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Resumo aula + Tratado de Pediatria Flavia de Souza Obstrução de vias aéreas superiores · Introdução: A obstrução infecciosa de vias aéreas superiores caracteriza-se clinicamente por estridor respiratório. Onde o estridor pode ser auscultado em qualquer fase da respiração. A saturação de oxigênio só se altera quando há falência respiratória iminente ou doença concomitante de vias aéreas inferiores. A monitorização continua e reavaliações frequentes são cruciais na abordagem do paciente internado com obstrução infecciosa de vias aéreas superiores. Se houver suspeita de supraglotite ou traqueite infecciosa, o paciente deve ser encaminhado para UTI. · Anatomia e fisiologia do sistema respiratório: · Calibre das vias aéreas: · Dimensões · Estreitamento anatômico · Sustentação das vias aéreas dinâmica do fluxo de ar: · Resistência ao fluxo de ar · Fluxo de ar laminar x turbulento. · Correlações clínicas e anatômicas: · Estridor: O estridor é o som respiratório produzido pela passagem de ar em uma via aérea de grosso calibre estreitada. Ou seja, ocorre geralmente nas vias aéreas superiores. Anatomicamente a via área superior esta dividida em 3 areas principais, via supraglotica (acima das cordas vocais), aérea glótica e subglotica, e via aérea intratorácica. Em casos de obstrução de traqueia e glote, geram estridor durante a inspiração e expiração. · Via aérea supraglotica: compreende as vias aéreas do nariz ate acima das cordas vocais. Esse região sofre colapso facilmente, por não tem cartilagem. Ademais, devido a presença de múltiplos planos de tecidos, infecções localizadas nessa região se disseminam facilmente e formam abscessos. Em casos de obstrução veremos uma voz abafada e quando presente deve ser identificado rapidamente pois causa obstrução com facilidade. · Via aérea glótica e subglotica: estendem-se das cordas vocais até a traqueia, antes de chegar na cavidade torácica. Essa região não sofre colapso tão fácil como a anterior, devido a presença de cartilagem que sustenta essa região. A causa mais comum de obstrução dessa região é a síndrome de crupe. A inflamação ou obstrução da glote gera ROUQUIDÃO em razão do acometimento das cordas vocais. O estridor também estará presente na inspiração e expiração. · Via aérea intratorácica: compreende da traqueia alojada dentro da cavidade torácica até os brônquios principais. Obstrução dessa região gera estridor mais audível durante a EXPIRAÇÃO. Pois na expiração, a pressão intratoracica aumenta e causa um colapso maior. · Estridor na infância: · Definição: Ruído causado pela passagem de ar por uma via área de grosso calibre obstruída. · Correlações anatômicas: · Via aérea supraglotica (inspiratório e expiratória) · Via aérea glótica e subglotica (inspiratória e expiratória) · Via aérea intratorácica (expiratória) · Causar agudas: · Infecciosas: crupe, supraglotite, traqueíte bacteriana, abscesso retrofaríngeo. · Não infecciosas: aspiração de corpo estranho e anafilaxia respiratória. Patologias que podem acometes as vias aéreas superiores e desencadear obstrução. · Crupe viral: · Introdução: O termo “crupe” caracteriza um grupo de doenças que variam em envolvimento anatômico e etiológico. Quando a etiologia é viral é denominada de crupe viral. Outras etiologias para síndrome de crupe incluem traqueite bacteriana e difteria. A doença pode ser classificada de acordo com o grau de extensão do acometimento das vias aéreas pelo vírus. Assim se a doença se restringe à laringe, denomina-se laringite, sendo caracterizada principalmente por rouquidão e tosse ladrante. Se acometer a traqueia e laringe é denominada laringotraqueite. Se houver comprometimento da laringe, traqueia e brônquios principais é denominado de laringotraqueobronquite. · Quadro clinico: Rouquidão, tosse ladrante e estridor com graus variados de insuficiência respiratória. · Etiologia: vírus x bactéria. Sendo a etiologia viral do crupe a mais comum que serão os seguintes agentes. · Influenza A · Parainfluenza (tipos 1, 2 e 3) · VRS · Adenovírus · Recorrência / epidemiologia: · Causa mais comum de estridor na infância – 90%. Onde a causa mais comum é laringotraqueobronquite. · Representa 1 a 6% das doenças respiratórias. · Faixa etária: 1 a 6 anos (18 meses). · Predomínio sexo masculino (2:1) · Patogênese: efeito citopático viral no epitélio respiratório e obstrução das vias aéreas. A infecção viral inicia-se na nasofaringe e dissemina-se através do epitélio respiratório da laringe, traqueia e arvore broncoalveolar. E de acordo com o acometimento terá achados clínicos como inflamação difusa, eritema e edema das paredes da traqueia