Buscar

Aplicação do BI aliado ao PMBOK Tomada de Decisões de Risco

Prévia do material em texto

Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
35 
APLICAÇÃO DE BUSINESS INTELLIGENCE 
ALIADO AO PMBOK PARA TOMADA DE 
DECISÕES NA GESTÃO DE RISCOS 
Rwann Rodrigues santos 
 Graduando em Sistemas de Informação 
Estácio do Pará 
 Belém – Pará – Brasil – 66050-350 
rwannrodrigues@gmail.com 
Rennan Rodrigues Santos 
Graduando em Sistemas de Informação 
Estácio do Pará 
Belém – Pará – Brasil – 66050-350 
rennanufpa@gmail.com 
Alexandre Melo 
Professor Estácio do Pará 
Belém – Pará – Brasil – 66050-350 
alexandre.melo@estacio.br 
 
 
Resumo - Introdução: Com o avanço das tecnologias as 
organizações tornam-se organismos mais complexos, 
necessitando de melhor gerenciamento sobre processos, buscando 
inovações para se manterem competitivas e crescerem no 
mercado. Motivação: O crescimento da competitividade no 
mercado atual e a grande carência de respostas rápidas e 
assertivas criou a necessidade da utilização de ferramentas para 
gerir possíveis riscos em projetos. Método: Este estudo utilizou-
se da metodologia quali-quantitativa realizando o levantamento 
de dados e sua análise estatística. Resultados: O trabalho teve 
como uma de suas partes mais importantes a demonstração de 
informações de maneira rápida e precisa através de dashboards 
que gerarão agilidade e confiança no tratamento das informações, 
melhorias financeiras e maior competitividade no mercado. 
Considerações finais: O uso de business intelligence aliado ao 
PMBOK se mostrou eficiente com a utilização de dashboards e 
gráficos para auxiliar a tomada de decisões, fornecendo 
informações seguras e de fácil entendimento. 
 
