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Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 35 APLICAÇÃO DE BUSINESS INTELLIGENCE ALIADO AO PMBOK PARA TOMADA DE DECISÕES NA GESTÃO DE RISCOS Rwann Rodrigues santos Graduando em Sistemas de Informação Estácio do Pará Belém – Pará – Brasil – 66050-350 rwannrodrigues@gmail.com Rennan Rodrigues Santos Graduando em Sistemas de Informação Estácio do Pará Belém – Pará – Brasil – 66050-350 rennanufpa@gmail.com Alexandre Melo Professor Estácio do Pará Belém – Pará – Brasil – 66050-350 alexandre.melo@estacio.br Resumo - Introdução: Com o avanço das tecnologias as organizações tornam-se organismos mais complexos, necessitando de melhor gerenciamento sobre processos, buscando inovações para se manterem competitivas e crescerem no mercado. Motivação: O crescimento da competitividade no mercado atual e a grande carência de respostas rápidas e assertivas criou a necessidade da utilização de ferramentas para gerir possíveis riscos em projetos. Método: Este estudo utilizou- se da metodologia quali-quantitativa realizando o levantamento de dados e sua análise estatística. Resultados: O trabalho teve como uma de suas partes mais importantes a demonstração de informações de maneira rápida e precisa através de dashboards que gerarão agilidade e confiança no tratamento das informações, melhorias financeiras e maior competitividade no mercado. Considerações finais: O uso de business intelligence aliado ao PMBOK se mostrou eficiente com a utilização de dashboards e gráficos para auxiliar a tomada de decisões, fornecendo informações seguras e de fácil entendimento. Palavras-Chave: Business Intelligence, Tomada de Decisão, PMBOK, Gerenciamento de Risco. I. INTRODUÇÃO As organizações, atualmente, procuram maneiras de se destacar no mercado, tornando-o cada vez mais competitivo. Neste modelo de mercado altamente competitivo, praticamente, resistem somente aquelas empresas que conseguem gerenciar melhor os seus projetos, fazendo-o por meio de investimentos, como a compra de novos equipamentos e/ou, até mesmo, fazendo modificações na maneira como são realizados determinados processos. Conforme a necessidade de mudanças vai surgindo, emerge também a indispensabilidade de uma eficiente e minuciosa gestão de riscos ligada a essas melhorias, para que uma empresa consiga se manter no mercado. O gerenciamento de riscos deve ser utilizado em qualquer projeto, buscando garantir o cumprimento dos requisitos a ele pertinentes. São atendidos por meio desse gerenciamento o escopo, o prazo, a qualidade e o custo, que são fatores fundamentais para conseguir o resultado esperado, ou seja, a realização do projeto com eficácia e eficiência, aumentando assim o valor da empresa. Através de uma boa gestão, é possível evitar o desperdício de recursos por meio de ações preventivas oriundas do gerenciamento de riscos que estejam envolvidos na falha de segurança ou de sistemas críticos. A gestão de riscos permite identificar algo que pode se tornar um problema à empresa, medindo e analisando os riscos, evitando, ou diminuindo a probabilidade de que estes se concretizem e causem prejuízos financeiros, atrasos em entregas, defeitos na produção, falhas na comunicação com os clientes, entre outros resultados negativos para a empresa. A gestão de riscos é um conjunto de estratégias utilizado para ordenar e gerenciar recursos materiais e humanos, visando à redução de impactos causados por possíveis riscos em uma organização. A gestão de riscos faz o uso de uma série de ferramentas, técnicas, hardwares e softwares, buscando sempre reduzir, ou eliminar, as consequências de possíveis danos, acidentais ou não. Dessa forma, a gestão de riscos atua encaminhando os riscos existentes para tratamento, de modo que não haja prejuízos aos projetos, clientes, meio ambiente e a própria imagem da empresa. Como sugestão para realizar uma boa gestão de riscos, a proposta deste trabalho é analisar como uma ferramenta de gerenciamento de riscos aliada ao Business Intelligence é capaz de monitorar e auxiliar a tomada de decisão na gestão de riscos em projetos. Este artigo tem como objetivo geral: - Demonstrar a aplicabilidade do Business