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A4 - SEMINÁRIOS INTEGRATIVOS DO ESTÁGIO PROFISSIONAL EM MEDICINA VETERINÁRIA

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Em 20 de agosto de 2021, o paciente veio encaminhado da colega 
endocrinologista depois de apresentar hipoglicemia (31 mg/dL) após aplicação 
de metade da dose habitual de insulina NPH às 9h da manhã e a mesma suspeita 
de efeito somogyi. O animal se alimentou as 21hs com 3/4 de lata de diabetic 
úmida, aplicou 10 unidades habituais e a tutora referiu que ele chegou a ter 
hipoglicemia durante a madrugada, mas ao oferecer alimento a glicemia 
estabilizou no valor de 115 mg/dL. Durante a manhã, se alimentou novamente 
com 3/4 de lata de diabetic úmida e foi aplicado 5 unidades por orientação da 
veterinária colega. A glicemia foi caindo rapidamente até chegar a 53 mg/dL e 
ao oferecer alimento novamente, ele não comeu. No exame físico, Scooby 
apresentou-se alerta, porém apático e taquipneico. As mucosas estavam 
normocoradas e apresentou normosfigmia. Foi aferida a glicemia no libre (63 
mg/dL) e com sangue do cateter (33 mg/dL), cuja qual foi conferida em 2 fitas. 
Foi realizado acesso venoso, aplicado 0,5 ml/kg de glicose in bolus e G1% na 
fluidoterapia com ringer lactato. O paciente foi deixado na diária ambulatorial e a 
tutora queria leva-lo para casa durante a noite, mas foi recomendado que ele 
ficasse internado para ser observado por pelo menos 24 horas. Não foi 
autorizado realizar glicemias na fita, somente através do medidor do libre e não 
foi feita aplicação de insulina durante a noite. No dia 21 de agosto o paciente 
apresentou-se alerta, mantendo parâmetros, urinou e manteve-se em aquesia. 
Foi oferecida alimentação durante a noite, porém ele não aceitou e não foi 
realizada aplicação de insulina. Scooby realizou um exame ultrassonográfico 
que demonstrou os seguintes aspectos: pancreatopatia e bexiga urinária em 
moderada/ pouco distendida por conteúdo anecogênico homogêneo, paredes 
espessadas em polo cranial (0,47cm) e discretamente irregulares. O paciente 
teve alta e foi orientado à tutora que o controle glicêmico seja feito em casa e um 
retorno à veterinária colega. De acordo com Fleeman (2001), a maior parte dos 
cães diabéticos necessitam de uma dosagem duas vezes ao dia com insulina 
lenta ou NPH para controlar adequadamente seus sinais clínicos. A dieta 
fornecida deve ser palatável e nutricionalmente equilibrada. 
No dia 01 de setembro, o paciente retornou para a retirada do libre antigo, cujo 
procedimento não apresentou intercorrências e aplicação de um novo. Havia 
presença de uma discreta dermatite na região (tórax esquerdo), então foi 
aplicado neodexa na região e aplicado o outro libre em tórax direito (realizado 
tricotomia ampla e assepsia da região). 
Em 11 de setembro, houve mais uma consulta de retorno, na qual a principal 
queixa era a de hiporexia e êmese. Foi realizada aplicação de cerenia 0,1ml/kg, 
fluidoterapia subcutânea com ringer lactato. Para casa foi prescrito vonau 8 
mg/kg (2 comprimidos TID por 3 dias) e cobavital (1 comprimido SID até a volta 
do apetite). 
Após a consulta da tarde, os tutores retornaram se queixando que paciente 
ficou mais prostrado e começou a apresentar fraqueza dos membros tendo 
dificuldades deambulatórias, não aceitou alimento e não teve mais episódios 
eméticos. Trouxeram paciente em estado de emergência, glicemia hi, bhb 2,9, 
pH 7,2, K 4,4 e HCO3 14,2. Havia alta possibilidade de cetoacidose e foi 
necessário manter o paciente internado em fluidoterapia e infusão de insulina. 
Em 15 de setembro, o animal estava em um quadro estável e mantendo os 
parâmetros vitais normais. Foi conversado que Scooby precisava se alimentar 
para poder receber alta. O mesmo se alimentou e a glicemia estava 207mg/dL, 
então foi realizada a aplicação de Levemir 1UI e dessa forma recebeu alta da 
internação.

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