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TRANSTORNOS DE HUMOR

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Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
DIFERENCIAR HUMOR PATOLÓGICO DO NÃO PATOLÓGICO 
OBJETIVO 01 – ANALISAR OS TRANSTORNOS DE HUMOR 
HISTÓRIA E CONCEITO 
Tutoria 6 - Transtornos de humor 
 
Transtorno do humor é um grupo de condições clínicas nas quais uma polarização do humor tanto para depressão quanto para 
elação é proeminente e considerada fundamental. O transtorno do humor é patológico quando existe uma síndrome com duração 
e gravidade tais que levam a uma perda substancial da capacidade funcional do indivíduo. 
 
 HUMOR: tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal que colore a percepção que a pessoa tem do mundo. Está 
intimamente ligado ao afeto e pode ser descrito de diversas maneiras: ansioso, deprimido, eufórico, entre outros. 
 Alterações de humor: distimia (designa a alteração básica do humor, tanto no sentido de inibição quanto de exaltação); 
ansiedade (pressão negativa em relação ao futuro); disforia (tonalidade mal-humorada + irritabilidade); etc. 
 AFETO: qualidade emocional que acompanha uma ideia, a expressão externa do estado emocional, e pode ser congruente ou 
incongruente com o humor. São observados através da expressão facial, do tom de voz e dos movimentos corporais. A 
afetividade pode estar normal (eutimia), elevada (hipertimia), diminuída (hipotimia) ou modificada. Na hipertimia, ou 
excitabilidade afetiva, ocorre uma reação emocional desproporcional ao estímulo. A hipotimia, ao contrário, é um estado de 
apatia e redução global das emoções. 
 Alterações: puerlismo, neotimia (surgimento repentino de sentimentos novos, inusitados), anedonia (incapacidade total 
ou parcial de obter e sentir prazer), etc. 
 Resumidamente, afeto é a expressão de uma emoção e humor é o estado emocional do indivíduo, relatado pelo mesmo. 
 
Dessa forma, quadros de humor acontecem num espectro que vai desde alteração considerada normal (tristeza leve) até a 
extremamente patológica! Quando essas alterações são INTENSAS + DURADOURAS + TRAZ PREJUÍZO = TRANTORNO DE 
HUMOR 
 
 
 
 
OBS: OSCILAÇÃO DE HUMOR PATOLÓGICA x LABILIDADE AFETIVA: oscilação patológica é algo mais duradouro, 
diferente da labilidade que é algo mais intenso e rápido, acontece em um mesmo dia e pode acontecer em 
pessoas normais, em alguns trantornos de humor e em quadros relacionados à personalidade. 
 
TRANSTORNO DE HUMOR x TRANTORNO DE PERSONALIDADE: o primeiro é caracterizado por episódios e 
remissões enquanto o segundo são quadros do funcionamento, são persistentes ao longo do tempo (a 
personalidade da pessoa é daquele jeito, não acontece em períodos e remissões, essas aparecem no fim da 
adolescência e início da vida adulta (período em que a personalidade é consolidada). 
 
 
 Os TRANSTORNOS DO HUMOR, antes denominados psicoses maníaco-depressivas, constituem um grupo de condições 
clínicas caracterizado pela perda do senso de controle das expressões afetivas e pela experiência subjetiva de grande 
sofrimento. A perturbação fundamental é uma alteração do humor, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade 
associada) ou de uma exaltação. Esta alteração é geralmente acompanhada por uma modificação no nível global de atividade 
e a maioria dos outros sintomas é secundária ou facilmente compreendida no contexto de tais alterações. 
 É tentador considerar os transtornos do humor em um continuum com variações normais no humor. Indivíduos com 
esses transtornos, entretanto, com frequência relatam uma qualidade indefinível, mas distinta, em seu estado patológico. 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
EPIDEMIOLOGIA 
ETIOLOGIA 
O conceito de um continuum, portanto, pode representar a identificação excessiva do médico com a patologia, desse 
modo, possivelmente, distorcendo sua abordagem dos pacientes afetados por essa condição. 
 Os principais transtornos do humor são o transtorno bipolar e o transtorno depressivo. 
 
 Os transtornos do humor são comuns. A incidência anual de doença bipolar, no entanto, é geralmente considerada inferior a 
1%, mas ela é difícil de estimar, porque formas mais leves desse transtorno muitas vezes passam despercebidas. 
 Não há variação da prevalência dos transtornos do humor entre as raças ou situação socioeconômica. 
 O TRANSTORNO DEPRESSIVO é o transtorno de humor mais comum, afeta 154 milhões de pessoas aproximadamente em 
todo o mundo, com prevalência de 15% em indivíduos idosos e em mulheres (2x maior que homens). Mais comum na faixa 
dos 20-40 anos (média 29 anos), mas pode ocorrer em qualquer idade (crianças e idosos). Possui alto custo, princ. porque 
atinge jovens na idade produtiva. Aumenta o risco de suicídio. Dados de 2020 da OMS considerou a depressão como a 
quarta maior causa de incapacidade social 
 A depressão ocorre mais frequentemente em pessoas que não têm relações interpessoais íntimas ou são divorciadas. 
 O TRANSTORNO BIPOLAR é menos comum, com uma prevalência no período de vida de cerca de 1%, similar à 
esquizofrenia. A idade média de início é 30 anos, enquanto a idade média de início do transtorno depressivo é 40 anos. 
 Pode ser mais comum em indivíduos divorciados e solteiros, mas esta diferença talvez reflita o aparecimento de discórdia 
conjugal precocemente nestes pacientes. 
 
