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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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FACULDADE RORAIMENSE DE ENSINO SUPERIOR- FARES BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ANTÔNIA RODRIGUES DE LIMA
MAURO COSTA LIMA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO AMBIENTE HOSPITALAR: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 
Boa Vista, RR
2020
ANTÔNIA RODRIGUES DE LIMA
MAURO COSTA LIMA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO AMBIENTE HOSPITALAR: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado à coordenação de enfermagem como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem pela Faculdade Roraimense de Ensino Superior- FARES.
Orientador: Christianny Filgueiras Marques Paiva
Boa Vista, RR
2020
ANTÔNIA RODRIGUES DE LIMA
MAURO COSTA LIMA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO AMBIENTE HOSPITALAR: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado no dia 10 de dezembro de 2020, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem pela Faculdade Roraimense de Ensino Superior- FARES.
						
APROVADO EM: ___/___/____
						RESULTADO: _______________
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof.ª Christianny Filgueiras Marques Paiva
Orientadora - FARES
__________________________________________________
Prof.ª Leila Almeida
1º Examinadora
Prof. Fernando Rocha
2º Examinador
Dedicatória
Antônia Rodrigues de Lima
À minha família, e Deus.
“Até aqui tem me ajudado o Senhor”
(1 Samuel 7.12)
Dedicatória
Mauro Costa Lima
À minha mãe, Iracema Lima da Costa, e meu pai, Edivaldo Alves Lima.
 
AGRADECIMENTOS
Antônia Rodrigues de Lima
		Quero agradecer a Deus primeiramente, por sempre estar comigo.
	Ao meu esposo, filhas e amigos, pela compreensão, apoio, carinho, incentivo e força que me deram durante estes anos.
	Agradeço por estarem ao meu lado e não me deixarem desistir desse sonho que hoje posso celebrar juntamente com todos vocês.
	Aos mestres e orientadora, vocês foram essenciais para que este sonho se tornasse realidade, a vocês o meu sincero agradecimento. Muito obrigada a todos.
AGRADECIMENTOS
Mauro Costa Lima
Primeiramente quero agradecer a Deus e ao Dr. Mozart Pinheiro e seu filho, deputado Chico Mozart, por ter me ajudado na conquista deste sonho.
Agradeço a minha família por sempre está ao meu lado me dando apoio e incentivo para concluir esta jornada.
À orientadora, mestres e colegas de turma que fizeram parte deste importante momento de minha vida.
“Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente”. 
(Roger Von Oech)
RESUMO
A realização da higienização das mãos no ambiente hospitalar é uma medida simples, mas eficiente para prevenir contaminações. Neste sentido este estudo busca conhecer como está fundamentada a higienização das mãos no ambiente hospitalar, destacar a importância e contribuições desta pratica para redução de infecções. Este trabalho é classificado de acordo com a metodologia utilizada, como de abordagem qualitativa, descritivo, de revisão bibliográfica e documental. Como resultados foi visto que a higiene das mãos produz inúmeros benefícios, tanto para a segurança do profissional, quando ao paciente e ambiente, redução de infecções, mortalidade e custos com tratamentos. 
Palavras-chave: Higienização das mãos. Hospitalar. Prevenção. Infecções. 
ABSTRACT
Performing hand hygiene in the hospital environment is a simple but efficient measure to prevent contamination. In this sense, this study seeks to understand how hand hygiene is based in the hospital environment, highlighting the importance and contributions of this practice to reduce infections. This work is classified according to the methodology used, as a qualitative, descriptive, bibliographic and documentary review. As a result, it was seen that hand hygiene produces countless benefits, especially for the safety of the professional, regarding the patient and the environment, reducing infections, mortality and treatment costs.
Keywords: Hand hygiene. Hospital. Prevention. Infections.
SUMÁRIO
	
	INTRODUÇÃO...................................................................................
	12
	1.1
	PROBLEMA.......................................................................................
	12
	1.2
	OBJETIVOS.......................................................................................
	12
	1.2.1
	Objetivo geral............................................................................
	12
	1.2.2
	Objetivos específicos.............................................................
	12
	1.3
	JUSTIFICATIVA................................................................................
	13
	2
	METODOLOGIA................................................................................
	14
	3
	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................
	15
	3.1
	HISTÓRICO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS................................
	15
	3.2
	CONTRIBUIÇÕES DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES...........................
	20
	4
	RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................
	27
	
