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Desenvolvimento Sustentável e Ecologia

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MUDE SUA VIDA!
1
SUMÁRIO
ATUALIDADES 2
TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE 2
SUSTENTABILIDADE 2
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 3
EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE 3
ECOLOGIA 3
CONCEITOS DE ECOLOGIA 3
SUBDIVISÕES DA ECOLOGIA 4
A ONU E O MEIO AMBIENTE 4
RELATÓRIO BRUNDTLAND, “NOSSO FUTURO COMUM” 6
ECO 92 - AGENDA 21 10
RIO-92: MUNDO DESPERTA PARA O MEIO AMBIENTE 10
RIO +10 11
RIO+20 12
 
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MUDE SUA VIDA!
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ATUALIDADES
TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE 
 
 PESSOAS – Sustentabilidade social diz respeito às atividades que mantêm 
relacionamentos mutuamente benéficos com funcionários, clientes, comunidade e 
ONGs. 
 PLANETA – Sustentabilidade ambiental diz respeito às atividades que consideram o 
impacto do uso de recursos, substâncias perigosas, resíduos e emissões no 
ambiente físico. 
 LUCRO – Atividades de sustentabilidade econômica focam na eficiência dos 
negócios, pagamento de contas, impostos, produtividade e lucro. 
 
SUSTENTABILIDADE 
Com o passar do tempo, o conceito de sustentabilidade acabou sendo associado de 
forma limitada pelo grande público a “ações ecológicas” ou “menos poluentes”. A boa notícia é 
que marcas que se assumem como sustentáveis já são vistas de forma mais positiva pelos 
consumidores, ainda que os mesmos não entendam exatamente o que isso queira dizer. A má 
notícia é que a limitação do conceito no imaginário coletivo interfere negativamente no 
entendimento do que é “desenvolvimento sustentável”. 
É importante termos em mente que a essência da definição de sustentável está em 
perpetuar o planeta, sendo diretamente associada a palavras como legado, continuidade, 
equilíbrio. A permanência do mundo como conhecemos depende de como conseguimos 
gerenciar nossos impactos. Os recursos são finitos e todos somos responsáveis por nossa 
preservação. 
 
Entretanto, pode ser difícil compreender quais ações estão sendo feitas na prática que 
possam garantir esta continuidade. Para esclarecer esse ponto desenvolvemos este artigo, 
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MUDE SUA VIDA!
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com o objetivo de apresentar a definição de desenvolvimento sustentável, que movimentos as 
empresas estão realizando e o papel do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o 
Desenvolvimento Sustentável) nesse contexto. 
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
O desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades da geração 
atual, sem colocar em risco a capacidade de atender as gerações futuras. Por isso, conforme já 
citado neste artigo, a definição está vinculada aos termos “legado” e “continuidade”.
Desenvolver-se de forma sustentável, seja em pequena esfera (no contexto de uma 
empresa, por exemplo), ou em larga esfera (no contexto de um país), pressupõe possibilitar às 
pessoas, agora e futuramente, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento 
socioeconômico e cultural, fazendo uso razoável dos recursos naturais de forma a não esgotá-
los para as próximas gerações.
Para conquistar tais resultados é necessário planejamento, bem como o entendimento 
de que os recursos são finitos. Por isso, não podemos confundir desenvolvimento sustentável 
com crescimento econômico, uma vez que este último costuma depender do consumo 
crescente de energia e recursos naturais. A grande diferença deste pensamento está em 
promover o equilíbrio entre os objetivos de desenvolvimento econômico, desenvolvimento 
social e a conservação ambiental. 
EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE 
Os chamados “3Es” da administração pública, que são a Eficiência, Eficácia e Efetividade. 
Segue abaixo a descrição de cada um dos elementos: 
 Eficiência – Introduzido de forma explícita no artigo 37 da Constituição pela 
Emenda Constitucional nº 19 de 1998, é a relação de recursos destinados e 
resultados obtidos pela administração pública. Em uma análise, é a questão 
chamada de “custo-benefício” nas ações públicas. Exemplo: Se, ao final do prazo 
estipulado previamente, for construído um hospital público com os recursos 
(financeiros, de pessoas e materiais) propostos, sem necessidade de destinação 
complementar, será uma ação eficiente administrativamente. Portanto, a eficiência 
tem relação com a atividade “meio”. 
 Eficácia – Tem direta relação com a concreta efetivação da ação que motiva a 
existência da unidade pública ou função dos servidores públicos, a capacidade de 
atender aquilo que justifica a ação administrativa. Portanto, a eficácia tem relação 
com a “atividade fim. 