Intelligence aliado ao PMBOK como ferramenta para apoio a tomada de decisões na gestão de risco. E como objetivos específicos buscou-se: - Identificar os riscos em um projeto; - Analisar qualitativa e quantitativamente o risco; - Monitorar e controlar o risco; - Gerar relatórios sobre ocorrências de risco; - Estruturar decisões com base nos relatórios criados. A dinamicidade e complexidade do mercado atual gera a necessidade de ter respostas com agilidade e precisão frente aos desafios que surgem no cotidiano. O Business Intelligence (BI), inteligência empresarial, figura como ferramenta que visa minimizar margens de erro, auxiliando a tomada de decisões, muitas vezes servindo de agente norteador para ações empresariais. Mesmo ocorrendo algum equívoco com medições de desempenho e resultados, uma das propostas do BI é propiciar a correção e o melhor retorno ao caminho certo do projeto. mailto:alexandre.melo@estacio.br Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 36 No Business Intelligence, os dados precisam ser filtrados e organizados para que esses se transformem em informações confiáveis capazes de serem utilizadas com o propósito de alcançar o objetivo da organização. O PMBOK é um guia criado para indicar boas práticas no gerenciamento de projetos. Esse guia se apresenta como uma espécie de enciclopédia sobre gerenciamento de projetos, a qual é regularmente revisada pelo PMI (Project Management Institute), e tem como função padronizar e reunir as práticas mais eficientes, testadas e comprovadas por gerentes de projetos de todo mundo em um só lugar. II. MOTIVAÇÃO Devido a necessidade de uma rápida tomada de decisões a fim de responder a agilidade do mercado, faz-se necessário o uso de tecnologias de informação para tentar realizar novos projetos e processos de maneira assertiva. Neste cenário, as organizações precisam lidar com uma quantidade gigantesca de dados tornando isso um desafio a ser superado. As organizações atualmente necessitam fazer várias análises para se manterem atuantes no mercado como por exemplo: - Análise de dados, na qual estes têm que ser tratados de maneira correta e segura para dar base às informações; - Análise de tendências, através de informações do comportamento do consumidor; - Análise da concorrência, para verificar quais as forças e fraquezas das empresas atuantes no mercado; - Etc... Através dessas análises é possível também realizar o monitoramento dos projetos e processos e criar métricas e indicadores que possibilitam uma visão ampliada de metas a serem alcançadas. III. METODOLOGIA Este trabalho tem sua natureza de caráter bibliográfico, se baseando em publicações científicas sobre o referido tema, ou que a ele se assemelhem, disponíveis através de meios eletrônicos no site IEE, dentre outros, bem como em livros de referência sobre os assuntos centrais a serem abordados. A pesquisa possui também caráter exploratório à medida que possibilita maiores esclarecimentos acerca do referido tema nela abordado. Este trabalho possui também uma abordagem quali- quantitativa, pois, usa métodos qualitativos e quantitativos para realizar análises que levem ao bom gerenciamento de riscos. Para esse estudo foi necessária a utilização dos tipos de métodos de pesquisa para que pudesse chegar ao resultado esperado no tratamento dos dados, a fim de gerar informações capazes de apoiar a tomada de decisão. IV.REFERENCIAL TEÓRICO [1] Segundo Cavalieri (2011), um risco é qualquer evento ou condição que, se concretizado, tende a afetar negativamente ou positivamente o objetivo do projeto. De acordo com o autor, o risco apresenta duas dimensões: probabilidade e impacto. Onde probabilidade é a chance de ocorrer e o impacto é o efeito sobre o objetivo do projeto, caso o evento se concretize. [1] Para Cavalieri (2011), os riscos que afetam os projetos podem ser divididos em quatro categorias, são elas: - Riscos técnicos, de qualidade, ou desempenho: Nessa categoria se incluem o uso de tecnologias não comprovadas, metas de performance irrealistas e outros que podem afetar os objetivos dos produtos e serviços que façam parte do escopo do projeto; - Risco de gerência de projeto: São fatores relacionados a prática de