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Câmara de São Gonçalo-RJ 
 
História e Geografia de São Gonçalo 
 
1. Histórico municipal. Aspectos geográficos ....................................................................... 1 
2. Potencialidades do Município. 3. Atividades econômicas ............................................... 11 
4. Patrimônio histórico, arte e cultura ................................................................................. 18 
5. Símbolos do Município ................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
1 
 
 
 
História 
 
A região onde está situado o município era primitivamente habitada por índios tamoios que foram 
surpreendidos pelos primeiros conquistadores, portugueses e franceses. São Gonçalo foi fundado em 6 
de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves. Seu desmembramento, iniciado no final do século 
XVI, foi efetuado pelos jesuítas, que instalaram uma fazenda na zona conhecida como Colubandê no 
começo do século XVII, às margens da atual rodovia RJ-1041. 
Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede 
ocupava uma área de 52 km², com cerca de seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia. 
Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi posteriormente transferida para as margens 
do rio Imboaçu, onde foi construída uma capela, monumento atualmente restaurado. O conjunto de 
marcos históricos remanescentes do século XVII inclui a fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em 
Ipiíba, a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno, a capela de São 
João, o porto do Gradim e a Fazenda da Luz, em Itaóca; todos lembranças do passado colonial de São 
Gonçalo. 
No século XVIII, o progresso econômico atingiria proporções maiores e, ao lado das fazendas, não 
eram poucos os engenhos de açúcar e aguardente, da mesma forma que prosperavam as lavouras de 
mandioca, feijão, milho e arroz. O comércio desenvolvia-se na mesma proporção das atividades agrícolas, 
e as dezenas de barcos de transporte de gêneros e passageiros davam maior movimento ao litoral, em 
constante intercâmbio com outros portos das diversas freguesias e com os do Rio de Janeiro. 
Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado 
de Niterói, através do decreto estadual nº 124. Em 1892, o decreto nº 1, de 8 de maio, suprime o município 
de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo 
decreto nº 34, de 7 de dezembro do mesmo ano. Em 1922, o decreto 1797 concede-lhe novamente foros 
de cidade, revogada no em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei 
nº 2335, de 27 de dezembro, concede a categoria de cidade a todos as sedes do município. 
 
Quadro Sinótico 
 
 
 
A partir de então (1929), o Município de São Gonçalo, inicia, de forma mais tranqüila, sua trajetória 
rumo ao progresso e ao sucesso. 
 
1 História de São Gonçalo. Prefeitura de São Gonçalo. http://www.saogoncalo.rj.gov.br/historia.php. 
1. Histórico municipal. Aspectos geográficos 
 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
2 
 
Em 1943, ocorre nova divisão territorial no Estado do Rio de Janeiro e desta vez, São Gonçalo perde 
o Distrito de Itaipú para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São 
Gonçalo (sede), Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes que permanecem até os dias atuais. 
Neste mesmo período, décadas de 40 e 50, inicia-se a instalação, em grande escala, de grandes 
fábricas e indústrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do Estado, o que lhe 
valeu o apelido de Manchester Fluminense (uma referência à cidade de Manchester, na Inglaterra, 
caracterizada pelo seu grande desenvolvimento industrial). 
 
O Desenvolvimento 
 
São Gonçalo teve sua ocupação originária em consequência do processo brasileiro de surgimentos de 
núcleos iniciais, ligados aos ciclos econômicos em que se desdobra a história do Brasil. 
Engenhos de açúcar, associados à lavoura de milho e criação de gado, e exploração de minérios 
explicam as ocupações (europeias) em núcleos iniciais, apesar de ter a Coroa Portuguesa (governo) 
dividido o Brasil em Capitanias Hereditárias. As Capitanias, por sua vez eram divididas em Sesmarias. 
Pertencíamos a Capitania de São Vicente e a nossa Sesmaria ganhou o nome de São Gonçalo. 
No século XVIII, a capela de São João, no Porto do Gradim e a Fazenda da Luz na ilha de Itaóca são 
lembranças de um passado colonial em São Gonçalo onde predominava um modelo primário exportador 
que beneficiava as zonas portuárias da então cidade do Rio de Janeiro. Neste século a freguesia de Itaipú 
às margens das lagoas de Itaipú e Piratininga completava a expansão de São Gonçalo. 
Em São Gonçalo, cerca de 30 engenhos operavam em 1860. Portos como o de Guaxindiba, Boaçú, 
Porto Novo, Porto Velho e Porto de São Gonçalo viveram dias de grande movimentação e hoje passam 
à história do município, dando nomes a bairros da cidade na atualidade. Desta época, as Fazendas do 
Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de 
Pachecos (1842) e a propriedade do Conde Beaurepaire Rohan na Covanca (1820). 
Neste século então se inicia a difusão da produção cafeeira e ela é responsável pelo povoamento do 
planalto fluminense. Algumas mudas de café chegaram ao Brasil, vindo da Guiana Francesa. O primeiro 
lugar a ser plantado café foi São Gonçalo, porém o plantio não vingou devido ao tipo do solo; apesar disso 
o cultivo do café se expandiu pela Serra do Mar, indo em direção a terras mineiras e paulistas. Tivemos 
em nossas terras uma fraca expansão cafeeira, mas a experiência nos trouxe benefícios, como a ampla 
construção de ferrovias, o que facilitou o escoamento e o recebimento de produtos. O trecho da ferrovia 
Porto das Caixas (em Itaboraí – cidade vizinha) até o Distrito de Neves em São Gonçalo foi o responsável 
pela formação de aglomerações humanas e vilas que utilizavam as estações de Guaxindiba, São Gonçalo 
e Porto da Madama. 
Em 1890, o distrito de São Gonçalo, correspondendo às primitivas freguesias, é desmembrado de 
Niterói. Em 1895, inaugura-se uma ferrovia que fazia o trajeto de São Gonçalo (Neves) a Cidade vizinha 
de Maricá. Eram duas as estradas de ferro que possuíamos nesta época: Leopoldina e Maricá. 
Os doisvetores ferroviários acima mencionados definiram e foram responsáveis pelo seu desenho 
urbano de ocupação observado na cidade, que se inicia em torno das estações dos trens e segue por 
suas margens. Posteriormente houve um processo de ocupação urbana nas proximidades das estradas 
que cortam a cidade. 
 Atualmente a cidade cresce mais amplamente em todas as direções. O primeiro vetor ferroviário, que 
se iniciava em Niterói (RFFSA – Rede Ferroviária Fluminense Sociedade Anônima) se estendeu na 
direção da região serrana e o vetor São Gonçalo (1ª Estação em Neves) Marica se desenvolve quase 
paralelo ao interior, até encontrar o Rio Guaxindiba e deste segue em direção do vale do rio Aldeia em 
direção sul, deixando o município na altura da Serra do Calaboca, no caminho da região dos lagos 
Fluminenses ou Baixada Litorânea. A partir de 1929 passaram a fazer parte da cidade os pitorescos 
bondes a vapor. Pequenos trens da “Tramway Rail fluminense”, que faziam o trecho de Neves a 
Alcântara. Por curto período, na década de 1930, um novo produto agrícola para exportação aparece em 
São Gonçalo e outras cidades: a citricultura (laranjas e limões). 
No período da II Guerra Mundial (1939-1945) São Gonçalo cresce de forma meteórica. Suas grandes 
fazendas vão aos poucos sendo desmembradas em sítios, chácaras e terrenos de uso urbano e nos 
tornamos solo fértil para o desenvolvimento. 
No governo de Joaquim de Almeida Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a 
urbanização com o calçamento e asfaltamento das principais vias que atualmente ligam Niterói à 
Alcântara. 
Lavoura, como é mais conhecido, governou São Gonçalo por três vezes, a saber: de 31/01/1955 à 
20/01/1959; de 31/01/1963 à 30/01/1967 e de 31/01/1973 à 12/08/1975. 
 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
3 
 