	CONCLUSÃO....................................................................................
	29
	
	REFERÊNCIAS.................................................................................
	30
30
 INTRODUÇÃO
	
A higienização das mãos faz parte do nosso dia-a-dia, que muitas vezes podemos realiza-la no automático, devido ao costume, sem refletir na importância dessa pratica. Analisando-a podem-se destacar importantes contribuições para o nosso bem estar, prevenção de contaminações, entre outros aspectos que este simples gesto representa.
	No ambiente hospitalar não é diferente, mesmo com recursos de luvas, soluções de higiene como o álcool gel, o ato de higienizar as mãos com agua e sabonete constitui-se indispensável. 
	Neste contexto o presente trabalho abordara sobre a higienização das mãos dentro do ambiente hospitalar, realizando considerações teóricas com base nos estudos desenvolvidos nesta temática, trazendo conceitos, origem, importância e contribuições.
1.1 PROBLEMA
Como esta fundamentada a higienização das mãos no ambiente hospitalar? 
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral 
Destacar a importância da higienização das mãos para controle de infecção no ambiente hospitalar
1. 2.2 Objetivos específicos 
· Conhecer o histórico sobre a higienização das mãos;
· Destacar as contribuições da higienização das mãos para prevenção e controle de infecções. 
1.3 JUSTIFICATIVA
A higienização das mãos é um ato presente no dia a dia, mas também que é ensinado e possui sua importância destacada dentro do curso de enfermagem, como também atualmente é bastante discutido devido à pandemia do Covid-19.
Assim, surgiu por interesse pesquisar sobre a temática, vista que é relevante, atual e com grande possibilidade de abordagem. Com isso visa-se trazer a discursão sobre a pratica da higienização das mãos no ambiente hospitalar, realizando uma abordagem teórica da temática. 
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, documental e de revisão bibliográfica. 
Com base nos objetivos da pesquisa, classifica-se como uma pesquisa descritiva, que segundo Gil (2002, p. 42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. 
Assim a presente pesquisa abordará de maneira descritiva sobre a higienização das mãos no ambiente hospitalar como maneira de prevenção as infecções, analisando essas variáveis e como se correlacionam.
Com base nos procedimentos técnicos utilizados para a obtenção de dados, o seu delineamento, pode-se classificar a pesquisa como de revisão bibliográfica e documental. Sendo “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituídoprincipalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2002, p. 44).
Já sobre a pesquisa classificada como documental pode-se dizer que: 
[...] assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. a diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa (GIL, 2002, p.45).
	Logo, para a construção do referencial teórico da pesquisa serão utilizados artigos, livros e leis que tratam da temática da higienização das mãos. 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 HISTÓRICO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos de acordo com Belela-Anacleto, Peterline e Pedreira (2017, p. 01) “representa uma prática fundamental do cuidado de enfermagem e é tradicionalmente considerada como a medida mais importante e eficaz na prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde”. 
	 Conforme Brasil (2009) falar em higienização das mãos é falar em segurança do paciente, e por isso é tratada como prioridade. Para exemplificar este foco, tem-se a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, que constitui uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde – OMS, e tem como objetivo incentivar ações de intervenções e redução dos riscos a segurança do paciente, como por exemplo as infecções relacionadas a assistência a saúde. Assim essa aliança trata de medidas para a redução desses problemas da segurança dentro dos países que estão integrados a esta aliança.
	De acordo com Brasil (2009) Já faz algumas décadas em que há a preocupação com a segurança do paciente com a temática da higienização das mãos, isto pode ser visto com as publicações realizadas de 1975 á 1985, anos em que foram publicados guias sobre a prática da higienização das mãos nos ambientes hospitalares, estes guias foram publicados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, com a finalidade de fornecer orientações e estimular a pratica. Fez-se recomendação da lavagem das mãos de maneira adequada e rotineira com uso de sabonetes e agua antes e após realização de contato com o paciente e a utilização de sabonete associado a antisséptico antes e após procedimentos invasivos ou quando relacionado a pacientes considerados de alto risco.