e alteração de mobilidade das cordas vocais. Teremos também formação de edema na região subglotica da traqueia que pode restringir o fluxo de ar e causar estridor na criança. · Quadro clínico: Prodromo - Rinofaringite, febre, síndrome do crupe e resolução clinica em até 15 dias. A doença inicia-se com rinorreia clara, faringite, tosse leve e febre baixa. Após 12 – 48 horas, iniciam-se os sintomas de obstrução de vias aéreas, caracterizados, na síndrome de crupe, com progressão dos sinais de insuficiência respiratória e aumento na temperatura corporal. Geralmente os sintomas tem resolução em 3 – 7 dias. Nos casos mais graves, teremos aumento da FC e FR, retrações torácicas, esternais e diafragma, cianose =, agitação psicomotora até sonolência. Sendo que em casos graves, a resolução pode chegar em até 14 dias. Lembrar sempre, que crianças < 6 meses, com estridor ao repouso ou alteração do nível de consciência e detecção de hipercapnia indicam potencial risco de desenvolvimento de falência respiratória. · Escore de gravidade: · Diagnostico: · Clinico · Radiológico: Rx cervical anterior. Com sinais clássicos – ponta de lápis, torre de igreja e ampulheta, que mostram um estreitamento da traqueia subglotica. Porém são de pouco valor, pois pode estar presente em uma criança saudável com apenas um estreitamento anatômico da região. · Etiológico: isolamento viral · Tratamento: O objetivo do tratamento é a manutenção das vias aéreas patentes. O paciente deve ser mantido calmo para evitar manipulação e exames desnecessários. O choro aumenta a pressão torácica negativa, podendo gerar maior colapso das vias aéreas extratorácicas e transformar o fluxo de ar laminar em turbulento. · Nebulização: Umidificação das vias aéreas (mascara sem reinalação para fornecimento de O2. Ou seja, nebulização com solução fisiológica ou ar umidificado. Porém, deve ser evitada se deixar a criança mais agitada com o procedimento. · Corticosteroides: O uso de corticoide reduz a gravidade dos sintomas, reduz a necessidade e duração da hospitalização e a necessidade de admissão na UTI e de associação de outras drogas como a epinefrina. Com seu efeito anti-inflamatório tem um papel importante para evitar a vasoconstrição e redução da permeabilidade vascular melhorando o influxo de ar pela via aérea doente. - Dexametasona: 0,15 a 0,6 mg/kg até 10 mg/dose. VO, IM ou EV. - Prednisona: 1 mg/kg em crupe leve ou moderado. - Budesonide: 2 mg/dose, via inalatória. · Epinefrina: Seu mecanismo de ação ocorre por meio de estimulo de receptores alfa-adrenergicos com subsequente constrição de capilares arteriolares. Ajuda a diminuir o estridor e os sintomas de falência respiratória. - L-epinefrina: 0,5 ml/kg até 5 ml dose. · Entubação: A maioria das crianças com laringotraqueite não requer entubação após o uso de epinefrina e dexametasona. No paciente com obstrução das vias aéreas imitente, deve ser indicado com um profissional bem qualificado pois é uma via aérea bem difícil. · Indicação de internação: Em casos de hipoxemia documentada indica doença avançada e falência respiratória iminente, ou seja, o paciente esta sob risco de PCR. Assim, hipoxemia diagnosticada na síndrome de crupe é indicativo de internação em UTI. · Toxemia · Desidratação ou incapacidade de ingestão · Estridor em repouso · Sinais de insuficiência respiratória · Alteração no nível de consciência ·Ausência de resposta a epinefrina inalatória · Deterioração clinica · Edema pulmonar associado à obstrução das vias aéreas superiores: Relata-se edema pulmonar em pacientes com obstrução de vias aéreas superiores sem doenças pulmonares ou cardíacas crônicas, no momento do alivio da obstrução. Onde o aumento da pressão hidrostática vascular transmural pulmonar é o principal mecanismo patológico e é consequência da obstrução parcial da traqueia extratorácica. Esse aumento da pressão causa estreitamento parcial, assim o fluxo de ar fica prejudicado mais na inspiração do que na expiração. · Obstrução parcial traqueia extratorácica · Aumento pressão negativa intratraqueal · Prejuízo ao fluxo de ar inspiratório. · Aumento da pressão pleural negativa na inspiração. · Transmissão de pressão para o interstício. · Diminuição de pressão ao redor dos vasos · Acumulo de agua no interstício · Entrada de agua nos alvéolos com desobstrução da via aérea. · Traqueíte bacteriana: · Definição: Comprometimento da traqueia, da laringe de etiologia bacteriana, pode ou não ser precedido de infecção viral. Ou seja, apresenta-se clinicamente como uma obstrução grave da via aérea superior, caracterizando síndrome de crupe. São sinônimos da doença crupe membranoso, crupe pseudomembranoso ou