gerência de projetos como a qualidade do planejamento, as falhas no cronograma, a alocação de recursos, o controle de mudanças, entre outras; - Riscos organizacionais: São riscos relacionados a empresa responsável pelo projeto, como a falta de priorização de projetos, a falta de verba e a competição entre projetos pelos recursos utilizados; - Riscos externos: Provenientes de influências externas ao ambiente do projeto, bem como de entidades que tenham poder de influenciar o andamento do projeto, ou a empresa responsável pela execução do projeto. [2] O risco é definido como um conjunto de elementos incertos, que age constantemente sobre os objetivos, as metas e os módulos estratégicos, influenciando o ambiente e provocando prejuízos. Entretanto, quando bem gerenciados e monitorados, criam oportunidades de ganhos financeiros, de reputação e de relacionamento. (BARALDI, 2010). [3] O risco individual do projeto é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocara um efeito positivo ou negativo em um ou mais objetivos do projeto (PMBOK, 2017) [3] O risco geral do projeto é o efeito da incerteza do projeto no seu todo, decorrente de todas as fontes de incerteza, incluindo riscos individuais, representando a exposição das partes interessadas as implicações de variações no resultado do projeto, sejam positivas ou negativas (PMBOK, 2017). [3] Os riscos individuais do projeto podem ter impactos positivos ou negativos nos objetivos do projeto, se ocorrerem (PMBOK, 2017). [3] O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de condução do planejamento, da identificação, da análise, do planejamento das respostas, da implementação das respostas e do monitoramento dos riscos em um projeto. O gerenciamento dos riscos do projeto tem por objetivo aumentar a probabilidade e/ou o impacto dos riscos positivos e diminuir a probabilidade e/ou o impacto dos riscos negativos, a fim de otimizar as chances de sucesso do projeto (PMBOK, 2017). [3] O gerenciamento dos riscos do projeto visa identificar e gerenciar os riscos que não são considerados pelos outros processos de gerenciamento de projetos. Quando não gerenciados, estes riscos tem potencial para desviar o projeto do plano e impedir que alcance os objetivos definidos do projeto. Consequentemente, a eficácia do Gerenciamento dos Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 37 Riscos do Projeto está diretamente relacionada ao seu sucesso (PMBOK, 2017). Fig. 1. Os Sete Processos Para o Gerenciamento de Risco FONTE: Adaptação dos autores do PMBOK (2017) [4] Segundo Vieira (2004), o gerenciamento de riscos é o principal trabalho de uma gestão de projetos. Utiliza-se de técnicas de gestão que previnem os riscos, reduzindo assim, os riscos de atrasos e de ultrapassar o orçamento do projeto por exemplo. [5] No processo decisório enfatiza-se as análises realizadas afim de decidir de forma mais eficaz e eficiente qual o melhor caminho a seguir, mas também é preciso “aceitar a existência de uma face de imprevisibilidade e de interação humana que lhe confere a dimensão do ilógico, do intuitivo, do emocional e espontâneo, e do irracional” (MOTTA, 2004, p.26 apud AMARAL; SOUSA, 2011, p. 133). [6] Business Intelligence (BI) é um termo genérico que inclui as aplicações, infraestrutura, ferramentas e melhores práticas que permitem o acesso e análise de informações para melhorar e otimizar decisões e desempenho. (GARTNER GROUP, 2011 apud SILVA et al, 2016, p. 4). [7] A dinâmica empresarial é cada vez mais rápida, tornando mais complexa e menos previsível a atividade empresarial em todo o mundo. Há uma dependência maior de informação e de toda a infraestrutura tecnológica que permite o gerenciamento de enormes quantidades de dados. (NICHELE, LOVATTO, MUGNOL, p. 3). [6] Um estudo realizado por Gartner Group (GARTNER, 2011 apud SILVA, 2016, p. 2787) observou que muitas empresas utilizam o BI em alguma parte do processo, porém algumas ainda falham em extrair os benefícios dessa tecnologia. Não se percebe, mas nas empresas, todos os dias, são inseridos muitos dados de todos os tipos: pedidos realizados por fornecedores, compras de insumos, envio de produtos para filiais, consultas, entre outras