Nos anos de 1988 à 1995 novos manuais sobre a temática de higienização das mãos foram publicados, agora pela Associação de Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia, as orientações contidas nestes manuais seguira as orientações e recomendações realizadas pelos guias que foram publicados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (BRASIL, 2009). 
	No ano de 2002 os Centros de Controle e Prevenção de Doenças publicaram uma obra intitulada por guia para higiene de mãos em serviços de assistência à saúde, foi nesta publicação em que o termo lavagem das mãos foi oficialmente substituído pelo termo higienização das mãos (BRASIL, 2009).
	A Organização Mundial da Saúde – OMS através da Aliança Mundial para Segurança do Paciente tem reunido força para estimular a propagação de medidas para redução das Infecções relacionadas a assistência a saúde, onde estas medidas devem ser tomadas em conjunto, envolvendo os profissionais de saúde, pacientes e a comunidade geral (BRASIL, 2009).
A prática da higienização das mãos é uma atitude básica, mas essencial para cuidado e segurança do paciente. Desde o século XIX, o médico Ignaz Semmelweis, considerado precursor de técnicas antissépticas, realizou estudos onde destacava a importância da higienização das mãos para atendimento do paciente, considerando que as mãos dos profissionais podem ser um meio de transmissão de microrganismos que podem causar infecções (BRASIL, 2009). 
	Semmelweis conseguiu identificar e comprovar a relação existente entre a febre puerperal que ocasionava elevados números de mortes maternas, pós parto, com contaminação a cruzada em que os médicos carregavam partículas contaminadas nas suas mãos após realização de necrópsica para as salas de parto. Realizou a observação que os médicos realizavam a assistência ao parto logo após a saída das salas de autopsia, e apresentavam odor desagradável nas mãos que poderia estar relacionado a presença de partículas cadavéricas (BRASIL, 2009). 
Neste contexto o medico instituiu que ocorresse a lavagem das mãos com uso de solução clorada sempre após autopsia e antes de entrar nas salas obstetrícias onde tinha contato com as pacientes em trabalho de parto, e tal pratica resultou na redução das contaminações e consequentemente diminuição da taxa de mortalidade materna (BRASIL, 2009).
A Organização Mundial da Saúde em suas orientações sobre a higienização das mãos discorre que se deve lavar as mãos com água e sabonete, podendo o utilizar sabonete líquido ou em espuma sempre que as mãos apresentarem visivelmente sujidades, como pó das luvas, presença de sangue e outros fluidos corporais, e também quando for expostas a situações potenciais de contaminações, como ao se utilizar o banheiro (BRASIL, 2016).
Assim, de preferencia há a recomendação de que a higiene das mãos seja realizada por meio da lavagem com agua e sabonete, sendo eficiente para eliminar sujidades e microrganismos, alcançando o objetivo proposto. Neste sentido, a higiene por meio do uso de antissépticos não hidratados, como por exemplo as soluções a base de álcool, devem ter ser uso limitado, sendo aplicado aos casos de emergência ou quando não houver a possibilidade da realização de lavagem das mãos com agua e sabonete (BRASIL,2009). 
Para se obter resultados satisfatórios e atingir os objetivos propostos através da higienização das mãos , é necessário que a pratica seja realizada de maneira correta. Higienizar as mãos pode ser tanto por meio de lavar com agua e sabonete ou por meio da utilização de soluções a base de álcool, friccionando-as. A efetividade da pratica vai depender de fatores como, a qualidade da preparação alcoólica utilizada; a quantidade de produto utilizado, que deve ser o suficiente para que toda a área seja atingida; o tempo de realização da fricção ou da lavagem das mãos; e da superfície friccionada ou lavada (BRASIL, 2016).
A seguir é demostrado ilustrativamente como deve ser realizada a higienização das mãos com uso de água e sabonete, apresentando passo a passo como deve ser realizada esta pratica, orientando para que sua realização seja precisa e eficiente e assim alcançar os resultados desejados.
Fonte: Brasil (2016, p. 01).
 	