Primeiros Bairros 
 
São Gonçalo possui atualmente 92 bairros e outros tantos sub-bairros, originados, em sua maioria, a 
partir do loteamento de terras que outrora foram fazendas, sítios ou chácaras. Jaime dos Santos 
Figueiredo foi um dos primeiros a realizar o loteamento das terras; seu empreendimento deu origem ao 
que hoje é o bairro Paraíso. Segue abaixo um breve resumo sobre o surgimento de alguns dos principais 
bairros de São Gonçalo¹. 
 
Barro Vermelho 
A região onde o bairro foi fundado possuía um barro de cor avermelhada, muito utilizado na produção 
de tijolos e telhas; ali foi construída um olaria que explorava a potencialidade local. 
 
Brasilândia 
O local foi inicialmente uma fazenda. Seu dono, Alberto Paiva, a vendeu para Sr. Coimbra, que a loteou 
para a construção de casas populares. O bairro, construído por José Rodrigues Amoreim, foi fundado em 
20 de maio de 1945, data em que a Pedra Fundamental foi colocada. Seus primeiros logradouros foram 
rua Minas Gerais, rua Rio Grande do Norte e rua Santa Catarina, onde havia 48 casas. 
 
Camarão 
Sua ocupação foi iniciada após o loteamento das terras do Sr. Alfredo Camarão, realizado por suas 
filhas Luiza e Ana Camarão. No ano de 1950 mais de 300 lotes foram colocados a venda pela Imobiliária 
São Gonçalo. No passado as terras em que foi fundado o bairro faziam limite com a propriedade dos Srs. 
Ismael Branco e Amilce Branco; atualmente seus limites são as ruas Rodrigues da Fonseca, Zélio de 
Morais, Capitão João Manoel, e rua Abílio José de Mattos. 
 
Covanca 
O que antes era conhecido como Estrada do Pião, recebeu o nome de Covanca pela forma do seu 
terreno (covanca significa “ terreno cercado de morros com apenas uma entrada natural”). 
O primeiro tipo de ocupação foi uma vila, com cerca de 20 casas, próxima ao casarão da fazenda 
Covanca, propriedade da família Beaurepaire Rohan. A vila foi construída a mando da própria família e 
tempos depois passou a ser chamada Avenida Aragão. 
 
Engenho Pequeno 
O bairro, rico em fontes naturais e recursos minerais, recebeu este nome devido à existência do 
engenho da propriedade do Sr. João de Araújo Caldeira, a Fazenda do Engenho. 
 
Galo Branco 
Assim como o bairro Zé Garoto, a história deste bairro está associada ao sucesso e popularidade de 
um comerciante local. O fazendeiro em questão, do qual não se sabe o nome, foi um dos primeiros 
proprietários e moradores da região; possuía um comércio na rua São Pedro em Niterói, a “Casa de 
Ferragens Galo Branco”. Para se chegar a localidade, conhecida atualmente como Chumbada, seus 
vizinhos passaram a usar sua porteira como ponto de referência, que ficou conhecida por eles como 
Homem do Galo Branco. O comerciante por sua vez resolveu colocar na porteira a estátua de um galo de 
louça na cor branca, objeto que virou referência para aqueles que almejavam chegar a sua fazenda ou 
que seguiam para propriedades vizinhas. Assim surgiu o bairro Galo Branco. 
 
Gradim 
Logo no início da história do município foi construído na localidade um porto pesqueiro. Muito 
concorrido, o Porto da Ponte, que ficava próximo ao Porto de Neves, possuía um intenso comércio, fruto 
da frequente presença de barcos pesqueiros que ali atracavam para deixar a pesca. 
 
Guaxindiba 
O nome deste bairro tem como origem o rio Guaxindiba, o principal rio da cidade de São Gonçalo. A 
localidade recebeu seu nome ainda no século XVII. O processo de ocupação do futuro bairro veio com a 
instalação da Fábrica de Cimento Portland, em 1933, numa área que hoje pertence ao bairro Bom Retiro. 
 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
4 
 
Jockey (Jóquei) 
A história do bairro está atrelada ao Jockey Club de São Gonçalo. Após sua construção a localidade 
foi rapidamente habitada e recebeu muitas melhorias. Com o fechamento do Jockey, findaram as 
melhorias, mas os moradores permaneceram no local e mantiveram o nome da localidade e futuro bairro. 
 
Jurumenha 
Dr. Antônio Pinheiro M. L. Jurumenha era um dos proprietários da fazenda que deu origem ao bairro. 
A propriedade, que possuía duas olarias e realizava também a exploração de rocha para extração de 
pedra britada, foi loteada, e seus empregados a ocuparam. A ocupação foi então iniciada na parte baixa, 
em meados do século XX. Durante a década de 90, com o avanço das invasões, foi loteada também a 
parte alta da antiga fazenda – boa parte do seu morro, que faz parte dos bairros Santa Catarina e Parada 
40, ainda está preservada. 
 
Parada 40 
O nome tem influência do uso de um meio de transporte comum na cidade durante muitos anos: o 
bonde. Contando a partir do ponto de saída (Niterói), o passageiro tinha um total de 40 paradas (pontos) 
exatamente naquela localidade, daí o nome “Parada 40”. 
 
Porto da Madama 
Nas terras do atual bairro havia um porto muito importante responsável pelo recebimento da lenha 
proveniente do município de Cachoeiras de Macacu. O ilustre comerciante Paulo José Leroux, que 
morava próximo ao porto, teve como colaboradora a avó, Maria Margarida Bazim Desmarest. Muito 
popular na comunidade, a avó do comerciante era chamada de Madama (como os brasileiros entendiam 
a pronuncia francesa). O porto passou então a se chamar “Porto da Madama”; quando fundado, o bairro 
que compreendia esta localidade assim foi chamado também. 
 
Porto da Pedra e Porto Velho 
O surgimento de ambos os bairros está relacionado aos portos que as localidades abrigavam. Estes 
portos, abastecidos por burros de carga e cargueiro de bois, levavam a produção agrícola até os barcos 
que neles atracavam. 
 
Monjolos 
O local tem em abundância um tipo de vegetal chamado monjolo. 
 
Trindade 
Surgiu após o loteamento da Fazenda Santíssima Trindade, que data de 11 de dezembro de 1951. A 
proprietária, D. Leonor Corrêa e seus filhos foram os responsáveis pelo loteamento, realizado através da 
Imobiliária Trindade, que pertencia a seus herdeiros. 
 