 A base causal para os transtornos do humor é desconhecida, mas os fatores causais podem ser divididos em 
BIOLÓGICOS, GENÉTICOS e PSICOSSOCIAIS. 
1. AMINAS BIOGÊNICAS OU MONOAMINÉRGICA: das aminas biogênicas, a NOREPINEFRINA e a SEROTONINA são os dois 
neurotransmissores mais implicados na fisiopatologia dos transtornos do humor. 
 Com o amplo efeito que os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs) – por exemplo, a fluoxetina – tiveram 
sobre o tratamento da depressão, a serotonina tornou-se o neurotransmissor mais associado à depressão. Embora estas 
sejam as aminas biogênicas mais frequentemente associadas com a fisiopatologia da depressão, a DOPAMINA, o 
SISTEMA GABA e PEPTÍDEOS NEUROATIVOS (particularmente vasopressina e opioides endógenos) também parecem 
estar implicados. 
 Dopamina parece estar diminuída, uma vez que medicamentos que reduzem as concentrações da dopamina – reserpina 
– e as doenças que também têm esse efeito (p. ex., doença de Parkinson) estão associados com sintomas depressivos. 
 Duas teorias recentes sobre dopamina e depressão são que a via mesolímbica da dopamina pode ser disfuncional e que 
seu receptor D1 pode ser hipoativo na depressão. 
 Segundos mensageiros e cascatas intracelulares: ligação de um neurotransmissor e um receptor pós-sináptico 
desencadeia uma cascata de processos. Receptor nas membranas interagem com o ambiente intracelular por meio de 
proteínas, como a proteínas G  se conectam a várias enzimas intracelulares (ex., adenilato ciclase)  regulam a 
utilização de energia e a formação de segundos mensageiros, como o AMPc. Os segundos mensageiros regulam a função 
dos canais iônicos da membrana neuronal. Evidências crescentes também indicam que agentes estabilizadores do humor 
agem sobre as proteínas G ou outros segundos mensageiros 
2. ALTERAÇÕES DE REGULAÇÃO HORMONAL: alterações dos hormônios tireoidianos podem causar tanto depressão quanto 
mania. Por este motivo, preconiza-se a investigação da função tireoidiana em todos os pacientes com transtorno do humor, 
mesmo que não apresentem queixas típicas de acometimento da glândula. Também foram descritas alterações no GH e 
alterações adrenais, principalmente relacionadas ao CORTISOL, podendo afetar o estado imunológico destes pacientes. 
 Períodos transitórios de privação materna podem alterar as respostas subsequentes a estresse. 
 Estudos recentes com humanos deprimidos revelam que uma história de trauma precoce está associada com atividadeHHS (hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal) aumentada acompanhada de alterações estruturais (atrofia ou diminuição de 
volume) no córtex cerebral. 
 Hormônio do crescimento (GH): é secretado da hipófise anterior após estimulação por norepinefrina e dopamina. A 
secreção é inibida por somatostatina, um neuropeptídeo hipotalâmico. Níveis de somatostatina diminuídos foram 
relatados na depressão e níveis aumentados foram observados na mania. 
3. ALTERAÇÃO DO SONO: depressão está associada com perda prematura do sono profundo (onda lenta) e aumento no 
despertar noturno, que é refletido por quatro tipos de distúrbio: (1) aumento nos despertares noturnos, (2) redução no tempo 
de sono total, (3) aumento do sono de movimentos oculares rápidos (REM) fásico e (4) aumento da temperatura corporal 
 Pacientes que manifestam um perfil de sono caracteristicamente anormal são menos responsivos a psicoterapia e 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
apresentam um risco maior de recaída ou recidiva e podem se beneficiar, sobretudo, da farmacoterapia. 
4. DISTÚRBIOS IMUNOLÓGICOS: transtornos depressivos estão associados com várias anormalidades imunológicas, incluindo 
DIMINUIÇÃO DA PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS em resposta a mitógenos e outras formas de imunidade celular 
comprometida. 
5. IMAGEM CEREBRAL: demonstra envolvimento do sistema límbico, gânglios basais e hipocampo. 
 A neurociência afetiva moderna focaliza-se na importância de quatro regiões cerebrais na regulação das emoções 
normais: o córtex pré-frontal (CPF), o cingulado anterior, o hipocampo e a amígdala. O CPF é considerado a estrutura que 
contém representações de objetivos e as respostas adequadas para alcançá-los. O córtex cingulado anterior serve como 
ponto de integração de estímulos atencionais e emocionais. O hipocampo está mais claramente envolvido em várias 
formas de aprendizagem e memória, incluindo o condicionamento do medo, bem como na regulação inibitória da 
atividade do eixo HHS. 
6. FATORES GENÉTICOS: dados genéticos indicam fortemente que um fator significativo no desenvolvimento do transtorno é a 
GENÉTICA, sendo esta mais forte para a transmissão do transtorno bipolar do que para a do transtorno depressivo. Foi 
demonstrado que a incidência nas famílias é maior do que na população geral, e a concordância entre gêmeos monozigóticos 
é maior do que nos dizigóticos. Filhos adotivos permanecem com risco aumentado de desenvolver transtorno de humor, 
mesmo que afastados dos pais biológicos acometidos por este tipo de transtorno. 
 Cromossomo 18: alterações no cromossomo 18 ocorrem preferencialmente em famílias nas quais a doença afetiva foi 
transmitida pela mãe, sugerindo um possível efeito de origem parental. 
 Cromossomo 21q: regiões mostraram ligação ou associação tanto a esquizofrenia como a transtorno bipolar. 
7. FATORES PSICOSSOCIAIS: acontecimentos vitais estressantes precedem mais frequentemente os primeiros episódios de 
humor, tanto depressivos quanto maníacos, do que subsequentes. Presença de agentes estressores permanentes precipita e 
influencia o curso dos transtornos de humor, interfere nos sintomas e recuperação (independente das terapêuticas). 
 O acontecimento mais associado com desenvolvimento de depressão é perda de um dos pais antes dos 11 anos de idade. 
As reações depressivas surgem com muita frequência após perdas significativas de uma pessoa querida, de um emprego, 
de um local de moradia, de uma situação socioeconômica ou de algo puramente simbólico. Não há nenhum traço ou tipo 
de personalidade de estabelecido como predisponente à depressão ou ao transtorno bipolar. 
 O estresse que acompanha o primeiro episódio resulta em mudanças duradouras na biologia do cérebro. Essas mudanças 
podem alterar os estados funcionais de vários neurotransmissores, mudanças que podem incluir mesmo a perda de 
neurônios e uma redução excessiva de contatos sinápticos. Como resultado, uma pessoa tem alto risco de desenvolver 
episódios subsequentes de um transtorno do humor, mesmo sem um estressor externo. 
 Fatores psicodinâmicos da depressão: a teoria envolve quatro pontos fundamentais: (1) distúrbios na relação bebê-mãe 
durante a fase oral (10 a 18 meses) predispõem a vulnerabilidade subsequente à depressão; (2) a depressão pode estar 
ligada a perda real ou imaginada do objeto; (3) a introjeção (“interiorização”) de objetos que partiram é um mecanismo 
de defesa invocado para lidar com o sofrimento associado com a perda do objeto; e (4) visto que o objeto perdido é 
percebido com uma mistura de amor e ódio, sentimentos de raiva são dirigidos contra o self. Alguns filósofos enxergavam, 
ainda, a depressão como expressão de agressão contra entes queridos e acreditavam que muitos pacientes deprimidos 
viviam suas vidas mais para os outros do que para si mesmos. 
 Conceito de depressão de Heinz Kohut, derivado de sua teoria psicológica do self, baseia-se na suposição de que o self 
em desenvolvimento tem necessidades específicas que precisam ser satisfeitas pelos pais, para dar à criança um 
sentimento positivo de autoestima e autocoesão. Quando os outros não satisfazem essas necessidades, há perda massiva 
de autoestima, que se apresenta como depressão. 
 Fatores psicodinâmicos da mania: maioria das teorias acerca da mania considera os episódios maníacos uma defesa 
contra a depressão subjacente. Abraham, por exemplo, acreditava que esses episódios pudessem refletir uma 
incapacidade de tolerar uma tragédia do desenvolvimento, como a perda de um dos genitores. Exemplo: mãe que 
desenvolveu sintomas de hipomania e, depois, de mania franca sem psicose, quando seu único filho foi diagnosticado 
com LLA  à medida que a criança ficava mais debilitada e o prognóstico mais sombrio, “ela parecia borbulhar com 
renovada alegria, bom humor e alto astral”  não conseguir se conter de contar piadas para o pessoal do hospital 
durante os procedimentos dolorosos do filho  filho recebeu alta e ela melhorou. 
 TEORIA COGNITIVA: “a depressão resulta de distorções cognitivas específicas presentes nas pessoas predispostas a 
desenvolvê-la. Essas distorções, referidas como esquemas depressogênicos, são modelos cognitivos que percebem tanto os 
dados internos quanto os externos de formas alteradas por experiências precoces.” TRÍADE COGNITIVA DA DEPRESSÃO = (1) 
visão sobre si próprio – uma autopercepção negativa, (2) sobre o mundo – uma tendência a experimentar o mundo como 
hostil e exigente e (3) sobre o futuro – a expectativa de sofrimento e fracasso. 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
TRANSTORNO DEPRESSIVO 
 
 
Também conhecido como DEPRESSÃO, DEPRESSÃO UNIPOLAR, EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR, TRANSTORNO 
DEPRESSIVO MAIOR 
MUDANÇA EM RELAÇÃO A UM COMPORTAMENTO PRÉVIO. 
“AS COISAS QUE ME DAVAM PRAZER, NÃO ME DÃO MAIS” 
 