Palavras-Chave: Business Intelligence, Tomada de Decisão, 
PMBOK, Gerenciamento de Risco. 
I. INTRODUÇÃO 
As organizações, atualmente, procuram maneiras de se 
destacar no mercado, tornando-o cada vez mais competitivo. 
Neste modelo de mercado altamente competitivo, 
praticamente, resistem somente aquelas empresas que 
conseguem gerenciar melhor os seus projetos, fazendo-o por 
meio de investimentos, como a compra de novos equipamentos 
e/ou, até mesmo, fazendo modificações na maneira como são 
realizados determinados processos. 
Conforme a necessidade de mudanças vai surgindo, emerge 
também a indispensabilidade de uma eficiente e minuciosa 
gestão de riscos ligada a essas melhorias, para que uma 
empresa consiga se manter no mercado. 
O gerenciamento de riscos deve ser utilizado em qualquer 
projeto, buscando garantir o cumprimento dos requisitos a ele 
pertinentes. São atendidos por meio desse gerenciamento o 
escopo, o prazo, a qualidade e o custo, que são fatores 
fundamentais para conseguir o resultado esperado, ou seja, a 
realização do projeto com eficácia e eficiência, aumentando 
assim o valor da empresa. 
Através de uma boa gestão, é possível evitar o desperdício 
de recursos por meio de ações preventivas oriundas do 
gerenciamento de riscos que estejam envolvidos na falha de 
segurança ou de sistemas críticos. 
A gestão de riscos permite identificar algo que pode se 
tornar um problema à empresa, medindo e analisando os 
riscos, evitando, ou diminuindo a probabilidade de que estes 
se concretizem e causem prejuízos financeiros, atrasos em 
entregas, defeitos na produção, falhas na comunicação com os 
clientes, entre outros resultados negativos para a empresa. 
A gestão de riscos é um conjunto de estratégias utilizado 
para ordenar e gerenciar recursos materiais e humanos, 
visando à redução de impactos causados por possíveis riscos 
em uma organização. A gestão de riscos faz o uso de uma série 
de ferramentas, técnicas, hardwares e softwares, buscando 
sempre reduzir, ou eliminar, as consequências de possíveis 
danos, acidentais ou não. Dessa forma, a gestão de riscos atua 
encaminhando os riscos existentes para tratamento, de modo 
que não haja prejuízos aos projetos, clientes, meio ambiente e 
a própria imagem da empresa. 
Como sugestão para realizar uma boa gestão de riscos, a 
proposta deste trabalho é analisar como uma ferramenta de 
gerenciamento de riscos aliada ao Business Intelligence é 
capaz de monitorar e auxiliar a tomada de decisão na gestão de 
riscos em projetos. 
Este artigo tem como objetivo geral: 
- Demonstrar a aplicabilidade do Business Intelligence 
aliado ao PMBOK como ferramenta para apoio a tomada de 
decisões na gestão de risco. 
E como objetivos específicos buscou-se: 
- Identificar os riscos em um projeto; 
- Analisar qualitativa e quantitativamente o risco; 
- Monitorar e controlar o risco; 
- Gerar relatórios sobre ocorrências de risco; 
- Estruturar decisões com base nos relatórios criados. 
A dinamicidade e complexidade do mercado atual gera a 
necessidade de ter respostas com agilidade e precisão frente 
aos desafios que surgem no cotidiano. 
O Business Intelligence (BI), inteligência empresarial, 
figura como ferramenta que visa minimizar margens de erro, 
auxiliando a tomada de decisões, muitas vezes servindo de 
agente norteador para ações empresariais. Mesmo ocorrendo 
algum equívoco com medições de desempenho e resultados, 
uma das propostas do BI é propiciar a correção e o melhor 
retorno ao caminho certo do projeto. 
mailto:alexandre.melo@estacio.br
Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
36 
No Business Intelligence, os dados precisam ser filtrados e 
organizados para que esses se transformem em informações 
confiáveis capazes de serem utilizadas com o propósito de 
alcançar o objetivo da organização. 
O PMBOK é um guia criado para indicar boas práticas no 
gerenciamento de projetos. Esse guia se apresenta como uma 
espécie de enciclopédia sobre gerenciamento de projetos, a 
qual é regularmente revisada pelo PMI (Project Management 
Institute), e tem como função padronizar e reunir as práticas 
mais eficientes, testadas e comprovadas por gerentes de 
projetos de todo mundo em um só lugar. 
 
II. MOTIVAÇÃO 
Devido a necessidade de uma rápida tomada de decisões a 
fim de responder a agilidade do mercado, faz-se necessário o 
uso de tecnologias de informação para tentar realizar novos 
projetos e processos de maneira assertiva. Neste cenário, as 
organizações precisam lidar com uma quantidade gigantesca 
de dados tornando isso um desafio a ser superado. 
As organizações atualmente necessitam fazer várias 
análises para se manterem atuantes no mercado como por 
exemplo: 
- Análise de dados, na qual estes têm que ser tratados de 
maneira correta e segura para dar base às informações; 
- Análise de tendências, através de informações do 
comportamento do consumidor; 
- Análise da concorrência, para verificar quais as forças e 
fraquezas das empresas atuantes no mercado; 
- Etc... 
Através dessas análises é possível também realizar o 
monitoramento dos projetos e processos e criar métricas e 
indicadores que possibilitam uma visão ampliada de metas a 
serem alcançadas. 
 
III. METODOLOGIA 
Este trabalho tem sua natureza de caráter bibliográfico, se 
baseando em publicações científicas sobre o referido tema, ou 
que a ele se assemelhem, disponíveis através de meios 
eletrônicos no site IEE, dentre outros, bem como em livros de 
referência sobre os assuntos centrais a serem abordados. 
A pesquisa possui também caráter exploratório à medida 
que possibilita maiores esclarecimentos acerca do referido 
tema nela abordado. 
Este trabalho possui também uma abordagem quali-
quantitativa, pois, usa métodos qualitativos e quantitativos 
para realizar análises que levem ao bom gerenciamento de 
riscos. 
Para esse estudo foi necessária a utilização dos tipos de 
métodos de pesquisa para que pudesse chegar ao resultado 
esperado no tratamento dos dados, a fim de gerar informações 
capazes de apoiar a tomada de decisão. 
 