Conforme a ilustração apresentada, pode se observar que uma higienização eficiente das mãos contempla a fricção de cada parte da mão, ou seja, dedos, unhas, palma e dorso da mão, para que assim a pratica seja completa. É importante ressaltar que a quantidade de sabonete deve ser adequada, e também os movimentos e tempo da lavagem das mãos, por fim após lavar as mãos é necessário seca-las e para que o trabalho realizado não seja perdido, pode-se utilizar o papel toalha para se fechar a torneira. 
	
 
	 
	
	
 
3.2 CONTRIBUIÇÕES DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES
O ambiente hospitalar constitui-se um ambiente insalubre, devido ao elevado potencial de infecções, os profissionais de saúde por estarem atuando neste meio são expostos a variados riscos durante a realização de seu trabalho, sendo o risco biológico o mais presente na atuação da profissão. Os pacientes também encontram-se inseridos neste meio, e assim como os profissionais de saúde, os pacientes também estão expostos a riscos (SOARES, 2018).
Para Soares (2018) a equipe de enfermagem e pacientes dentro do ambiente hospitalar estão susceptíveis a riscos durantes a assistência a saúde. As infecções relacionadas a assistência a saúde – IRAS representam um importante problema a ser trabalhado na saúde pública, pois podem geram aumento de custos para realizações de tratamentos, aumento e prolongação de internações,resistências a antibióticos, e até mesmo pode levar paciente a óbito.
De acordo com Anvisa (2016) na maior parte dos casos de infecções relacionadas a assistência a saúde, as mãos dos profissionais são consideradas como o principal veiculo da transmissão dos microrganismos patógenos responsáveis por causa a infecção. A transmissão pode ocorre tanto de um paciente para outro quanto em um mesmo paciente, quando não a correta higienização das mãos na mudança se um sítio anatômico contaminado para outro na realização de cuidados com um mesmo paciente.
Existem varias medidas a serem tomadas com vista a prevenção de doenças e infecções no ambiente hospitalar e a higienização das mãos constitui-se como uma dessas medidas de prevenção, considerada como uma medida primária e com seu reconhecimento mundialmente. Sua importância é destacada frente a redução das infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS), valendo ressaltar que estas infecções englobam que são resultantes de transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes (BRASIL, 2009).
A higienização das mãos representa uma importante alternativa de prevenção as IRAS, devendo esta pratica ser incentivada e realizada de maneira correta. 
As mãos dos profissionais de saúde podem ser progressivamente colonizadas por micro-organismos durante o atendimento ao paciente. Na falta de higiene das mãos, quanto maior o tempo de atendimento, maior é o grau de contaminação das mãos e dos riscos potenciais para a segurança do paciente (ANVISA, 2016, p. 07).
	De acordo com Brasil (2009, p. 25) “as infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um grande desafio, exigindo dos responsáveis pelos serviços de saúde, ações efetivas de prevenção e controle”. Para a Anvisa (2016, p. 04) “as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) representam um problema sério e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e sistemas de saúde em todo o mundo”.
	Prevenir as infecções relacionadas a assistência a saúde é importante devido aos riscos que estas podem ocasionar, como pode-se ler em Brasil (2009, p. 26):
Tais infecções ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde, podendo acarretar-lhes sofrimentos e resultar em gastos excessivos para o sistema de saúde. Podem, ainda, ter como efeito processos e indenizações judiciais, nos casos comprovados de negligência durante a assistência prestada.
	Pode-se entender por infecções relacionadas a assistência a saúde aquelas infecções que: “ocorrem no paciente durante o processo de cuidados num hospital ou outro serviço de saúde que não estavam presentes ou incubadas no momento da admissão” (ANVISA, 2016, p. 06). A IRAS não dizem respeito apenas aos pacientes, mas estas também podem acometer aos profissionais de saúde e também podem se manifestar após alta hospitalar, assim as IRAS “inclui também as infecções adquiridas no hospital, mas que aparecem após a alta, e também as infecções ocupacionais entre os funcionários do serviço de saúde” (ANVISA, 2016, p. 06).
Sendo as mãos consideradas como principais ferramentas de trabalho para os profissionais de saúde, pois com elas são manipulados materiais, entram em contato com os pacientes de maneira direta ou indireta, e com elas são executados seus afazeres, estas merecem atenção e cuidados. Neste sentido para que haja segurança para o profissional e o paciente na prestação da assistência, é ressaltado a importância da higienização das mãos, que deve ser realizada de forma cuidadosa e rotineira dentre os profissionais de saúde. 
	O ambiente hospitalar é considerado um ambiente insalubre, devido aos riscos de contaminações que por descuido podem ser desencadeados, assim, a higienização das mãos, mesmo que simples, representa importante meio de prevenção e controle de infecções. 
	As infecções podem se dar por meio de contato direto, indireto ou cruzado, mas em todas se houver intervenção com a higienização das mãos adequada, pode-se reduzir as taxas de transmissão de maneira efetiva. 
“Entre as medidas de segurança adotadas em um ambiente de promoção e cuidado da saúde, a higienização das mãos é uma das mais iniciativas e simples que garantem aos pacientes e profissionais, proteção contra várias doenças” (BRASIL, 2016, P. 01).