 As síndromes depressivas têm como elemento central o HUMOR ENTRISTECIDO ou ANEDONIA (falta de prazer nas coisas 
da vida). 
 Normalmente de início insidioso e subagudo. Doença crônica e recorrente (após 1° episódio – 50% de chance de 
recorrencia, após 2° - 70% e após o 3° - 90%). 
 SINTOMAS AFETIVOS: tristeza, melancolia, choro fácil e/ou frequente, apatia (indiferença afetiva), incapacidade de 
sentir prazer (anedonia), tédio e aborrecimento crônico, irritabilidade aumentada, angústia ou ansiedade, 
desespero. 
 ALTERAÇÕES FÍSICAS: fadiga, cansaço fácil e constante, distúrbios do sono (insônia terminal ou hipersonia), perda 
ou aumento do apetite/peso, constipação, indigestão, distúrbios sexuais (diminuição da libido, disfunção erétil), 
palidez; alterações na menstruação, cefaleia. 
 DISTÚRBIOS DO PENSAMENTO: ideação negativa, pessimismo, ideiasde arrependimento e culpa, ideias de 
abandono e autopunição, ideias de morte, desejo de desaparecer; ideação, planos ou tentativas suicidas. 
 ALTERAÇÕES DA AUTOVALORAÇÃO: sentimento de baixa autoestima, autodepreciação e autoacusação. 
 ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE E VOLIÇÃO: aumento da latência entre as perguntas e as respostas, 
lentificação psicomotora, diminuição do discurso, redução do tom de voz, fala lentificada; mutismo (negativismo 
verbal), negativismo (recusa alimentar, recusa à interação pessoal), ausência de planos e perspectivas. 
 ALTERAÇÕES COGNITIVAS: dificuldade de concentração e esquecimentos, dificuldade para tomar decisões, 
pseudodemência depressiva. 
 SINTOMAS PSICÓTICOS: ideias delirantes de conteúdo negativo, delírios de ruína ou miséria, alucinações, 
geralmente auditivas, com conteúdos depressivos, outros sintomas psicóticos incongruentes com o humor. 
 Ao exame psíquico, o paciente deprimido pode parecer cansado e preocupado, apresentando fraco contato visual. O cuidado 
com a aparência é reduzido e há tendência ao choro. O humor apresenta-se triste ou irritável. Situações que antes 
representavam prazer deixam de interessar e perdem a graça. Em depressões menos acentuadas, o humor oscila durante o 
dia, com piora matutina ou vespertina, e o paciente pode levar horas para retornar à normalidade. 
 A fala é monossilábica, sem espontaneidade, monótona, e com longas pausas. Predominam pensamentos de cunho 
depressivo, hipocondríacos, inferioridade e culpa. As ideias de suicídio sempre devem ser investigadas e o risco avaliado. 
O paciente pode apenas desejar a morte, ou pensar e mesmo planejar o suicídio. 
 Pode ocorrer diminuição da atenção (hipotenacidade). Em função disso, associado ao desinteresse, as informações não 
são fixadas na memória. Uma das alterações principais é a falta de energia, com tendência ao isolamento. A capacidade 
de exercer crítica fica prejudicada, pois os acontecimentos são interpretados de modo depressivo. 
 DEPRESSÃO EM CRIANÇAS: fobia escolar e apego excessivo aos pais podem ser sintomas de depressão em crianças. Mau 
desempenho escolar, abuso de drogas, comportamento antissocial, promiscuidade sexual, ociosidade e fuga de casa 
podem ser sintomas de depressão em adolescentes. Geralmente ficam mais IRRITADOS do que TRISTES. 
 DEPRESSÃO EM IDOSOS: mais comum em pessoas mais velhas do que na população em geral. Geralmente relacionado a 
condição socioeconômica baixa, perda de um cônjuge, doença física concomitante e isolamento social. Ocorre mais 
ANEDONIA do que TRISTEZA, mais lentificação, mais sintomas físicos e funcionais, mais sintomas psicóticos e possuem 
MAIOR RISCO DE SUICÍDIO. 
 JULGAMENTO E INSIGHT: descrições dos pacientes deprimidos sobre seu transtorno são muitas vezes hiperbólicas; 
eles enfatizam demais seus sintomas, seu transtorno e seus problemas de vida. Difícil convencê-los de que a melhora é 
possível. 
 
TRANSTORNOS COEXISTENTES 
 ANSIEDADE: o DSM-5 observa a existência de transtorno misto de ansiedade e depressão. Sintomas significativos de 
ansiedade podem e costumam coexistir com sintomas significativos de depressão. 
SINTOMAS DEPRESSIVOS 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
EXAME DO ESTADO MENTAL – DEPRESSÃO 
 DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL: pacientes com transtorno depressivo maior, assim como aqueles com transtorno bipolar I, têm 
probabilidade de satisfazer os critérios diagnósticos de um transtorno por uso de álcool. 
 CONDIÇÕES CLÍNICAS: a depressão tende a ocorrer em associação com condições clínicas, de modo especial em pessoas mais 
velhas. Quando isso acontece, os médicos devem tentar determinar se a condição clínica subjacente está 
fisiopatologicamente relacionada à depressão ou se esta decorre de algum medicamento que o paciente esteja tomando. 
 
 O retardo psicomotor generalizado é o sintoma mais comum de depressão, ainda que também seja observada agitação 
psicomotora, sobretudo em pacientes mais velhos. Torcer as mãos e arrancar cabelos são os sintomas mais observados da 
agitação. De forma clássica, o indivíduo deprimido tem uma postura encurvada, sem movimentos espontâneos e com o olhar 
desviado para baixo, sem encarar. 
 HUMOR, AFETO E SENTIMENTOS: depressão é o sintoma-chave e os pacientes apresenta-se reclusos e reduzem atividades. 
 FALA: redução da taxa e do volume da fala; demoram a responder a perguntas e o fazem de forma monossilábica. 
 DISTÚRBIOS DE PERCEPÇÃO: delírios congruentes com o humor em uma pessoa deprimida incluem os de culpa, pecado, 
inutilidade, pobreza, fracasso, perseguição e doenças somáticas terminais (tais como câncer). O conteúdo dos delírios ou das 
alucinações incongruentes com o humor não é compatível com um humor deprimido. Por exemplo, um delírio incongruente 
com o humor em uma pessoa deprimida poderia envolver temas grandiosos de poder, conhecimento e valor exagerados. 
Quando isso ocorre, um transtorno esquizofrênico deve ser considerado. 
 PENSAMENTO: pacientes deprimidos costumam ter visões negativas do mundo e de si próprios. O conteúdo de seus 
pensamentos muitas vezes inclui ruminações não delirantes sobre perda, culpa, suicídio e morte. 
 SENSÓRIO E COGNIÇÃO: 
 Orientação: maioria dos pacientes deprimidos está orientada em relação a pessoa, lugar e tempo, embora alguns possam 
não ter energia ou interesse suficientes para responder a perguntas. 
 Memória: pseudodemência depressiva  dificuldade de concentração e de esquecimento. 
 CONTROLE DOS IMPULSOS: 10 a 15% de todos os indivíduos deprimidos cometem suicídio, e cerca de dois terços têm ideação 
suicida. Pessoas com transtornos depressivos têm aumento do risco de suicídio à medida que começam a melhorar e a 
readquirir a energia necessária para planejar e executar um suicídio (suicídio paradoxal). É clinicamente imprudente dar ao 
paciente deprimido grande prescrição de antidepressivos, sobretudo agentes tricíclicos, no momento de sua alta do hospital. 
 JULGAMENTO E INSIGHT: descrições dos pacientes deprimidos sobre seu transtorno são muitas vezes hiperbólicas; eles 
enfatizam demais seus sintomas, seu transtorno e seus problemas de vida. Difícil convencê-los de que a melhora é possível. 
 CONFIABILIDADE: os pacientes deprimidos dão grande ênfase ao ruim e minimizam o bom. Um erro clínico comum é acreditar 
sem questionamento em um indivíduo deprimido que declara não ter funcionado em uma tentativa anterior com 
medicamentos antidepressivos. 
O neuropsiquiatra suíço Otto Veraguth descreveu uma dobra peculiar em forma de triângulo no canto nasal da pálpebra 
superior. A dobra com frequência está associada com depressão e é referida como dobra de Veraguth. A fotografia ilustra essa 
manifestação fisionômica em um homem de 50 anos, durante um episódio depressivo maior. A dobra pode ser 
encontrada também em pessoas que não estão clinicamente deprimidas, em geral quando estão com um afeto 
depressivo leve. Modificações distintas do tônus muscular facial corrugador e zigomático acompanham a depressão, 
como observado em eletromiografias. (Cortesia de Heinz E. Lehmann, M.D.) 
 
ESCALA DE AVALIAÇÃO OBJETIVA DA DEPRESSÃO 
 Podem ser úteis na prática clínica para documentar o estado clínico do paciente deprimido. 
 Zung: escala de Autoavaliação da Depressão de Zung é um relato de 20 itens. A pontuação normal é de 34 ou menos; a 
pontuação deprimido é de 50 ou mais. A escala fornece um índice global da intensidade dos sintomas depressivos do paciente, 
incluindo a expressão afetiva da depressão. 
 Raskin: Escala de Depressão de Raskin é avaliada pelo médico, que mede a gravidade da depressão, conforme o que ele 
observa e o paciente relata, em uma escala de 5 pontos de três dimensões: relato verbal, comportamento exibido e sintomas 
secundários. A escala tem umavariação de 3 a 13; a pontuação normal é 3, e a pontuação deprimido é 7 ou mais. 
 Hamilton: Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton (HAM-D) é amplamente utilizada com até 24 itens, sendo cada um 
classificado de 0 a 4 ou de 0 a 2, com a pontuação total de 0 a 76. O médico avalia as respostas sobre sentimentos de culpa, 
pensamentos de suicídio, hábitos de sono e outros sintomas de depressão. 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
DIAGNÓSTICO 
 