IV.REFERENCIAL TEÓRICO 
[1] Segundo Cavalieri (2011), um risco é qualquer evento 
ou condição que, se concretizado, tende a afetar negativamente 
ou positivamente o objetivo do projeto. De acordo com o autor, 
o risco apresenta duas dimensões: probabilidade e impacto. 
Onde probabilidade é a chance de ocorrer e o impacto é o efeito 
sobre o objetivo do projeto, caso o evento se concretize. 
[1] Para Cavalieri (2011), os riscos que afetam os projetos 
podem ser divididos em quatro categorias, são elas: 
- Riscos técnicos, de qualidade, ou desempenho: Nessa 
categoria se incluem o uso de tecnologias não comprovadas, 
metas de performance irrealistas e outros que podem afetar os 
objetivos dos produtos e serviços que façam parte do escopo 
do projeto; 
- Risco de gerência de projeto: São fatores relacionados a 
prática de gerência de projetos como a qualidade do 
planejamento, as falhas no cronograma, a alocação de 
recursos, o controle de mudanças, entre outras; 
- Riscos organizacionais: São riscos relacionados a 
empresa responsável pelo projeto, como a falta de priorização 
de projetos, a falta de verba e a competição entre projetos pelos 
recursos utilizados; 
- Riscos externos: Provenientes de influências externas ao 
ambiente do projeto, bem como de entidades que tenham poder 
de influenciar o andamento do projeto, ou a empresa 
responsável pela execução do projeto. 
[2] O risco é definido como um conjunto de elementos 
incertos, que age constantemente sobre os objetivos, as metas 
e os módulos estratégicos, influenciando o ambiente e 
provocando prejuízos. Entretanto, quando bem gerenciados e 
monitorados, criam oportunidades de ganhos financeiros, de 
reputação e de relacionamento. (BARALDI, 2010). 
[3] O risco individual do projeto é um evento ou condição 
incerta que, se ocorrer, provocara um efeito positivo ou 
negativo em um ou mais objetivos do projeto (PMBOK, 2017) 
[3] O risco geral do projeto é o efeito da incerteza do 
projeto no seu todo, decorrente de todas as fontes de incerteza, 
incluindo riscos individuais, representando a exposição das 
partes interessadas as implicações de variações no resultado do 
projeto, sejam positivas ou negativas (PMBOK, 2017). 
[3] Os riscos individuais do projeto podem ter impactos 
positivos ou negativos nos objetivos do projeto, se ocorrerem 
(PMBOK, 2017). 
[3] O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os 
processos de condução do planejamento, da identificação, da 
análise, do planejamento das respostas, da implementação das 
respostas e do monitoramento dos riscos em um projeto. O 
gerenciamento dos riscos do projeto tem por objetivo aumentar 
a probabilidade e/ou o impacto dos riscos positivos e diminuir 
a probabilidade e/ou o impacto dos riscos negativos, a fim de 
otimizar as chances de sucesso do projeto (PMBOK, 2017). 
[3] O gerenciamento dos riscos do projeto visa identificar 
e gerenciar os riscos que não são considerados pelos outros 
processos de gerenciamento de projetos. Quando não 
gerenciados, estes riscos tem potencial para desviar o projeto 
do plano e impedir que alcance os objetivos definidos do 
projeto. Consequentemente, a eficácia do Gerenciamento dos 
Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
37 
Riscos do Projeto está diretamente relacionada ao seu sucesso 
(PMBOK, 2017). 
 