laringortaqueobronquite membranosa. · Etiologia: S. aureus, estreptococos, HIb e moraxella. · Incidência: Pacientes internados, em relação ao crupe viral. Crianças acima de 6 anos de idade e com predomínio no sexo masculino. · Patogênese: Há infecção bacteriana direta da mucosa traqueal, causando processo inflamatório difuso da laringe, traqueia e brônquios, com produção de exsudato mucopurulento e formação de membranas semiaderentes dentro da traqueia. Nessa membrana contem neutrófilos e restos celulares responsáveis pelo obstrução das vias aéreas. Sugere-se que a infecção viral pregressa favoreça a colonização bacteriana da traqueia. · Evidencia de co-infecção viral e bacteriana · Necrose da parede da traqueia · Exsudação mucopurulenta. · Quadro clinico: A doença combina manifestações clinicas de crupe viral e epiglote. Após o prodromo viral breve, há aparecimento de tosse ladrante, rouquidão, estridor inspiratório e insuficiência respiratória. O paciemte com traqueite bacteriana tem sintomas respiratórios mais prolongados que na epiglotite. O desconforto pode progredir rapidamente, com obstrução total da via aérea. O tratamento inicial do crupe não é eficaz (epinefrina e dexametasona) ajudando a diferenciar o crupe viral do bacteriano · Síndrome do crupe · Toxemia e alterações circulatórias · Ausência de resposta ao tratamento do crupe viral. · Diagnostico: · Quadro clinico · Visualização direta da traqueia · Radiológico · Culturas · Tratamento: Se há suspeita de traqueite bacteriana, o paciente já deve ser internado na UTI. Com intubação traqueal em centro cirúrgico, com endoscopia. · Estabilização das vias aéreas · Monitoração cardiorrespiratória · Internar em UTI · Intubação traqueal: escolha adequada do material e ambiente controlado – 3 a 7 dias. · Antibióticoterapia · Não há indicação de corticoesteroides e epinefrina. · Mortalidade: de 18 – 40% devido a PCR, pneumotórax, choque séptico, síndrome do choque toxico, SDRA e sepse. · Supraglotite: · Definição: É uma infecção grave da epiglote e estruturas supragloticas, com resultante obstrução da via aérea superior, de letalidade elevada. · Etiologia: H. influenza tipo B, S. pyogenes, S. aureus, cândida. · Incidência: anual de 2:10.000, predomínio no sexo masculino e faixa etária de 2 – 7 anos. · Patogênese: Celulite da região supraglotica e mudança anatômica da epiglote. O Haemophilus B invade diretamente o tecido supraglotico, causando celulite da região. O edema aumenta e a epiglote curva-se em direção posterior e inferior, promovendo obstrução da via aérea. · Quadro clinico: O inicio da doença é tipicamente abrupto, com duração dos sintomas de menos de 24 horas e toxemia precoce. Nas crianças manifesta-se odinofagia e disfagia intensas, com desconforto respiratório progressivo, sensação de engasgo, salivação profusa, irritabilidade, agitação e ansiedade. Há sinais respiratórios de fadiga, estridor inspiratório e voz abafada. · Obstrução abrupta das vias aéreas superiores. · Não caracteriza síndrome do crupe. · Doença dos 4 “D”, posição tripoide: disfagia, dispneia, disfonia e salivação (drooling). · Doença bacterêmica com alterações circulatórias. · Diagnostico: · Quadro clinico · Laringoscopia: para visualização direta da epiglote (epiglote em “cereja”). · Radiologia · Hemocultura · Pesquisa de antígenos capsulares. · Tratamento: Uma vez feito o diagnostico, deve-se realizar a entubação traqueal precoce. · Estabilização circulatória: · Infusão de cristaloides – 20 ml/kg · Considerar drogas vasoativas. · Monitoração continua. · Internar em UTI · Antibióticoterapia EV: cefalosporinas de segunda (cefuroxima) e terceira (ceftriaxona) geração. · Extubação · Estabilização respiratória: · Não realizar exames laboratoriais e radiológicos · Manter posição de conforto ventilatório · Oferecer oxigênio de modo não invasivo · Ventilar com BVM se necessário · Intubação traqueal: lamina curva no laringoscópio, canula menor que apropriada e ambiente controlado. · Considerações quanto ao estridor – erros comuns: · Não considerar doença grave em lactente com diagnostico de crupe viral. · Não considerar doença grave em criança maior com diagnostico de faringite. · Confiar em rx para diagnostico de corpo estranho e crupe e supraglotite. · Confiar em oximetria para diagnostico de IRA iminente. · Perder tempo com exames laboratoriais na IRA · Selecionar material incorreto · Realização de procedimento por pessoal inexperiente · Sedar paciente em IRA. Resumo aula + Tratado de Pediatria Flavia de Souza Obstrução de vias aéreas superiores o Introdução : A obstrução infecciosa de vias aéreas superiores caracteriza - se clinicamente por estridor