 O diagnóstico, assim como o de esquizofrenia, é CLÍNICO, a partir da observação e descrição do paciente. 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
 A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam 
uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) HUMOR DEPRIMIDO ou (2) PERDA 
DO INTERESSE ou PRAZER. 
o NOTA: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes 
com o humor. 
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. 
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos (anedonia). 
(3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex. mais de 5% do peso corporal em um mês), ou diminuição 
ou aumento do apetite. 
(4) Insônia ou hipersonia. 
(5) Agitação ou retardo psicomotor. 
(6) Fadiga ou perda de energia. 
(7) Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada. 
(8) Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão. 
(9) Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, 
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
 B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 C. Deve-se excluir outras causas: os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex. droga 
de abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex. hipotireoidismo). 
 D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por: transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, 
transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico especificado, ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. 
 E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. 
o ATENÇÃO! Observar que o DSM-V considera que a depressão maior pode começar dentro da fase do luto, ou seja, em 
vez de somente luto, o paciente já pode estar deprimido. 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR, EPISÓDIO ÚNICO 
 A depressão pode ocorrer como um episódio único ou ser recorrente. A diferenciação entre esses pacientes e os que têm 
dois ou mais episódios de transtorno depressivo maior é justificada pelo curso incerto do transtorno dos primeiros. 
 Vários estudos relataram dados consistentes com a noção de que a depressão maior envolve um conjunto heterogêneo de 
transtornos. Um deles avaliou a estabilidade do diagnóstico de depressão maior em pacientes ao longo do tempo e constatou 
que 25 a 50% deles foram posteriormente reclassificados com uma condição psiquiátrica diferente ou uma condição médica 
não psiquiátrica com sintomas psiquiátricos. Estudos constataram que indivíduos deprimidos com mais sintomas depressivos 
têm mais probabilidade de ter diagnósticos estáveis ao longo do tempo e de ter parentes com doença afetiva do que 
indivíduos deprimidos com menos sintomas depressivos. 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR OU DEPRESSÃO RECORRENTE (2 OU + EPISÓDIOS) 
 Indivíduos que estão vivenciando pelo menos um segundo episódio de depressão são classificados com transtorno depressivo 
maior, recorrente. O principal problema ao diagnosticar episódios recorrentes de transtorno depressivo maior é escolher o 
critério para designar a resolução de cada período. As duas variáveis são o grau de resolução dos sintomas e a duração da 
resolução. O DSM-5 exige que episódios distintos de depressão sejam separados por pelo menos dois meses, durante os quais 
o paciente não tenha sintomas significativos de depressão. 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
ESPECIFICADORES 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
 
GRAVIDADE 
 Leve: dois sintomas. 
 Moderada: três sintomas. 
 Grave: quatro ou cinco. 
 
 
 
QUANTO AO PADRÃO DA DOENÇA 
 Para que um episódio seja considerado recorrente, deve haver um intervalo de pelo menos dois meses consecutivos entre 
episódios separados em que não são satisfeitos os critérios para um episódio depressivo maior. As definições dos 
especificadores são encontradas nas páginas indicadas. 
 Em remissão parcial: Presença de sintomas do episódio depressivo maior imediatamente anterior, mas não são 
satisfeitos todos os critérios ou existe um período de menos de dois meses sem sintomas significativos de um episódio 
depressivo maior após o término desse episódio. 
 Em remissão completa: Durante os últimos dois meses, nenhum sinal ou sintoma significativo da perturbação esteve 
presente. 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Depressão endógena ou melancólica: considerada como “vindo de dentro da pessoa” – “consciência infeliz”, mais 
independente de fatores psicogênicos desencadeantes. Os sintomas típicos são: anedonia, culpa excessiva, piora pela manhã, 
insônia terminal e lentificação psicomotora. 
 Depressão atípica: caracterizada por ganho de peso, hiperfagia, aumento do apetite (principalmente para doces e 
chocolates), hipersonia e sensação de corpo muito pesado. Classicamente, apresenta melhor resposta terapêutica ao uso de 
antidepressivos Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO), se em comparação aos tricíclicos. 
 Depressão sazonal: depressão que ocorre durante o menor período de luz diurna, no inverno e outono, e desaparece durante 
a primavera e verão. 
 Depressão pós-parto: início dentro de quatro semanas após o parto. Os sintomas variam de insônia acentuada, instabilidade 
e fadiga ao suicídio. Crenças delirantes e homicidas podem ocorrer com relação ao bebê. Com maior frequência, ocorre em 
mulheres com transtornos de humor ou outros transtornos psiquiátricos subjacentes ou preexistentes. Pode ser uma 
emergência psiquiátrica com risco para a mãe e o bebê. O mesmo aplicase a um episódio maníaco ou a um transtorno 
psicótico breve. 
 Depressão psicótica: depressão grave, na qual ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um ou mais sintomas 
psicóticos, como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco, alucinações com conteúdos depressivos. Se os sintomas 
psicóticos são de conteúdo depressivo, são classificados como humor-congruentes. Caso os sintomas psicóticos não sejam de 
conteúdo negativo, são denominados incongruentes com o humor, como delírios de perseguição, autorreferentes, 
paranoides. 
 Com catatonia: O especificador de catatonia pode ser aplicado a um episódio de depressão se características catatônicas 
estão presentes durante a maior parte do episódio. 
 
 TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: 
 Doenças clínicas  deixar de considerar o contexto da situação de vida atual do indivíduo pode levar a erros diagnósticos. 
Pacientes adolescentes deprimidos devem ser testados para mononucleose, e aqueles que estão acentuadamente acima 
ou abaixo do peso devem ser testados para disfunção suprarrenal e tireoidiana. 
 Condições neurológicas  problemas neurológicos mais comuns que manifestam sintomas depressivos são doença de 
Parkinson, doenças demenciais, epilepsia, doenças cerebrovasculares e tumores. 
 Outros transtornos de humor  médicos devem determinar se um pacienteteve episódios com sintomas semelhantes 
a mania, indicando transtorno bipolar I (síndromes maníaca e depressiva completas), transtorno bipolar II (episódios 
BASEIA-SE NO: 
 N° DE SINTOMAS 
 GRAVIDADE DOS SINTOMAS 
 GRAU DE PREJUÍZO QUE ELES CAUSAM 
 ASSOCIAÇÃO OU NÃO COM IDEAÇÃO SUICIDA, SINTOMAS 
PSICÓTICOS OU NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO 
 USO DE ESCALAS 
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CURSO E PROGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
depressivos maiores recorrentes com hipomania) ou transtorno ciclotímico (síndromes depressiva e maníaca 
incompletas). 
 Luto  diferenciação baseia-se na gravidade e na duração dos sintomas. No transtorno depressivo maior, sintomas 
comuns que evoluem a partir de um luto não resolvido são uma preocupação mórbida com inutilidade; ideação suicida; 
sentimentos de que a pessoa cometeu um ato (não apenas uma omissão) que causou a morte do cônjuge; mumificação 
(manter os pertences do falecido de maneira exata como estavam); etc. O luto pode ser um “GATILHO” para um 
episódio depressivo !!! 
 
 
 O curso dos transtornos do humor tende a ser longo, com inúmeras recaídas. O prognóstico tende a ser mais benigno do que 
o da esquizofrenia, porque os pacientes retornam à sua personalidade normal, anterior ao episódio. 
 TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: cerca de 50% dos pacientes que estão tendo o primeiro episódio de transtorno 
depressivo maior exibiram sintomas depressivos sinignificativos antes do primeiro episódio identificado. Portanto, a 
identificação precoce e o tratamento dos sintomas iniciais podem prevenir o desenvolvimento de um episódio depressivo 
completo. Um episódio depressivo não tratado dura de 6 a 13 meses; a maioria dos episódios tratados dura cerca de 3 meses. 
A retirada dos antidepressivos antes desse período quase sempre resulta no retorno dos sintomas. 
 Cerca de 5 a 10% dos indivíduos com o diagnóstico inicial de transtorno depressivo maior têm um episódio maníaco 6 a 
10 anos após o primeiro episódio depressivo. 
 Prognóstico: o transtorno depressivo maior não é uma condição benigna. Ele tende a ser crônico, e os indivíduos 
costumam ter recidivas. Pacientes que foram hospitalizados no primeiro episódio desse transtorno têm cerca de 50% de 
chance de se recuperarem no primeiro ano. A porcentagem de pacientes que se recuperam após hospitalizações 
repetidas diminui com o passar do tempo. Os indicadores psicossociais de um curso favorável incluem história de 
amizades sólidas durante a adolescência, funcionamento familiar estável e funcionamento social geralmente sadio nos 
cinco anos anteriores ao transtorno, além de ausência de um transtorno psiquiátrico comórbido e de um transtorno da 
personalidade. 
 