Fig. 1. Os Sete Processos Para o Gerenciamento de Risco 
FONTE: Adaptação dos autores do PMBOK (2017) 
[4] Segundo Vieira (2004), o gerenciamento de riscos é o 
principal trabalho de uma gestão de projetos. Utiliza-se de 
técnicas de gestão que previnem os riscos, reduzindo assim, os 
riscos de atrasos e de ultrapassar o orçamento do projeto por 
exemplo. 
[5] No processo decisório enfatiza-se as análises realizadas 
afim de decidir de forma mais eficaz e eficiente qual o melhor 
caminho a seguir, mas também é preciso “aceitar a existência 
de uma face de imprevisibilidade e de interação humana que 
lhe confere a dimensão do ilógico, do intuitivo, do emocional 
e espontâneo, e do irracional” (MOTTA, 2004, p.26 apud 
AMARAL; SOUSA, 2011, p. 133). 
[6] Business Intelligence (BI) é um termo genérico que 
inclui as aplicações, infraestrutura, ferramentas e melhores 
práticas que permitem o acesso e análise de informações para 
melhorar e otimizar decisões e desempenho. (GARTNER 
GROUP, 2011 apud SILVA et al, 2016, p. 4). 
[7] A dinâmica empresarial é cada vez mais rápida, 
tornando mais complexa e menos previsível a atividade 
empresarial em todo o mundo. Há uma dependência maior de 
informação e de toda a infraestrutura tecnológica que permite 
o gerenciamento de enormes quantidades de dados. 
(NICHELE, LOVATTO, MUGNOL, p. 3). 
[6] Um estudo realizado por Gartner Group (GARTNER, 
2011 apud SILVA, 2016, p. 2787) observou que muitas 
empresas utilizam o BI em alguma parte do processo, porém 
algumas ainda falham em extrair os benefícios dessa 
tecnologia. Não se percebe, mas nas empresas, todos os dias, 
são inseridos muitos dados de todos os tipos: pedidos 
realizados por fornecedores, compras de insumos, envio de 
produtos para filiais, consultas, entre outras informações. [8] 
“O grande desafio de todo indivíduo que gerencia qualquer 
processo é a análise dos fatos relacionados ao seu dever. Ela 
deve ser feita de modo que, com as ferramentas e dados 
disponíveis, o gerente possa detectar tendências e tomar 
decisões eficientes e no tempo correto”. (ZENONE, 2007, 
p.66). 
[9] segundo PRIMAK (2008), BI deve ser entendido como 
o processo de desenvolvimento de: 
a. estruturas especiais de armazenamento de informações 
como DW (Data Warehouse), DM (Data Mart) e ODS 
(Operational Data Store), com o objetivo de se montar uma 
base de recursos informacionais, capaz de sustentar a camada 
de inteligência da empresa e possível de ser aplicada aos seus 
negócios, como elementos diferenciais e competitivos. 
Juntamente com o conceito de DM, DW, OSD, o conceito de 
BI contempla também o conjunto de ferramentas ETC 
(Extração, Tratamento e Carga), fundamentais para a 
transformação do recurso de dados transacional em 
informacional; 
b. enquanto DW e DM se referem a estruturas 
dimensionais de dados remodeladas com o objetivo de prover 
análises diferenciais, o conceito de OSD, por sua vez, está 
relacionado ao armazenamento e tratamento de dados 
operacionais de forma também consolidada, porém sem as 
características dimensionais. O ODS além de representar a 
metade do caminho entre o legado e o DW, também oferece 
informações importantes do ponto de vista decisório, devido a 
sua característica de consolidação e integração de várias fontes 
de dados; 
c. aplicações especiais de tratamento de dados, como 
OLAP e Data Mining. O termo OLAP (On-line Analytical 
Processing) é hoje muito difundido, pode ser traduzido por 
Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
38 
processamento analítico on-line, e representa essa 
característica de se trabalhar os dados com operadores 
dimensionais, possibilitando uma forma múltipla e combinada 
de análise. O conceito de Data Mining, por outro lado, está 
mais relacionado com os processos de análise de inferência do 
que com os de análise dimensional de dados e representa uma 
forma de busca de informação baseada em algoritmos que 
objetivam o reconhecimento de padrões escondidos nos dados 
e não necessariamente revelados pelas outras abordagens 
analíticas, como OLAP. 
[10] Para Cunha (2015). OLAP (On-Line Analytical 
Processing, ou processamento analítico on-line) se apresenta 
como uma tecnologia composta por um conjunto de 
ferramentas projetadas para analisar dados de suporte a 
decisão, armazenadas no Data warehouse. 
[11] Para Prass (2009) a construção do Data warehouse 
(DW) é feita atravésde uma cópia da base de dados dos 
sistemas transacionais, centralizando os dados para 
posteriormente serem consultados, sendo orientados por 
assunto, constituindo assim um armazém de dados. 
[12] Segundo Patricio (2016) a composição de um 
subconjunto do data warehouse, selecionado por 
departamento, para consultas, pode também ser definido como 
uma base de dados departamental especifica para uma 
determinada área dentro de uma organização, de fácil acesso a 
uma informação relevante. 
[6] Os sistemas de BI são utilizados pelas empresas para 
agilizar o processo de tomada de decisão, disponibilizando 
informações oportunas e em tempo hábil aos tomadores de 
decisão. Portanto, torna-se fundamental a utilização de 
sistemas aliados aos objetivos estratégicos da empresa para 
auxiliar a tomada de decisão gerencial. Dessa forma, precisa-
se reconhecer que os sistemas de informações são necessários 
para todas as organizações e que as informações geradas 
suportam o ambiente para a tomada de decisão dos gestores 
(SILVA et al., 2016, p. 2793). 
[6] As principais ferramentas de BI incluem o 
processamento analítico online (OLAP) e mineração de dados 
(Data Mining – DM). OLAP é uma ferramenta que suporta a 
análise multidimensional, que permite aos utilizadores 
visualizar os dados em grandes bancos de dados em diferentes 
dimensões que as consultas de banco de dados normais não 
seriam capazes de fazer mais rápido. A DM é a tecnologia que 
permite a busca através de grandes quantidades de dados para 
padrões significativos do comportamento do consumidor, tais 
como comportamentos de comutação, padrões de fraude, 
análise de cesta de mercado e tendências de consumo (SILVA 
et al., 2016, p. 2789). 
[x] Segundo Gomes (2014), uma decisão precisa ser 
tomada sempre que estamos diante de um problema que possui 
mais de uma alternativa para a sua solução. A teoria da decisão 
é definida como um conjunto de procedimentos e métodos de 
análises que procuram assegurar a coerência, a eficácia e a 
eficiência das decisões tomadas em função das informações 
disponíveis, antevendo cenários possíveis. 
[x] Para Colmenero-Ferreira, Oliveira (2012) o volume 
excessivo e a sobrecarga de dados e informações, muitas das 
vezes prejudicam o processo de tomada de decisão. Portanto, 
faz-se necessário uma seleção eficaz de dados a serem 
transformados em informações que possam contribuir 
efetivamente para o processo de tomada de decisão. 
[x] Maccari, Sauiaia (2006) ressaltam que a velocidade e 
confiabilidade de se poder lidar com um maior número de 
informações num espaço limitado de tempo são decisivas para 
melhor desempenho das empresas. Nesse sentido, destacam 
como um dos fatores mais importantes no processo de tomada 
de decisão é a qualidade das informações, que devem ser 
confiáveis, comparativas, processadas em tempo hábil e no 
nível de detalhamento desejado, pois o valor da qualidade da 
informação está relacionado à probabilidade de sucesso na 
tomada de decisão. 
 