Venda da Cruz 
A área do bairro foi definida a partir da junção das terras dos Beaurepaire Rohan, do Tenente Juvenal 
Jardim (Tenente Jardim), da Baronesa de Goitacazese do comerciante Antônio Cruz. A Fazenda Paraíso, 
propriedade do Conde de Beaurepaire, é considerada ainda hoje um marco da fundação do bairro; ali 
nasceram seus filhos, em especial o Visconde Henrique Pedro Carlos de Beaurepairre Rohan. Uma das 
versões que justificam o nome conferido ao bairro fala de uma grande cruz que foi incrustada no Morro 
do Cruzeiro. 
 
Rio do Ouro 
O surgimento de bairros ao longo das margens de vias e ferrovias que cortam a cidade é uma marca 
do processo de ocupação do solo gonçalense, e Rio do Ouro é um exemplo disso. Seu desenvolvimento 
começou à margem esquerda da estrada, onde funcionava a cerâmica Rio do Ouro, produtora de 
manilhas. Com a ida de Itaipu para Niterói o bairro passou fazer parte tanto do município de Niterói quanto 
de São Gonçalo. 
 
Tribobó 
A localidade que deu origem ao bairro era composta por vários riachos, além da lagoa do Capote. 
Tornou-se o mais importante centro de avicultura do estado do Rio de Janeiro, o que levou a criação da 
Cooperativa Avícola de São Gonçalo. Todo esse progresso fez com que o lugarejo, chamado Tribobó, 
ficasse popular e fosse elevado a bairro. 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
5 
 
Várzea das Moças 
Surgiu com a construção das casas dos operários de uma fábrica de manilhas e telhas, do tipo 
Marselhesa, instalada na Fazenda Ipiíba de Malheiros. Com as posteriores alterações nos limites de 
Niterói e São Gonçalo, o bairro passou a fazer parte de ambas as cidades. 
 
Vista Alegre 
Seu processo de ocupação foi iniciado com a construção da Vila Operária para os empregados da 
Cerâmica Vista Alegre; antes de se tornar bairro, a localidade era caracterizada pela produção de louças 
e mosaicos. 
 
Porto do Rosa 
O nome do bairro é herança da antiga Olaria Porto do Rosa, localizada na fazenda do Capitão Antônio 
José de Souza Rosa. A porteira de sua propriedade ficava próxima ao local onde eram empilhadas as 
mercadorias que chegavam e partiam do porto, o que a transformou em ponto de referência para os 
moradores da redondeza e para os barqueiros e comerciantes. A localidade ficou assim conhecida como 
Porto do Rosa, e assim foi reconhecida pela Câmara de Vereadores. 
 
Neves 
Outro bairro cuja origem remete ao funcionamento no local de um porto. Localizado num ponto 
estratégico por estar próximo as cidades de Niterói e Rio de Janeiro, o Porto de Neves promovia um 
escoamento facilitado de toda a produção oriunda de São Gonçalo. Ali foi construído o Mercado Público 
Cônego Goulart, criado para atender à demanda de mercadorias de diversos setores. Porém o grande 
volume de peixe trazido de todo o litoral gonçalense e revendido no mercado fazia com que o mesmo 
parecesse um local exclusivo de venda de peixes. 
 
Patronato 
Inicialmente a localidade era conhecida pelo nome da fazenda que ali havia: “Fazenda Jacaré”, 
propriedade do Barão de São Gonçalo. Em 1948, foi denominada Vila Éden. Mais tarde, após a 
construção do Patronato de Menores, foi denominada Patronato. 
 
Porto Novo 
Assim como o bairro Patronato, Porto Novo originou-se a partir do desmembramento da Fazenda 
Jacaré, do Barão de São Gonçalo. 
 
Vila Lage 
Antes de ser conhecida pelo nome “Vila Lage”, a área em que se consolidou o futuro bairro era 
chamada de “Vila Operária”. A vila de casas geminadas foi construída a mando de uma fábrica local para 
que ali seus funcionários pudessem morar. Posteriormente, em 1942, a comunidade recebeu o Clube 
Social Vila Lage, trazendo consigo grande prestígio e orgulho aos habitantes locais. As reformas 
diferenciadas das casas promoveu a descaracterização da vila, processo iniciado ao final do século XX. 
 
Zé Garoto 
Sua história está vinculada à existência de uma pessoa em particular, o imigrante português José Alves 
de Azevedo, que aos dez anos de idade chegou à São Gonçalo. Muito popular entre a população local, o 
português era carinhosamente chamado de “Zé Garoto” (Zé por causa de seu nome, José, e Garoto 
porque era comum chamar meninos desta forma). Já adulto, Zé Garoto trabalhava como comerciante. 
Possuía um armazém onde hoje é o prédio do Antigo Fórum da cidade; suas terras englobavam a área 
em que hoje encontramos a Escola Estadual Nilo Peçanha e a principal praça da cidade, a Praça 
Professora Estephania de Carvalho, conhecida popularmente como Praça do Zé Garoto. Entre o 
armazém e o espaço onde hoje ficam a escola e a praça havia o Largo (do Zé Garoto), ponto obrigatório 
do bonde com destino à Alcântara. 
 
História segundo o IBGE 
 
A região onde está situado o município era primitivamente habitada por índios tamoios que foram 
surpreendidos pelos primeiros conquistadores, portugueses e franceses2. 
 
2 São Gonçalo. IBGE. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/sao-goncalo/historico. 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
6 
 
São Gonçalo foi fundado em 6 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves. Seu 
desmembramento, iniciado no final do século XVI, foi efetuado pelos jesuítas, que instalaram uma fazenda 
na zona conhecida como Colubandê no começo do século XVII, às margens da atual rodovia RJ-104. 
Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede 
ocupava uma área de 52 km², com cerca de seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia. 
Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi posteriormente transferida para as margens 
do rio Imboaçu, onde foi construída uma capela, monumento atualmente restaurado. 
No século XVIII, o progresso econômico atingiria proporções maiores e, ao lado das fazendas, não 
eram poucos os engenhos de açúcar e aguardente, da mesma forma que prosperavam as lavouras de 
mandioca, feijão, milho e arroz. O comércio desenvolvia-se na mesma proporção das atividades agrícolas, 
e as dezenas de barcos de transporte de gêneros e passageiros davam maior movimento ao litoral, em 
constante intercâmbio com outros portos das diversas freguesias e com os do Rio de Janeiro. 
 