 OBJETIVOS: garantir a segurança do paciente, avaliação diagnóstica completa e plano terapêutico que aborde não apenas os 
sintomas imediatos mas também o bem-estar futuro do paciente. 
 HOSPITALIZAÇÃO: indicações claras de hospitalização são a necessidade de procedimentos diagnósticos, risco de suicídio ou 
homicídio e capacidade reduzida de autocuidados básicos. A necessidade de internação pode se dar mesmo em casos leves 
de hipomania, devido ao sentimento de bem- -estar e à dificuldade em convencer o paciente de que está doente e necessita 
de tratamento. Nos casos de mania grave, a internação pode ser utilizada, de modo a protegê-lo para que não cometa atos 
que possam prejudicá-lo, como envolver-se em situações embaraçosas ou gastar muito dinheiro. 
 Quando o paciente apresenta-se esclarecido o suficiente para reconhecer o seu estado e possui um bom suporte familiar, 
deve-se tentar o tratamento ambulatorial. Nos casos de depressão grave, a internação pode ser indicada quando há um 
evidente risco de suicídio, quando falta ao paciente apoio psicossocial, quando há abuso de substância grave ou o 
paciente não coopera com o tratamento. 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO 
 O tratamento deve integrar a FARMACOTERAPIA + INTERVENÇÃO PSICOTERÁPICA. 
 TERAPIA PSICOSSOCIAL: uma combinação de psicoterapia e farmacoterapia é o tratamento mais eficaz para transtorno 
depressivo maior. 
 Melhora de sono, nutrição, prática de exercícios. 
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 Terapia cognitiva comportamental (TCC): focaliza as distorções cognitivas postuladas como presentes no transtorno 
depressivo maior. Por exemplo, apatia e baixa energia resultam de uma expectativa do paciente de fracasso em todas 
as áreas. O objetivo da terapia cognitiva é aliviar os episódios depressivos e prevenir sua reincidência ajudando-o a 
identificar e testar as cognições negativas; desenvolver formas de pensar alternativas, flexíveis e positivas; e ensaiar 
novas respostas cognitivas e comportamentais. 
 Terapia interpessoal (TIP): concentra-se em um ou dois dos problemas interpessoais atuais do paciente. Ela tem base 
em dois pressupostos. Primeiro, é provável que os problemas interpessoais atuais tenham suas raízes em 
relacionamentos disfuncionais precoces. Segundo, esses problemas podem estar envolvidos na precipitação e na 
perpetuação dos sintomas depressivos atuais. 
 Terapia de orientação psicanalítica: seu objetivo é efetuar uma mudança na estrutura da personalidade ou no caráter 
do paciente, não simplesmente aliviar os sintomas. Melhoras na confiança interpessoal, na capacidade para intimidade, 
nos mecanismos de enfrentamento, na capacidade de enfrentar o luto e na capacidade de vivenciar uma ampla gama de 
emoções são alguns dos objetivos dessa terapia. 
 ESTIMULAÇÃO DO NERVO VAGO: nervo vago conecta-se ao sistema nervoso entérico e, quando estimulado, pode provocar 
a liberação de peptídeos que agem como neurotransmissores. Demonstrou melhoras do humor. 
 
FARMACOTERAPIA 
 Objetiva a remissão dos sintomas, não apenas sua redução. Na prática clínica, a escolha da medicação é baseada nos efeitos 
colaterais, no custo, na tolerabilidade do paciente e presença de comorbidades. Demoram 2-3 semanas para efeito. 
Dependendo do paciente, pode ter efeito em até 1 mês/1 mês e meio. Tem que melhorar pelo menos 50%. Deve-se iniciar 
com doses baixas, realizando-se o aumento gradativo até alcançar as doses terapêuticas. 
 ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: amtriptilina, imipramina, clomipramina, nortriptilina. 
 Efeitos colaterais tricíclicos: tontura, sedação, boca seca, visão turva, constipação intestinal e esforço para urinar. Outros 
efeitos incluem ganho de peso e hipotensão ortostática. Estão contraindicados em casos de glaucoma de ângulo fechado 
e situações nas quais efeitos anticolinérgicos devem ser evitados, como disfunção prostática. 
 INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS): fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram. 
 Efeitos colaterais: disfunção sexual (diminuição libido e anorgasmia) e efeitos gastrointestinais (náuseas e vômitos). 
 INIBIDORES DE MONOAMINOXIDASE: tranilcipromina, moclobemida. 
 Classicamente indicados para o tratamento de depressão atípica. No entanto, o risco de crise hipertensiva quando 
associado a alimentos que contenham tiramina (queijo, leite, cerveja, vinhos etc), o aparecimento de antidepressivos 
com melhor perfil de efeitos colaterais e a contraindicação absoluta de utilização de diversas drogas (ISRS, alfa-metildopa, 
meperidina, simpaticomiméticos, entre outros) durante o tratamento com IMAO, têm contribuído para seu uso cada vez 
mais incomum; 
 INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA (IRSN) 
 QUETAMINA 
 O tratamento de manutenção com antidepressivos por pelo menos seis meses auxilia na prevenção de recaídas. O tratamento 
a longo prazo pode ser indicado em pacientes com transtornodepressivo recorrente, podendo ser feita associação com 
carbonato de lítio; 
 L-triiodotironina (T3), carbonato de lítio e l-triptofano podem ser utilizados para potencializar o efeito antidepressivo. 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 CURVA DE KUPFER: Um indivíduo na extremidade esquerda do gráfico está bem, levando a vida de forma regular. Em dado 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
TRANSTORNOS DE HUMOR 
SÍNDROMES MANÍACAS 
momento, uma série de estressores aparecem (seus negócios declinam). Esse indivíduo hipotético começa a descer ladeira 
abaixo no diagrama de Kupfer. Começa a apresentar alguns sintomas como: tristeza, uma certa aspereza e irritabilidade com 
os familiares e clientes no trabalho; desânimo com os hobbies e atividades que sempre lhe deram prazer e alegria, sensação 
de cansaço constante, um afastamento gradual dos amigos e pessoas queridas; etc. É natural se tentar uma série de 
estratégias para reverter a situação. Porém, o mal-estar persiste e até parece piorar com o passar do tempo. O indivíduo 
reluta, mas por fim procura um psiquiatra quando ele caminha para o ponto mais baixo da curva de kupfer. É prescrito um 
antidepressivo. Aguarda a primeira e a segunda semana tendo sido orientado que nesse período o efeito do remédio 
provavelmente será mínimo ou inexistente. Eventualmente aparecerão efeitos colaterais (azia, dor de estômago, tontura, dor 
de cabeça) – geralmente leves e que desaparecem após 1-2 semanas. Finalmente, nota que devagarinho está melhorando e 
parece estar subindo a curva de kupfer (está tendo Resposta ao tratamento). 
 O objetivo dessas primeiras semanas do tratamento (fase aguda) é controlar a depressão; é restaurar o bem-estar vivenciado 
na extremidade esquerda do gráfico, ou seja, retornar ao nível habitual do humor e atingir a remissão dos sintomas 
depressivos. 
 Um grande erro de pacientes que atingem a remissão é se decretarem curados e abandonarem o tratamento ao final da fase 
aguda. 
 A chance dos sintomas depressivos reaparecerem é alta e por isso mantemos o antidepressivo por mais alguns meses (fase 
de continuação) para atenuar essa chance de recaída. 
 A fase de manutenção se aplica a um subgrupo de pacientes com episódios depressivos recorrentes (>3 episódios depressivos 
anteriores); depressões anteriores graves, presença de outras doenças psiquiátricas ou médicas associadas; sintomas 
depressivos presentes. 
 
 
 
 O transtorno se manifesta através de episódios de mania, hipomania e depressão. Ao longo da vida, os pacientes com 
transtorno bipolar podem apresentar 3 diferentes tipos de alterações do humor: mania, hipomania e depressão. 
 
 TB é uma doença crônica cíclica na qual os pacientes apresentam episódios de mania/hipomania e depressão ao longo da 
vida. A presença de um desses episódios caracteriza a fase aguda da doença. Porém, o paciente também experimenta 
momentos de eutimia entre um episódio e outro. Durante a eutimia, eles tem funcionalidade normal. 
 