V. TRABALHOS CORRELATOS 
Foram encontrados vários artigos já publicados com temas 
que se assemelham ou tem algum material de grande 
importância a este aqui mencionado. 
Através da apresentação com dashboards gerados fazendo 
o uso do business intelligence foi possível gerar uma melhor 
visualização de custos e gastos ajudando na tomada de 
decisões, Bezerra et al. (2018), “DESENVOLVIMENTO DE 
DASHBOARDS INTERATIVOS UTILIZANDO 
FERRAMENTAS DE BUSINESS INTELLIGENCE NO MS 
EXCEL PARA AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÃO 
EMPRESARIAL”, mostrou por pesquisas o ganho na 
agilidade das decisões através do melhor processamento e 
visualização dos dados. 
Silva et al. (2016), buscou em seu artigo destacar a 
importância do business intelligence para empresas que 
buscam diferenciais e vantagens competitivas que realmente 
contribuam na gestão corporativa mostrando que o uso da 
ferramenta de BI permite melhorar a qualidade das 
informações por se tratar de uma ferramenta de inteligência e 
monitoramento do mercado, promovendo apoio na tomada de 
decisões estratégicas dos gestores, criando assim vantagens 
necessárias. 
Esses dois trabalhos supramencionados podem 
proporcionar a percepção da importância da utilização da 
Business Intelligence para uma organização, nas duas 
organizações foi notória a melhoria adquirida na agilidade das 
tomadas de decisão após o uso das ferramentas de BI. 
 