Formação Administrativa 
Freguesia criada com a denominação de São Gonçalo, por Alvará de 10-02-1646 ou 1647. 
Subordinado ao município de Niterói. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Gonçalo, pelo Decreto Estadual n.º 124, de 
22-09-1890, desmembrado de Niterói. Constituído do Distrito Sede. 
Suprimida pelo Decreto n.º 01-05-1892. 
Restaurada, por Lei Estadual n.º 34, de 17-12- 1892. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: São 
Gonçalo, Cordeiros e Itaipu. 
Pela lei n.º 1679, de 20-12-1920, é criado o distrito de Neves e anexado ao município de São Gonçalo. 
Pela Lei Estadual n.° 1.797, de 20-11-1922, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. 
Pela Lei Estadual n.° 2.335, de 27 de dezembro de 1929, recebeu foros de Cidade. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de São de Gonçalo se compõem de 
4 distritos: São Gonçalo, Cordeiros, São Sebastião do Itaipu e Neves. 
Em divisões terrritoriais datadas de 31-Xll-1936 e 31-Xll-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-
Lei Estadual n.º 392-A, de 31 de março de 1938, o município de São Gonçalo compreende o único termo 
judiciário da comarca de São Gonçalo e se compõem de 4 distritos: São Gonçalo, Cordeiros, Itaipu e 
Neves. 
No quadro Fixado, pelo Decreto-Lei Estadual n.º 641, de 15 de dezembro de 1938, para vigorar em 
1939-1943, o Município de São Gonçalo se compõem de 6 distritos: São Gonçalo, Itaipu, José Mariano 
(ex-Cordeiros), Monjolo, Neves e Sete Pontes, e é termo judiciário da comarca de São Gonçalo, formada 
pelos termos de São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Pelo citado decreto, o distrito da sede perdeu parte do 
território para os novos distritos de Monjolo e Sete Pontes do mesmo município de São Gonçalo. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.055, de 31-12-1943, é transferido o distrito de Itaipu do município de 
São Gonçalo para o de Niterói. 
Em virtude doDecreto-Lei Estadual n.º 1.056, de 31-12-1943, que fixou o quadro da divisão territorial, 
administrativa e judiciária do Estado, para vigorar em 1944-1948, o município de São Gonçalo é composto 
de 5 distritos: São Gonçalo, Ipiiba (ex-José Maraiano) Monjolo, Neves e Sete Pontes, e constitui o termo 
judiciário de São Gonçalo, o qual juntamente com os termos de Itaboraí e Maricá forma a comarca de 
São Gonçalo. 
Em divisão territorial datada de 1-Vll-1955, o município de São Gonçalo figura com 5 distritos: São 
Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes e é termo da comarca de São Gonçalo formada pelos 
termos de São Gonçalo e Maricá. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-Vll-1960. 
Em Síntese de 31-Xll-1994, o município é constituído de 5 Distritos: São Gonçalo, Ipiiba Monjolo, Neves 
e Sete Pontes. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 
 
Aspectos Físicos 
 
Localização 
Pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Rio de Janeiro. 
 
Clima 
O clima da cidade de São Gonçalo é do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno relativamente 
seco. As temperaturas variam relativamente ao longo do ano, tendo verões quentes e úmidos, com 
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temperatura média de 26ºC, e picos de até 37 a 39ºC. Já o inverno é a época mais agradável na cidade, 
pois os dias são mais ensolarados e as temperaturas são mais amenas, ficando em média 19ºC durante 
o dia e 12ºC à noite. 
 
Relevo 
O relevo é constituído por terrenos cristalinos, divididos em maciços e colinas costeiras. Em São 
Gonçalo tem o maciço de Itaúna e o alto da gaia, o maciço de Itaúna e visto pela cidade toda, pela sua 
forma de pico e inconfundível. 
 
Aspectos Gerais 
 
População3 
 
 
 
 
 
 
3 São Gonçalo. IBGE. Panorama. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/sao-goncalo/panorama. 
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Trabalho e Rendimento 
Em 2018, o salário médio mensal era de 2.1 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em 
relação à população total era de 11.3%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava 
as posições 34 de 92 e 87 de 92, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava 
na posição 1693 de 5570 e 3071 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos 
mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 34.5% da população nessas condições, o que o 
colocava na posição 49 de 92 dentre as cidades do estado e na posição 3675 de 5570 dentre as cidades 
do Brasil. 
 
 
 
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Economia 
 
 
 
Saúde 
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 12.75 para 1.000 nascidos vivos. As internações 
devido a diarreias são de 0.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, 
fica nas posições 39 de 92 e 37 de 92, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, 
essas posições são de 2429 de 5570 e 3907 de 5570, respectivamente. 
 
 
 
 
 
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Território e Ambiente 
Apresenta 81.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 34.4% de domicílios urbanos 
em vias públicas com arborização e 28.7% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização 
adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros 
municípios do estado, fica na posição 34 de 92, 82 de 92 e 67 de 92, respectivamente. Já quando 
comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 889 de 5570, 4722 de 5570 e 1292 de 5570, 
respectivamente. 
 
 
 
 
 
Economia 
 
As atividades econômicas de São Gonçalo são marcadas pela diversidade. Atualmente temos em 
nossas terras o funcionamento de importantes fábricas, a produção de diferentes produtos agrícolas e 
muitas empresas de comércio e prestação de serviços. A história nos revela quão intensa já era economia 
gonçalense ainda nos tempos de fundação do que viria a ser uma grande cidade. 
O pau-brasil foi o primeiro produto explorado, seguido da cana-de-açúcar e do café. Na primeira 
metade do século XX, nosso setor agrícola direcionou seu foco para a fruticultura, horticultura e 
floricultura. Já na segunda metade do mesmo século, São Gonçalo ganha destaque na economia regional 
pelo seu robusto parque industrial. Neste período a agricultura e a indústria eram, juntas, as responsáveis 
pela metade da arrecadação de taxas e impostos para a economia do estado do Rio de Janeiro, auxiliadas 
também pela pesca, pecuária e avicultura. 
 
Agricultura 
 
No início do século XIX, a economia gonçalense era predominantemente agrícola. Além do açúcar, 
principal produto gonçalense, havia também a produção de aguardente, frutas (principalmente a laranja), 
pau-brasil, café, especiarias e alguns produtos manufaturados. Neste período começam a surgir algumas 
indústrias de produção em pequena escala4. 
 
4 Prefeitura Municipal de São Gonçalo. Economia. https://www.saogoncalo.rj.gov.br/?page_id=4906. 
2. Potencialidades do Município. 3. Atividades econômicas 
 
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A primeira década do século XX foi particularmente importante para a agricultura gonçalense, sendo 
considerado pela inspeção do Ministério da Agricultura como um dos municípios com maior 
desenvolvimento agrícola e como o primeiro no setor de fruticultura. Em 1909 e 1910 a colheita de grãos 
como feijão e milho era intensa; em 1920 fomos um dos maiores produtores de laranja, goiaba e abacaxi. 
O café e depois a laranja assumiram na economia gonçalense o papel que antes tivera o açúcar, e 
tornaram-se os principais produtos de exportação. Cabe destacar aqui o êxito na produção desses dois 
produtos. 
 
Laranja 
Introduzido no Brasil em 1531 por Martim Afonso de Souza, o cultivo da laranja foi bem sucedido em 
São Gonçalo. Neste aspecto a cidade competia com Nova Iguaçu, conhecida na época como “Califórnia 
Brasileira”. Em 1924 a Associação de Fruticultores de São Gonçalo construiu o primeiro Pavilhão para a 
Seleção de Laranjas, cujo destino era a Argentina e Europa. Havia também o Pavilhão de Beneficiamento 
de Laranjas, onde atualmente encontramos o Quartel do 7º Batalhão da Polícia Militar, em Alcântara. Este 
pavilhão realizava a lavagem, a seleção e o encaixotamento das diversas espécies de laranjas que seriam 
venidas para outros municípios do estado. De forma geral, a citricultura teve grande importância, sendo 
durante muito tempo o maior mercado de exportação de São Gonçalo; no entanto a dificuldade de realizar 
exportações durante a II Guerra Mundial resultou no declínio deste mercado. 
 