 A euforia, ou alegria patológica, constitui o aspecto principal da síndrome maníaca. Além disso, é fundamental, e quase 
sempre presente, a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo). De modo geral, podem-se observar os 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
seguintes sinais e sintomas: 
 Aumento da autoestima: o paciente sente-se superior, melhor, mais potente; 
 Intensa satisfação pessoal e bem-estar exagerado; 
 Elação, isto é, sentimento de expansão e engrandecimento do eu; 
 Sintomas vegetativos: aumento da libido, perda de peso, anorexia e insônia, geralmente associada à sensação de 
diminuição da necessidade de sono; 
 Logorreia: produção verbal rápida, fluente e persistente; 
 Pressão para falar: necessidade de falar ininterruptamente; 
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EPISÓDIOS MANÍACOS 
DIAGNÓSTICO 
 Distraibilidade: a atenção voluntária está reduzida e a espontânea apresenta-se aumentada; 
 Irritabilidade e arrogância; 
 Agitação psicomotora e heteroagressividade; 
 Desinibição social e sexual, levando o paciente a comportamentos inadequados; 
 Hipersensualidade e promiscuidade; 
 Tendência exagerada a gastos excessivos, descontrole dos impulsos; 
 Delírios de grandeza ou de poder, que podem estar associados a alucinações auditivas. 
 Durante a entrevista psiquiátrica, observamos aparência extravagante, com roupas coloridas, excessiva maquiagem, 
acessórios bizarros, desatenção quanto à aparência pessoal. O paciente pode demonstrar impaciência, autoconfiança e 
atitude sedutora. O afeto é instável e o humor eufórico, exaltado ou irritável. Pode haver alterações de humor abruptas 
(labilidade afetiva). O conteúdo do pensamento é egocêntrico, grandioso, com autoestima altamente elevada. 
 Podem ocorrer delírios de grandeza, paranoides ou místicos, e alucinações auditivas. O pensamento torna-se acelerado, e 
existe a sensação subjetiva de aumento na velocidade de ideias; o paciente apresenta-se falante (logorreico), cheio de planos 
e ideias novas. O extremo dessa aceleração é a fuga de ideias, alteração em que a fala e o pensamento são controlados menos 
pelo significado e mais por associações por assonância, dificultando a compreensão do discurso. 
 A fala é pressionada, dramática, podendo tornar-se incompreensível. O paciente tem dificuldade para concentrar-se 
(hipotenaz), dispersando-se à medida que surgem novos estímulos (hipervígil). A euforia leva ao comprometimento da 
capacidade de julgamento, frequentemente existe total negação da doença e incapacidade para tomar quaisquer decisões. 
O paciente pode apresentar-se inquieto, agitado, com agressividade física ou verbal. 
 A hipomania é a forma clínica atenuada do episódio maníaco. O paciente apresenta aumento da disposição e da energia, 
sensação subjetiva de que o fluxo de ideias é mais amplo e acelerado, e bom humor excessivo. Pode haver diminuição da 
necessidade do sono e aumento da energia sexual. O discurso apresenta loquacidade, sarcasmo, com ideias abundantes. 
Irritação, autoritarismo, excesso de gastos e comportamento imprudente podem estar presentes. 
 
 Os pacientes maníacos são excitados, tagarelas, às vezes divertidos e, frequentemente, hiperativos. Às vezes, estão 
francamente psicóticos e desorganizados, necessitando de contenção física e injeção intramuscular de sedativos. 
 HUMOR, AFETO E SENTIMENTOS: maníacos classicamente são eufóricos, mas também podem ser irritáveis, em especial 
quando a mania esteve presente por algum tempo. Também têm baixa tolerância à frustração, que pode levar a sentimentos 
de raiva e hostilidade. Eles podem apresentar labilidade emocional, mudando do riso para irritabilidade e para depressão em 
minutos ou horas. 
 FALA: não podem ser interrompidos enquanto estão falando e costumam ser intrusivos e desagradáveis para com as pessoas 
a seu redor. Sua fala é frequentemente confusa. À medida que a mania fica mais intensa, a fala se torna mais alta, mais rápida 
e difícil de interpretar. Quando o estado de ativação aumenta, a fala é repleta de trocadilhos, piadas, rimas, jogos de palavras 
e irrelevâncias. 
 SENSOPERCEPÇÃO: delírios congruentes com o humor são frequentemente relacionados com grande riqueza, capacidades 
extraordinárias ou poder. Delírios e alucinações bizarros e incongruentes com o humor também aparecem na mania. 
 PENSAMENTO: inclui temas de autoconfiança e autoengrandecimento. Esses indivíduos distraem-se com facilidade, e o 
desempenho cognitivono estado maníaco caracteriza-se por um fluxo de ideias incontido e acelerado. 
 SENSÓRIO E COGNIÇÃO: a orientação e a memória estão intactas, ainda que alguns pacientes maníacos possam ser tão 
eufóricos a ponto de responder incorretamente a perguntas para testar a orientação. 
 CONTROLE DOS IMPULSOS: pacientes maníacos são agressivos ou ameaçadores. Eles tentam o suicídio e cometem homicídio, 
mas a incidência desses comportamentos é desconhecida. 
 JULGAMENTO E INSIGHT: comprometimento do julgamento é característica de indivíduos maníacos. Eles podem violar leis 
sobre cartões de crédito, atividades sexuais e finanças e, por vezes, envolvem suas famílias na ruína financeira. Também têm 
pouco entendimento de sua doença. 
 CONFIABILIDADE: são notoriamente não confiáveis em suas informações. Uma vez que a mentira e o disfarce são comuns na 
mania, os médicos inexperientes podem tratar esse grupo com desdém inadequado. 
 
 
EPISÓDIO MANÍACO 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando pelo menos uma 
semana (ou qualquer duração, se a hospitalização é necessária). 
 B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistirem (quatro, se o humor é 
apenas irritável) e estão presentes em um grau significativo: 
(1) autoestima inflada ou grandiosidade; 
(2) necessidade de sono diminuída; 
(3) mais falante do que o habitual ou pressão por falar; 
(4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo; 
(5) distratibilidade; 
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora; 
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para consequências dolorosas (por ex.: 
envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos). 
 C. A perturbação do humor é suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas 
atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos 
a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos. 
 D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex.: uma droga de abuso, um 
medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex.: hipertireoidismo). 
 
EPISÓDIO HIPOMANÍACO 
 A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e 
persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, 
quase todos os dias. 
 B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas 
(quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual 
e estão presentes em grau significativo: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), 
conforme relatado ou observado. 
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação 
psicomotora. 
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em 
surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos). 
 C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando 
assintomático. 
 D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. 
 E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou 
para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. 
 F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro 
tratamento). 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
TRANSTORNO BIPOLAR I 
TRANSTORNO BIPOLAR II 
ESPECIFICADORES 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR 
 Mesmos critérios já apresentados. 
 
ATENÇÃO 
 É muito importante investigar em toda consulta a presença de ideação suicida em paciente com T, pois 6-7% dos pacientes 
morrem por suicídio. Além disso, 43% tem ideação suicida, 21% tem um plano e 16% tentaram suicídio. 
 
 No TB tipo 1 o paciente apresenta o quadro clássico MANÍACO-DEPRESSIVO. Os critérios para diagnóstico é a presença de 
pelo menos um quadro de mania ao longo da vida. Apesar dos episódios de depressão serem comuns, não são necessários 
para o diagnóstico. 
 Ocorrem episódios maníacos que podem ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos 
maiores. 
 Os episódios maníacos duram pelo menos 7 dias. 
 As emoções oscilam entre felicidade e depressão. 
 Podem cursar entre MANIA, HIPOMANIA e DEPRESSÃO. 
 O paciente pode apresentar episódio de psicose, mas é necessário afastar algum transtorno psicótico como transtorno 
esquizoafetivo e esquizofrenia para diagnóstico de TB 1. 
 
 Para diagnóstico, é necessário que o paciente apresente critérios para pelo menos 1 episódio hipomaníaco e 1 episódio 
depressivo ao longo da vida. Da mesma forma que no TB 1, é preciso afastar a presença de algum transtorno psicótico para 
fazer o diagnóstico. 
 Ocorre uma depressão profunda e há uma elevação do humor mais branda e breve caracterizando episódios de hipomania 
e o transtorno ciclotímico no qual, as alterações de humor envolve tanto episódios de depressão leve quanto mania leve. 
 Os pacientes geralmente chegam ao consultório durante um episódio depressivo, pois os episódios de hipomania não são 
considerados prejudiciais pelo próprio paciente. Eles percebem o aumento da energia como uma maior disposição e se 
sentem bem durante esses períodos. 
 O TB 2 não é considerado mais leve que o TB 1 devido a gravidade da instabilidade de humor e da depressão que esses 
pacientes apresentam. Os episódios de depressão são mais crônicos, duram mais e são mais incapacitantes em comparação 
ao TB 1. Os pacientes também apresentam uma impulsividade maior, o que aumenta o risco de tentativas de suicídio. 
 