informações. [8] “O grande desafio de todo indivíduo que gerencia qualquer processo é a análise dos fatos relacionados ao seu dever. Ela deve ser feita de modo que, com as ferramentas e dados disponíveis, o gerente possa detectar tendências e tomar decisões eficientes e no tempo correto”. (ZENONE, 2007, p.66). [9] segundo PRIMAK (2008), BI deve ser entendido como o processo de desenvolvimento de: a. estruturas especiais de armazenamento de informações como DW (Data Warehouse), DM (Data Mart) e ODS (Operational Data Store), com o objetivo de se montar uma base de recursos informacionais, capaz de sustentar a camada de inteligência da empresa e possível de ser aplicada aos seus negócios, como elementos diferenciais e competitivos. Juntamente com o conceito de DM, DW, OSD, o conceito de BI contempla também o conjunto de ferramentas ETC (Extração, Tratamento e Carga), fundamentais para a transformação do recurso de dados transacional em informacional; b. enquanto DW e DM se referem a estruturas dimensionais de dados remodeladas com o objetivo de prover análises diferenciais, o conceito de OSD, por sua vez, está relacionado ao armazenamento e tratamento de dados operacionais de forma também consolidada, porém sem as características dimensionais. O ODS além de representar a metade do caminho entre o legado e o DW, também oferece informações importantes do ponto de vista decisório, devido a sua característica de consolidação e integração de várias fontes de dados; c. aplicações especiais de tratamento de dados, como OLAP e Data Mining. O termo OLAP (On-line Analytical Processing) é hoje muito difundido, pode ser traduzido por Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 38 processamento analítico on-line, e representa essa característica de se trabalhar os dados com operadores dimensionais, possibilitando uma forma múltipla e combinada de análise. O conceito de Data Mining, por outro lado, está mais relacionado com os processos de análise de inferência do que com os de análise dimensional de dados e representa uma forma de busca de informação baseada em algoritmos que objetivam o reconhecimento de padrões escondidos nos dados e não necessariamente revelados pelas outras abordagens analíticas, como OLAP. [10] Para Cunha (2015). OLAP (On-Line Analytical Processing, ou processamento analítico on-line) se apresenta como uma tecnologia composta por um conjunto de ferramentas projetadas para analisar dados de suporte a decisão, armazenadas no Data warehouse. [11] Para Prass (2009) a construção do Data warehouse (DW) é feita atravésde uma cópia da base de dados dos sistemas transacionais, centralizando os dados para posteriormente serem consultados, sendo orientados por assunto, constituindo assim um armazém de dados. [12] Segundo Patricio (2016) a composição de um subconjunto do data warehouse, selecionado por departamento, para consultas, pode também ser definido como uma base de dados departamental especifica para uma determinada área dentro de uma organização, de fácil acesso a uma informação relevante. [6] Os sistemas de BI são utilizados pelas empresas para agilizar o processo de tomada de decisão, disponibilizando informações oportunas e em tempo hábil aos tomadores de decisão. Portanto, torna-se fundamental a utilização de sistemas aliados aos objetivos estratégicos da empresa para auxiliar a tomada de decisão gerencial. Dessa forma, precisa- se reconhecer que os sistemas de informações são necessários para todas as organizações e que as informações geradas suportam o ambiente para a tomada de decisão dos gestores (SILVA et al., 2016, p. 2793). [6] As principais ferramentas de BI incluem o processamento analítico online (OLAP) e mineração de dados (Data Mining – DM). OLAP é uma ferramenta que suporta a análise multidimensional, que permite aos utilizadores visualizar os dados em grandes bancos de dados em diferentes dimensões que as consultas de banco de dados normais não seriam capazes de fazer mais rápido. A DM é a tecnologia que permite a busca através de grandes quantidades de dados para padrões significativos do comportamento do consumidor, tais como comportamentos de comutação, padrões de fraude, análise de cesta de mercado e