Café 
Maior riqueza do Brasil desde o século XIX até a metade do século XX, o café não teve sua capacidade 
produtiva explorada logo de início. Em 1731 o sargento-mor Francisco de Mello Palheta levou ao Pará, 
vinda da Guiana Francesa, algumas mudas da rubiácea para enfeitar jardins, e esta foi sua finalidade 
durante décadas. Em 1762, o desembargador João Alberto de Castello Branco trouxe mudas de café 
para o Rio de Janeiro, vindo do Maranhão, e as plantou na Chácara dos Barbadinhos, na rua dos 
Barbonos (atual rua Evaristo da Veiga), no Centro do Rio de Janeiro. Desta chácara saíram as primeiras 
sementes de café para Resende e São Gonçalo. De São Gonçalo o café espalhou-se pela Província 
Fluminense, despertando preocupação entre os senhores de engenhos de açúcar e a consequente luta 
entre estes e os cafeicultores. O cultivo do café de fato se manteve em São Gonçalo nas duas últimas 
décadas do século XVIII e início do século XIX, no entanto, os produtores de cana-de-açúcar foram aos 
poucos “empurrando” o cultivodo café, que passou para Itaboraí e Magé, subindo a Serra do Mar, 
dominando o Vale do Paraíba e fixando-se definitivamente em São Paulo, tendo passado também por 
Minas Gerais. 
No século XX a produção de verduras e flores nas chácaras da cidade também era abundante – São 
Gonçalo foi o lugar que mais fornecedor de rosas para o Rio de Janeiro. Esse fenômeno durou apenas 
duas décadas, e na década de 60 as chácaras não davam conta sequer do abastecimento do mercado 
local. 
Em 1972 os bairros de Monjolos, Laranjal, Vista Alegre, Santa Isabel, Sacramento, Rio do Ouro, Maria 
Paula e Colubandê ainda mantinham uma produção permanente de banana, laranja, limão e manga, e 
outra temporária de mandioca, milho, abacaxi, tomate e cana-de-açúcar. 
O Censo do ano 2000 constatou que as lavouras permanentes da cidade eram aquelas produtoras de 
banana, laranja, limão, maracujá, caqui, coco-da-baía, mamão, manga e tangerina, e as temporárias eram 
de cana-de-açúcar, feijão, milho e mandioca. 
 
Pecuária e Avicultura 
A pecuária teve uma contribuição pequena para o índice de produtividade do município. 
Concentravam-se no 2º e no 3º distrito os rebanhos existentes em São Gonçalo, tendo destaque o 
rebanho bovino para produção de leite. 
Já a avicultura teve um desempenho melhor. Em 1940 recebemos o título de “Primeiro Produtor de 
Aves e Ovos do País” durante a exposição avícola realizada em Petrópolis. Participaram da premiação 
as granjas Alcântara, Pará, Nazaré e Marajó. 
 
Pesca 
A venda do pescado encontrado no litoral gonçalense contribuiu amplamente para produção de divisas 
para a cidade. O sucesso do setor pesqueiro foi tamanho que motivou a construção, em 1916, do Mercado 
Público Cônego Goulart, ao lado da Estrada de Ferro Maricá, em Neves. O mercado era local de compra 
e venda dos mais diversos produtos, porém, acabou ficando conhecido como pela venda do peixe por ser 
o produto mais vendido em suas “barracas”. Mesmo com sua transferência para a Avenida Presidente 
Kennedy, o mercado permaneceu como “Mercado de Peixe” (atual Centro Popular de São Gonçalo). 
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Foram muitas as indústrias de conserva de peixes instaladas em nossa cidade, das quais destacaram-
se: Rubi, Piracema, União, Galo, Pescado, Netuno, Ondina, Orleans (situadas nos bairros Gradim e 
Neves), e a Coqueiro (situada no bairro Porto Velho). Esta última foi a que mais se destacou, tendo seus 
produtos comercializados em diversos estados do Brasil. Foi vendida na década de 1990 para a Indústria 
Quaker, mantendo as atividades bem-sucedidas da tradicional Coqueiro. 
 
Indústria 
São Gonçalo vivenciou na década de 1930 o início da construção de seu pujante parque industrial e 
nas duas décadas seguintes foi considerado o mais importante município do estado e um dos mais bem 
conceituados do país, uma vez que era responsável por mais da metade da arrecadação total dos 
impostos do Rio de Janeiro. 
As décadas de 40 e 50 marcaram o auge da produção industrial na cidade. Nos anos 40 predominavam 
as cerâmicas de telhas e tijolos, em especial nos distritos de São Gonçalo (sede) e Ipiíba. Quanto à 
década de 50, dados estatísticos de 1954 revelam que a cidade manteve seu lugar de destaque possuindo 
setenta fábricas com atividades das mais diversificadas: metalurgia, transformação de materiais não-
metálicos (cimento, cerâmica e outros), farmacêutica; além da produção de papel e produtos alimentícios. 
A quantidade e pluralidade de suas indústrias que possuía na época conferiu a São Gonçalo o 
imponente apelido de “Manchester Fluminense”, em referência à importante cidade industrial da 
Inglaterra. Dentre elas destacaram-se as seguintes: 
• Acieira Martins: 
Situada em Neves. Contava com um forno aquecidos a gás e dois outros aquecidos a óleo, e fabricava 
produtos para o Exército Brasileiro, dentre eles barras, rebites, vigamentos e perfis (peças) especiais. 
 
• Balprensa Comércio e Indústria de Ferro: 
Localizada no Porto Novo (rua João Manoel, 803). 
 
• Café Serrador: 
Situava-se na rua Coronel Serrado. Era uma indústria de moagem e empacotamento de café. Suas 
atividades foram encerradas na década de 1960. 
 
• Cerâmica Esperança: 
Fundada em 10 de maio de 1942. Propriedade do Sr. José Maria Nanci. 
 
• Cerâmica Eureca: 
Construída no bairro Zé Garoto (rua Doutor Francisco Portela). 
 
• Cerâmica Porto do Rosa: 
Situava-se no Porto do Rosa, próxima ao litoral. Fundada em 20 de janeiro de 1941, a famosa 
“Cerâmica do Rosa” era a mais antiga das cerâmicas e a maior em produção. 
 
• Cerâmica Rio do Ouro: 
Fábrica de manilhas, de propriedade do Sr. J.P. Pinheiro. 
 
• Cerâmica Santa Emília: 
Situava-se no Rodo de São Gonçalo. Era responsável pela fabricação de telhas, manilhas, tijolos 
comuns, furados e refratários. 
 
• Cerâmica Vista Alegre: 
Localizava-se em Rio do Ouro. Produzia louças, ladrilhos e mosaicos. 
 
• Companhia Brasileira Produtos de Pesca S.A.: 
Situada no Gradim (rua Cruzeiro do Sul, 01). Atua no ramo da conserva de sardinhas. 
 
