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A EDUCAÇÃO FISICA NA REFORMA BENJAMIN CONSTANT

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RESUMO
A EDUCAÇÃO FISICA NA REFORMA BENJAMIN CONSTANT
 Primeira proposta de mudança educacional deste período – propunha um ensino gratuito, sem ligação ou vínculo com nenhum tipo de religião (ensino laico) e a liberdade para a escolha e participação na educação.
Algo inovador proposto por esta reforma e que é uma realidade até os dias atuais consiste na ideia de que o ensino deve formar os alunos para os níveis superiores de educação, substituindo o foco literário pelo da ciência com um enfoque para as pesquisas científicas. Em 1911 é proposta a Reforma Rivadavia Côrrea que determinava que o ensino secundário promovesse a formação do cidadão brasileiro, bem como propunha a liberdade do ensino com amplo acesso para a população brasileira e a troca do diploma por um certificado de aproveitamento.
A última mudança deste período ficou por conta da Reforma João Luiz Alves que criou a disciplina conhecida como Moral e Cívica, que oferecia conhecimentos sobre a sociedade brasileira e o caráter, aumentando o sentido ético e nacionalista dos pequenos cidadãos brasileiros. O acontecimento era inevitável, em 15 de novembro de 1889 um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca pôs fim ao Império. O advento da Republica se traduz em uma série de fatores. Enfatizamos o ato da escravidão e suas conseqüências, a guerra do Paraguai e as demais crises militares internas, o prejuízo da falta de apoio da igreja e a recusa do apoio das elites mais ricas do país (os cafeicultores) ao Estado Imperial.
Proclamada a República, veio junto com ela o ideal republicano. Foi criado na época o Ministério da Educação, Correios e Telégrafos, porém a parte orçamentária vinculada aos Correios e aos Telégrafos era muito superior à parte que estava designada à Educação. Após dois anos, o Ministério foi suprimido, e a Educação era incorporada ao Ministério da Justiça.
Na década de 1920, houve um entusiasmo geral pela educação e uma fase de otimismo pedagógico. De acordo com Jorge Nagle foi descrito na Educação e Sociedade na Primeira República - “Na medida em que se torna a instituição mais importante do sistema social brasileiro, a escola primária se transforma no principal ponto de preocupação de educadores e homens públicos: procurou-se em especial mostrar o significado profundamente democrático da educação primária, pois é por meio dela que a massa se transforma em povo”.
A fase do otimismo pedagógico começou a entusiasmar os principais governos estaduais do Brasil, o que acendeu uma série de reformas de ensino. Com a introdução no Brasil das idéias da escola Nova, obra de estudiosos tais como Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho, que faziam parte dos reformadores estaduais, essas teorias entraram de maneira incisiva na sociedade brasileira. É importante saber que a percentagem de analfabetos no ano de 1900 era de 75%, de acordo com o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística. Na organização escolar brasileira percebe-se influência da filosofia positivista.
Com a República houve o estabelecimento de um sistema duplo em relação à educação, a escola primária e profissional, era destinada ao povo e a escola secundária e superior era um privilégio da elite. A primeira Constituição republicana brasileira, se efetivou através do movimento político-militar, derrubou o Império em 1889, e se inspirou na organização política norte-americana. Durante a Primeira República (1889-1930) desenvolveu-se um aberto debate sobre a precisão de se reformar a Constituição de 1891. A história da Educação Física no Brasil começa com os primeiros habitantes de nossa terra: os indígenas. Praticavam: canoagem, lançamentos, mergulhos, natação, danças, corridas, lutas e jogos (jogo de peteca). Com a chegada dos portugueses chegam também ao Brasil os negros africanos, devido à necessidade de mão de obra. Estes dão origem a Capoeira, praticada até os dias de hoje. 
As reformas educativas propostas pela burguesia liberal tinham como objetivo adequar a instrução às novas exigências do desenvolvimento industrial. As matérias clássicas e humanistas, que ocupavam a maior parte do tempo dedicado ao ensino, davam espaço às ciências positivas: a matemática, a astronomia, a física, a química, a biologia, a sociologia e a moral, desde o nível primário ao ensino superior. Benjamin Constant, na sua reforma, incluiu na escola de primeiro grau, aos trezes anos, trigonometria, ciências físicas e naturais. 
A reforma sofreu as consequências de ser o resultado de mais um transplante cultural, visto que buscava implantar as experiências europeias e estadunidenses no Brasil. Benjamin reformou o ensino secundário e o ensino primário não foi meta prioritária. Em 1890, existiam 85,21% de iletrados na população. (NAGLE, 1974). A distinção entre o ensino humanista e o ensino científico confirmou a dualidade escolar que já existia. 
As ciências humanas continuariam a ser a áreas dos doutores e as ciências práticas foram a panaceia das classes emergentes, daqueles que possuíam espírito positivo, continuando a velha distinção entre a cabeça pensante e as mãos operárias, contudo estes estão num nível mais científico, mais refinado, mais difícil de identificar (SANCHEZ, 2007). Benjamin morreu sem assinar sua exoneração do breve Ministério criado em 1890 e extinto em 1891 e, por 40 anos após essa data, a educação ficou sob a responsabilidade de um departamento do Ministério da Justiça como era no império (DELANEZE, 2001).
REFERENCIA
DELANEZE, Tais. As reformas educacionais de Benjamin Constant (1890-1891) e Francisco Campos (1930-1932): o projeto educacional das elites republicanas. São Carlos: UFSCar, 2007.
NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU; Rio de Janeiro: Fundação Nacional de material escolar, 1974.
SANCHEZ, Sebastian M. História da Educação no Brasil. Campina Grande. 2007.

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