respiratório. Onde o estridor pode ser auscultado em qualquer fase da respiração. A saturação de oxigênio só se altera quando há falência respiratória iminente ou d oença concomitante de vias aéreas inferiores. A monitorização continua e reavaliações frequentes são cruciais na abordagem do paciente internado com obstrução infecciosa de vias aéreas superiores. Se houver suspeita de supraglotite ou traqueite infecciosa, o paciente deve ser encaminhado para UTI. o Anatomia e fisiologia do sistema respiratório: § Calibre das vias aéreas: · Dimensões · Estreitamento anatômico § Sustentação das vias aéreas dinâmica do fluxo de ar: · Resistência ao fluxo de ar · Fluxo de ar laminar x tu rbulento. o Correlações clínicas e anatômicas: § Estridor : O estridor é o som respiratório produzido pela passagem de ar em uma via aérea de grosso calibre estreitada. Ou seja, ocorre geralmente nas vias aéreas superiores. Anatomicamente a via área super ior esta dividida em 3 areas principais, via supraglotica (acima das cordas vocais), aérea glótica e subglotica, e via aérea intratorácica. Em casos de obstrução de traqueia e glote, geram estridor durante a inspiração e expiração. § Via aérea supraglotica : compreende as vias aéreas do nariz ate acima das cordas vocais. Esse região sofre colapso facilmente, por não tem cartilagem. Ademais, devido a presença de múltiplos planos de tecidos, infecções localizadas nessa região se disseminam facilmente e formam abscessos. Em casos de obstrução veremos uma voz abafada e quando presente deve ser identificado rapidamente pois causa obstrução com facilidade. § Via aérea glótica e subglotica : estendem - se das cordas vocais até a traqueia, antes de chegar na cavidade tor ácica. Essa região não sofre colapso tão fácil como a anterior, devido a presença de cartilagem que sustenta essa região. A causa mais comum deobstrução dessa região é a síndrome de crupe. A inflamação ou obstrução da glote gera ROUQUIDÃO em razão do acom etimento das cordas vocais. O estridor também estará presente na inspiração e expiração. § Via aérea intratorácica : compreende da traqueia alojada dentro da cavidade torácica até os brônquios principais. Obstrução dessa região gera estridor mais audível Resumo aula + Tratado de Pediatria Flavia de Souza Obstrução de vias aéreas superiores o Introdução: A obstrução infecciosa de vias aéreas superiores caracteriza-se clinicamente por estridor respiratório. Onde o estridor pode ser auscultado em qualquer fase da respiração. A saturação de oxigênio só se altera quando há falência respiratória iminente ou doença concomitante de vias aéreas inferiores. A monitorização continua e reavaliações frequentes são cruciais na abordagem do paciente internado com obstrução infecciosa de vias aéreas superiores. Se houver suspeita de supraglotite ou traqueite infecciosa, o paciente deve ser encaminhado para UTI. o Anatomia e fisiologia do sistema respiratório: Calibre das vias aéreas: Dimensões Estreitamento anatômico Sustentação das vias aéreas dinâmica do fluxo de ar: Resistência ao fluxo de ar Fluxo de ar laminar x turbulento. o Correlações clínicas e anatômicas: Estridor: O estridor é o som respiratório produzido pela passagem de ar em uma via aérea de grosso calibre estreitada. Ou seja, ocorre geralmente nas vias aéreas superiores. Anatomicamente a via área superior esta dividida em 3 areas principais, via supraglotica (acima das cordas vocais), aérea glótica e subglotica, e via aérea intratorácica. Em casos de obstrução de traqueia e glote, geram estridor durante a inspiração e expiração. Via aérea supraglotica: compreende as vias aéreas do nariz ate acima das cordas vocais. Esse região sofre colapso facilmente, por não tem cartilagem. Ademais, devido a presença de múltiplos planos de tecidos, infecções localizadas nessa região se disseminam facilmente e formam abscessos. Em casos de obstrução veremos uma voz abafada e quando presente deve ser identificado rapidamente pois causa obstrução com facilidade. Via aérea glótica e subglotica: estendem-se das cordas vocais até a traqueia, antes de chegar na cavidade torácica. Essa região não sofre colapso tão fácil como a anterior, devido a presença de cartilagem que sustenta essa região. A causa mais comum de obstrução dessa região é a síndrome de crupe. A inflamação ou obstrução da glote gera ROUQUIDÃO em razão do acometimento das cordas vocais. O estridor também estará presente na inspiração e expiração. Via aérea intratorácica: compreende da traqueia alojada dentro da cavidade torácica até os brônquios principais. Obstrução dessa região gera estridor mais audível
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