A higienização das mãos é uma pratica simples e eficiente, considerada como uma forma de precaução padrão, que deve ser realizada por todos os profissionais na realização da assistência aos pacientes, como o nome já retrata, sua realização deve ser seguida como um padrão, ou seja, independente do diagnostico do paciente, deve ser considerando o risco infeccioso, e por isso deve-se realizar a higienização com o objetivo de reduzir os possíveis riscos “a higiene das mãos é o item principal das Precauções Padrão e é indiscutivelmente a medida mais eficaz de prevenir e controlar as infecções” (ANVISA, 2016, p. 06).
As infecções hospitalares representam uma importante preocupação no campo da saúde pública, envolve riscos tanto para os pacientes quanto para os profissionais, em vista disto buscam-se alternativas para sua prevenção e controle. Neste contexto a Portaria de nº 2616, de 12 de maio de 1998 dispõe que “sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação de assistência hospitalar, da vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, atinentes a seu funcionamento” (BRASIL, 1998, p. 01).
	Referindo-se a necessidades de informações e instruções oficialmente constituída para respaldar a formação técnico/profissional, resolve:
Art. 1º Expedir na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares.
Art. 2º As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções dos hospitais, compõe o Programa de Controle de Infecções Hospitalares.
Art. 3º A Secretaria de Política de Saúde, do Ministério da Saúde, prestará cooperação técnica as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a fim de orientá-las sobre o exato cumprimento, interpretação das normas aprovadas por esta Portaria (BRASIL, 1998, p. 02).
Quanto a lavagem das mãos, a portaria nº 2616/98 discorre o sobre como deve ser realizada, e que o uso de luvas não à dispensa, devendo ser realizada quantas vezes forem necessárias durante o atendimento do paciente.
O ambiente hospitalar envolve o contato entre profissionais e pacientes, com quadros de saúde, procedimentos e cuidados distintos uns dos outros. Microrganismos causadores de infecções podem ser encontrados em diversos lugares, ou seja, nos hospitais também, considerando que neste ambiente encontram-se indivíduos fragilizados e a elevada carga viral e bacteriana, logo o cuidado deve ser redobrado.
	O ato de higienizar as mãos dentre os profissionais de saúde deve ser sempre incentivado e orientado para que seja praticado de maneira eficiente e frequente, a seguir é demonstrado ilustrativamente momentos ideais em que se deve realizar a higienização das mãos.
Ilustração: Os cinco momentos para a higiene das mãos.
Fonte: Anvisa (2016, p. 01).
	A ilustração apresenta os cinco momentos ideais em que o profissional de saúde deve realizar a higienização das mãos onde de acordo com Anvisa (2016, p. 01) “essa abordagem centrada no usuário e no paciente visa à complexidade mínima e uma harmoniosa integração no fluxo de trabalho natural, que se aplica a uma ampla gama de unidades assistenciais e profissionais de saúde”.
Quadro: Recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS sobre os momento para a higienização das mãos.
	OS 5 MOMENTOS PARA A HM
	RECOMENDAÇÕES - QUANDO	
	POR QUÊ?
	1 Antes de tocar o paciente
	Higienize as mãos antes de entrar em contato com o paciente.
	Para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos presentes nas mãos do profissional e que podem causar infecções.
	2 Antes de realizar procedimento asséptico
	Higienize as mãos antes dequalquer procedimento, antes de manusear dispositivos invasivos, independente do uso ou não de luvas; ao se mover de um sitio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.
	Para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos das mãos do profissional para o paciente, incluindo os microrganismos do próprio paciente.
	3 Após o risco de exposição a fluidos corporais
	Higienize as mãos após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não integra ou curativos; após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
	Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência imediatamente próximo ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 
	4 Após tocar o paciente
	Higienize as mãos após contato com o paciente; após remover luvas e após sair do ambiente de assistência ao paciente. 
	Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo as superfícies e os objetos próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.
	5 Após tocar superfícies próximas ao paciente
	Higienize as mãos após contato com superfícies, mobílias ou objetos inanimados nas imediações do paciente, mesmo sem ter tido contato com o paciente.
	Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.
Fonte: Elaborado pelos autores conforme Anvisa (2016, p. 11).
As praticas de higienização das mãos são essenciais para controle das infecções relacionadas a assistência a saúde - IRAS, contribuem para cumprimento de exigências legais e éticas dentro das unidades de saúde, corroborando para melhor atendimento aos pacientes e assistência de qualidade. Os benefícios gerados são inúmeros que ainda incluem redução de gastos associados para tratamento dos casos de quadros infecciosos e diminuição de morbimortalidade (BRASIL, 2009).
Para Brasil (2016, p. 02) “as ações de higiene das mãos são mais eficazes quando a pele das mãos é livre de lesões/cortes, as unhas estão no tamanho natural, curtas e sem esmalte e as mãos e antebraços sem joias e descobertos”. Neste sentido, os profissionais de saúde durante a prestação de serviços dentro de ambiente hospitalar devem ter o cuidado além de realizar a higienização das mãos de maneira correta e regular, devem atentar-se para o tamanho de suas unhas, visto que unhas de tamanho demasiado pode gerar dificuldade ou ineficiência no momento da higienização, assim também como o uso de acessórios, como anéis e pulseiras, devendo seu uso ser evitado. 
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
 