• Companhia Brasileira de Fósforos: 
Construída em Neves. Responsável pela fabricação do fósforo Sol, foi vendida posteriormente para a 
Indústria HIME. 
 
• Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas (CBUM): 
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Situada em Neves; criada após a transferência de concessão da famosa Usina de Neves, propriedade 
do Loyde Brasileiro, ao grupo HIME em 1920. A usina possuía dois fornos de aço, uma laminação de ferro 
e uma caldeiraria de ferro e cerâmica, que produziam produtos como vergalhões, cantoneiras, barras de 
ferro, ferro guza e rebites, vendidos no Brasil e no exterior. Inovou, sendo a primeira a produzir parafusos 
na América Latina. 
 
• Companhia Eletroquímica Fluminense situada em Alcântara (rua Dr Alfredo Backer, 566, às margens 
do rio Alcântara). Fundada em 20 de junho de 1933 a Eletroquímica Fluminense era a única do país no 
setor. Produzia cloro, hidrogênio e soda cáustica, matérias-primas específicas para fábricas de sabão, 
tecidos e inseticidas – estas fábricas eram abastecidas com produtos importados, porém, com a escassez 
dos mesmos, fez-se necessária a construção de uma indústria como a Eletroquímica Fluminense para 
atender a demanda nacional. É importante destacar seu pioneirismo no uso do processo hidroelétrico no 
ambiente fabril; atualmente está desativada. 
 
• Companhia Fiat Lux: 
Situava-se em Neves (rua Padre Marcelino, 106 e 109, quando esta ainda fazia parte do território 
gonçalense). Fabricante de fósforos das marcas Fiat-Lux e Olho, contava também com fábricas em São 
Paulo e Pernambuco. 
 
• Companhia Industrial de Papéis Alcântara: 
Fundada em 13 de março de 1945. Possuía filial em Magé, reflexo de sua grande expansão. Hoje está 
desativada. 
 
• Companhia Mabra de Importação e Exportação: 
Criada em 1947. 
 
• Companhia Matadouro São Gonçalo: construída no Gradim (rua Visconde de Itaúna). Criada em 
1915, pelo governo municipal, a companhia era responsável pela matança de bovinos e suínos; prestava 
seus serviços ao comércio privado através de contrato. Deixou de pertencer à Prefeitura em 1933. 
 
• Companhia Nacional de Cimento Portland de Lone Star Cement (Cimento Portland): 
Situada na Fazenda Guaxindiba, à margem da Baía de Guanabara. Fundada em 1933 e com uma 
produção diária de 800 toneladas, a companhia era responsável pelos produtos das marcas Mauá e Incor. 
Possuía excelentes instalações; um exemplo disso era a usina termoelétrica movida a óleo, construída 
para que não houvesse alguma paralisação das máquinas em caso de falta de energia elétrica. Com o 
objetivo de facilitar o escoamento e o transporte de seus produtos a empresa também construiu uma linha 
férrea e um canal, diretamente do rio Guaxindiba: a Estrada de Ferro Industrial e o Canal Guaxindiba, 
respectivamente. O calcário utilizado na produção do cimento era retirado da Bacia Calcáriade São José; 
quando esta matéria-prima se tornou escassa na localidade a produção de cimento foi transferida para o 
município de Cantagalo e São Gonçalo era responsável apenas pela produção de argamassa. 
 
• Companhia Nacional de Explosivos de Segurança S.A.: 
Situada na Fazenda Monte Raso; fabricava dinamite. 
 
• Companhia S.A. Internacional do Brasil: 
Localiza-se em Neves (avenida Paiva). Fundada em 1927, a companhia produzia tintas e vernizes a 
serem utilizados como proteção contra corrosão em embarcações. Passou por um processo de 
modernização e atualmente se chama Indústria de Tintas Internacional. 
 
• Companhia Vidreira do Brasil (COVIBRA) 
 
• Condal Indústria e Comércio: 
Construída em Neves (rua Floriano Peixoto, 2370) em 1959, a Condal era uma fábrica de brinquedos 
e máscaras de propriedade de Armando Valles Castanye. 
 
• Curtume Zoológico São Sebastião: 
Localizava-se no Gradim (atual avenida Washington Luiz). De propriedade do Sr. Rosendo Rica 
Marcos, produzia em 1930 couro de primeira qualidade, após o couro curtido. Foi extinto em 1937. 
 
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• Custódio Rangel Pires Cia. Ltda.: 
Construída em Monjolos; produzia material plástico. 
 
• Estâncias Hidrominerais: 
São Gonçalo e Itaí. 
 
• Fábrica Estrela: 
Localizava-se na travessa Rocha,80. Fundada em 16 de março de 1941, por Eugênio Simões, produzia 
ombreiras e entretela. 
 
• Fábrica de Ampolas: 
Situava-se em Neves (rua Oliveira Botelho). 
 
• Fábrica de Artefatos em Cimento Armado: 
Foi fundada em 9 de fevereiro de 1941. Fabricava muros de cimento armado, paralelepípedos e meios-
fios. 
 
• Fábrica de Artigos Pirotécnicos: 
Seu dono era o Sr. João Pinto dos Santos; suas atividades foram encerradas em 1937 
 
• Fábrica de Bebidas Ron Merino: 
Localizava-se em Neves (travessa São Gonçalo). 
 
• Fábrica de Bebidas e Doces Benvindo Torres Brandão: 
Situava-se no Gradim (rua Visconde do Itaúna, números 7 e 9). Foi criada em 1913 pelo Sr. Benvindo 
Torres Brandão. 
 
• Fábrica de Brinquedos: 
Fama, Fênix e Wite. 
 
• Fábrica de Chocolate Guanabara 
 
• Fábrica de Conservas Ondina: 
Construída em Neves (rua Barão de São Gonçalo, 311). 
 
• Fábrica de Conserva de Peixes Piracema : 
Fundada em 1940 pela família Galego, ficava na rua Manoel Duarte. 
 
• Fábrica de Doces (outras): 
Triunfo (Neves), Regina, São Gonçalo (Gradim) e Neves. 
 
• Fábrica de Doces Sublime: 
Situava-se no bairro Sete Pontes (rua Carlos Magno Barreto). Fundada em 8 de junho de 1941. 
 
• Fábrica de Goiabada: 
Situava-se em Neves (rua Floriano Peixoto). 
 
• Fábrica de Fogos Santo Antônio: 
Situava-se em Neves (rua Oliveira Botelho, 1.638).Fundada em 10 de maio de 1942, fabricava fogos 
de artifício. 
 
• Fábrica de Formicidas: 
Localizava-se em Neves. Era uma indústria de pequeno porte, produtora do inseticida Tank. 
 
• Fábrica de Manufaturados de Chumbo: 
Localizava-se em Neves e pertencia ao Coronel Serrado. 
 
• Fábrica de Móveis: 
Construída em Neves (rua Maurício de Abreu) por José Garcia. 
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• Fábrica de Papelão Fluminense: 
Situava-se em Tribobó (avenida Fued Moisés). 
 
