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Síndrome coronariana aguda sem supra de ST Angina estável • Desconforto precordial isquêmico (raramente com dor) • Causa: estresse físico ou emocional • Rápido alivio (5 – 10 minutos) ao repouso ou nitrato sublingual Angina instável • Desconforto precordial isquêmico + o Surgimento em repouso ou aos mínimos esforços o Duração prolongada o Caráter mais intenso (dor) o Início recente (ultimas 4 a 6 horas) o Padrão em crescendo Na angina instável pode haver evidencias de isquemia miocárdica como infradesnivelamento de ST e inversão de onda T. A ausência de supra de ST indica que o lúmen não foi totalmente ocluído (trombo vermelho – fibrina), mas que encontra-se parcialmente ocluído (trombo branco – plaquetas) que pode progredir. Se houver angina instável com elevação dos marcadores de necrose miocárdica = IAMSST. As síndromes coronarianas agudas são divididas da seguinte forma: • Sem supra de ST o Angina instável o IAM sem supra de ST • Com supra de ST o Angina de prinzmetal o IAM com supra de ST SCA sem supra de ST Oclusão subtotal do lúmen. Se houver elevação dos marcadores de necrose é IAMSST, se não houver é angina instável. Causa principal: aterotrombose ➔ ocorre lesão na placa de ateroma com formação de trombo suboclusivo de plaquetas (trombo branco) Diagnóstico Clínico com auxilio de informações de ECG e curva de MNM. A probabilidade dos sinais e sintomas representarem isquemia miocárdica é: • ALTA ➔ os sintomas são típicos de isquemia prolongada, em repouso, tem história de coronariopatia confirmada (IAM prévio). Possui estertores pulmonares, hipotensão, sudorese, insuficiência mitral transitória. No ECG encontramos infra de ST, inversão de onda T e os MNM encontram-se elevados. • INTERMEDIÁRIA ➔ os sintomas são típicos de isquemia miocárdica, idade maior do que 70 anos, sexo masculino com DM, doença arterial periférica, ondas Q, anormalidades previas no segmento ST ou onda T e os MNM estão normais. • BAIXA ➔ sintomas não típicos de isquemia miocárdica, uso recente de cocaína, dor torácica produzida pela palpação do precordio, ECG normal, achatamento ou inversão de onta T na presença de onda R predominante e os MNM estão normais Anamnese • C ➔ caráter • L ➔ localização • I ➔ intensidade • N ➔ nitrato • I ➔ irradiação • C ➔ curso (tempo) • A ➔ associados (sudorese, dispneia, etc) Exame físico Na maioria dos casos encontra-se normal. Porem a vigência de sinais e sintomas de falência do ventrículo esquerdo podemos observar, B3, congestão pulmonar, hipotensão, palidez, etc), temos sinais positivos que corroboram para o dx. ECG Na vigência de AI ou IAMSST o ECG costuma ser normal. Porem podemos encontrar alterações como: • Onda T apiculada e simétrica com ST retificado • Onda T invertida e simétrica com ST retificado • Infradesnivelamento de ST MNM Na angina instável não há alteração em CKMB ou troponinas. Se houver elevação o diagnóstico é de IAMSST. Devem ser dosados na admissão e 6 a 9 horas depois. Complementares Rx de tórax apenas nos casos suspeitos de congestão pulmonar. Lipidograma das nas primeiras 24 horas de internação. Classificação clinica Intensidade da dor • CLASSE I → angina intensa de inicio recente. Não há dor em repouso • CLASSE II → angina em repouso no último mês, mas não nas ultimas 48h. Angina de repouso subaguda • CLASSE III → angina em repouso nas ultimas 48h. Angina de repouso aguda. Circunstancias clinicas • A → condições extra cardíacas que promovem isquemia. Angina secundaria • B → não existem condições extracardiacas que promovem isquemia. Angina primaria • C → a isquemia se desenvolve nas primeiras 2 semanas após um IAM. Angina pós-infarto. Intensidade do tratamento • 1 → ausência de qualquer tratamento para angina estável crônica • 2 → tratamento submáximo para angina estável crônica • 3 → tratamento máximo para angina estável crônica Condutas Estratificação de risco Pacientes com alto e médio risco de desenvolverem eventos cardíacos maiores ou evoluir pra óbito, devem ser internados em UTI e realizado tratamento agressivo e estratégia invasiva precoce. Já os pacientes de baixo risco podem se beneficiar de estratégia conservadora. A medida mais fácil que usamos é o escore TIMI risk: Fatores de risco • Idade > ou = 65 anos • Presença de pelo menos 3 fatores de risco para coronariopatias • Estenose coronariana > ou = 50% previamente documentada • Infradesnivel de ST no ECG admissional • Pelo menos dois episódios anginosos nas ultimas 24h • Uso de AAS nos últimos 7 dias. • Elevação de marcadores de necrose miocárdica Risco estimado • Baixo risco: 0 – 2 • Médio risco: 3 – 4 • Alto risco: 5 – 7 Exames adicionais utilizados na estratificação do risco • Ecocardiograma transtoracico • Teste ergométrico • Eco-stress com dobutamina • Cintilografia miocárdica de perfusão Medidas gerais Os pacientes estratificados em médio e alto risco devem ser internados em UTI e monitorados constantemente por ECG e sinais vitais. Devem permanecer em repouso no leito ate que estejam em 12 a 24 horas estáveis. Oxigênio é ofertado a TODOS nesse grupo com O2 a 100% na dose de 2-4 L/min por ate 4 horas após o desaparecimento da dor. Antianginosos Nitratos ➔ via sublingual. IV somente em refratários após 3 doses. Dilatam o leito coronariano e ↓ a pré e pós carga. Betabloqueadores ➔ via oral. Meta: manter a FC em 50 – 60 bpm. Evitar o pindolol Antagonistas do canal de cálcio ➔ drogas de 3 linha, apenas em refratários a nitratos e BB. Morfina ➔ pacientes sintomáticos após nitratos e BB/ACC e para os que evoluem para edema agudo de pulmão. Antiplaquetários ➔ AAS (200mg ataque e 100mg por dia). Clopidogrel (usado junto com AAS em todos os pacientes de médio e alto risco. Ataque 300 seguindo de 75 por dia VO. Em pessoas com mais de 75 anos a dose de ataque deve ser omitida). Ticlopidina, prasugrel e ticagrelor também podem ser usados. Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa • Abciximab • Tirofiban • Epitifibatide Essas drogas ↑ o risco de sangramento e só podem ser usadas em pacientes de alto risco, submetidos a angioplastia que não receberam tineopiridinicos em associação ao AAS. Além disso o abciximab só pode ser usado em pacientes submetidos a angioplastia. Anticoagulantes tradicionais Indicado em todos os casos. • Enoxaparina → anticoagulante de escolha no tratamento da SCA sem supra de ST, exceto se houver previsão de CRVM nas próximas 24horas quando entar a heparina não fracionada deve ser escolhida. Terapia intervencionista Quando indicada a coronariografia esta deve ser feita o mais rápido possível. Temos dois tipos de intervenção, a angioplastia e a CRVM. A angioplastia é superior, exceto nos casos: • Estenose > 50% no tronco da coronária esquerda • Estenose > 50% em múltiplos vasos + disfunção sistólica do VE • Qualquer lesão sem possibilidade técnica de abordagem por angioplastia percutânea. White book Classificação funcional da angina • Classe I ➔ esforços físicos prolongados e intensos sem limitação das atividades habituais • Classe II ➔ esforços físicos moderados com leve limitação das atividades diárias • Classe III ➔ pequenos esforlis com importante limitação das atividades diárias • Classe IV ➔ repouso ou mínimos esforços com total limitação das atividades diárias I e II → angina estável III e IV → angina instável Diagnóstico • ECG ➔ em todo paciente com suspeita de SCA. É fundamental para a estratificação de risco, estando incluído no escore TIMI. ECG normal não excluiSCA. Alterações: alterações na onda T e depressão de ST. • Laboratório ➔ MNM em todos os pacientes com suspeita de SCA. Seus resultados não devem retardar o inico do tratamento. Solicita-se na admissão (hora 0), com 3-6 e 12 horas. Diferenciação entre angina instável e sem supra. • Radiografia de tórax (na admissão hospitalar) • Ecocardiograma Interpretação de MNM: ➢ CKMB normal não descarta o diagnóstico de IAM ➢ Troponina negativa em 6horas descarta infarto agudo do miocárdio ➢ Troponina não avalia reinfarto Angiocoronariografia Indicada em pacientes de muito alto risco, apresentando pelo menos um dos abaixo: • Instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico • Disfunção ventricular grave ou insuficiência • Angina persistente ou recorrente apesar do tratamento otimizado • Nova ou piora da regurgitação mitral ou novo defeito do septo interventricular 4 • Arritmias ventriculares sustentadas. Tratamento • O2 → todos em hipoxemia • Morfina → evitar em infarto de VD, hipotensão, hipovolemia ou bradipneia. • Nitrato → todos com dor. Evitar como manutenção em pcts sem dor. • Dupla antiagregação → AAS + clopidogrel. Todos. • AAS • Clopidogrel • Praugrel → ↑ eficácia que o anterior porem com ↑ risco de sangramento. • Ticagrelor • IIb/IIIa → uso apenas durante a ICP em situações de ↑ carga de trobos. • Anticoagulação plena → HNF e HBPM • BB → risco médio e alto sem contraindicações. • Estatina → todos independente do LDL e mantida após alta.
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