 
QUANTO À GRAVIDADE 
 Leve: Dois sintomas. 
 Moderada: Três sintomas. 
 Grave: Quatro ou cinco sintomas com agitação motora. 
 
QUANTO AO QUADRO PREDOMINANTE 
 Após o diagnóstico, é preciso determinar a polaridade do paciente. A polaridade diz respeito ao tipo de episódio que mais 
recorre. Ela pode ser negativa ou positiva. O paciente tem polaridade negativa quando apresenta mais episódios de depressão 
e polaridade positiva quando apresenta mais episódios de mania ou hipomania. Um preditor de polaridade é o primeiro 
episódio do paciente. Assim, um paciente que abre a doença com um quadro de depressão tem maior possibilidade de ter 
polaridade negativa. 
 Mista: sintomas sugerem diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem em tempo de 
duração para classificar em TB I ou TB II. 
 Episódios depressivos com ciclagem rápida (pode ser aplicado ao transtorno bipolar tipo I ou ao transtorno bipolar tipo II): 
presença de pelo menos quatro episódios de humor nos 12 mesesanteriores que atendam aos critérios de episódio maníaco, 
hipomaníaco ou depressivo maior. 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
CURSO E PROGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
DISTIMIA 
 Nota: Os episódios são demarcados por remissões parciais ou totais de pelo menos dois meses ou por troca para um 
episódio da polaridade oposta (p. ex., episódio depressivo maior para episódio maníaco). 
Nota: A característica essencial de um transtorno bipolar de ciclagem rápida é a ocorrência de pelo menos quatro episódios de humor 
durante os 12 meses anteriores. Esses episódios podem ocorrer em qualquer combinação e ordem. Devem atender a critérios de 
duração e quantidade de sintomas para episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco, devendo também ser demarcados por 
um período de remissão completa ou por uma troca para um episódio da polaridade oposta. Episódios maníacos e hipomaníacos são 
contados como do mesmo. 
 
 TRANSTORNO BIPOLAR I: o diagnóstico diferencial é o mesmo que para um paciente que está sendo avaliado para um 
diagnóstico de transtorno depressivo maior. Se estiver maníaco, contudo, esse diagnóstico inclui transtornos bipolar I, bipolar 
II, ciclotímico, do humor causado por uma condição médica geral e transtorno do humor induzido por substância. 
 TRANSTORNO BIPOLAR II: deve incluir outros transtornos do humor, transtornos psicóticos e transtorno de personalidade 
borderline. A diferenciação entre transtorno depressivo maior e transtorno bipolar I, por um lado, e transtorno bipolar II, por 
outro, baseia-se na avaliação clínica dos episódios semelhantes a mania. 
 
 TRANSTORNO BIPOLAR I: muitas vezes é útil fazer um gráfico do transtorno do paciente e mantê-lo atualizado à medida que 
o tratamento progride. Embora o transtorno ciclotímico às vezes seja diagnosticado retrospectivamente em pacientes com 
transtorno bipolar I, não há identificação de traços de personalidade associados de maneira específica com transtorno bipolar 
I. Quando possui início precoce, está associado a um mau prognóstico. 
 No geral, pacientes com transtorno bipolar I têm um prognóstico pior do que os afetados por transtorno depressivo 
maior. A curta duração dos episódios maníacos, idade de início avançada, poucos pensamentos suicidas e poucos 
problemas psiquiátricos ou clínicos predizem um melhor prognóstico. 
 TRANSTORNO BIPOLAR II: curso e o prognóstico do transtorno bipolar II indicam que o diagnóstico é estável, porque há alta 
probabilidade de que pacientes com esse transtorno tenham o mesmo diagnóstico até cinco anos mais tarde. O transtorno é 
uma condição crônica que justifica estratégias de tratamento de longo prazo. 
 
 
TRANSTORNO BIPOLAR 
 O tratamento de escolha para transtorno bipolar baseia-se no uso de agentes ESTABILIZADORES DE HUMOR, 
principalmente, carbonato de lítio, ácido valproico e carbamazepina. 
 Nos casos resistentes, pode ser feita associação entre os estabilizadores do humor. A olanzapina (antipsicótico) tem sido 
considerada eficaz no controle da mania aguda e como estabilizador do humor. 
 Nos casos de mania aguda, o tratamento geralmente inclui a utilização de drogas sedativas, como clonazepam 
(benzodiazepínico) e antipsicóticos. O tratamento de manutenção está geralmente indicado na profilaxia. 
 CARBONATO DE LÍTIO: permanece como primeira linha no tratamento e profilaxia do transtorno bipolar. No entanto, o risco 
de intoxicação, assim como o perfil de efeitos adversos, tem limitado seu uso, fazendo com que outras drogas, como o 
valproato, sejam cada vez mais utilizadas. Os efeitos colaterais mais comuns são: sede e poliúria, alterações de memória, 
tremores, ganho de peso, sonolência, náuseas e diarreia. 
 ANTICONVULSIVANTES: ácido valproico, tem sido amplamente utilizado para o tratamento de transtorno bipolar. Os efeitos 
colaterais incluem sedação, náuseas, vômitos, diarreia, elevação benigna das transaminases e tremores. 
 ANTIPSICÓTICOS: têm sido utilizados no tratamento da mania aguda devido à rapidez da ação e controle da agitação 
psicomotora. Contudo, seu uso no tratamento de manutenção tem sido evitado por causa dos efeitos colaterais 
(parkinsonismo, acatisia), além do fato de poder desencadear ou agravar quadros depressivos. 
 Para tratar a fase aguda de mania a primeira linha de tratamento pode ser em monoterapia com antipsicóticos atípicos 
ou estabilizadores de humor como, aripiprazol, quetiapina, risperidona, vaproato e lítio. Ou pode sem em terapia 
combinada com lítio ou valproato + risperidona ou quetiapina ou aripiprazol. 
 Para tratamento da depressão bipolar tipo 1 os estabilizadores de humor e antipsicóticos compõem a primeira linha de 
tratamento. Também podem ser utilizados em monoterapia ou em terapia combinada. Além do efeito de estabilização 
do humor, o lítio é eficaz na ideação suicida e é a única droga comprovada que diminui o risco de ETIsuicídio. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 O aspecto mais característico da distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é a presença de um 
humor deprimido que dura a maior parte do dia e está presente quase continuamente. 
 Existem sentimentos associados de inadequação, culpa, irritabilidade e raiva; afastamento da sociedade; perda de interesse; 
e inatividade e falta de produtividade. O termo distimia significa “mal-humorado”. 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
EPIDEMIOLOGIA 
ETIOLOGIA 
CLÍNICA 
DIAGNÓSTICO 
 A distimia distingue-se do transtorno depressivo maior pelo fato de os pacientes se queixarem de que sempre estiveram 
deprimidos. Portanto, a maioria dos casos é de início precoce, começando na infância ou na adolescência e, sem dúvida, 
ocorrendo na época em que os pacientes atingem a faixa dos 20 anos. 
 
 É comum entre a população em geral e afeta 5-6% de todas as pessoas. É observada entre pacientes em clínicas psiquiátricas 
gerais, onde afeta entre metade a um terço de todos eles. É mais comum em mulheres com menos de 64 anos do que em 
homens de qualquer idade e também entre indivíduos solteiros e jovens e naqueles com menor renda. 
 Os pacientes podem também ter transtornos de ansiedade (em especial transtorno de pânico), abuso de substâncias e 
transtorno da personalidade borderline comórbidos. 
 
 FATORES BIOLÓGICOS: redução da latência dos movimentos oculares rápidos (REM) e o aumento de sua densidade são dois 
marcadores de estado de depressão no transtorno depressivo maior que também ocorrem em uma proporção significativa 
de pacientes com distimia; dois eixos neuroendócrinos mais estudados no transtorno depressivo maior e na distimia são o 
suprarrenal e o tireoidiano. 
 FATORES PSICOSSOCIAIS: teorias psicodinâmicas sobre o desenvolvimento de distimia postulam que o transtorno resulta do 
desenvolvimento da personalidade e do ego e culmina em dificuldades de adaptação à adolescência e à idade adulta jovem. 
Karl Abraham, por exemplo, pensava que os conflitos na depressão são centrados em traços sádicos orais e anais. 
 Freud afirmou que o desapontamento interpessoal precoce na vida pode causar uma vulnerabilidade para depressão que 
leva a relacionamentos de amor ambivalentes no adulto; perdas reais ou ameaçadas na vida adulta podem desencadear 
depressão. 
 A teoria cognitiva da depressão também se aplica à distimia. Ela sustenta que a disparidade entre situações reais e 
fantasiadas leva a diminuição da autoestima e a um senso de impotência. 
 