 Efetividade – Tem relação com a entrega do “produto final” para os interessados, 
para o cliente cidadão, fazendo esses agregarem valor e aceitarem a ação pública 
como justificável. Portanto, efetividade tem relação com o “valor percebido” pelo 
cliente-cidadão. 
ECOLOGIA
CONCEITOS DE ECOLOGIA
Ecologia é a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e destes 
com o meio. O termo, que foi usado pela primeira vez em 1866 por Ernest Haeckel, vem da 
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MUDE SUA VIDA!
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junção de duas palavras gregas: Oikos, que significa casa, e logos, que quer dizer estudo. Assim 
sendo, ecologia significa o “estudo da casa” ou o “estudo do habitat dos seres vivos”.
Ciência ampla e complexa, a Ecologia preocupa-se com o entendimento do 
funcionamento de toda a natureza. Assim como vários outros campos de estudo da Biologia, 
ela não é uma ciência isolada. Para entendê-la, é necessário, por exemplo, conhecer um pouco 
de Evolução, Genética, Biologia Molecular, Fisiologia e Anatomia.
SUBDIVISÕES DA ECOLOGIA 
De uma maneira geral, a Ecologia pode ser subdividida em dois tipos: a autoecologia e a 
sinecologia. Na autoecologia, o estudo volta-se para uma determinada espécie ou indivíduo, 
analisando-se, principalmente, seu comportamento e os mecanismos adaptativos que 
garantem a sua sobrevivência em determinado meio. Já a sinecologia faz uma análise mais 
ampla, analisando grupos de organismos que interagem entre si e com o meio. Fica claro, 
portanto, que a autoecologia e a sinecologia detêm-se sobre diferentes níveis de organização.
Níveis de organização em Ecologia
O estudo de Ecologia baseia-se em quatro níveis principais de organização, que 
obedecem a um arranjo hierárquico que agrupa sistemas mais simples até os mais complexos. 
Veja os níveis estudados em Ecologia:
 População: conjunto de organismos de uma mesma espécie que vivem juntos em 
uma determinada área e apresentam maiores chances de reproduzir-se entre si do 
que com outros indivíduos de outras populações.
 Comunidades: conjunto de populações de uma determinada região.
 Ecossistema: conjunto formado pela comunidade e os fatores abióticos.
 Biosfera: nível mais amplo e autossuficiente que corresponde a todos os seres 
vivos do planeta, abarcando as relações deles entre si e com o meio ambiente.
Fonte – UOL - https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ecologia.htm
A ONU E O MEIO AMBIENTE
Pode-se dizer que o movimento ambiental começou séculos atrás, como uma resposta à 
industrialização. No século XIX, os poetas românticos britânicos exaltaram as belezas da 
natureza, enquanto o escritor americano Henry David Thoreau pregava o retorno da vida 
simples, regrada pelos valores implícitos na natureza. Foi uma dicotomia que continuou até o 
século XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, a era nuclear fez surgir temores de um novo tipo de 
poluição por radiação. O movimento ambientalista ganhou novo impulso em 1962 com a 
publicação do livro de Rachel Carson, “A Primavera Silenciosa”, que fez um alerta sobre o uso 
agrícola de pesticidas químicos sintéticos. Cientista e escritora, Carson destacou a necessidade 
de respeitar o ecossistema em que vivemos para proteger a saúde humana e o meio ambiente.
Em 1969, a primeira foto da Terra vista do espaço tocou o coração da humanidade com a 
sua beleza e simplicidade. Ver pela primeira vez este “grande mar azul” em uma imensa 
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galáxia chamou a atenção de muitospara o fato de que vivemos em uma única Terra – um 
ecossistema frágil e interdependente. E a responsabilidade de proteger a saúde e o bem-estar 
desse ecossistema começou a surgir na consciência coletiva do mundo.
Com o fim da tumultuada década de 1960, seus mais altos ideais e visões começaram ser 
colocados em prática. Entre estes estava a visão ambiental – agora, literalmente, um fenômeno 
global. Enquanto a preocupação universal sobre o uso saudável e sustentável do planeta e de 
seus recursos continuou a crescer, em 1972 a ONU convocou a Conferência das Nações Unidas 
sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia).