• Fábrica de Produtos Farmacêuticos 
 
• Fábrica de Silicato de Sódio S.A.: 
Localizava-se no Porto da Madama (rua Comandante Ari Parreiras, 1.381). 
 
• Firmas (outras): 
Muniz Moreira e A. Martins Mendes. 
 
• Firma Irmãos Seves: 
Construída em Neves (rua Floriano Peixoto,105). Era uma fabrica de massas alimentícias e foi fundada 
em ano anterior a 1938. 
 
• Fundição Francisco Rocha: 
Situava-se no 1º Distrito. Criada antes de 1930, foi a primeira indústria no município a fabricar caldeiras. 
 
• Fundição Palmares: 
Localizada em Neves (rua Oliveira Botelho). Era uma indústria do setor metalúrgico. 
 
• Gesso Fluminense: 
Localizava-se onde atualmente é o bairro Barracão. 
 
• Hermógenes Liare e Filhos: 
Produtora de tijolos refratários construída em Neves (travessa Fatori). 
 
• Indústria Eduardo Duvivier e Dagoberto LeweK. 
 
• Indústrias Reunidas: 
Construída na localidade de Calaboca. De propriedade do Sr. Antônio Magalhães, a fábrica realizava 
a moagem de feldspato. 
 
• Indústrias Reunidas Mauá: 
Localizava-se em Neves (rua Oliveira Botelho, 67). Fundada em 5 de outubro de 1941, a fábrica de 
vidros e porcelanas também produzia vidro neutro, sendo a única do ramo em toda a América do Sul. 
 
• Indústrias Reunidas de Pesca S.A. Netuno: 
Situava-se no Gradim ( rua Visconde de Itaúna, 545). Fundada em 22 de novembro de 1941, foi a 
primeira indústria do município no ramo da conserva de peixes. 
 
• Indústria de Adubos Fertilimar Ltda.: 
Localizava-se no Jardim Catarina. Fechou as portas na década de 1950 diante da acusação de 
poluição ambiental. 
 
• Indústria de Cerâmica Fatore: 
Localiza-se no Vila Lage. Fundada em 29 de junho de 1941 por Sr. J. Maulliac, a indústria produzia 
tijolos, telhas, filtros de barro e refratários. Anos mais tarde passou às mãos da Firma Hermógenes Luiz 
e Filhos. 
 
• Indústrias de Conserva Coqueiro: 
Localizada no bairro Porto Velho, a “Coqueiro” foi fundada em 1937 e sua marca ganhou projeção no 
estado do Rio de Janeiro e no Brasil. Iniciou suas atividades produzindo sardinhas em conservas, 
evoluindo para a produção de farinha de peixe e atum em conserva. Posteriormente passou a produzir 
também as próprias embalagens de seus produtos – sendo a única no ramo, na época. Foi vendida para 
a Indústria Quaker Produtos Alimentícios na década de 1990; no entanto seus produtos em conservas 
permanecem com suas marcas de origem e são vendidos em todo o país. 
 
 
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• Indústria de Conservas de Peixe (outras): 
Orleans e União. 
 
• Indústria de Conserva Tagore: 
Situava-se em Neves, no porto da Vala. Foi fundada em 12 de janeiro de 1941. 
 
• Loyde Brasileiro: 
Situada em Neves (antiga rua do Prado, atual rua Oliveira Botelho). A então maior empresa de 
navegação da América Latina foi fundada em 22 de novembro de 1988. Seu proprietário era o Sr. Artur 
Silveira da Mota, o Barão de Jaceguai, que precisou de autorização do governo imperial para manter a 
empresa. Com o fim da monarquia (15/11/1989), a autorização foi mantida pelo governo Republicano 
através de decreto assinado pelo Presidente Marechal Deodoro da Fonseca. 
 
• Olaria Manoel Gaspar: 
Fabricava tijolos maciços e foi fechada em 1942. 
 
• Olaria Poliese: 
Situava-se no bairro Camarão (travessa Maria Fonseca).Fabricava tijolos e pertencia ao Sr. Camilo 
Poliese. 
 
• Pedreira Anhanguera: 
Indústria de pedra britada. Funcionou até 1997 no bairro Rocha. 
 
• Pedreira Estrela: 
Localizava-se no bairro Anaia e foi extinta em 1970. 
 
• Pedreiras Fluminense e Carioca: 
Produziam pedra de brita e derivados, como o pó-de-pedra. 
 
• Pedreira Galo Branco: 
Construída no bairro Galo Branco e funcionou até 1996. 
 
• Pedreiras Setenco e Viúva Amazonas: 
foi construída no lugar onde atualmente fica o bairro Novo México. 
 
• Polindústria S.A.: 
Construída na rua Nilo Peçanha. Era uma fábrica de produtos químicos e óleos cítricos essenciais, 
fundada antes de 1938. 
 
• Marinho e Ferreira: 
Situada no bairro Porto da Pedra (rua Abílio José de Matos, 101). Fundada em 5 de janeiro de 1941, 
atuava como refinadora e distribuidora de sal grosso e refinado. 
 
• Tamancaria Couto: 
Localizava-se em Neves (rua Oliveira Botelho). 
 
• Tarragó, Martinez e Cia. Ltda.: 
Situava-se no Porto Velho (avenida Cândido de Faria, 195, próximo a Praia do Coqueiro). Fundada 
por José Emílio Tarragó, iniciou suas atividades produzindo sucos e licores; mudou de ramo 
posteriormente, criando a Indústria de Conserva de Sardinha Coqueiro. 
 
 
 
 
 
 
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Patrimônio Histórico e Cultural 
 
Igreja Matriz de São Gonçalo de Amarante 
Apesar de não sera Matriz original de São Gonçalo, quando a região alcançou a posição de Freguesia 
de São Gonçalo de Guaxindiba em 1647, a atual Igreja Matriz, aparece nos registros no ano de 1675. 
Isso significa que ela tem, pelo menos, 340 anos5. 
Originalmente a fachada da igreja possuía estilo Barroco, porém, com sucessivas reformas, hoje a 
igreja exibe o estilo neoclássico. 
Na década de 70, as paredes e os pisos de madeira, atacados por cupins, foram substituídos por 
concreto e azulejos. Em 2012, na Semana Santa, foram inauguradas as placas da Via Sacra, que saem 
do pátio da igreja até o cruzeiro fincado no morro próximo. 
 
Fazenda Colubandê 
A Fazenda Colubandê é uma das fazendas coloniais mais importantes do Brasil. A sua história 
começou no século XVII quando foi comprada por Duarte Ramires de Leão e ali sua família viveu até o 
século de XVIII, tornando a propriedade em uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar da região. 
Os historiadores presumem que sua construção seria anterior ao ano de 1620. O casarão foi construído 
em estilo barroco e conta com 38 cômodos, incluindo quatro no subsolo, onde ficavam as senzalas que 
abrigavam os escravos. 
Também pertencente ao conjunto se encontra a Capela de Monserrate, que depois passou a se 
chamar Capela de Santana, erguida originalmente para o batizado do filho de Duarte Ramires de Leão, 
no ano de 1618. 
Diante de toda a sua importância histórica, cultural e arquitetônica (sendo um dos únicos imóveis no 
brasil com arquitetura setecentista preservada localizada em área urbana), a Fazenda Colubandê foi 
tombada pela União desde 1940. 
A Fazenda Colubandê foi tombada em 1939. Sua sede tem um valor expressivo e é um marco da 
arquitetura rural brasileira em virtude da sua beleza e mais, da sua importância sociocultural. 
 