No ambiente hospitalar há presença de risco, que envolve aos profissionais e aos pacientes que ali se encontram, um importante risco é o biológico, que envolve as infecções que podem ser ocasionadas durante a realização da assistência a saúde. Esta temática envolve a segurança do paciente e merece atenção diante das negatividades que podem ser geradas. As infecções podem elevar custos a saúde, gerar prolongação de hospitalizações, e óbitos, e por isso devem ser controladas. Em vista a minimizar esta problemática tem-se como alternativa a higienização das mãos.
A higienização das mãos é uma atitude simples, mas eficiente frente as infecções do ambiente hospitalar. Sua importância é dada por diversos fatores, como ao fato de que a higienização das mãos se demostrar eficiente, considerando que as mãos sãos veículos de contaminações, além deste a HM é uma técnica acessível, de baixo custo e sem a menor contraindicação ou limitação. Assim a HM pode ser utilizada independente de recursos financeiros, basta ser realizada de forma eficiente para alcance dos resultados esperados. 
 Para uma eficiente higienização das mãos faz-se necessário conhecimento, orientações e consciência. Como é uma pratica simples, presente na rotina de todos já é algo conhecido, ações devem ser promovidas com vista a ofertar orientações sobre sua correta realização, dando a importância de que se devem lavar as mãos com frequência, com a utilização de água, sabonete e fricção de todas as partes da mão de forma que toda sua extensão venha a ser alcançada, de forma a se livrar de qualquer microrganismo capaz de causar infecções que por ali pode estar alojados, o que deve-se chamar atenção para as unhas e entre os dedos, que muitas vezes no dia a dia como uma pratica corriqueira, esses detalhes acabam por passar despercebidos.
Tendo conhecimento e orientações adequadas cabe a cada um ter a consciência, lembra que a simples atitude de higienizar as mãos pode prevenir doenças e salvar vidas, assim com a colaboração de todos pode-se reduzir a ocorrência das infecções no ambiente hospitalar, atuando sobre as negatividades geradas pelas infecções, além de conferir um ambiente mais seguro para si próprio quanto profissional de saúde quanto aos paciente que estão sendo assistido. 
Assim a pesquisa objetivou trazer essas contribuições e importâncias da higienização das mãos dentro do ambiente hospitalar, esta temática apresenta-se relevante e atual, embora pareça simples, envolve todo um contexto de segurança ao paciente. A pratica da HM faz parte das nossas rotinas, mas não devendo ser interpretada como algo sem importância, por isso cada vez mais deve ter sua pratica incentivada entre os profissionais e orientada para que venha a ser desenvolvida de maneira eficiente. 
CONCIDERAÇÕES FINAIS
	A higienização das mãos é considerada essencial em nossas vidas, embora seja uma pratica simples e que faz parte da nossa rotina há muito tempo. Hoje em dia podemos ver a importância desse hábito como a simples lavagem das mãos com água e sabonete previne doenças e assim coopera para salvar vidas. 
	Dessa forma diante do cenário da pandemia de 2020, em que estamos vivendo, a temática sobre a higienização das mãos ganha grande discursão dentro da sociedade, como profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar o cuidado deve ser redobrado, sendo os hospitais locais de elevada carga viral e bacteriana, a higiene das mãos é vital para a segurança do profissional e paciente e evita contaminações cruzadas, tornando assim o local mais seguro para todos que ali estejam. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos. Brasília – DF, 2009. 1ª edição. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.pdf. Acesso em 23/10/2020 as 19:51.
BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINI, M. A. S.; PEDREIRA, M. L. G. Higienização das mãos como prática do cuidar: reflexão acerca da responsabilidade profissional. Revista brasileira de enfermagem. São Paulo, 2017; 70 (2);442-5. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v70n2/pt_0034-7167-reben-70-02-0442.pdf. Acesso em 23/10/2020 as 20:09.
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