Na Cúpula da Terra, ficou acordado que a maior parte dos financiamentos para a Agenda 
21 viria dos setores públicos e privados de cada país. No entanto, foram necessários recursos 
novos e adicionais para ajudar os esforços dos países em desenvolvimento para implementar 
as práticas de desenvolvimento sustentável e proteger o meio ambiente global.
Atendendo a essa necessidade, foi estabelecido a Facilidade Ambiental Global (GEF, na 
sigla em inglês), em 1991, para ajudar os projetos de financiamento dos países em 
desenvolvimento que protegem o meio ambiente global e promovem meios de vida 
sustentáveis nas comunidades locais. Ele forneceu 8,8 bilhões de dólares em doações e gerou 
mais de 38,7 bilhões em co-financiamento com os governos beneficiários, agências de 
desenvolvimento internacional, indústrias privadas e ONGs, para ajudar mais de 2.400 
projetos em mais de 165 países em desenvolvimento e economias em transição – também fez 
mais de 10 mil pequenas doações diretamente à organizações não-governamentais e 
comunitárias.
Os projetos do GEF – realizados principalmente pela PNUD, ONU Meio Ambiente e pelo 
Banco Mundial – conservam e fazem o uso da diversidade biológica, combatem as mudanças 
climáticas, revertem a degradação das águas internacionais, eliminam as substâncias que 
destroem a camada de ozônio, combatem a degradação da terra e a seca, e reduzem e 
eliminam a produção e o uso de certos poluentes orgânicos persistentes.
Para ajudar a avançar a causa do desenvolvimento sustentável de forma contínua, a 
Assembleia Geral também declarou o período entre 2005 e 2014 como a Década das Nações 
Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. A Década, que tem a Organização 
das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como principal agência, 
procura ajudar as populações a desenvolverem atitudes, habilidades e conhecimento para 
tomarem decisões informadas para o benefício próprio e dos outros, agora e no futuro, e para 
agirem sobre essas decisões.
O evento foi um marco e sua Declaração final contém 19 princípios que representam um 
Manifesto Ambiental para nossos tempos. Ao abordar a necessidade de “inspirar e guiar os 
povos do mundo para a preservação e a melhoria do ambiente humano”, o Manifesto 
estabeleceu as bases para a nova agenda ambiental do Sistema das Nações Unidas.
“Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o 
mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da 
indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa 
vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais 
sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio 
ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas…”
“Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se tornou uma 
meta fundamental para a humanidade.”
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MUDE SUA VIDA!
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Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Estocolmo, 
1972), parágrafo 6
Aproveitando a energia gerada pela Conferência, a Assembleia Geral criou, em dezembro 
de 1972, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), que 
coordena os trabalhos da família ONU em nome do meio ambiente global. Suas prioridades 
atuais são os aspectos ambientais das catástrofes e conflitos, a gestão dos ecossistemas, a 
governança ambiental, as substâncias nocivas, a eficiência dos recursos e as mudanças 
climáticas.
Em 1983, o Secretário-Geral da ONU convidou a médica Gro Harlem Brundtland, mestre 
em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega, para estabelecer e presidir a Comissão 
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Burtland foi uma escolha natural para este papel, à medida que sua visão da saúde 
ultrapassa as barreiras do mundo médico para os assuntos ambientais e de desenvolvimento 
humano. Em abril de 1987, a Comissão Brundtland, como ficou conhecida, publicou um 
relatório inovador, “Nosso Futuro Comum” – que traz o conceito de desenvolvimento 
sustentável para o discurso público.
“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades 
atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias 
necessidades.”
“Um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre propenso à 
crises ecológicas, entre outras…O desenvolvimento sustentável requer que as sociedades 
atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial produtivo como pela 
garantia de oportunidades iguais para todos.”
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões 
de consumo de energia… No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os 
sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres 
vivos.”
“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a 
exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do 
desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual 
e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.”
Fonte – ONU - https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/
RELATÓRIO BRUNDTLAND, “NOSSO FUTURO COMUM”
As amplas recomendações feitas pela Comissão levaram à realização da Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que colocou o assunto 
diretamente na agenda pública, de uma maneira nunca antes feita. Realizada no Rio de 
Janeiro, em 1992, a “Cúpula da Terra”, como ficou conhecida, adotou a “Agenda 21’, um 
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diagrama para a proteção do nosso planeta e seu desenvolvimento sustentável, a culminação 
de duas décadas de trabalho que se iniciou em Estocolmo em 1972.