tendências de consumo (SILVA et al., 2016, p. 2789). [x] Segundo Gomes (2014), uma decisão precisa ser tomada sempre que estamos diante de um problema que possui mais de uma alternativa para a sua solução. A teoria da decisão é definida como um conjunto de procedimentos e métodos de análises que procuram assegurar a coerência, a eficácia e a eficiência das decisões tomadas em função das informações disponíveis, antevendo cenários possíveis. [x] Para Colmenero-Ferreira, Oliveira (2012) o volume excessivo e a sobrecarga de dados e informações, muitas das vezes prejudicam o processo de tomada de decisão. Portanto, faz-se necessário uma seleção eficaz de dados a serem transformados em informações que possam contribuir efetivamente para o processo de tomada de decisão. [x] Maccari, Sauiaia (2006) ressaltam que a velocidade e confiabilidade de se poder lidar com um maior número de informações num espaço limitado de tempo são decisivas para melhor desempenho das empresas. Nesse sentido, destacam como um dos fatores mais importantes no processo de tomada de decisão é a qualidade das informações, que devem ser confiáveis, comparativas, processadas em tempo hábil e no nível de detalhamento desejado, pois o valor da qualidade da informação está relacionado à probabilidade de sucesso na tomada de decisão. V. TRABALHOS CORRELATOS Foram encontrados vários artigos já publicados com temas que se assemelham ou tem algum material de grande importância a este aqui mencionado. Através da apresentação com dashboards gerados fazendo o uso do business intelligence foi possível gerar uma melhor visualização de custos e gastos ajudando na tomada de decisões, Bezerra et al. (2018), “DESENVOLVIMENTO DE DASHBOARDS INTERATIVOS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE BUSINESS INTELLIGENCE NO MS EXCEL PARA AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL”, mostrou por pesquisas o ganho na agilidade das decisões através do melhor processamento e visualização dos dados. Silva et al. (2016), buscou em seu artigo destacar a importância do business intelligence para empresas que buscam diferenciais e vantagens competitivas que realmente contribuam na gestão corporativa mostrando que o uso da ferramenta de BI permite melhorar a qualidade das informações por se tratar de uma ferramenta de inteligência e monitoramento do mercado, promovendo apoio na tomada de decisões estratégicas dos gestores, criando assim vantagens necessárias. Esses dois trabalhos supramencionados podem proporcionar a percepção da importância da utilização da Business Intelligence para uma organização, nas duas organizações foi notória a melhoria adquirida na agilidade das tomadas de decisão após o uso das ferramentas de BI. VI. RESULTADOS Com a pesquisa percebeu-se que ainda existem muitos problemas relacionados a introdução da tecnologia por parte de alguns usuários que se mostram resistentes a novidades tecnológicas e muitas empresas com isso não fazem o uso de uma eficaz gestão de riscos. Apresentaremos algumas tabelas e seus dasboards como ferramentas de business intelligence para uma melhor gestão de riscos da empresa. Na identificação dos riscos é realizado o cadastro dos riscos, informando a descrição do risco, data de identificação e a categoria do risco. Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 39 Fig. 2. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO FONTE: AUTORES, 2020 Análise qualitativa é feita após os riscos serem identificados no projeto. Esse processo dá a definição da probabilidade de ocorrência, o impacto do risco e a graduação do risco dentro do projeto. Fig. 3. ANÁLISE QUALITATIVA DO RISCO FONTE: AUTORES, 2020 Fornece informações quantitativas sobre os impactos causados pelos riscos se estes ocorrerem, informam os custos e o impacto no cronograma que cada risco pode ocasionar no projeto. O aumento nos dias do cronograma é diretamente proporcional a elevação dos custos. Fig. 4. ANÁLISE QUANTITATIVA DO RISCO FONTE: AUTORES, 2020 No planejamento para as ações é definida a estratégia adotada para o risco de aceitar, reduzir, evitar o risco, assim como o responsável do plano de ação para os riscos identificados. Fig.5 AÇÕES PARA O RISCO FONTE: AUTORES, 2020 Para visualizar a análise dos riscos dentro do projeto, foi criado um gráfico com a situação atual dos riscos, onde esses são separados conforme a sua graduação de impacto, alta, média ou baixa. Este gráfico mostra o controle e a separação dos riscos. Fig.6. ANÁLISE DE RISCOS FONTE: AUTORES, 2020 Serão apresentados dashboards, permitem que o usuário possa ter uma visão ampliada dos riscos divididos em três grupos: identificados; monitorados; e ocorreram, divididos de acordo com sua graduação. Fig.7. DASHBOARD DE RISCOS IDENTIFICADOS FONTE: AUTORES, 2020 Revista de Tecnologia da Informação e Comunicação da Faculdade Estácio do Pará Volume 3, Número 5, Páginas 35–40 | Belém, Julho 2020 40 Fig.8. DASHBOARD DE RISCOS MONITORADOS FONTE: AUTORES, 2020 Fig.9. DASHBOARD DE RISCOS OCORRIDOS FONTE: AUTORES, 2020 Através deste trabalho foi possível demonstrar a importância de usar o Business intelligence para uma boa gestão de riscos visando o auxílio na tomada de decisão. VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como foco principal a demonstrar a importância do Business Intelligence aliado ao PMBOK para a melhoria e agilidade das tomadas de decisão para uma organização. Uma das propostas foi o uso de dashboards e gráficos mostrando informações de maneira fácil de ser entendida e auxiliando e norteando as decisões. O trabalho conseguiu atingir os seus objetivos à medida que pode se observar a melhoria na qualidade das informações percebidas nos dashboards. Para possíveis trabalhos futuros, pode ser indicado: - A criação de um sistema gerenciador de gestão de riscos. - Criação de aplicativo mobile de Business Intelligence - Desenvolver um portal de troca de experiências sobre o Business intelligence voltado a gestão de riscos. REFERENCIAS [1] CAVALIERI, Adriane; DINSMORE, Paul Campbell.Como se tornar um profissional em Gerenciamento de Projetos. 4. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. [2] BARALDI, Paulo. Gerenciamento de Riscos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. [3] PMBOK, Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. 6ª edição. EUA: Project Management Institute, 2017. [4] VIEIRA, E. N. O. Gerenciando Projetos na Era de Grandes Mudanças: Uma Breve Abordagem do Panorama atual. 2004. [5] MOTTA, 2004, p.26 apud AMARAL; SOUSA, Qualidade da informação e intuição na tomada de decisão organizacional. Perspectivas em Ciência da Informação, n. 1, v. 16, p. 133-146, 2011, ISSN: 1413-9936. [6] SILVA, R. A. et al., “O USO DO BUSINESS INTELLIGENCE (BI) EM SISTEMA DE APOIO À TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA”, Revista GEINTEC – ISSN: 2237-0722, v. 6, n. 1, pp. 2780-2798, 2016. [Online]. Available: http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630 [7] NICHELE, M; LOVATTO, S. V.; MUGNOL, R. P., O uso da tecnologia da informação no “Business Intelligence” na gestão de empresas de pequeno, médio e grande porte da região de Caxias do Sul. [s. a.]. p.3. [8] ZENONE, Luiz C., Marketing Estratégico e Competitividade Empresarial, São Paulo, Novatec Editora, 2007. [9] PRIMAK, Vinícius, Decisões com B.I., São Paulo, Ciência Moderna, 2008. [10] CUNHA, Juscelino C. (2015) “Business Intelligence: Conceitos, técnicas, sistemas e ferramentas”. p 4. [11] PRASS, Fernando Sarturi. FERNANDES, Mikael de Souza. VARGAS, Pablo Tôndolo. (2009) Utilizando a Ferramenta Mondrian para Modelagem em Data Warehouses. SQL Magazine, v.67. [12] PATRICIO, Thiago Seti. (2016) A Importância do Business Intelligence na Tomada de Decisões em Gerenciamento de Projetos. cognitio/pós- graduação unilins 1.7. p 5-6. [13] BEZERRA, J. C. C., et al., “DESENVOLVIMENTO DE DASHBOARDS INTERATIVOS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE BUSINESS INTELLIGENCE NO MS EXCEL PARA AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL”, Revista Expressão Católica; v. 7, n. 1; ISSN: 2357-8483, Jan – Jun; 2018; . [Online]. Available: https://pdfs.semanticscholar.org/f710/f7e61105376ad84dc4bc3d5ac976 58bcbcaf.pdf http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630 http://ww.w.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/726/630
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