 A distimia, então, é mais bem caracterizada como uma depressão de longa duração, flutuante,de baixo grau, vivenciada como 
uma parte intrínseca ao indivíduo e representando uma acentuação de traços observados no temperamento depressivo. Não 
é incapacitante, mas compromete o desempenho e o relacionamento interpessoal e traz sofrimento considerável. É bastante 
heterogênea. A ansiedade não é um componente necessário de seu quadro clínico; contudo, o transtorno é com frequência 
diagnosticado em pacientes com transtornos de ansiedade e fóbicos. 
 A distimia é mais bem caracterizada como uma depressão de longa duração, flutuante, de baixo grau, vivenciada como uma 
parte intrínseca ao indivíduo e representando uma acentuação de traços observados no temperamento depressivo. 
 
 A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por 
outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos. 
 B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: 
1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso. 
2. Insônia ou hipersonia. 
3. Baixa energia ou fadiga. 
4. Baixa autoestima. 
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. 
6. Sentimentos de desesperança. 
 C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os 
sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses. 
 D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos. 
 E. Jamais houve episódio maníaco ou episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos critérios para transtorno ciclotímico. 
 F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, 
outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da 
esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. 
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CURSO E PROGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
TRANSTORNO CICLOTÍMICO 
EPIDEMIOLOGIA 
ETIOLOGIA 
CLÍNICA 
 G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipotireoidismo). 
 H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
 Cerca de 50% dos pacientes com distimia vivenciam um início insidioso de sintomas antes dos 25 anos de idade. Apesar do 
início precoce, eles costumam sofrer com os sintomas por uma década antes de procurar ajuda psiquiátrica. 
 Cerca de 25% de todos os pacientes com distimia nunca alcançam remissão completa. De modo geral, contudo, o prognóstico 
é bom com tratamento. 
 
 A combinação de farmacoterapia e atendimento psicoterápico parece ser o tratamento mais indicado nos transtornos 
distímicos. A maioria dos antidepressivos é eficaz em pacientes distímicos, embora as doses necessárias possam ser maiores 
do que para o tratamento da depressão maior. 
 Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), a venlafaxina e a bupropiona podem ser eficazes. 
 A psicoterapia orientada ao insight individual é o método de tratamento mais comum para distimia, e muitos médicos o 
consideram a melhor escolha. A abordagem psicoterapêutica tenta relacionar o desenvolvimento e a manutenção de 
sintomas depressivos e aspectos da personalidade mal-adaptativos a conflitos não resolvidos da primeira infância. 
 
 Caracteriza-se por instabilidade persistente do humor com alternância de inúmeros períodos distímicos ou de falta de 
interesse e prazer, com episódios hipomaníacos. Tais episódios não são graves nem duradouros o suficiente para serem 
considerados transtornos bipolares, e a condição é crônica. 
 
 Na população em geral, a prevalência ao longo da vida desse transtorno é estimada em cerca de 1%. Indivíduos com 
transtorno ciclotímico podem constituir de 3 a 5% de todos os pacientes ambulatoriais psiquiátricos, de modo particular, 
talvez, aqueles com queixas significativas de dificuldades conjugais e interpessoais. 
 A razão mulher-para-homem do transtorno ciclotímico é de cerca de 3 para 2, e 50 a 75% de todos os pacientes têm um início 
entre as idades de 15 e 25 anos. 
 
 FATORES BIOLÓGICOS: cerca de 30% de todos os pacientes com transtorno ciclotímico têm histórias familiares positivas 
para transtorno bipolar I. 
 FATORES PSICOSSOCIAIS: maioria das teorias psicodinâmicas postula que o desenvolvimento do transtorno ciclotímico se 
deve a traumas e fixações durante o estágio oral do desenvolvimento infantil. Para Freud, o estado ciclotímico é uma tentativa 
do ego de subjugar um superego severo e punitivo. A hipomania é explicada psicodinamicamente como a falta de autocrítica 
e ausência de inibições que ocorrem quando uma pessoa deprimida se livra do peso de um superego severo em excesso. O 
principal mecanismo de defesa na hipomania é a negação, pela qual o paciente evita os problemas externos e os sentimentos 
internos de depressão. 
 
 Os sintomas de transtorno ciclotímico são idênticos aos de transtorno bipolar II, exceto por serem menos graves. 
Ocasionalmente, entretanto, os sintomas podem ser iguais em gravidade, mas com duração mais curta do que a observada 
no transtorno bipolar II. Cerca de metade de todos os pacientes com transtorno ciclotímico tem depressão como seu sintoma 
principal, sendo mais propensos a procurar ajuda psiquiátrica quando deprimidos. 
 A maior parte das pessoas com transtorno ciclotímico atendida por psiquiatras não obteve êxito na vida profissional e social 
como resultado de seu transtorno, mas algumas têm grandes conquistas, porque trabalham por longas horas e necessitam 
de pouco sono. 
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DIAGNÓSTICO 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
CURSO E PROGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
 O abuso de álcool e de outras substâncias é comum em pacientes com transtorno ciclotímico, que usam as substâncias para 
se automedicar (com álcool, benzodiazepínicos e maconha) ou para obter uma estimulação ainda maior (com cocaína, 
anfetaminas e alucinógenos) quando estão maníacos. 
 
 Os médicos devem considerar o diagnóstico de transtorno ciclotímico quando a pessoa apresenta o que pode parecer 
problemas comportamentais sociopáticos. 
 Os critérios diagnósticos do DSM-5 para transtorno ciclotímico estipulam que o paciente nunca tenha satisfeito os critérios 
para um episódio depressivo maior e não satisfaça os critérios para um episódio maníaco durante os primeiros dois anos do 
distúrbio. Os critérios também requerem a presença mais ou menos constante de sintomas por dois anos (ou um ano, para 
crianças e adolescentes). 
 
 Todas as causas possíveis de depressão e mania, clínicas e relacionadas a substâncias, como convulsões e determinadas 
drogas (cocaína, anfetamina e esteroides), devem ser consideradas. 
 
 O início dos sintomas mais evidentes do transtorno costuma ocorrer de forma insidiosa na adolescência ou no início da 
segunda década. O surgimento de sintomas nessas épocas prejudica o desempenho na escola e a capacidade de estabelecer 
amizades com os colegas. 
 
 Estabilizadores de humor podem ser utilizados no tratamento da ciclotimia, associados à psicoterapia 
 Estabilizadores de humor: lítio, anticonvulsivantes, etc. 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 
 
 
1. DEPRESSÃO: curva de Kupfer. Tratamento demora um pouco para fazer efeito. 
2. TRANSTORNO BIPOLAR: 
3. DISTIMIA: humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias,pelo período mínimo de dois anos. 
4. TRANSTORNO CICLOTÍMICO: instabilidade persistente do humor com alternância de inúmeros períodos distímicos ou 
de falta de interesse e prazer, com episódios hipomaníacos. Tais episódios não são graves nem duradouros o suficiente 
para serem considerados transtornos bipolares, e a condição é crônica. 
 episódios depressivos com ciclagem rápida (pode ser aplicado ao transtorno bipolar tipo I ou ao transtorno bipolar 
tipo II): presença de pelo menos quatro episódios de humor nos 12 meses anteriores que atendam aos critérios de 
episódio maníaco, hipomaníaco ou depressivo maior. 
 Nota: A característica essencial de um transtorno bipolar de ciclagem rápida é a ocorrência de pelo menos quatro 
episódios de humor durante os 12 meses anteriores. Esses episódios podem ocorrer em qualquer combinação e ordem. 
Devem atender a critérios de duração e quantidade de sintomas para episódio depressivo maior, maníaco ou 
hipomaníaco, devendo também ser demarcados por um período de remissão completa ou por uma troca para um 
episódio da polaridade oposta. Episódios maníacos e hipomaníacos são contados como do mesmo polo. 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 Compêndio de psiquiatria, 11°edição;  Clínica da USP 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 DSM V; 
 
 Artigo: depressão em idosos: fatores 
associados e manejo terapêutico, Brazilian 
Journal of Development, 2021; 
 
 Slide: Transtorno bipolar Questões 
relacionadas com diagnóstico, Epidemiologia, 
Etiologia e Prognóstico, de Monique Lima, 
2021. 
 Artigo: Transtorno bipolar: causas, sintomas e 
farmacoterapia com carbonato de lítio, 
Brazilian Journal of development, 2021.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6º período –2/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6º período –2/2021

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