Em 1992, a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento, e a necessidade 
imperativa para o desenvolvimento sustentável foi vista e reconhecida em todo o mundo. Na 
Agenda 21, os governos delinearam um programa detalhado para a ação para afastar o mundo 
do atual modelo insustentável de crescimento econômico, direcionando para atividades que 
protejam e renovem os recursos ambientais, no qual o crescimento e o desenvolvimento 
dependem. As áreas de ação incluem: proteger a atmosfera; combater o desmatamento, a 
perda de solo e a desertificação; prevenir a poluição da água e do ar; deter a destruição das 
populações de peixes e promover uma gestão segura dos resíduos tóxicos.
Mas a Agenda 21 foi além das questões ambientais para abordar os padrões de 
desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente. Elas incluem: a pobreza e a dívida 
externa dos países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de produção e consumo; 
pressões demográficas e a estrutura da economia internacional. O programa de ação também 
recomendou meios de fortalecer o papel desempenhado pelos grandes grupos – mulheres, 
organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens, povos indígenas, comunidade científica, 
autoridades locais, empresas, indústrias e ONGs – para alcançar o desenvolvimento 
sustentável.
Para assegurar o total apoio aos objetivos da Agenda 21, a Assembleia Geral estabeleceu, 
em 1992, a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável como uma comissão funcional do 
Conselho Econômicoe Social.
A Cúpula da Terra também levou à adoção da Convenção da ONU sobre a Diversidade 
Biológica (1992) e a Convenção da ONU de Combate à Desertificação em Países que sofrem 
com a Seca e/ou a Desertificação, Particularmente na África (1994). Em 1994, a Conferência 
Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em 
Desenvolvimento, realizada em Barbados, adotou um Programa de Ação que estabelece 
políticas, ações e medidas em todos os níveis para promover o desenvolvimento sustentável 
para estes Estados.
A Assembleia Geral realizou uma sessão especial em 1997, chamada de “Cúpula da Terra 
+5” para revisar e avaliar a implementação da Agenda 21, e fazer recomendações para sua 
realização. O documento final da sessão recomendou a adoção de metas juridicamente 
vinculativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que geram as mudanças 
climáticas; uma maior movimentação dos padrões sustentáveis de distribuição de energia, 
produção e uso; e o foco na erradicação da pobreza como pré-requisito para o 
desenvolvimento sustentável.
Os princípios do desenvolvimento sustentável estão implícitos em muitas das 
conferências da ONU, incluindo: A Segunda Conferência da ONU sobre Assentamentos 
Humanos (Istambul,1999); a Sessão Especial da Assembleia Geral sobre Pequenos Estados 
Insulares em Desenvolvimento (Nova York, 1999); a Cúpula do Milênio (Nova York, 2000) e 
seus Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (cujo sétimo objetivo procura “Garantir a 
sustentabilidade ambiental”) e a Reunião Mundial de 2005.
Em 1988, a ONU Meio Ambiente (então PNUMA) e a Organização Meteorológica Mundial 
(OMM) se uniram para criar o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), 
que se tornou a fonte proeminente para a informação científica relacionada às mudanças 
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climáticas. O principal instrumento internacional neste assunto, a Convenção Quadro das 
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), foi adotado em 1992. O Protocolo de 
Kyoto, que estabelece metas obrigatórias para 37 países industrializados e para a comunidade 
européia para reduzirem as emissões de gases estufa, foi adotado em 1997.
Em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável foi realizada em 
Johanesburgo, (África do Sul) entre 8 de agosto e 4 de setembro, para fazer um balanço das 
conquistas, desafios e das novas questões surgidas desde a Cúpula da Terra de 1992. Foi uma 
Cúpula de “implementação”, concebida para transformar as metas, promessas e 
compromissos da Agenda 21 em ações concretas e tangíveis.
Os Estados-Membros concordaram com a Declaração de Joanesburgo sobre 
Desenvolvimento Sustentável e um Plano de Implementação detalhando as prioridades para a 
ação. A Divisão para o Desenvolvimento Sustentável do Departamento de Assuntos 
Econômicos e Sociais – que atua como secretariado da Comissão sobre Desenvolvimento 
Sustentável, e que já estava engajada no monitoramento da implementação da Agenda 21 e do 
Programa de Ação para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em 
Desenvolvimento de Barbados de, 1994 – começaram a fazer o mesmo com relação ao Plano 
de Implementação de Joanesburgo.