Capela da Nossa Senhora da Luz 
Localizada às margens da Baía de Guanabara, na Praia da Luz, a capela de estilo Jesuítico foi erguida 
ainda no século XVII, segundo a tradição, como forma de agradecimento de Capitão Francisco Dias da 
Luz à Nossa Senhora da Luz por ter sobrevivido a um naufrágio. 
A Capela da Luz tem sua fachada em estilo barroco e guarda imagens originais de Santana, São 
Gonçalo do Amarante e de Cristo Crucificado, essa com um metro de altura. 
O interior da sacristia ainda contém o mesmo piso de pedra e sua porta frontal possui mais de 350 
anos. A Capela Nossa Senhora da Luz foi registrada como patrimônio histórico municipal no ano de 1985. 
 
Ilha das Flores 
Desconhecida por boa parte dos moradores da região, um dos marcos históricos da imigração no Brasil 
do século XIX está em São Gonçalo, onde funcionou a primeira hospedaria de imigrantes de todo o país. 
Nos últimos dois séculos, a ilha também abrigou um importante engenho de mandioca, foi espaço para 
uma pioneira experiência de criação intensiva de peixes, funcionou como presídio e depois como sede 
da Tropa de Reforço da Força de Fuzileiros da Esquadra do Corpo de Fuzileiros Navais, da marinha do 
Brasil. 
Um lugar com grandes histórias para contar em cada um dos seus detalhes. 
 
Alto do Gaia 
Na Serra de Itaitindiba fica o ponto mais alto do município de São Gonçalo, o Alto do Gaia, com mais 
de 538 metros de altitude. Consegue-se observar de lá muitos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, 
Maricá e parte da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim. 
O Alto do Gaia localiza-se dentro da propriedade da Fazenda Santa Edwiges, no bairro de Santa Izabel 
e está aberto para visitação pública. 
Para se chegar ao local, você pode optar por fazer uma caminhada de 2h30 ou utilizar veículos. 
 
5 Guia Turístico e Cultural. São Gonçalo – RJ. http://saogoncaloturismo.com.br/. 
4. Patrimônio histórico, arte e cultura 
 
Apostila gerada especialmente para: jeronimo de souza andrade 010.088.677-99
 
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Fazenda Engenho Novo 
O antigo Engenho do Novo Retiro pertenceu a diversos donos até 1830, quando foi adquirido por 
Belarmino Ricardo de Siqueira – Barão de São Gonçalo. 
A Fazenda possui um conjunto arquitetônico em estilo neoclássico. Foi um dos principais trajetos da 
2ª corrida automobilística do Brasil em 1909 e também serviu de cenário para as gravações da minissérie 
“Memorial de Maria Moura”, produzida pela Rede Globo. 
Há lendas de que a fazenda foi palco de uma visita da Família Imperial, por volta de 1870, devido à 
amizade do Barão com o Imperador D. Pedro II. O conjunto abandonado à própria sorte, não resistiu ao 
descaso e ruiu no início dos anos 2000. 
 
Cavernas de Santa Izabel 
As Cavernas de Santa Izabel não são cavernas naturais, uma vez que se desenvolveram por conta da 
escavação de rocha calcária que ocorria no passado. 
Elas formam um conjunto de 22 minas com aproximadamente 10 mil metros quadrados de extensão, 
que foram desativados após terem sidos inundados pela água de um lençol freático. 
Para chegar até as cavernas é necessário uma caminhada de, aproximadamente, 50 minutos a partir 
do centro de Santa Izabel. O Local é muito visitado por pessoas que gostam de praticar trilhas a pé. de 
bicicleta ou de moto. 
 
Relógio do Sol 
É o único relógio de sol vertical, com duas faces, do mundo. 
Construído ao ar livre pelo historiador e escritor Décio Machado, o relógio de sol de São Gonçalo foi 
inspirado em uma criação chinesa exposta há cinco mil anos. 
Foi inaugurado em Setembro de 1990 em homenagem ao centenário da emancipação do município 
que ocorreu em 22 de setembro de 1890. 
 
Fazenda Itaitindiba 
A Fazenda de Itaitindiba originou-se da sesmaria doada a um padre jesuíta em 1687. No terreno 
encontra-se a Capela de São José, construída por escravos no fim do século XVII e reconhecida pelo 
Vaticano em 1780. Tanto a casa sede, datada do final do século XVII, quanto a capela passaram por 
diversas reformas de conservação. 
Em escavações, foram encontradas máquinas do antigo Engenho de Farinha que havia no local e que 
hoje adornam a varanda da casa. O forno da farinha e o local onde se amassava a mandioca também 
ficam expostos na fazenda. Em tupi-guarani, Itaitindiba significa lugar de muitas pedras brancas. O local 
também é cenário de lendas e ditos locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Símbolos do Município 
 
Brasão 
 
 
Bandeira 
 
Questões 
 
01. O Município de São Gonçalo é composto atualmente por quais distritos? 
(A) São Gonçalo, Mucuri, Monjolo, Neves e Sete Pontes; 
(B) São Gonçalo, Rios das Ostras Monjolo, Neves e Sete Pontes; 
(C) São Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes; 
(D) Rio de Janeiro, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes. 
 
02. De acordo com os dados do último censo oficial do IBGE, a população de São Gonçalo é: 
(A) 1.091.737 pessoas; 
(B) 999.728 pessoas; 
(C) 1.235.411 pessoas; 
(D) 998.523 pessoas. 
 
03. O PIB per capita de São Gonçalo é: 
(A) R$ 15.408,34; 
(B) R$ 16.456,85 
(C) R$ 17.784,34. 
(D) R$ 17.167,60. 
5. Símbolos do Município 
 
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04. O ano em que São Gonçalo foi pela primeira vez elevado à categoria de cidade foi: 
(A) 1892 
(B) 1819 
(C) 1890 
(D) 1899 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.B / 03.D / 04.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C 
De acordo com a última divisão territorial do município ocorrida oficialmente em 1994, São Gonçalo é 
composto por 5 Distritos: São Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes. 
 
02. Resposta: B 
O IBGE traz dois dados a respeito da população de São Gonçalo: os números do último censo oficial 
(que foi pedido pela questão) e os números da última estimativa. Oficialmente a população de São 
Gonçalo é de 999.728 habitantes contra a estimativa (2020) de 1.091.737 habitantes. 
 
03. Resposta: D 
O PIB per capita de São Gonçalo é de R$ 17.167,60. A cidade ocupa a 2.827ª posição no cenário 
nacional e 84ª em relação ao Estado do Rio de Janeiro. 
 
04. Resposta: C 
O município de São Gonçalo foi elevado à categoriade município e retornado à condição de Distrito 
de Niterói mais de uma vez em sua história até definitivamente se emancipar em 1929. Porém a primeira 
vez que isso ocorreu foi no ano de 1890 (22 de setembro). 
 
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