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Laringotraqueobronquites - Crupe viral e Bacteriana

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SÍNDROME DE CRUPE – CRUPE VIRAL E BACTERIANA
Falarei agora das obstruções das vias aéreas superiores por inflamação aguda – acute inflammatory upper airway obstruction.
Dentro dessa classificação de doenças, temos a crupe (laringotraqueobronquite), a epiglotite, a laringite aguda, e a crupe espasmódica.
Falarei mais especificamente do crupe, baseado no artigo de atualização da SBP.
SÍNDROME DE CRUPE
O que é?
É um conjunto de sinais e sintomas, causados por doenças de diversas etiologias e acometimentos anatômicos, que tem as seguintes manifestações em comum: rouquidão, estridor predominantemente inspiratório, tosse ladrante e desconforto respiratório.
Qunado tem etiologia viral, é chamada crupe viral.
As doenças dessa síndrome podem ser classificadas, também, de acordo com o acometimento que tem; laringotraqueíte: acomete laringe e traqueia; laringite: limitada a laringe; laringotraqueobronquite: acometimento difuso e mais grave, um termo mais reservado.
CRUPE VIRAL
A principal etiologia da crupe viral são os vírus parainfluenza 1,2 e 3 e o vírus sincicial respiratório.
Acomete principalmente crianças de 2 a 6 anos, com pico no outono e inverno.
a) Patogênese:
A infecção se inicia na nasofaringe, e acomete o epitélio respiratório da laringe, traqueia e brônquios, de acordo com a extensão da infecção.
Há formação de edema e eritema nas paredes da traqueia e cordas vocais.
Em lactentes, um edema de 1mm na região subglótica causa uma redução de 50% da luz da via aérea.
b) Quadro clínico 
A doença tem um início bem inespecífico, com rinorreia, tosse, leve, febre baixa e faringite.
Após 1 ou 2 dias, se inicia a sidrome de crupe, propriamente dita; surge a tosse ladrante e estridor inspiratório, progressivamente.
Em casos mais graves, há o aumento da FC e FR, retrações intercostais, uso de musculatura acessória e tracionamento claviculares. Pode haver até alteração do estado mental.
Geralmente, os sintomas se resolvem em 3 a 7 dias.
Sinais de hipoxemia é indicativo para internação em UTI.
c) Diagnóstico
É baseado em achados clínicos; a radiografia pode mostrar o sinal do lápis, mas não é sensível, e é mais pedida para descartar complicações.
d) Tratamento
Visa manter as vias aéreas pérvias.
- Nebulização: mesmo sem comprovação científica de beneficência, pode ser utilizada; em caso de necessidade, nebulizar com acesso a 02.
- Corticoesteroides: reduzem, comprovadamente, a gravidade dos sintomas, tempo de internação e risco de complicações. Recomenda-se dexametasosa VO ou VI.
- Epinefrina: suas indicações incluem crupe moderada ou grave
- Intubação: A maioria dos pacientes não requerem a IOT; deve ser feita em pacientes com sinais de gravidade e insuficiência respiratória ou eminencia de obstrução das vias aéreas.
Quando internar? Ao observar sinais de toxemia ou hipoxemia, desidratação, incapacidade de ingerir líquidos ou estridor 	significante.
BACTERIAL TRACHEITIS
Acomete principalmente crianças de 1 a 6 anos de idade.
O principal agente etiológico é o S.aureus. outros também são descritos (pneumococo, S.pyogenes...)
a) Patogênese
Há infecção bacteriana diretamente na mucosa traqueal, o que causa um processo inflamatório difuso na parede traqueal, com edema, produção de exsudato e a formação de membranas semiaderenes.
b) Quadro clínico 
Após o prodromo viral, período de sintomas inespecíficos, há o aparecimento da tosse ladrante e do estridor inspiratório. Esses sinais se associam a uma febre alto (acima de 38,5 graus celsius).
O que pode diferencias a crupe viral da bacteriana é a resposta ao tratamento inicial. Quando bacteriana, não há boa resposta ao tratamento inicial com epinefrina inalatória e corticoides.
c) Diagnóstico 
É sintomatológico.
O diagnóstico definitico é apenas pela visualização dos exsudatos esbranquiçados nas paredes brônquicas, de fácil remocao e sem hemorragia.
d) Tratamento
Quando há suspeita de traqueite, o paciente deve ser internado em UTI. É recomendada a IOT.
Deve ser administrado ATB, cefalosporinas de 2º ou 3ª geração,