Em janeiro de 2005, a comunidade internacional se reuniu nas Ilhas Maurício para 
realizar a revisão do Programa de Barbados das Nações Unidas, aprovando um amplo 
conjunto de recomendações específicas para sua implementação. A Estratégia de Maurício 
aborda questões como as mudanças climáticas e a elevação do nível do mar; desastres 
naturais e ambientais; gestão de resíduos; recursos costeiros, marítimos, de água doce, 
terrestres, energéticos, turísticos e de biodiversidade; transporte e comunicação; ciência e 
tecnologia; globalização e liberação do comércio; produção e consumo sustentável; 
desenvolvimento de capacidade e educação para o desenvolvimento sustentável; saúde; 
cultura; gestão do conhecimento e da informação para tomada de decisão.
RELATÓRIO BRUNDTLAND “NOSSO FUTURO COMUM” – definição e princípios
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais.
Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland,
chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar
o assunto. A comissão foi criada em 1983, após uma avaliação dos 10 anos da
Conferência de Estocolmo, com o objetivo de promover audiências em todo o mundo e
produzir um resultado formal das discussões. O documento final desses estudos
chamou-se Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland. Apresentado em 1987,
propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas
necessidades”.
O documento foi publicado após três anos de audiências com líderes de governo e o
público em geral, ouvidos em todo o mundo sobre questões relacionadas ao meio
ambiente e ao desenvolvimento. Foram realizadas reuniões públicas tanto em regiões
desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento, e o processo possibilitou que
diferentes grupos expressassem seus pontos de vista em questões como agricultura,
silvicultura, água, energia, transferência de tecnologias e desenvolvimento sustentável
em geral.
O Relatório Brundtland,faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as
quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países
industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os
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riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte
dos ecossistemas.
O Relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os
padrões de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma
nova relação “ser humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não
sugere a estagnação do crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as
questões ambientais e sociais.
O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento global e a
destruição da camada de ozônio (conceitos novos para a época), e expressou
preocupação em relação ao fato de a velocidade das mudanças estar excedendo a
capacidade das disciplinas científicas e de nossas habilidades de avaliar e propor
soluções, como está na publicação Perspectivas do Meio Ambiente Mundial – GEO 3,
do PNUMA.
O Relatório Brundtlandt também já apresentava uma lista de ações a serem tomadas
pelos Estados e também definia metas a serem realizadas no nível internacional, tendo
como agentes as diversas instituições multilaterais.
Entre as medidas apontadas pelo relatório, constam soluções, como a diminuição do
consumo de energia, o desenvolvimento de tecnologias para uso de fontes energéticas
renováveis e o aumento da produção industrial nos países não-industrializados com
base em tecnologias ecologicamente adaptadas. 
Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe
apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite
máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.
Segundo o Relatório, uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para
promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
• limitação do crescimento populacional;
• garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso
de fontes energéticas renováveis;
• aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em
tecnologias ecologicamente adaptadas;
• controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades
menores;
• atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais definanciamento);
• proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, etc,
pela comunidade internacional;
• banimento das guerras;
• implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado
de desenvolvimento sustentável são:
• uso de novos materiais na construção;
• reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
• aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a
eólica e a geotérmica;
• reciclagem de materiais reaproveitáveis;
• consumo racional de água e de alimentos;
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• redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de
alimentos.
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um
lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a
degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação,
surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o
desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza
no mundo. O conceito foi definitivamente incorporado como um princípio, durante a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cúpula da
Terra de 1992 – Eco-92, no Rio de Janeiro. O Desenvolvimento Sustentável busca o 
equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico e serviu como base
para a formulação da Agenda 21, com a qual mais de 170 países se comprometeram, por
ocasião da Conferência. Trata-se de um abrangente conjunto de metas para a criação
de um mundo, enfim, equilibrado.
A Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, realizada em Joanesburgo, afirma que o Desenvolvimento Sustentável é
construído sobre “três pilares interdependentes e mutuamente sustentadores” —
desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esse
paradigma reconhece a complexidade e o interrelacionamento de questões críticas
como pobreza, desperdício, degradação ambiental, decadência urbana, crescimento
populacional, igualdade de gêneros, saúde, conflito e violência aos direitos humanos.
O PII (Projeto de Implementação Internacional) apresenta quatro elementos
principais do Desenvolvimento Sustentável — sociedade, ambiente, economia e
cultura.
Fonte: http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/91
ECO 92 - AGENDA 21
 Combate à pobreza.
 - Cooperação entre as nações para chegar ao desenvolvimento sustentável.
 - Sustentabilidade e crescimento demográfico.