VI. RESULTADOS 
Com a pesquisa percebeu-se que ainda existem muitos 
problemas relacionados a introdução da tecnologia por parte 
de alguns usuários que se mostram resistentes a novidades 
tecnológicas e muitas empresas com isso não fazem o uso de 
uma eficaz gestão de riscos. 
Apresentaremos algumas tabelas e seus dasboards como 
ferramentas de business intelligence para uma melhor gestão 
de riscos da empresa. 
 
Na identificação dos riscos é realizado o cadastro dos 
riscos, informando a descrição do risco, data de 
identificação e a categoria do risco. 
Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
39 
 
Fig. 2. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO 
FONTE: AUTORES, 2020 
 
Análise qualitativa é feita após os riscos serem 
identificados no projeto. Esse processo dá a definição da 
probabilidade de ocorrência, o impacto do risco e a 
graduação do risco dentro do projeto. 
 
Fig. 3. ANÁLISE QUALITATIVA DO RISCO 
FONTE: AUTORES, 2020 
 
Fornece informações quantitativas sobre os impactos 
causados pelos riscos se estes ocorrerem, informam os custos 
e o impacto no cronograma que cada risco pode ocasionar no 
projeto. O aumento nos dias do cronograma é diretamente 
proporcional a elevação dos custos. 
 
Fig. 4. ANÁLISE QUANTITATIVA DO RISCO 
FONTE: AUTORES, 2020 
 
No planejamento para as ações é definida a estratégia 
adotada para o risco de aceitar, reduzir, evitar o risco, assim 
como o responsável do plano de ação para os riscos 
identificados. 
 
Fig.5 AÇÕES PARA O RISCO 
FONTE: AUTORES, 2020 
Para visualizar a análise dos riscos dentro do projeto, foi 
criado um gráfico com a situação atual dos riscos, onde esses 
são separados conforme a sua graduação de impacto, alta, 
média ou baixa. Este gráfico mostra o controle e a separação 
dos riscos. 
 
Fig.6. ANÁLISE DE RISCOS 
FONTE: AUTORES, 2020 
Serão apresentados dashboards, permitem que o usuário 
possa ter uma visão ampliada dos riscos divididos em três 
grupos: identificados; monitorados; e ocorreram, divididos de 
acordo com sua graduação. 
 
Fig.7. DASHBOARD DE RISCOS IDENTIFICADOS 
FONTE: AUTORES, 2020 
Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará 
Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 
 
40 
 
Fig.8. DASHBOARD DE RISCOS MONITORADOS 
FONTE: AUTORES, 2020 
 
Fig.9. DASHBOARD DE RISCOS OCORRIDOS 
FONTE: AUTORES, 2020 
Através deste trabalho foi possível demonstrar a 
importância de usar o Business intelligence para uma boa 
gestão de riscos visando o auxílio na tomada de decisão. 
 
VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este trabalho teve como foco principal a demonstrar a 
importância do Business Intelligence aliado ao PMBOK para 
a melhoria e agilidade das tomadas de decisão para uma 
organização. 
Uma das propostas foi o uso de dashboards e gráficos 
mostrando informações de maneira fácil de ser entendida e 
auxiliando e norteando as decisões. 
O trabalho conseguiu atingir os seus objetivos à medida que 
pode se observar a melhoria na qualidade das informações 
percebidas nos dashboards. 
Para possíveis trabalhos futuros, pode ser indicado: 
- A criação de um sistema gerenciador de gestão de riscos. 
- Criação de aplicativo mobile de Business Intelligence 
- Desenvolver um portal de troca de experiências sobre o 
Business intelligence voltado a gestão de riscos. 
 
REFERENCIAS 
[1] CAVALIERI, Adriane; DINSMORE, Paul Campbell.Como se 
tornar um profissional em Gerenciamento de Projetos. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Qualitymark, 2011. 
 
[2] BARALDI, Paulo. Gerenciamento de Riscos. 3ª ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 2010. 
 
[3] PMBOK, Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. 
6ª edição. EUA: Project Management Institute, 2017. 
 
[4] VIEIRA, E. N. O. Gerenciando Projetos na Era de Grandes 
Mudanças: Uma Breve Abordagem do Panorama atual. 2004. 
 
[5] MOTTA, 2004, p.26 apud AMARAL; SOUSA, Qualidade da informação 
e intuição na tomada de decisão organizacional. Perspectivas em Ciência 
da Informação, n. 1, v. 16, p. 133-146, 2011, ISSN: 1413-9936. 
 
[6] SILVA, R. A. et al., “O USO DO BUSINESS INTELLIGENCE (BI) 
EM SISTEMA DE APOIO À TOMADA DE DECISÃO 
ESTRATÉGICA”, Revista GEINTEC – ISSN: 2237-0722, v. 6, n. 1, pp.
 2780-2798, 2016. [Online]. Available: 
http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630 
 
[7] NICHELE, M; LOVATTO, S. V.; MUGNOL, R. P., O uso da tecnologia 
da informação no “Business Intelligence” na gestão de empresas de 
pequeno, médio e grande porte da região de Caxias do Sul. [s. a.]. p.3. 
 
[8] ZENONE, Luiz C., Marketing Estratégico e Competitividade 
Empresarial, São Paulo, Novatec Editora, 2007. 
 
[9] PRIMAK, Vinícius, Decisões com B.I., São Paulo, Ciência Moderna, 
2008. 
 
[10] CUNHA, Juscelino C. (2015) “Business Intelligence: Conceitos, 
técnicas, sistemas e ferramentas”. p 4. 
 
[11] PRASS, Fernando Sarturi. FERNANDES, Mikael de Souza. VARGAS, 
Pablo Tôndolo. (2009) Utilizando a Ferramenta Mondrian para 
Modelagem em Data Warehouses. SQL Magazine, v.67. 
 
[12] PATRICIO, Thiago Seti. (2016) A Importância do Business Intelligence 
na Tomada de Decisões em Gerenciamento de Projetos. cognitio/pós-
graduação unilins 1.7. p 5-6. 
 
[13] BEZERRA, J. C. C., et al., “DESENVOLVIMENTO DE 
DASHBOARDS INTERATIVOS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE 
BUSINESS INTELLIGENCE NO MS EXCEL PARA AUXÍLIO NA 
TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL”, Revista Expressão 
Católica; v. 7, n. 1; ISSN: 2357-8483, Jan – Jun; 2018; . [Online]. 
Available: 
https://pdfs.semanticscholar.org/f710/f7e61105376ad84dc4bc3d5ac976
58bcbcaf.pdf 
 
 
http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630
http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630

Continue navegando

Outros materiais