
nos músculos e no tecido adiposo → O quilomícron vira QUILOMÍCRON REMANESCENTE que 
tem, principalmente, colesterol → vai para o fígado para ser absorvido via APOE e APOB-48 → 
Lá no fígado, o colesterol é degradado; 
 
2) METABOLISMO ENDÓGENO 
Os TG e o colesterol produzidos no fígado serão embalados na VLDL → fazendo o mesmo 
percurso da via exógena do quilomícron; 
Obs: Após a VLDL ser degradada pela LPL, ocorre a formação da IDL (VLDL remanescente) → 
essa IDL pode sofrer 2 processos (pode sofrer uma nova ação da LPL e perder todo o seu 
conteúdo de TG interagindo com HDL trocando conteúdos e virar LDL/ OU esse IDL pode voltar 
para o fígado para ser degradado); 
Obs: A formação da LDL, portanto, ocorre na circulação a partir da IDL (VLDL remanescente). 
Não temos LDL saindo diretamente do fígado! 
COMO OCORRE A FORMAÇÃO DA LDL? 
 
 
16 Sabrina Mataruco – Turma 85 
O IDL vai interagir com HDL, fazendo troca de apoproteínas, TG e colesterol → o HDL vai recolher 
todas as apoproteínas da IDL, deixando apenas a APOB-100 no LDL que será formada → Outra 
coisa que acontece é o IDL doar TG pro HDL e pegar desse HDL o colesterol esterificado para a 
LDL; 
MECANISMO DE CAPTAÇÃO DA LDL (o que vai acontecer com esse LDL formado?) 
Ele será reconhecido por receptores, através da APOB-100, na superfície das células que ele tem 
que deixar o colesterol → Então, vai acontecer um mecanismo de endocitose desse LDL → O LDL 
que está no vacúolo endocítico vai se fundir com o lisossomo, promovendo a sua digestão→ 
deixando o colesterol dentro da célula; 
O QUE ACONTECERÁ COM A CÉLULA QUE ESTÁ RECEBENDO ESSE COLESTEROL? 
Quando aumentar a concentração de colesterol intracelular, vão acontecer 3 efeitos principais: 
1) Redução da ação da HMG-CoA-redutase: 
Porque quando há excesso de colesterol, o colesterol fica ligado na SCAP e prende A SREBP 
com ele → daí não ocorrerá a expressão de enzimas que fazem síntese de colesterol; 
2) Aumenta a ação da ACAT: 
A ACAT é responsável pela esterificação do colesterol para que ele seja armazenado; 
3) Redução de receptores de LDL*: 
Ele vai diminuir a volta dos receptores de LDL para a membrana plasmática e a síntese de 
novos receptores → COMO CONSEQUÊNCIA: Isso gerará um aumento de LDL na corrente 
sanguínea → formando placas de ateroscleróticas (aterosclerose) nos vasos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA 
 
LEMBRANDO QUE: 
LDL “logo Deus leva”: deposita 
colesterol nos vasos; 
HDL “hoje Deus livra”: retira 
colesterol dos vasos; 
 
17 Sabrina Mataruco – Turma 85 
- O aumento de LDL na circulação ocasiona uma maior permeabilidade desse LDL pelas células 
endoteliais dos vasos; 
O que facilita essa permeabilidade do LDL pela camada íntima? 
- Hipertensão ou alterações circulatórias promovem um afastamento das células endoteliais da 
camada íntima, permitindo uma maior entrada de LDL; 
- Pontos de agressão (pontos de bifurcação) também promovem uma maior entrada de LDL na 
corrente sanguínea; 
O que acontece com LDL quando ele chega à camada íntima do vaso? 
 
A camada íntima não é um ambiente muito propício ao LDL, logo ele será oxidado por espécies 
reativas de oxigênio → Ao ser oxidado, o LDL perde sua capacidade estrutural básica (APOB-100que está na superfície deixa de ser reconhecida) → Esse OxiLDL vai induzir as células endoteliais a 
produzir citocinas para fazer o recrutamento de monócitos → Então o monócito recrutado vai 
penetrar na camada íntima se transformando em macrófago (diapedese) → Esse macrófago, 
então, fagocitará o LDL → O macrófago se enche de OxiLDL, formando o que chamamos de 
células espumosas→ Isso desencadeará um processo inflamatório nesse ambiente, porque mais 
macrófagos serão recrutados→ Esse ambiente inflamado atrairá células da musculatura lisa e 
fibroblastos → Esses fibroblastos vão produzir colágeno que formarão uma espécie de capa fibrosa 
envolta dessas células espumosas → Com o crescimento exagerado dessas células, faltará 
alimentos e O2 para nutri-las → O centro dessa placa pode morrer, por falta de nutrientes, 
formando um núcleo necrótico → Esse núcleo necrótico pode liberar enzimas que vão digerir 
pedaços dessa placa, promovendo também o rompimento do endotélio → Quando ocorrer o 
rompimento do endotélio, expondo o subendotélio, causará a ativação da coagulação → 
Formando um trombo que, por sua vez, poderá ocasionar IAM; 
RESUMINDO: 
 
 
 
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OBS: Quando o trombo formado obstruir o vaso inteiro, ocorrerá bloqueio da circulação nesse 
vaso → causando o IAM; 
Se o trombo não ocluir o vaso inteiro, ele poderá se deslocar → passando a “viajar” pela 
corrente sanguínea → Quando chegar no cérebro e encontrar um vaso de pequeno calibre, ele 
poderá obstruí-lo, causando um AVE; 
 
EVOLUÇÃO DA ATEROSCLEROSE AO LONGO DO TEMPO 
- Não ocorre da noite para o dia; 
 
- Alguns estudos indicam que algumas crianças, a partir dos 3 anos de idade, já podem iniciar a 
formação de placas ateroscleróticas; 
- Toda vez que o paciente tiver um quadro de hipercolesterolemia, ocorrerá um pouco de 
depósito; 
 
TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL 
 
- HDL é a única lipoproteína sintetizada vazia → chamada de HDL nascente → 
- HDL tem APOA- I que interage com receptores ABCA1 que tem na superfície da célula → essa 
ligação permite que a HDL sequestre colesterol para ela; 
- É mais fácil para HDL sequestrar o colesterol livre da membrana, do que o esterificado que está 
armazenado dentro da célula; 
- Ao pegar o colesterol livre da membrana, o HDL que tem uma LCAT dentro dele, esterifica esse 
colesterol; 
Obs: A célula que perdeu seu colesterol da membrana, precisa repor esse colesterol → para isso, 
ela vai gastar colesterol que está dentro dela armazenado → gastando esse colesterol 
armazenado, ela pode voltar a pegar colesterol de fora → reduzindo o LDL (da corrente 
sanguínea); 
 
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- Daí, essa HDL que está cheia de colesterol que ela esterificou vai para o fígado, deixando o 
colesterol lá, virando HDL nascente de novo. Ou ela interage com IDL fazendo troca de 
apoproteínas, TG e colesterol; 
- O HDL também pode roubar o colesterol da célula espumosa interagindo com o macrófago; 
- O HDL pode ser aumentado na circulação com o aumento do exercício físico;

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