 - Proteção da atmosfera.
 - Planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra.
 - Combate ao desmatamento das matas e florestas no mundo.
 - Combate à desertificação e seca.
 - Preservação dos diversos ecossistemas do planeta com atenção especial aos 
ecossistemas frágeis.
 - Desenvolvimento rural com sustentabilidade.
 - Preservação dos recursos hídricos, principalmente das fontes de água doce do 
planeta.
RIO-92: MUNDO DESPERTA PARA O MEIO AMBIENTE 
Em 1992, o maior cartão-postal brasileiro, o Rio de Janeiro, sediou a Conferência das 
Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ficou conhecida como Eco-92 
ou Rio-92. Foi a largada para que a conscientização ambiental e ecológica entrasse 
definitivamente na agenda dos cinco continentes
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Dezessete anos atrás, o mundo voltava os olhos para o Rio Centro, centro de convenções 
da cidade. Foi lá que delegações de 175 países, entre chefes de estado e ministros, se reuniram 
para definir medidas para enfrentar os problemas crescentes da emissão de gases causadores 
do efeito estufa. Movimentos sociais, sociedade civil e iniciativa privada também 
compareceram em peso, todos com o objetivo de propor um novo modelo de 
desenvolvimento econômico que se alinhasse à proteção da biodiversidade e ao uso 
sustentável dos recursos naturais.
De 3 a 14 de junho daquele ano, o então presidente da República, Fernando Collor de 
Mello, transferiu a capital federal para o Rio e convocou as Forças Armadas para fazerem a 
segurança do evento. Um dos principais consensos da Eco-92 foi o de que as nações mais 
desenvolvidas eram as maiores responsáveis pelos perigos ao meio ambiente. E que os países 
ainda em desenvolvimento necessitavam de suporte financeiro e tecnológico para atingir um 
modelo sustentável de crescimento.
"Foi um marco divisor porque atraiu a atenção dos quatro cantos do mundo. Foi como se 
o planeta tivesse acordado e passado a ter uma dimensão mais clara do problema. 
Reconheceu-se que só haveria avanços se compromisso e cooperação fizessem parte do 
debate. Houve uma grande mobilização e hoje só podemos sentar em uma mesa e definir 
metas porque houve esse diálogo no Rio de Janeiro", afirma o coordenador do Programa de 
Mudanças Climáticas da WWF-Brasil, Carlos Rittl.
O principal documento ratificado pelo encontro foi a Agenda 21. Ela colocou no papel 
uma série de políticas e ações que tinham como eixo o compromisso com a responsabilidade 
ambiental. Enfocava, basicamente, as mudanças necessárias aos padrões de consumo, a 
proteção dos recursos naturais e o desenvolvimento de tecnologias capazes de reforçar a 
gestão ambiental dos países. Além disso, outros importantes tratados foram firmados, como 
as convenções da Biodiversidade, das Mudanças Climáticas e da Desertificação, a Carta da 
Terra, a Declaração sobre Florestas.
De acordo com Carlos Rittl, ainda que a conferência não tenha estipulado prazos para a 
concretização das metas, um importante legado da Eco-92 foi uma maior participação das 
organizações não governamentais (ONG) na cobrança de posturas mais audaciosas por parte 
dos governantes.
"É claro que mecanismos de fiscalização são lentos, é um trabalho que vai ganhando 
espaço porque a tomada de decisão dos países envolve diversas questões ao lado da 
ambiental. Mas a Eco-92 iniciou uma troca de informações e circulação de tecnologias a 
respeito do tema, o que definitivamente permite que o assunto ambiental seja discutido com 
maior possibilidade de êxito", explica.
Hoje, o compromisso político firmado na Rio-92 nunca foi tão urgente. Encontros futuros 
que voltariam a tratar do meio ambiente, como em Quioto, no Japão, em 1997, e Joanesburgo, 
África do Sul, em 2002, não trouxeram os resultados esperados. A bola da vez agora foi 
Copenhague, na Dinamarca, onde o planeta Terra novamente tentou fazer valer seu maior 
objetivo: respeito.
Fonte – IPEA - https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2303:catid=28&Itemid=23
RIO +10
A Rio+10 reuniu representantes de 189 países para discutir a preservação do meio 
ambiente, saneamento básico, saúde, fornecimento de água, entre outros fatores. 
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MUDE SUA VIDA!
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RIO+20
A Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento 
Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho de 2012. 
Participaram líderes dos 193 países que fazem parte da ONU.

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